México aprova vacina de Oxford para uso emergencial contra a Covid-19

A informação foi divulgada pelo vice-secretário de saúde Hugo López-Gatell, em tuíte na noite desta segunda-feira (4).

Veja também: Vacina indiana ainda depende de aprovação e pode ter barreiras para uso em clínicas privadas

É a segunda vacina contra o novo coronavírus aprovada no país, depois do produto da Pfizer, que o México autorizou e começou a aplicar na população em dezembro.

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O ministro das Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard, saudou a notícia da segunda autorização de vacina de emergência e escreveu no Twitter que “a produção começará em breve no México”. (CNN)

Fonte: Bahia na Política 

Vacina indiana ainda depende de aprovação e pode ter barreiras para uso em clínicas privadas

A Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (Abcvac) anunciou, no último domingo (3), que negocia a compra de cinco milhões de doses da Covaxin, imunizante contra a Covid-19 fabricado na Índia pela farmacêutica Bharat Biotech. Também no último domingo, o governo indiano aprovou o uso dessa vacina no país.

Membros da Abcvac viajam hoje para a cidade de Hyderabad, capital do estado de Telangana, no sul da Índia, para conhecer a fábrica da farmacêutica, que tem capacidade de produzir 300 milhões de doses. A associação representa 200 clínicas particulares no Brasil, que equivalem a 70% do mercado privado nacional e terão prioridade na aquisição da vacina.

É importante ressaltar que o governo federal já havia demonstrado interesse na vacina indiana, já que a Covaxin faz parte do Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19 no Brasil. No documento, o governo diz ter firmado um memorando de entendimento com o laboratório indiano para demonstrar a intenção de compra da vacina.

Nesta segunda-feira (4), o Ministério da Saúde afirmou que a rede privada também deve seguir a ordem de vacinação de grupos prioritários prevista no plano nacional. Por isso, mesmo que as clínicas possam vender o produto, elas deverão priorizar idosos e profissionais de grupos específicos.

Para entender melhor os detalhes da vacina indiana, o InfoMoney compilou dados e informações sobre o imunizante e conversou com especialistas para compreender se ação da Abcvac tem respaldo legal ou não. Confira.

Covaxin, a vacina da Índia

Apoiada pelo governo indiano, a Covaxin está sendo desenvolvida pela farmacêutica indiana Bharat Biotech em parceria com o Conselho Indiano de Pesquisa Médica, órgão ligado ao governo da Índia.

A vacina tem a previsão de ser lançada no mercado em fevereiro, meses antes da previsão inicial dos desenvolvedores, para julho deste ano.

Em artigo publicado pela própria farmacêutica em versão pré-print (sem revisão de pares científicos), na plataforma medRxiv, os pesquisadores concluem que as fases 1 e 2 de testes clínicos da Covaxin mostraram que o perfil de segurança da vacina é “tolerável” e superior ao de outros imunizantes. Também afirmaram que não houve registro de evento adverso grave entre os participantes.

Vacina depende de aprovação no Brasil

Mesmo com aprovada para uso emergencial na Índia e com possíveis contratos de aquisição de doses em andamento, a vacina indiana está no centro de críticas da comunidade científica pela insuficiência de informações para aprovar o medicamento.

Pesquisadores tentam entender como a vacina já foi aprovada sem a conclusão dos estudos sobre a fase três dos testes clínicos, última etapa de testes, que determina a eficácia do imunizante. O imbróglio envolvendo a Covaxin é semelhante ao que ocorreu com a vacina russa Sputinik V, aprovada para uso na Rússia sem antes finalizar a última etapa de testes, o que levantou apontamentos de diversos cientistas ao redor do globo e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Ainda em andamento, a fase três de testes clínicos da Covaxin teve início recentemente, no dia 16 de novembro, e é o maior teste conduzido para vacinas na Índia, reunindo mais de 23 mil voluntários.

Embora tenha divulgado alguns dados sobre segurança e um comunicado dizendo que a Covaxin “produz respostas imunológicas de longo prazo contra múltiplas proteínas virais, não apenas a proteína spike e capacidade neutralizante que pode reduzir ou eliminar mutações”, a farmacêutica não detalhou informações sobre segurança e eficácia e não publicou os dados completos em algum periódico científico para que outros pesquisadores avaliem os resultados – passo essencial para que uma vacina possa ser considerada eficaz pela comunidade internacional.

Apesar de ter aprovado o uso emergencial do imunizante, a Organização Central de Controle de Medicamentos da Índia, órgão regulador de medicamentos do país, ainda não se pronunciou sobre a eficácia da Covaxin. De acordo com uma fonte da agência de notícias Reuters, o imunizante teria mais de 60% de eficácia, com um regime de aplicação de duas doses.

Ainda de acordo com o órgão regulador, a Covaxin foi aprovada “para uso restrito em situação de emergência, por interesse público e como precaução, ainda em testes clínicos, especialmente no contexto de infecções por mutações da cepa [do vírus]”.

Uma rede independente de fiscalização da saúde pública na Índia, a All India Drug Action Network (Aidan), divulgou um comunicado solicitando mais informações sobre o os testes clínicos e os números de segurança e eficácia. A Aidan disse estar “perplexa” e afirmou que busca entender “qual lógica científica” motivou os especialistas a autorizar o imunizante ainda em testes clínicos, em um post no Twitter.

Uso da vacina em clínicas privadas

A movimentação do setor das clínicas particulares para aquisição de vacinas é legal, mas esbarra no mesmo problema que o setor público tem com os imunizantes: regulamentação, segundo explicou Marina Zago, advogada do escritório Demarest e especialista em direito sanitário e direito administrativo, ao InfoMoney.

“Independentemente do setor, público ou privado, a vacina precisará seguir todos os ritos legais para a sua regularização no Brasil, já que as normas da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] são aplicáveis para todos os setores”, diz Marina.

A vacina indiana, porém, pode ter dois problemas adicionais: a falta de dados de segurança e eficácia e a ausência de testes clínicos realizados em solo nacional. A vacina de Oxford, por exemplo, já divulgou seus resultados finais de eficácia e já terminou seus ensaios clínicos no Brasil.

“É um contato preliminar, de interesse, por parte das clínicas, já que estamos falando de uma vacina sem dados publicados. Mesmo assim, eu entendo que precisa existir um alinhamento entre as clínicas privadas e o governo para que isso não se torne um problema lá na frente”, acrescenta.

Para Marina, a movimentação do setor privado demonstra um claro interesse no mercado dos imunizantes, mas se as clínicas realmente quiserem vender suas doses, isso não pode afetar o cronograma do governo federal. O oferecimento de doses na rede privada precisa ser um complemento ao programa do Ministério da Saúde e não concorrente.

“Sempre foi permitido às clínicas particulares buscar formas de complementação e apoio ao setor público. O que preocupa nessa situação da Covid é que o Ministério da Saúde precisa ter uma quantidade enorme de vacinas para imunizar boa parte da população, então as clínicas não podem atrapalhar o plano governamental”, explica Marina. Em caso de prejuízo ao plano nacional, o governo pode entrar com sanções aos laboratórios, por exemplo restringindo a importação da vacina.

“O setor privado precisa adquirir as doses excedentes daquelas que o Ministério está para encomendar. Essas doses funcionarão como doses de apoio. As clínicas precisam se organizar para mostrar um cronograma quantitativo ao governo, para explicar que eles não estão interferindo no plano do governo”, acrescenta.

Marina ainda lembra que, no caso das vacinas que estão sendo testadas no Brasil, como a de Oxford, a da Sinovac e a da Moderna, as farmacêuticas possuem duas alternativas que podem ser mais ágeis em relação ao registro definitivo pela Anvisa: a aprovação de uso emergencial via “Lei Covid” (saiba mais sobre essa lei), ou pela submissão contínua de resultados.

Em nota, a Anvisa confirmou que o laboratório Bharat Biotech fez um primeiro contato para iniciar o procedimento de submissão contínua, “que é quando os dados de estudos de uma vacina são apresentados aos poucos para análise da agência reguladora”, mas esse procedimento é restrito a empresas que possuem ensaio clínico em condução no Brasil, o que não é o caso da Covaxin.

Entretanto, nada impede que as clínicas particulares procurem um laboratório interessado em patrocinar o estudo clínico por aqui. Para Marina, a movimentação do setor privado pode acabar pressionando o governo federal, já que o Ministério da Saúde ainda não possui uma data exata para o começo da campanha de vacinação no Brasil e a Anvisa ainda não aprovou nenhum medicamento.

“Quando uma associação ou uma clínica particular especifica começa a ir atrás de uma vacina para utilizar na rede privada, isso coloca em perspectiva o quanto os governos precisam agilizar o processo. É uma declaração de interesse incipiente, mas demonstra que o setor privado está se empenhando fortemente para trazer as doses”, conclui Marina.

Técnica de produção da Covaxin

O método de produção escolhido pela Bharat Biotech para confeccionar a sua vacina é a mesma técnica que está sendo utilizada para produzir a CoronaVac, a vacina da farmacêutica china Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo.

A vacina Covaxin é feita a partir do vírus inativado. O procedimento consiste em injetar o vírus inativo por agentes químicos ou físicos no organismo, fazendo com que o sistema imunológico identifique o invasor e produza defesas contra ele.

Assim, quando o corpo entrar em contato com o vírus real, o sistema imune já terá criado as defesas necessárias para combater a doença. Segundo o Instituto Butantan, que fornece mais de 70% das vacinas utilizadas no Brasil, a estratégia de trabalhar com o vírus inativo já foi utilizada para o desenvolvimento de várias outros imunizantes conhecidos, como a vacina contra a pólio e contra o vírus do sarampo, por exemplo.

Fonte: Jornais Virtuais

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Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/01/04/laboratorio-indiano-inicia-aprovacao-de-vacina-junto-a-anvisa/

Covid-19: EUA estudam aplicar metade da dose de vacina para acelerar imunização

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O governo dos Estados Unidos estuda a possibilidade de aplicar metade da dose da vacina contra o coronavírus desenvolvida pela Moderna em algumas pessoas, com objetivo de acelerar o processo de imunização. A informação foi confirmada neste domingo (3) pelo cientista Moncef Slaoui, que integra a força-tarefa da Casa Branca no combate à doença.

Em entrevista à CBS, Slaoui explicou que há evidências de que, para indivíduos entre 18 e 55 anos, a aplicação de metade da dose duas vezes induz “resposta imune idêntica” à da dose recomendada de 100 microgramas. “No fim, essa é uma decisão que caberá à Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês”, ponderou.

Fonte: O Povo Online

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Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/06/08/no-dia-nacional-da-imunizacao-sanofi-pasteur-lembra-a-importancia-das-vacinas-na-prevencao-de-doencas/

Governo deve zerar imposto de importação para seringas e agulhas

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O governo deverá zerar nesta terça-feira, 5, o imposto de importação incidente sobre seringas e agulhas. Apesar de ter reduzido tarifas para a compra do exterior de diversos produtos ligados à pandemia, como máscaras e álcool em gel, os materiais necessários para a vacinação da população contra a covid-19 só serão contemplados agora.

Até hoje, o importador tem que pagar 16% sobre a compra de seringas e agulhas. Nesta terça-feira, haverá uma reunião extraordinária do Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Camex), convocada apenas para analisar o pedido de redução da tarifa, feito pelo Ministério da Saúde.

Segundo o Estadão/Broadcast apurou, a tendência é que a alíquota seja zerada. O grupo é formado por ministros da Economia, Relações Exteriores, Agricultura e outros representantes dessas pastas e da Presidência da República.

Neste domingo, 3, o governo restringiu a exportação de seringas e agulhas do Brasil. Uma portaria da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) determinou que a venda destes produtos para outros países precisará de uma “licença especial”. Respiradores pulmonares, máscaras, luvas e outros equipamentos usados na resposta à pandemia já exigiam este tipo de aval do governo para serem exportados.

Zerar o imposto de importação terá um efeito muito mais significativo do que a restrição de exportações. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior, em 2020, o Brasil importou US$ 49,531 milhões em agulhas e seringas como as que devem ter a alíquota agora zerada. Foram US$ 61,932 milhões comprados em 2019.

Já as exportações são bem menos significativas: foram US$ 4,373 milhões em 2020 e US$ 4,641 milhões em 2019.

Enquanto outros países já iniciaram a vacinação contra a covid-19, o Brasil ainda tenta garantir os insumos necessários para a campanha. Como revelou o Estadão, a Saúde só conseguiu encaminhar o contrato de 7,9 milhões dos 331 milhões de conjuntos destes produtos, procurados por meio de pregão eletrônico feito no último dia 29. O número corresponde a cerca de 2,4% do total de unidades que a pasta desejava adquirir.

No pregão, o ministério buscava ofertas para conjuntos de seringas e agulhas de diferentes tipos. Dos 4 itens procurados pela pasta, 3 não tiveram propostas válidas. Nestes casos, os preços oferecidos podem ter superado valores fixados pelo ministério ou as empresas não apresentaram a documentação necessária. O quarto item teve lance válido apenas para parte do que era ofertado.

Em nota enviada na ocasião, o Ministério da Saúde afirmou que “o pregão para compra de seringas e agulhas ocorreu dentro do trâmite legal”.

Desde o início da pandemia, o governo já reduziu a tarifa de importação de 480 produtos relacionados ao combate ao novo coronavírus, como medicamentos, álcool em gel, máscaras e luvas.

Compra costuma ser feita por Estados e municípios

A compra de seringas e agulhas costuma ser feita por Estados e municípios. Durante a pandemia, porém, o ministério decidiu centralizar estes insumos.

No último dia 30, o governo do Estado de São Paulo informou que adquiriu, em 2020, 71 milhões de seringas e agulhas para aplicação da vacina contra covid-19. O número representa 71% da previsão inicial do governador João Doria (PSDB), que afirmou que seriam adquiridas o total de 100 milhões.

O governo estadual prevê começar a vacinação no dia 25 de janeiro. Na primeira fase, está prevista a imunização de 9 milhões de pessoas dos grupos prioritários: profissionais de saúde, idosos, moradores de casas asilares, indígenas e quilombolas.

Fonte: Terra

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Falta de medicamento para transplante de medula preocupa pacientes

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A falta de um medicamento fundamental para o transplante de medula óssea está preocupando médicos e pacientes brasileiros. Na maioria dos casos, antes de fazer o transplante, o paciente precisa tomar um remédio chamado Bussulfano,  que destrói as células doentes, preparando o organismo para receber as células saudáveis da medula do doador.

O laboratório francês, Pierre Fabre, o único que comercializa esse produto no Brasil, anunciou, em novembro, que vai parar a distribuição porque a fábrica, a única aprovada pela Anvisa, encerrou as atividades. Por isso, o laboratório afirmou que busca uma outra opção de fornecimento para o mercado brasileiro.

A Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia alertou para o prejuízo no tratamento caso a distribuição seja interrompida.  Já a Anvisa disse que, por causa da importância do medicamento, estuda ações e medidas que possam favorecer o acesso a produtos similares.

O Ministério da Saúde diz que não foi notificado da decisão e declarou que o Instituto Nacional do Câncer, o Inca, tem estoques do medicamento para apenas mais três meses.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Leia também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/01/04/sindusfarma-vai-a-justica-contra-o-fim-da-isencao-do-icms/

Vereadora Inês propõe incluir farmácias na vacinação da covid-19 em Vinhedo

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A vereadora de primeiro mandato Inês da Saúde (MDB) apresentou um Projeto de Lei, na manhã desta segunda-feira, 4, primeiro dia útil de seu mandato. Na proposta ela pretende que a Prefeitura de Vinhedo possa formalizar convênio com a rede farmacêutica da cidade, para ampliar os locais disponíveis para a vacinação contra a covid-19, quando essa se iniciar.

Apesar do atraso do Brasil em aprovar vacinas contra o novo coronavírus, a vereadora se adiantou e apresentou o Projeto de Lei para organizar a cidade, assim que a vacinação ocorrer.

Ainda, no mesmo projeto, a vereadora estabelece um sistema de setorização da cidade, com um número mínimo de locais para vacinação, em acordo com a quantidade populacional de cada região. Tanto o convênio como o sistema de setorização da cidade devem ser acompanhados pelo Departamento de Vigilância da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Vinhedo.

“Cabe ao Ministério da Saúde a gestão da Campanha Nacional da Vacinação quanto aos processos de compra e calendário. Porém, a Prefeitura é quem operacionaliza o processo de vacinação, como é feito em outras campanhas. Por conta da alta expectativa frente a vacinação contra a covid-19, é fundamental que a Prefeitura possa antecipar os processos internos de organização para que a campanha possa ser realizada na cidade de forma tranquila e organizada”, afirma a Vereadora Inês na justificativa do Projeto.

O Projeto de Lei prevê que o convênio com a rede farmacêutica irá possibilitar ampliar os locais de vacinação, de forma a dar tranquilidade nas fases da campanha, evitando filas ou aglomerações. Será de obrigação da Secretaria de Saúde disponibilizar prévia capacitação aos farmacêuticos das redes em relação aos procedimentos necessários desde a recepção das vacinas (que serão entregues dia a dia pela secretaria de Saúde às farmácias), armazenamento temporário no dia da vacinação e espaços distanciados para eventual espera dos cidadãos a serem vacinados.

Ainda, o projeto protocolado pela vereadora determina que todo o processo de fiscalização das vacinas entregues nas redes farmacêuticas deve ser gerenciado pela Secretaria de Saúde. Haverá um cadastro on-line, com login e senha individual para cada rede farmacêutica, referente aos dados dos cidadãos vacinados, incluindo nome completo, endereço, e-mail, celular, número do lote da vacina aplicada e data da vacinação.

Setorização

Para facilitar e gerenciar os locais de vacinação, o projeto também prevê que a Secretaria de Saúde setorize a cidade. Assim, cada um dos bairros, seguindo essa setorização, deverá conter um número mínimo de locais de vacinação, levando em conta o número de moradores estimados por região.

Para regiões com até 5 mil moradores, a partir de 3 locais para vacinação, sendo, no mínimo, 2 prédios públicos (Unidade Básica ou Escola); e para regiões acima de 5 mil moradores, a partir de 5 locais para vacinação, sendo, no mínimo, 4 prédios públicos (Unidade Básica ou Escola). O número de moradores por bairro/região poderá ser obtido pela Prefeitura por meio do Cadastro Técnico Municipal, que faz parte do SIM Vinhedo Cidade Digital, respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados.

O projeto será encaminhado às Comissões Permanentes da Câmara para análise e, depois, será apreciado pelos vereadores em plenário.

Fonte: Jornal de Vinhedo

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Estudante ganha vacina contra covid-19 de presente em supermercado nos EUA

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Um estudante de Direito de Washington, nos Estados Unidos, acabou saindo de uma visita ao supermercado com mais do que sacolas de compras, ao receber inesperadamente uma dose da vacina contra a covid-19.

David MacMillan e seu amigo estavam em uma unidade da Giant Food na capital americana na semana passada quando foram surpreendidos por um funcionário da seção de farmácia que ofereceu a eles uma dose para cada um.

O vídeo do estudante recebendo a dose foi visto mais de 700.000 vezes no TikTok nesta segunda-feira. Ao notar que tinha duas doses prestes a expirar, uma farmacêutica se ofereceu para administrá-las nos jovens.

“Ei, eu tenho duas doses da vacina e vou ter que jogá-las fora se não der a alguém. Fechamos em 10 minutos. Vocês querem a vacina da Moderna?”, disse ela, segundo entrevista de MacMillan à rede NBC.

A campanha de vacinação, que começou em meados de dezembro nos EUA, está atualmente voltada para os profissionais de saúde, de acordo com as recomendações das autoridades de saúde do país. Portanto, David MacMillan não tinha prioridade para receber a vacina.

MacMillan chamou a mulher de “heroína” e afirmou ter aproveitado a oportunidade para informar sobre a vacina postando o vídeo no TikTok.

“É importante, quando há tanta desinformação, que as pessoas vejam que é algo bom, algo positivo. Deveríamos estar entusiasmados por poder combater a pandemia”, comentou na NBC.

A previsão é que ele receba sua segunda dose no final de janeiro.

A cadeia de supermercados Giant Food afirmou que a funcionária respeitou as diretrizes das autoridades sanitárias da capital. Explicou que os profissionais de saúde que deveriam receber as doses não haviam comparecido.

A vacina da Moderna deve ser armazenada em temperaturas muito baixas e se deteriora rapidamente depois de ser removida do freezer e ter sua tampa perfurada.

“A vacina da Moderna é valiosa e salva vidas, e estamos felizes por não tê-la desperdiçado e ter dado a cada um deles uma dose”, informou a empresa em um comunicado.

De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do governo americano, mais de 4,5 milhões de pessoas receberam a primeira dose de um dos imunizantes contra a covid-19 nos Estados Unidos. Até o momento, apenas as vacinas desenvolvidas pela Pfizer-BioNTech e Moderna são autorizadas no país.

Fonte: MSN

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Sentimento positivo no geral, mas com muitas incertezas e a pandemia no radar!

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Os mercados globalmente buscam construir um sentimento positivo para 2021, mas realidades presentes pontificam a absoluta necessidade de haver serenidade nas reações, visto que existem muitos fatores incertos no cenário, com ênfase à própria desenvoltura do repique da pandemia do coronavírus, a despeito da disponibilização em grande parte do mundo das vacinas.

Os Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia apresentam dados que evidenciam a intensificação da pandemia do coronavírus, com aumento expressivo das infecções e mortalidade, e isto pode ter impactos regressivos nas perspectivas de retomada da atividade econômica nestas áreas, mesmo com a intensificação da vacinação.

No Brasil este fato é uma triste realidade, embora o negacionismo governamental continue ousando em menosprezar o grave problema sanitário, que já retoma clima e números outra vez preocupantes dado ao descaso da população, e que tende a maior agravamento a partir da segunda quinzena deste mês como reflexo dos intensos abusos da população ao final do ano e que encontrará campo fértil para sua expansão face à total desorganização e abuso na atitude de prevenção aliado ao expressivo retardamento das ações com vacinação.

O anseio do governo e da população é voltar à normalidade, porém todas as ações comportamentais ensejam o menosprezo ao risco e o retorno imediato ao agravamento da pandemia, predominando o negacionismo e a burocratização das medidas emergenciais necessárias, o que enseja o contraditório.

Pela dinâmica da repropagação do vírus é quase inevitável que vá impactar na retomada das atividades econômicas no Brasil, onde já há fatores adversos fortes presentes que devem repercutir na intensidade da demanda de bens na economia, pois foram encerrados os programas assistenciais do governo prevalecentes ao longo dos últimos 10 meses pandemia e que injetaram na economia volumosos recursos que deram sustentação ao PIB evitando assim uma queda mais expressiva.

Na realidade ainda não se tem aferição precisa de quão relevante foram exatamente os benefícios para evitar uma derrocada mais intensa da atividade econômica os programas assistenciais, especula-se modestamente, mas, certamente, agora impactará na retração das expectativas sobre o PIB 2021, no nosso ponto de vista ainda não devidamente considerada.

Certo é que haverá um retorno expressivo de parte da população à linha abaixo da pobreza e que as estatísticas de desemprego serão infladas por este publico adicional.

Por isso, entendemos que as projeções econômicas para este ano de 2021 devam ser observadas com extrema sensatez, expurgando das mesmas os fortes anseios que podem distorcer a realidade, e assim agindo há um enorme leque de incertezas no panorama prospectivo do Brasil.

Quando observamos 2020 vemos uma queda não tão expressiva do PIB da ordem de 4,5%, mas sabemos o que deu sustentação, mas também verificamos o “dano fiscal” consequente que elevou o déficit a estimados R$ 730,0 Bi, e agravou demasiadamente a crise fiscal do país, exaurindo os recursos governamentais em sua quase totalidade e pontificando como relevante risco fiscal do país.

As projeções iniciais do Boletim FOCUS tradicionalmente, ano após ano, resultam erráticas, portanto devem ser observados de forma bastante relativa ao início do ano. Projeção de IPCA para 2021 de 3,34% naturalmente não está precificando adequadamente o impacto nos preços dos serviços, que representam 70% do PIB, do IGP-M de 25% do ano de 2020.

O governo poderá ser fortemente pressionado nas taxas de juro para a rolagem dos R$ 1,3 trilhão vincendo da Dívida Pública este ano, e este fato não pode estar fora do radar.

No Brasil há enorme expectativa quanto ao fluxo de recursos externos para a Bovespa, porém alertamos para o fato de que não deve ser perdido de vista o comportamento do dólar, quando se fizer análises prospectivas em torno da evolução ou tendência de evolução do índice da B3 (SA: B3SA3).

No ano de 2020 o índice apresentou prejuízo de 20% em dólares para os investidores, em linha naturalmente podendo ter excedido para alguns e ter sido reduzido para outros dependendo do momento do ingresso, mas a mediana foi este percentual e foi expressivo.

O ganho de 3% em real pode refletir preços inflados e acima dos parâmetros de razoabilidade num ambiente de PIB negativo de 4,5%, pressionados por demanda num ambiente de exiguidade de oportunidades. Este fato merece melhor observação.

Desta forma, é fundamental que ao se analisar prospectivamente as tendências do índice da B3 se correlacionem necessariamente com o comportamento da moeda americana, já que a impulsão doravante tenderá a decorrer muito mais do ingresso de investidores estrangeiros, visto que os nacionais, inclusive pessoas físicas, já estão posicionados.

Se a moeda americana fortalecer o viés de depreciação no mercado global como tem sido especulado pelos “players” nos posicionamentos em relação á moeda, com correspondência direta do movimento no nosso mercado local, sem que haja grande incremento sustentável dos preços das ações brasileiras, em especial as “blue chips”, pode tornar caros os preços dos papéis em dólares e estimular a realização do ganho cambial por parte dos investidores estrangeiros já presentes no nosso mercado, ante a inviabilidade do ganho da rentabilidade no preço dos papéis.

Por outro lado, a depreciação do dólar tenderia a reduzir a continuidade da atratividade dos papéis brasileiros por parte de novos investidores estrangeiros que poderiam passar a ser considerados “caros”.

Contudo, para continuar sendo atrativa ou em alta a B3 precisa alargar o leque de oportunidades em ações de setores relevantes da economia e esta evidenciar revitalização, visto que o comércio varejista poderá sofrer mais diretamente os efeitos da queda de consumo decorrente do encerramento dos programas assistenciais, e as “blue chips” nacionais continuam as mesmas há anos.

Ainda paira na visão prospectiva o temor de na reforma tributária ser introduzida a tributação sobre dividendos, o que seria altamente negativo para o mercado acionário.

O dólar tende a repercutir no nosso mercado o comportamento como da tendência no mercado externo, que se insinua ser de depreciação, porém existem fatores de contenção internos pontuais de natureza política, fiscal, monetária e alterações de preços nas commodities, que podem provocar desalinhamentos.

A política de “câmbio alto” implementada e estimulada pelo Ministério da Economia promoveu forte enriquecimento do agronegócio brasileiro que, afora a alta do preço da moeda em torno de 25% na média, ainda usufruiu da expressiva alta dos preços das commodities, como a soja que subiu 38,2% e que desta forma obteve benefício em torno de incremento de 70 a 75% nos preços finais/receitas. Mas, por outro lado, o câmbio alto provocou efeitos colaterais danosos à economia brasileira ao trazer de volta inflação pesada, da ordem de 13% nos alimentos da cesta básica, e fomentar o IGP-M em nível de 25% que reajusta os serviços, que depreciam o rendimento dos assalariados em face de um IPCA de tão somente 4,38%.

É muito provável que neste ano, com relações mais tênues com os Estados Unidos, a China busque incrementar suas compras de soja americana e outras commodities e até de outros países, numa discreta retaliação ao Brasil face aos agravos no relacionamento ocorridos recentemente envolvendo picuinhas desnecessárias na tecnologia da 5G e mesmo na questão das vacinas, e também tudo indica que o preço do dólar sofrerá depreciação em relação ao ano passado no nosso mercado, o que impacta na nossa competitividade.

Poderemos ter um desempenho de balança comercial menos expressivo, mas acreditamos que o mundo continuará demandando commodities, porém pode diversificar os fornecedores na medida em que as economias vão se recompondo.

Não podemos perder de vista que os Estados Unidos são nossos concorrentes em inúmeros itens de exportação e o dólar fragilizado potencializa sua competitividade, que resultará saudável para sua retomada da atividade econômica. O FED americano já salientou que a despeito da vacina continuará com sua política monetária estimulante.

Os entraves brasileiros perduram os mesmos e centrados na necessidade de reformas estruturais e viabilização de adequação da severa crise fiscal que imobiliza as ações de governo, e que ofuscam em parte a atratividade que o país deveria despertar neste momento em que há incremento de liquidez no mercado internacional.

Embora os sinais iniciais sejam de que Brasil procura manter um ambiente positivo é inevitável que haja sensatez e muita avaliação prospectiva embasada na realidade e não nos anseios para que não se criem expectativas distorcidas.

Os “medos” globais ainda são intensos e no Brasil, enormes e o comportamento do dólar ontem, volátil e excessivamente desproporcional em relação ao real, deixou evidente esta realidade e a postura defensiva evidenciou a nossa vulnerabilidade.

E, relevante, não pode ser relegado a plano secundário os efeitos negativos imediatos que a pandemia do coronavírus ainda pode causar às atividades econômicas, mesmo com a disseminação da vacinação e no Brasil pior porque estamos atrasados na vacinação e o governo não tem recursos para estimular a atividade econômica.

Fundamentalmente, o Brasil precisa descomplicar-se! Mas este sabidamente é um desafio enorme, e disto mais do que tudo depende o nosso desempenho neste ano!

Fonte: Investing Brasil

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Apesar do superavit em 2020, Brasil sofre com queda de exportações

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A pandemia da covid-19 colocou o mundo em recessão e fez estragos no comércio internacional em 2020. Pelas estimativas da Organização Mundial do Comércio (OMC), o intercâmbio global deverá crescer 7,2%, em 2021, depois de desabar 9,2% no ano passado. E, no Brasil, o avanço deverá ser mais modesto pelas projeções da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, que estima alta de 5,5% na corrente de comércio — resultado da soma dos embarques e desembarques —, para US$ 389,2 bilhões. Segundo analistas, há muitos desafios para o país ser mais competitivo.

Conforme dados da Secex divulgados, ontem, após as quedas de 6,1%, nas exportações, e de 9,7% nas importações, a balança comercial brasileira registrou superavit de US$ 51 bilhões, o terceiro melhor da série histórica iniciada em 1989, e o maior desde 2018. O resultado, no entanto, ficou levemente abaixo das estimativas do mercado devido, principalmente, ao aumento de quase 40% nas importações de dezembro, fruto de um artifício contábil da nacionalização de cinco plataformas de petróleo, pelo regime especial Repetro, que somou US$ 4,7 bilhões.

Em 2020, a corrente de comércio do país somou US$ 368,8 bilhões, dado 8,4% inferior aos US$ 402,7 bilhões contabilizados em 2019. Para este ano, as projeções da Secex indicam crescimento de 5,3% nas exportações e de 5,8% nas importações, resultando em um superavit de US$ 53 bilhões.

Apesar do saldo positivo na balança comercial em 2020, o Brasil não tem muito o que comemorar, na avaliação de José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). “As importações e as importações tiveram queda. O superavit foi uma mera consequência desse quadro que ainda mostra o comércio brasileiro cada vez mais dependente das exportações de commodities e pouco competitivo no mercado de produtos manufaturados e de maior valor agregado”, avalia.

Castro destaca que o país perdeu mercado junto a importantes parceiros comerciais, como Estados Unidos, Argentina e União Europeia e o crescimento das exportações brasileiras deste ano será mais um efeito estatístico sobre uma base muito ruim. “Voltamos ao patamar de 2010, com quase US$ 210 bilhões embarcados, ou seja, não houve avanços nessa década”, destaca.

A última previsão da AEB estimava saldo positivo de US$ 51,9 bilhões em 2020, e, para 2021, a entidade está mais otimista do que o governo, pois espera um superavit comercial recorde de US$ 69 bilhões, puxado pela alta das exportações, principalmente, para a China, maior parceiro comercial do Brasil. Soja e minério de ferro, principais itens da pauta brasileira, não colocam o país como protagonista no cenário externo. “O Brasil não consegue aumentar sua participação no comércio global há várias décadas. Reforma tributária e mais investimentos em infraestrutura, que ajudariam a melhorar a competitividade, não avançaram”, lamenta. Castro lembra que a ineficiência da logística e a elevada carga tributária pesam em 30% no preço final dos produtos nacionais lá fora, o chamado Custo Brasil.

Na avaliação de Wagner Parente, especialista em relações internacionais e CEO da BMJ Consultores Associados, “o que tinha de notícia boa para o agronegócio, que foi o destaque da pauta exportadora brasileira em 2020, já aconteceu”.

Diplomacia abandonada

Graças ao abandono da tradicional diplomacia e aos retrocessos na área ambiental de integrantes do governo Jair Bolsonaro, o país deverá sentir as consequências tanto nos investimentos quanto no comércio, de acordo com analistas ouvidos pelo Correio. Para eles, será preciso mudanças no rumo nessas duas agendas e troca de ministros.

Em meio ao aumento recorde dos números de desmatamentos e queimadas do país, a ratificação do tratado de livre comércio entre União Europeia e Mercosul, assinado em junho de 2019, está parada nos parlamentos dos países-membros enquanto o governo brasileiro afrouxa as regras e sucateia órgãos fiscalizadores do Meio Ambiente. E o país continua isolado na área comercial, apesar de o ministro da Economia, Paulo Guedes, assim que tomou posse, garantir que a abertura comercial era uma das prioridades.

“Um dos maiores problemas para a abertura é o Custo Brasil. É uma tarefa enorme reduzi-lo para tornar o país competitivo”, destaca o diplomata Roberto Abdenur, ex-embaixador do Brasil na China, na Alemanha e nos Estados Unidos. Na avaliação do diplomata, o mérito do acordo entre UE e Mercosul não é do atual governo, mas da diplomacia brasileira, porque foi negociado nos últimos 20 anos e assinado com a condicionante de respeito ao Acordo de Paris.

Ratificação parada

“A ratificação do acordo UE-Mercosul está paralisada, e não digo que de todo inviabilizada, por conta das políticas regressivas na gestão ambiental e no desrespeito aos povos indígenas”, explica Abdenur. Ele acredita que a diplomacia brasileira sofreu um retrocesso ao permitir que o país se tornasse um vilão internacional, algo muito ruim para imagem, que é difícil reverter. Para piorar, com a expectativa de uma ação mais conjugada entre UE e os Estados Unidos, sob o comando do democrata Joe Biden, defensor da causa ambiental, a partir de 20 de janeiro, o diplomata reconhece que é provável que o acordo UE-Mercosul sofra retrocessos, “pois os europeus estarão mais interessados em se aproximar da maior economia do planeta do que do Brasil”.

Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), lembra que a pandemia acelerou uma mudança na percepção global sobre a importância da preservação ambiental e o Brasil está à margem dessa nova tendência, podendo perder mais um bonde da história. “Essa é uma agenda moderna e o custo da preservação ambiental entra nos balanços de riscos dos investidores. Se o Brasil ficar de fora, os riscos de sofrer as consequências por não estar alinhado com as tendências do mundo aumentam. É uma questão de negócios. Não é uma questão ideológica. E, futuramente, haverá punições para quem não preservar”, alerta.

Para Wagner Parente, CEO da BMJ Consultores Associados, Bolsonaro poderá dar uma boa sinalização de mudanças na diplomacia e na área ambiental na próxima reforma ministerial, prevista para fevereiro. “O Brasil está isolado do mundo e tende a ficar ainda mais isolado enquanto mantiver figuras da ala ideológica do Itamaraty e do Meio Ambiente atrapalhando a economia”, critica.

Fonte: Correio Braziliense Online

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IPCA para 2020 passa de 4,39% para 4,38%, prevê Focus

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Os economistas do mercado financeiro alteraram levemente a previsão para o IPCA o índice oficial de preços em 2020. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA no ano passado foi de alta de 4,39% para 4,38%. Há um mês, estava em 4,21%. A projeção para o índice em 2021 foi de 3,34% para 3,32%. Quatro semanas atrás, estava em 3,34%.

O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2022, que seguiu em 3,50%. No caso de 2023, a expectativa permaneceu em 3,25%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,50% e 3,25%, nesta ordem.

A projeção dos economistas para a inflação está acima do centro da meta de 2020, de 4,00%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâmetro para 2023 é inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%).

Em dezembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação de novembro foi de 0,89%. Em 12 meses, a taxa acumulada está em 4,31%.

Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2020 segue em 4,34%. Para 2021, a estimativa do Top 5 seguiu em 3,41%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 4,04% e 3,41%, respectivamente. No caso de 2022, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 3,52%, ante 3,50% de um mês atrás. A projeção para 2023 no Top 5 seguiu em 3,50%, ante 3,38% de quatro semanas antes.

Fonte: Tribuna do Norte

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