Tesouro direto atraiu mais de 21 mil investidores em janeiro

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O total de investidores ativos no Tesouro Direto, isto é, aqueles que atualmente estão com saldo em aplicações no programa, atingiu a marca de 1.464.804 pessoas em janeiro deste ano, um aumento de 21.119 investidores no mês. Já o número de investidores cadastrados no programa aumentou em 377.421, crescimento de 4,10% em relação a dezembro de 2020, atingindo a marca de 9.578.168 pessoas. Os dados foram divulgados pelo Tesouro Nacional nesta terça-feira (23).

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Foram realizadas 423.013 operações de investimento em títulos do Tesouro Direto, no valor total de R$ 2,29 bilhões, no mês passado. Os resgates foram de R$ 3,027 bilhões, e o pagamento de juros semestrais totalizou R$ 190,19 milhões. Dessa forma, houve resgate líquido de R$ 734,68 milhões.

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De acordo com o Tesouro Nacional, as aplicações de até R$ 1 mil representaram 68,22% das operações de investimento no mês. O valor médio por operação foi de R$ 5.420,03. Os títulos mais demandados pelos investidores foram os indexados à inflação (Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com juros semestrais) que somaram, em vendas, R$ 907,31 milhões e corresponderam a 39,57% do total. Os títulos indexados à taxa Selic (Tesouro Selic) totalizaram R$ 789,58 milhões, representando 34,44% das vendas, enquanto os títulos prefixados (Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com juros semestrais) totalizaram R$ 595,86 milhões em vendas, ou 25,99% do total.

Recompras

Nas recompras (resgates antecipados), também predominaram os títulos indexados à taxa Selic, que somaram R$ 858,72 milhões (49,94%). Os títulos remunerados por índices de preços (Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com juros semestrais e Tesouro IGPM+ com juros semestrais) totalizaram R$ 597,65 milhões (34,76%) e os prefixados, R$ 263,24 milhões (15,31%).

Quanto ao prazo, a maior parcela de vendas se concentrou nos títulos com vencimento entre 1 e 5 anos, que alcançaram 56,76% do total. As aplicações em títulos com vencimento acima de 10 anos representaram 16,01%, enquanto os títulos com vencimento de 5 a 10 anos corresponderam a 27,23% do total.

Estoque

Em janeiro de 2021, o estoque do Programa fechou em R$ 62,51 bilhões, uma queda de 0,31% em relação ao mês anterior (R$ 62,70 bilhões). Os títulos remunerados por índices de preços se mantêm como os mais representativos do estoque somando R$ 32,24 bilhões, ou 51,57% do total. Na sequência, vêm os títulos indexados à taxa Selic, totalizando R$ 18,48 bilhões (29,57%), e os títulos prefixados, que somaram R$ 11,79 bilhões, com 18,86% do total.

Quanto ao perfil de vencimento dos títulos em estoque, a parcela com vencimento em até 1 ano fechou o mês em R$ 3,18 bilhões, ou 5,09% do total. A parcela do estoque vincendo de 1 a 5 anos foi de R$ 36,99 bilhões (59,19%) e o percentual acima de 5 anos somou R$ 22,33 bilhões (35,73%).

Fonte: Monitor Mercantil

Grupo Boticário terá 100% de seus itens de perfumaria produzidos com EcoÁlcool

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A partir deste ano, o Grupo Boticário terá 100% das suas linhas de fragrâncias produzidas com EcoÁlcool. Como parte da meta da companhia em tornar sua produção cada vez mais sustentável, a empresa tem trabalhado em inovações tecnológicas capazes de traduzir em seus produtos esse compromisso com um crescimento ecologicamente responsável. E desde 25 de janeiro todos os novos itens de perfumaria já passaram a conter o EcoÁlcool na sua fórmula.

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Fabricado da cana-de-açúcar, assim como o álcool, o EcoÁlcool é feito a partir do bagaço da cana e outros resíduos de biomassa, que antes eram queimados ou descartados. Este processo também garante a redução na pegada de carbono em mais de 30% em relação ao álcool tradicional. A tecnologia para essa produção foi desenvolvida pela Raizen.

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Alternativa para combustíveis em automóveis, o EcoÁlcool agora tem na indústria de cosméticos o Grupo Boticário como pioneiro desta prática no Brasil. Em 2019, a empresa já havia anunciado que a linha Nativa SPA de O Boticário seria a primeira a usar o EcoÁlcool na sua composição e agora estende o compromisso para todo o catálogo de produtos de perfumaria das suas marcas. Com o EcoÁlcool, outra vantagem ambiental obtida é a diminuição da necessidade de plantar cana para aumentar a produção, tendo um uso mais eficiente da terra e maior produção com mesma área plantada.

‘O Grupo Boticário já era pioneiro em utilizar o EcoÁlcool em cosméticos no Brasil e agora amplia esse compromisso sustentável para todas as suas fragrâncias. Agora ampliamos o aproveitamento de forma integral da cana de açúcar, em um processo mais tecnológico e ecologicamente correto’, comenta Rafael Müller, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Boticário.

Com foco em um crescimento sustentável desde sua fundação, o Grupo Boticário renova ano após ano seu compromisso com boas práticas ambientais na sua indústria. Em 2020, Artur Grynbaum, CEO da empresa, foi nomeado como porta-voz do ODS 12, um dos 17 objetivos estabelecidos pela Agenda 2030 da ONU para um desenvolvimento sustentável. Neste item, a meta é assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis, algo que faz parte da essência do Grupo Boticário e que é reforçado por mais essa novidade referente ao EcoÁlcool.

Fonte:  

Interfarma promove webinar sobre doenças raras

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Nesta sexta-feira, dia 26 de fevereiro, às 18h, a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa – Interfarma, em parceria com a Frente Parlamentar de Doenças Raras, realizará um webinar gratuito sobre a importância da Portaria GM/MS nº 199/2014 no SUS e conscientização dos desafios enfrentados pelos pacientes. Próximo ao Dia Mundial das Doenças Raras (28), o objetivo é aproveitar a data para buscar engajamento dos parlamentares, da indústria e associações de pacientes e para que se mobilizem ou solicitem do executivo ações sobre os pontos levantados.

A associação utilizará de seu estudo, sobre os avanços e desafios na implementação da Portaria 199 publicado recentemente, para debater o cenário atual das doenças raras no País. Também pretende reforçar a importância da contribuição de cada parte interessada nessa agenda para a melhoria no acesso ao diagnóstico e tratamento por pacientes de doenças raras.

O webinar contará com a participação de Elizabeth de Carvalhaes (presidente da Interfarma), o Deputado Diego Garcia (presidente da Frente Parlamentar de Doenças Raras), Antoine Daher (presidente da Febrararas), Nelson Mussolini (presidente da Sindusfarma), Têmis Maria Felix (presidente da Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica) e Hélio Angotti Neto (a confirmar – Secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde (SCTIE) – MS)

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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‘Tive pacientes que me chamaram de criminoso’, diz Uip sobre polêmica com uso de remédio

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Um dos principais infectologistas do País, conhecido por tratar celebridades e políticos e por atuar no combate de epidemias há decadas, David Uip enfrentou um desafio diferente na pandemia de covid-19. Membro do centro de contingência contra o coronavírusdo governo de São Paulo, o especialista e sua família foram alvos de ataques raivosos nas redes sociais e em sua clínica por causa da polêmica em torno de um possível tratamento do médico com hidroxicloroquina quando ele teve o diagnóstico da doença, no início da pandemia.

Em entrevista concedida nesta segunda-feira, 22, ao Estadão sobre o balanço de um ano da pandemia no País, Uip detalha as consequências da perseguição que sofreu e revela diz até ter sido chamado de criminoso por pacientes que o conheciam há anos. ‘Eu tive pacientes antigos que ligaram para o consultório e me chamaram de criminoso por eu ‘não querer que as pessoas se curassem como eu me curei’. Foi algo muito pesado para a minha esposa, filhos e netos. Todo mundo que tem sobrenome Uip sofreu demais.’

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O especialista conta que, mesmo com décadas de atuação e experiência em epidemias como as de Aids, febre amarela e H1N1, nunca imaginou passar por isso. ‘Eu fui totalmente surpreendido com essa história em paralelo. Eu já era um indivíduo que combatia as fake news há anos. Tem reportagens minhas falando que fake news em saúde são uma desumanidade, mas o que aconteceu dessa vez superou qualquer das piores expectativas. Nem de perto eu esperei algo parecido.’

Ele afirma que a divulgação de desinformação foi um dos principais entraves para o combate à pandemia no País e diz estar preocupado com os próximos meses, com aumento de aglomerações e circulação de novas cepas. Leia abaixo os principais trechos da entrevista.

No início da pandemia e considerando sua experiência como infectologista em outras epidemias, você esperava que o Brasil teria um cenário tão catastrófico?

Se você lembrar, no início da pandemia, vazou um vídeo de uma aula que eu fui dar no Incor (Instituto do Coração). Naquele vídeo, eu criava cenários, de 1% a 10% de contaminação (no Estado de SP), justamente pra tentar estimar o que seria preciso fazer especialmente na questão do número de leitos. Até então, ninguém tinha ideia da dimensão naquele momento. Acho que começamos a ter dimensão quando foram divulgados os casos da Europa. Até então, os casos da China estavam muito localizados. A história tomou vulto com a divulgação da situação da Itália, da França, Espanha, Alemanha e percebeu-se que o problema tinha uma dimensão maior do que se imaginava. Mas de qualquer forma, quando você cria cenários, é uma forma de o gestor se preparar de diversas formas. O que importava eram as contas de que 80% iam ser indivíduos assintomáticos ou com poucos sintomas; 20%, sintomáticos precisando de alguma atenção médica; e 5% precisariam de UTI. O Estado de São Paulo, naquele momento, tinha 7 mil leitos de UTI: 3.500 de adultos e 3.500 de crianças. A primeira hipótese era transformar os leitos de crianças em leitos de adultos, o que não foi possível porque a estrutura é totalmente diferente e porque não se sabia como seriam as infecções de crianças e as outras infecções habituais. Então, de forma acertada, não se mexeu nos leitos infantis. Tivemos que aumentar os leitos de UTI, que chegaram a praticamente 10 mil. Então, esses cenários foram importantes para criar situações que embasaram decisões de governo. A pandemia é um aprendizado por dia, uma surpresa por hora.

Em que momento o Brasil perdeu o controle da pandemia?

Eu acompanhei o governo federal e ajudei em tudo que eu pude enquanto o Mandetta foi ministro. Quando o Nelson Teich passou a ser ministro, passei a colaborar e ajudar o Nelson, com quem eu mantenho uma ótima relação. Depois, eu me afastei totalmente do governo federal, não tive nenhuma participação e não tenho nenhuma observação a fazer. Não falo sobre o governo federal, não falo sobre o Ministério da Saúde.

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Você teve uma situação pessoal delicada, que foi a contaminação pela covid e a exposição de que você supostamente teria usado hidroxicloroquina (o que gerou ataques de seguidores do presidente Jair Bolsonaro). Isso te fez, de alguma forma, querer ficar mais longe dessas questões de análise das políticas da pandemia?

Na verdade, eu só não voltei a coordenar o centro de contingência, mas eu continuo participando normalmente, nunca deixei de participar. Agora, aquilo que me aconteceu foi algo que não só me envolveu, mas foi uma crueldade com a minha família em cima de algo que nunca teve o menor nexo. Ao não divulgar o tratamento naquele momento, fiz algo que a ética recomendava. Se eu divulgasse que eu tomei qualquer medicamento, as pessoas iam sair comprando, tomando sem nenhum critério de controle. Se eu falasse que eu não tomei, era desesperança. Então, eu agi dentro de critérios éticos. Eticamente, você não pode ficar divulgando qualquer resultado de droga off label (uso de um remédio para condição diferente da prevista na bula). Naquele momento, não se sabia o valor positivo ou negativo de vários medicamentos, diferentemente de hoje. Então, eu acho que a minha postura foi totalmente ética. Jamais revelei tratamentos de pacientes e entendi que minha privacidade foi invadida, com consequências. Hoje, eu processo a pessoa que invadiu a minha privacidade divulgando uma receita que não tinha nada a ver comigo. Aquela receita, se você olhar a data, é de 5 de março. E eu tive o diagnóstico no dia 23 de março. Quando nós começamos a ver o tamanho da pandemia, aqui na clínica nós resolvemos comprar diversos medicamentos: antibióticos, anti-inflamatórios, antitérmicos, inclusive a cloroquina. É só ver a data e o número de comprimidos. Então, tudo aquilo que aconteceu nunca teve nenhum sentido. Foi algo muito pesado para a minha esposa, filhos e netos. Todo mundo que tem sobrenome Uip sofreu demais.

Eram ataques nas redes sociais? Quais eram os argumentos?

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Eu tive pacientes antigos que ligaram para o consultório e me chamaram de criminoso por eu ‘não querer que as pessoas se curassem como eu me curei’. Você conversa com as secretárias daqui, você não tem ideia do que aconteceu. Eu, criminoso? O que eu fiz de errado?

A hipótese dessas pessoas é que você tinha usado o remédio e não queria divulgar para que outras pessoas tivessem o mesmo direito?

Pois é, e foi exatamente o contrário, eu me preocupei com a população. Me preocupei com a possibilidade de as pessoas se automedicarem sem controle. Continuo achando que eu estava absolutamente correto.

E que tipos de ataques fizeram contra a sua família?

As redes sociais viraram uma loucura. Inclusive eu chamei os Uips e pedi para que ninguém se manifestasse, porque não adiantava. E o volume ia aumentando de uma forma que você não tem controle. Eu tenho um neto de 12 anos que tem acesso à internet. Calcula o impacto para ele. O jornalismo oficial e responsável me ajudou muito esclarecendo, mas nas redes sociais ninguém tem controle, para o bem e para o mal. E foram cruéis. Uma coisa é eu ser atacado, primeiro que eu não acho justo. Outra coisa é atacarem minha família. Isso é inadmissível. E mais: o que fiz de errado? Eu não tinha cargo, não tinha pretensão política e nunca fui remunerado, era um trabalho voluntário, que eu via como missão, por conta da minha história. Nunca vi sentido nesses ataques.

E vocês descobriram quem vazou aquela receita?

Descobrimos. Quando a receita vazou, os meus pacientes da minha clínica ficaram muito inseguros. Isso aqui é uma clínica complicada, tem muitos pacientes com doenças complexas, doenças que as pessoas querem privacidade. Quando vazou, houve um sentimento de quebra de sigilo da clínica, e não foi. A quebra de sigilo foi na farmácia, isso está identificado, processado e correndo na Justiça. O responsável vai responder por isso. Quem vazou foi a farmácia. Isso é importante esclarecer porque nós temos o maior cuidado em preservar todos os dados da clínica. Eu tenho consultório desde 1978, nunca vazou dado. Somos rigorosos quanto ao sigilo. Essa foi a outra consequência dessa história. E mais: naquela receita, estava o meu endereço residencial, todo mundo soube onde eu morava.

 

Você esperava ter que lidar com isso em meio a tantas outras preocupações médicas sobre a pandemia? Já tinha passado por isso?

Eu fui totalmente surpreendido com essa história em paralelo. Eu já era um indivíduo que combatia as fake news há anos. Tem reportagens minhas falando que fake news em saúde são uma desumanidade, mas o que aconteceu dessa vez superou qualquer das piores expectativas. Nem de perto eu esperei algo parecido.

Você chegou a ter pacientes que deixaram a clínica?

É uma coisa curiosa. Quando isso apertou, eu chamei meus filhos e falei: se tem uma coisa que vai prevalecer é a verdade. A verdade vai surgir. Para você ter ideia, eu tive paciente que me atacou e disse que nunca mais voltaria no meu consultório. Depois de dias, a pessoa teve covid e me chamou para acompanhar.

E você aceitou?

Claro, eu sou profissional. Não misturo as coisas. Pena que as pessoas misturaram. Mas eu, não. Acho que hoje todo mundo entendeu o que aconteceu, especialmente porque tentaram politizar a minha vida achando que eu estava usando daquela minha posição objetivando cargos ou eleições. Todo mundo percebeu que não tinha nada a ver, como nunca teve. Eu nunca tive pretensão política.

Para além do seu caso, o quanto você acha que a disseminação de fake news ou de informações distorcidas atrapalhou o combate à pandemia?

Eu ouvi coisas inacreditáveis de uma porção de médicos. Uns defendendo tratamentos não provados, outros dizendo que era uma doença sem consequências, que teríamos poucos casos no Brasil. Teve um que falou que teríamos só 3 mil casos no Brasil. Coisas que você se pergunta de onde saiu. Isso eu vi demais, de uma forma totalmente inconsequente e irresponsável e atrapalhou, sim, atrapalhou muito. Ainda hoje as pessoas duvidam da gravidade. Uma paciente minha de anos veio aqui na semana passada e falou: ‘Você está exagerando, não é tudo isso que você diz. Eu não tenho nenhum amigo que foi internado grave. Isso é coisa que vocês inventaram’. Tenho outra paciente que está tranquila porque está tomando ivermectina semanalmente e que acha que não vai pegar. Não consigo entender.

Hoje, um ano depois, o que temos, de fato, comprovado sobre tratamento contra a covid?

Nós não temos o tratamento etiológico (que ataca a causa da doença). O que nós fazemos é suporte de vida. Isso melhorou muito porque as equipes multiprofissionais estão muito mais treinadas. Hoje nós sabemos como lidar com doente grave. Para isso, precisa de equipes multiprofissionais treinadas e protocoladas e hospitais bem equipados. Isso faz diferença. Estamos chegando em limites como o uso do ECMO (membrana extracorpórea que funciona como um pulmão artificial), que é uma coisa que já existia, mas não para essa indicação de insuficiência respiratória aguda, e está ajudando a salvar muitos pacientes. Anticoagulação está muito melhor estudada. A hierarquização do suporte respiratório também. Tudo isso evoluiu, e muitos pacientes graves estão saindo vivos. Agora, o que falta é um remédio antiviral, faltam anticorpos monoclonais e que você consiga universalizar a vacina.

Na sua visão, de que forma as novas cepas vão impactar a pandemia?

Precisamos ser muito cuidadosos e, ao mesmo tempo, temos urgência nas respostas. Cuidadosos em responsabilizar essas alterações genômicas como mais infectantes, mais mórbidas e mais letais. O que está provado até hoje é que a cepa da Inglaterra é mais infectante, o resto nós precisamos provar. Nós temos urgência em provar. Não só a infectividade, morbidade e letalidade, mas como se comportam as vacinas Coronavac e a da AstraZeneca contra esse novo perfil de mutação.Uma coisa que me preocupa é que, em paralelo, isso coincide com momentos de maiores aglomerações.

E qual deve ser a prioridade nesse momento?

Vacinar, vacinar e vacinar.

Mas com a limitação de doses, não teremos vacinas para todo mundo num curto período de tempo?

Acredito que a falta de vacina é sazonal. Daqui a pouco nós teremos várias vacinas e múltiplas vacinas. Mas é um momento complicadíssimo porque estamos ainda sem conseguir vacinar um maior número de pessoas e aumentando o número de casos. Esses próximos meses serão complexos.

Nesse cenário, acredita que há risco de colapso mesmo em sistemas mais estruturados, como São Paulo?

Eu acho que São Paulo sustentou essa história até hoje. Foi pressionado, mas sustentou. Agora, temos desafios pela frente, e não são poucos. Tem que ver o índice de ocupação de UTIs, tem que ver o número de infectados por 100 mil habitantes, são novos desafios que têm que ser enfrentados imediatamente. O centro de contingência tem como atribuição, de forma científica e prática, assessorar o secretário e o governo. E é isso que o centro tem feito todas as semanas. Amanhã (Hoje), vamos ter uma reunião que trata de todos esses assuntos. Agora, o centro é um órgão assessor de governo, mas sempre a decisão final é do governo.

A quarentena, no nível que temos hoje, está adequada ou terá que ficar mais rígida?

Seguramente terá que ser alterada.

Após um ano, o que mais te preocupa em relação a esses próximos meses de pandemia e como ela se diferencia de outras situações de emergência em saúde pública que você viveu?

As pessoas estão cansadas, as pessoas precisam trabalhar, agora o que eu não entendo são as atitudes inconsequentes: festas, aglomerações, irresponsabilidades. Isso eu não entendo e acho que não há precedente. Nas crises anteriores, você tinha situações diferentes. Agora, você precisa de um envolvimento de toda a sociedade, e de uma vez. Isso, para mim, é inusitado.

E o que fica de maior aprendizado?

Para mim, na pandemia você aprende todo dia e você tem que ter a competência e a humildade de mudar de opinião. Você pensa de um jeito e, de repente, você se depara com uma situação que você não previa e você tem que se posicionar de outra forma. Pandemia é isso, um aprendizado por dia e você tem que ter muita humildade e senso crítico para ir aprendendo e mudando.

Fonte: Jornal de Brasília

Respiradores 100% nacionais são produzidos em Uberaba

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A tecnologia feita em Uberaba deve colaborar com o enfrentamento à Covid-19. Respirador produzido pela Electric Ink está em pleno funcionamento. O anúncio foi feito nesta terça-feira (23) pelo sócio da empresa, Paulo Fernando Angotti.

O planejamento para a produção do equipamento, que é essencial nas internações de pacientes infectados com a Covid-19, começou aproximadamente em abril do ano passado, logo após a explosão da pandemia. O empresário informou em vídeo divulgado nas redes sociais que a construção da máquina foi um grande desafio e que agora irá ser encaminhada à Anvisa para o cumprimento de exigências.

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Ainda no vídeo, são mostrados a eficiência e o funcionamento do respirador, totalmente verticalizado e que conta até com um pen-drive para registro de qualquer anomalia ou alteração. Caso alguma válvula seja desconectada o aparelho avisa imediatamente.

“É um aparelho 100% nacional, desenvolvido dentro da Electric Ink. Foi um sacrifício, um caminhão de dinheiro investido e tempo, estresse, mas fizemos tudo até as válvulas”. A marca da empresa, o famoso gatinho da Electric Ink, está em evidência nas válvulas. A empresa divulgou também que pretende investir em uma linha hospitalar, que se chamará V.S.E Medical.

Paulo Fernando informou ainda que as peças já estão sendo utilizadas em hospitais por equipes de fisioterapia hospitalar para teste e estão em plena função, para em breve gerar um feedback. Assim que sair a aprovação da Anvisa, a Electric Ink irá dar início a produção em linha e comercialização.

Fonte: Jornal da Manhã

Pesquisa da Unicamp revela poder de cura da jabuticaba

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Uma pesquisa desenvolvida na FEA (Faculdade de Engenharia de Alimentos) da Unicamp e licenciada pela startup Rubian Extratos, da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da universidade, revelou propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias da casca da jabuticaba.

Aos serem inseridas na formulação de um suplemento alimentar, algumas propriedades da casca trazem benefícios para a saúde, podendo ser eficazes no controle do peso e utilizadas para prevenir doenças, entre as quais a inflamação da próstata.

A nova composição também tem eficácia no combate ao aumento do colesterol e à multiplicação de células cancerígenas, além de dispor de capacidade para modular o metabolismo hormonal e de glicose.

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‘A Rubian está trabalhando na implantação desta tecnologia através do desenvolvimento de um produto classificado como suplemento alimentar, que deverá atender requisitos específicos determinados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e outros órgãos competentes’, afirma Eduardo Aledo, sócio-fundador da empresa.

Buscando fornecer um suplemento alimentar para farmácias de manipulação e uso industrial, Aledo conta que o produto deve chegar ao mercado até meados de 2020. Além da autorização dos órgãos regulatórios, ainda é necessário o desenvolvimento do processo em maior escala, assim como a realização de estudos toxicológicos e de embalagem.

A tecnologia foi desenvolvida pelo professor Mário Roberto Maróstica Júnior, da Engenharia de Alimentos, em conjunto com a professora Valeria H Alves Cagnon Quitete. Segundo ele, a grande vantagem do composto é a ausência de efeitos colaterais.

‘Existem medicamentos que combatem a obesidade e câncer de próstata, mas os efeitos colaterais nem sempre são desprezíveis. Nosso extrato, nos estudos realizados em escala laboratorial, mostrou excelente eficácia e não evidenciamos efeitos colaterais’, comenta o docente.

MEIO AMBIENTE

Aledo destaca duas principais motivações para o licenciamento: a qualidade de vida que o produto pode oferecer e o baixo impacto ambiental, uma vez que os bioativos naturais são obtidos por meio de processos limpos.

O produto que está sendo desenvolvido pela startup busca também trazer benefícios ambientais, uma vez que utilizará a casca da jabuticaba que seria descartada pela indústria alimentícia.

‘Neste projeto, em particular, iremos utilizar o resíduo da indústria de sucos e geleias como fonte de matéria-prima para o processo extrativo. São vários elementos que, no conjunto, enriquecem a proposta de valor para nossa sociedade’, defende Aledo.

JABUTICABA

O grupo de pesquisa do qual Maróstica é membro tem estudado os ativos da jabuticaba há uma década, analisando as demandas e tendências do mercado de saúde e bem-estar. ‘Sempre estivemos atentos às novas tendências do mercado de alimentos funcionais, visando o público consumidor que se preocupa com o papel dos alimentos na saúde’, aponta o docente.

Também participaram do desenvolvimento da tecnologia, que contou com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), os pesquisadores Valéria Alves Cagnon Quitete, Celina de Almeida Lamas, Sabrina Alves Lenquiste, Félix Guillermo Reyes, Patrícia Aparecida Campos Braga e Andressa Mara Baseggio. (Com informações do Jornal da Unicamp)

Fonte: Jornal Americanense

AstraZeneca produzirá parte das vacinas contra covid-19 para a UE fora do bloco

A gigante farmacêutica AstraZeneca anunciou nesta terça-feira (23) que só poderá fabricar na União Europeia metade das doses que se comprometeu a fornecer ao bloco no segundo semestre do ano e que o resto será produzido em outro local.

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A AstraZeneca “está trabalhando para aumentar a produtividade em sua cadeia logística na UE” e usará “sua capacidade global para garantir a entrega de 180 milhões de doses à UE no segundo semestre”, disse um porta-voz do grupo britânico à AFP.

“Cerca de metade do volume esperado virá da cadeia logística na UE” e o restante da rede internacional da empresa, continuou.

O fornecimento da vacina AstraZeneca-Oxford para a União Europeia no primeiro trimestre de 2021 gerou polêmica, com tensões entre a UE e o grupo farmacêutico.

Antes da UE aprovar a vacina no final de janeiro, a empresa irritou os líderes europeus ao anunciar que não poderia cumprir sua meta de entregar 400 milhões de doses ao bloco devido aos meios de produção insuficientes no bloco europeu.

A questão também gerou tensões diplomáticas com o Reino Unido, que saiu do bloco europeu.

Bruxelas acusou implicitamente a AstraZeneca de dar a Londres tratamento preferencial em detrimento da UE. O governo britânico imunizou milhões de pessoas com a vacina AstraZeneca desde o final de 2020.

Os primeiros suprimentos para a UE chegaram no início de fevereiro de 2021 porque o regulador europeu de medicamentos demorou a aprovar seu uso.

Fonte: Gazeta de Piracicaba

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/02/18/basf-cria-plataforma-para-pequenas-farmaceuticas/

Brasil registra 204 casos de variantes da Covid-19

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O Ministério da Saúde afirmou que tem monitorado o surgimento de variantes da Covid-19 no Brasil. De acordo com levantamento realizado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, a partir das notificações recebidas pelas secretarias estaduais de saúde, foram registrados 204 casos de variantes do vírus SARS-CoV-2 no Brasil. Os dados vão até 20 de fevereiro de 2021. As informações são da Agência Brasil.

O levantamento identificou no Brasil 20 casos da variante britânica da Covid-19, sendo 11 em São Paulo, seis na Bahia, dois em Goiás e um no Rio de Janeiro. Já a variante P1, encontrada pela primeira vez em Manaus, está presente em 184 casos identificados no país: Amazonas (60), São Paulo (28), Goiás (15), Paraíba (12), Pará (11), Bahia (11), Rio Grande do Sul (9), Roraima (7), Minas Gerais (6), Paraná (5), Sergipe (5), Rio de Janeiro (4), Santa Catarina (4), Ceará (3), Alagoas (2), Pernambuco (1) e Piauí (1).

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O Ministério da Saúde enviou ontem uma nota técnica para os estados e para o Distrito Federal com informações sobre as novas variantes identificadas até o momento. O documento orienta medidas que devem ser adotadas e intensificadas pelas secretarias de Saúde estaduais, para monitorar e evitar a propagação das novas variantes no país.

Pfizer – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apresentou detalhes sobre a aprovação definitiva da vacina contra Covid-19 desenvolvida pelo laboratório norte-americano Pfizer. Chamada Cominarty, a vacina da Pfizer é a primeira a obter registro definitivo no país, apesar de ainda não estar disponível no mercado.

Fonte: Bem Paraná Online

Spray desenvolvido pelo Senai elimina a presença do coronavírus em superfícies

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Um spray antiviral desenvolvido pelo Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica do Paraná, capaz de neutralizar o vírus da covid-19 e suas variantes recém-descobertas, deve chegar ao mercado ainda neste primeiro semestre. A inovação funciona com nanopartículas de prata para proteger e revestir superfícies por, no mínimo, 72 horas, e a comercialização deve ser feita em lojas de departamento, e-commerces e farmácias.

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O produto, realizado em conjunto com a TNS Nano, pode ser utilizado, por exemplo, em maçanetas, mesas e bancadas, balcões de atendimento, corrimãos de escadas e corredores, auxiliando na prevenção do contágio não só dos consumidores como também dos funcionários em indústrias e comércio.

Segundo a pesquisadora e responsável técnica pelo projeto, Agne Carvalho, a fórmula é responsável pela formação de uma película protetora nas superfícies em que ele é aplicado. ‘Ele consegue neutralizar a ação do vírus porque ele desestabiliza a estrutura proteica de forma que seu RNA fica exposto e não tem mais a sua ação contaminante’, explicou.

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Foram desenvolvidas três diferentes formulações baseadas nas propriedades: estabilidade físico-química, formação de filme de proteção ultra fina capaz de proteger a superfície de aplicação, resistência à abrasão, eficácia antibacteriana, toxicidade oral, irritação dérmica e ocular e, principalmente, a eficácia antiviral.

O diretor geral da TNS Nano, Gabriel Nunes, destacou o diferencial do produto. ‘Ele consegue eliminar não da mesma maneira que um sabão ou um álcool em gel vem fazendo. Ele oferece essa segurança pelas próximas 72 horas, então nós estamos oferecendo algo que até agora não foi visto no mercado’, afirmou.

As aprovações, realizadas pelo Laboratório de Virologia Aplicada da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), simularam aplicações em materiais que mimetizam as principais superfícies de interesse como tecidos, granito, aço inox e laminados sintéticos.

O gerente do Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica, Filipe Cassapo, destacou a importância da iniciativa. ‘Esse é logicamente um produto absolutamente revolucionário, à medida que fomos capazes nesta pesquisa muito rápida, em apenas cinco meses, de desenvolver um revestimento que de maneira uniforme protege’, disse.

Com uma proposta similar à iniciativa brasileira, só que em composição de medicamento, em Israel está sendo desenvolvido um spray nasal contra a covid-19. O presidente Jair Bolsonaro anunciou que enviará uma comitiva brasileira para conhecer o produto.

O medicamento é inalado uma vez por dia durante alguns minutos, durante cinco dias, sendo direcionado diretamente para os pulmões. Assim como as vacinas, os estudos de medicamentos são divididos em várias etapas e, no Brasil, precisam de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para acontecerem.

Missão contra COVID-19

No início da pandemia, o Senai lançou a ‘Missão contra COVID-19’ como parte de um Edital de Inovação para a Indústria. Com apoio da Embrapii e da ABDI, foram destinados R$ 20 milhões para projetos que ajudem a prevenir, diagnosticar e tratar a Covid-19. O spray antiviral foi um dos projetos aprovados pelo Edital.

Fonte: Agência do Rádio

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Ipea revisa projeção de inflação em 2021 para 3,7%

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Os pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revisaram para 3,7% a alta da inflação brasileira em 2021. Em dezembro do ano passado, a inflação para este ano tinha sido projetada pelo Ipea em 3,5%.

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A pesquisadora do Grupo de Conjuntura do Ipea Maria Andréia Lameiras, autora do estudo, disse à Agência Brasil que dois fatores influenciaram na revisão: a alta das commodities (produtos agrícolas e minerais comercializados no mercado internacional) e a depreciação cambial do real frente ao dólar.

Ela explicou que, nos dois primeiros meses de 2021, algumas commodities, principalmente as energéticas, petróleo e alguns grãos, elevaram os preços no mercado exterior, contrariando a expectativa de estabilidade prevista para o período. ‘A gente já sabia que aquela desaceleração que estava esperando para os alimentos, já agora em janeiro e fevereiro, só ia acontecer um pouco depois. Tanto que, em janeiro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) alimentos, que desacelera em relação a dezembro, ainda foi alto para o mês de janeiro.’

Maria Andréia acrescentou que, em janeiro de 2021, ocorreu uma desvalorização cambial maior que em dezembro, o que gerou uma pressão do câmbio com impacto nos alimentos e nos demais bens. ‘Basicamente foi isso: a gente mudou a nossa previsão de alimentos e de outros bens, por conta desse câmbio e da elevação das commodities’, afirmou.

Esses dois fatores fizeram subir a inflação dos alimentos e dos demais bens livres de 3% para 4,4% e de 2,7% para 3%, respectivamente.

Serviços

Em contrapartida, os pesquisadores diminuíram a expectativa de inflação de serviços, porque apesar de um crescimento econômico esperado para 2021, ele vai ficar menor do que o projetado em dezembro. No último mês de 2020, o Ipea projetou para o Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) alta de 4,5% – número que será revisado em março.

Além disso, o aumento no número de casos de covid-19 e o ritmo ainda lento da imunização da população impediram o esperado relaxamento das medidas de isolamento social no primeiro trimestre. ‘Com isso, esse espaço para recomposição de preços de serviços vai ficar menor, porque a gente ainda vai ter uma demanda contida nesse segmento’.

As estimativas de inflação para os serviços livres, que englobam advogados, médicos, cabeleireiro, empregada doméstica, recreação, entre outros gastos, exceto educação, recuaram de 4% para 3,6%. Apesar da queda, o segmento deve encerrar o ano com variação acima da observada em 2020 (1,8%), o que representa o principal fator de alta do IPCA em 2021, destacou o Ipea, na Nota de Conjuntura sobre inflação.

‘As pessoas ainda estão com muito medo do contágio. Algumas cidades estão voltando a ter lockdown (confinamento) e isso vai bater no preço dos serviços, porque a primeira coisa que fecha nesses lugares são comércio e serviços’, disse a pesquisadora. ‘Isso vai gerar uma pressão de aumento de preços menor, porque isso está muito relacionado à demanda’.

Preços administrados

Já no caso dos preços administrados, a alta projetada agora de 4,4% superou a inflação estimada em dezembro de 2020, de 4%. Os preços administrados devem exercer maior pressão sobre a inflação neste ano devido à incorporação dos reajustes não ocorridos no ano passado e, também, à desvalorização do real e à alta mais acentuada do petróleo no mercado externo.

A demanda por petróleo tem sido grande no mercado internacional devido ao frio no Hemisfério Norte e isso afeta o preço do barril, com reflexos no Brasil, observou a autora do estudo.

Os planos de saúde regidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) já sofreram reajustes que não foram dados no ano passado por causa da pandemia e terão novo aumento na data de aniversário do contrato. A gasolina, por sua vez, registrou altas consecutivas no mês de fevereiro, lembrou Maria Andréia.

Também são esperados reajustes nas tarifas de energia elétrica, já que muitas concessionárias sofreram prejuízos no ano passado, e no transporte público. A pesquisadora lembrou que a pandemia provocou queda significativa no fluxo de pessoas o que levou à falência de empresas de transporte. Por isso, segundo ela, a pressão por aumento será maior nesse segmento.

As estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) são de variação de 3,4% em 2021, pressionado pelos preços administrados, especialmente energia elétrica e transporte público. Os alimentos em domicílio devem ter alta de 4,7% este ano, bem abaixo dos 18,9% do ano passado.

Fonte:

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