Com a aprovação, como (e quando) a vacina da Pfizer pode chegar aos brasileiros?

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Na manhã desta terça-feira (23/2), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a vacina Cominarty, desenvolvida pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech.

Esse é o primeiro imunizante contra a covid-19 a ganhar liberação definitiva no país – os outros dois produtos já aplicados no Brasil (a CoronaVac, da Sinovac e do Instituto Butantan, e a CoviShield, de AstraZeneca, Universidade de Oxford e Fundação Oswaldo Cruz) ganharam aval em caráter emergencial.

A aprovação definitiva abre um leque de possibilidades que precisarão ser discutidas por políticos, gestores da saúde pública, cientistas e sociedade durante os próximos dias.

“O registro da vacina da Pfizer e da BioNTech na Anvisa é mais amplo, pois envolve uma quantidade de dados maior. Essa amplitude também implica na possibilidade de mais setores poderem comprar esse imunizante”, analisa a neurocientista Mellanie Fontes-Dutra, coordenadora da Rede Análise Covid-19.

Em outras palavras, isso significa que as doses poderão ser adquiridas não apenas pelo Ministério da Saúde, mas também por Estados, municípios e até pela iniciativa privada.

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Isso, por sua vez, traz uma série de implicações para o enfrentamento da pandemia no Brasil.

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Alterações recentes

Até o segundo semestre de 2020, a única possibilidade para medicamentos, insumos, vacinas e equipamentos médicos serem comercializados no Brasil era com um registro definitivo aprovado pela Anvisa.

A lei número 6.360, que estabelece os detalhes desse processo, entrou em vigor a partir do dia 23 de setembro de 1976.

À época, o órgão responsável por avaliar cada pedido de liberação era o Ministério da Saúde. A partir de 1999, essa responsabilidade passou a ser da recém-criada agência sanitária brasileira, a Anvisa.

Porém, a pandemia de covid-19 exigiu algumas mudanças na regulamentação para acelerar a aprovação das vacinas.

Isso porque todo o trabalho de entrega dos dados, análise da documentação e uma resposta definitiva dos técnicos da Anvisa costuma levar alguns meses para ser finalizado.

E, com centenas de milhares de mortes provocadas pelo coronavírus, não é viável esperar tanto tempo assim para iniciar um programa nacional de imunização.

“No final de 2020, foram criados dois novos dispositivos. O primeiro deles é o fluxo contínuo, em que os responsáveis por uma vacina podem enviar a documentação aos poucos, conforme esses papéis fiquem prontos”, diz o médico e advogado sanitarista Daniel A. Dourado, do Centro de Pesquisa em Direito Sanitário da Universidade de São Paulo.

Até então, as farmacêuticas tinham que compilar a papelada toda e enviar o dossiê completo de uma só vez, que a partir daí começava a ser analisado pela Anvisa.

Falamos aqui de milhares e milhares de páginas, que levam muito tempo para serem lidas e estudadas.

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Com a alteração recente, as informações são remetidas em levas, e os técnicos da vigilância sanitária já podem começar seu trabalho aos poucos.

“O segundo ponto modificado foi a autorização emergencial das vacinas, que segue os moldes do que é feito em outros países”, completa Dourado, que também é pesquisador do Institut Droit et Santé da Universidade de Paris, na França.

Como o próprio nome já diz, essa aprovação dos imunizantes é mais rápida e se baseia numa análise parcial dos dados.

Ela segue critérios bem estabelecidos (como uma taxa de eficácia mínima de 50%) e permite acelerar processos sem pular etapas importantes da pesquisa clínica de um novo produto.

“É importante mencionar que a autorização emergencial só permite que as vacinas sejam aplicadas na rede pública”, completa o especialista.

Foi justamente esse o rito pelo qual passaram CoronaVac e CoviShield, cujas doses já são aplicadas nos postos de saúde do país nos públicos-alvo das primeiras fases da campanha.

O que fez a Pfizer?

Como a vacina Cominarty já possui dados muito robustos e é aplicada em dezenas de países mundo afora, as farmacêuticas Pfizer e BioNTech optaram por pedir o registro definitivo do produto no país.

A requisição foi feita no dia 6 de fevereiro de 2021 e aceita nesta terça-feira (23/02) – a rapidez na resposta se deve, inclusive, àquela facilidade de envio contínuo da documentação criada no final de 2020.

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A principal diferença entre a aprovação definitiva e a liberação emergencial está em quem poderá adquirir as doses.

Com o sinal verde da Anvisa, a Cominarty poderá ser comprada não só pelo governo federal, mas também autoridades estaduais, municipais ou entes privados. E isso, de acordo com os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, pode abrir brechas para a criação de “grupos paralelos” de vacinação contra a covid-19 e aumentar a desigualdade social no enfrentamento da pandemia.

“Eu entendo que todo mundo quer se proteger contra o coronavírus, mas nós temos regras do Plano Nacional de Imunização que precisam ser seguidas. Os grupos prioritários para a vacinação obedecem critérios, como maior risco de agravamento ou óbito por covid-19”, aponta Fontes-Dutra.

Portanto, se pessoas com condição de pagar pela vacina “furarem a fila”, o problema de saúde pública não se altera: indivíduos mais vulneráveis continuam pegando a doença e necessitando de internação em UTI.

“O argumento de ‘quanto mais imunizados, melhor’ pode ser enganoso. Se eu vacinar só jovens, o impacto que tenho na rede hospitalar, que está em seu limite, é baixo. A ordem da população que recebe as doses importa”, complementa Dourado.

De quem é a responsabilidade?

No momento, são discutidos vários dispositivos legais e projetos de leis para evitar a formação das “listas VIP” de vacinação no Brasil.

Após uma série de reuniões com executivos da Pfizer e da Janssen e com o ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), anunciou ontem (22/02) um projeto de lei que facilitaria a compra de doses por Estados e municípios e até pela iniciativa privada.

A ideia é que essas entidades assumam alguns riscos contratuais que têm encontrado resistência por parte do governo federal.

Desde o final do ano passado, Pazuello e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fizeram críticas às condições estabelecidas pela Pfizer nas negociações de compra.

Isso porque o contrato indica uma isenção de responsabilidade da farmacêutica e prevê que o governo assuma o ônus caso o imunizante provoque algum efeito colateral inesperado. A empresa, por sua vez, afirma que as mesmas cláusulas foram aceitas por governos do mundo inteiro na compra dos imunizantes.

Em dezembro, Bolsonaro levantou uma série de dúvidas infundadas sobre a segurança do imunizante e as negociações para compra de doses. “Lá no contrato da Pfizer, está bem claro: ‘nós [a Pfizer] não nos responsabilizamos por qualquer efeito colateral’. Se você virar um jacaré, é problema seu”, discursou o presidente.

Como resolver essa briga?

De acordo com informações divulgadas pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que participou das reuniões com as farmacêuticas em Brasília na última segunda-feira e vai ser o relator do projeto de lei mencionado por Pacheco, só três países não concordaram com o contrato proposto por Pfizer e BioNTech: Brasil, Argentina e Venezuela.

Para Dourado, o temor do Governo Federal com a tal cláusula polêmica não faz sentido em meio a uma pandemia que está matando mais de mil pessoas no país todos os dias.

“O risco de ficarmos mais tempo sem vacinas é muito maior. Mesmo que apareça um efeito colateral e o Estado Brasileiro tenha que pagar alguma indenização futuramente, o valor seria bem menor do que o preço que pagamos atualmente com os números exorbitantes de casos e mortes”, interpreta.

O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), que foi ministro da Saúde durante 2011 e 2014 no governo de Dilma Rousseff, fez críticas à liberação da compra de doses por Estados, municípios e iniciativa privada.

De acordo com o parlamentar, a ideia criaria o “camarote da vacina”.

Padilha afirma que apresentou uma proposta de emenda em que todos os imunizantes comprados por empresas sejam doados para o Sistema Único de Saúde (SUS) e que as clínicas privadas só poderão oferecer doses quando as metas da rede pública forem cumpridas.

A compra de doses também foi discutida no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (23/2).

Os ministros decidiram que Estados e municípios poderão negociar e comprar vacinas caso o governo federal não cumpra o que está estipulado no Plano Nacional de Imunizações ou as doses previstas não sejam suficientes para resguardar a população do local.

O que há de concreto

Em meio a tanta especulação e impasse, não se sabe ainda qual será a postura adotada pela Pfizer a partir de agora – afinal, com o registro definitivo, ela tem o poder de decidir se negociará ou não com outros níveis da administração pública ou com a iniciativa privada a partir de agora.

De acordo com as informações divulgadas até o momento, a farmacêutica diz que insistirá nas negociações com o governo federal.

Uma reportagem da CNN Brasil publicada na última segunda-feira (22/1) afirma que o laboratório ofereceu para o Ministério da Saúde um total de 100 milhões de doses da Cominarty, que seriam entregues até o fim de 2021.

Um lote de 9 milhões seria disponibilizado ainda no primeiro semestre. Outras 35 milhões chegariam ao Brasil até setembro e as 65 milhões restantes estariam no país em dezembro.

A Pfizer, no entanto, não confirma essa informação.

A BBC News Brasil procurou o Ministério da Saúde, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem.

Uma novela que dura meses

O imbróglio envolvendo Pfizer/BioNTech e o Ministério da Saúde se arrasta há meses e começou durante o segundo semestre de 2020.

De acordo com uma série de notas e documentos, executivos da farmacêutica tentaram por diversas vezes entrar em contato com o governo federal para vender lotes de sua vacina, que naquele momento estava na fase final de testes antes de ser aprovada.

A empresa tinha capacidade de fornecer cerca de 70 milhões de doses ao Brasil, mas não recebeu nenhuma resposta a tempo de garantir os primeiros lotes ao país.

Entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, a discussão voltou a esquentar após Pazuello fazer uma série de declarações dizendo que as ofertas do laboratório eram “pífias” e poderiam até frustrar os brasileiros.

O tema ganhou novo fôlego quando o presidente Jair Bolsonaro fez declarações questionando a segurança do imunizante e criticando as cláusulas contratuais, como explicado anteriormente.

O que diz a ciência

Na contramão do discurso do presidente, as últimas evidências só reforçam a eficácia e a segurança da Cominarty.

Aplicada desde dezembro em dezenas de países, até o momento a vacina não provocou nenhum evento adverso grave, que justificasse a interrupção das campanhas.

Em Israel, país que já protegeu 87% de sua população, o número de internações por covid-19 caiu drasticamente nas últimas semanas.

Outra notícia positiva divulgada recentemente foi a de que as doses não precisam ser armazenadas a -70 °C como se imaginava.

O imunizante fica estável numa temperatura de -25 a -15 °C por até duas semanas, o que facilita bastante a sua distribuição.

Por fim, dados publicados na última sexta-feira (19/02) no periódico científico The Lancet revelam que a vacina de Pfizer e BioNTech tem uma eficácia de 85% de duas a quatro semanas após a aplicação da primeira dose.

Já com a segunda dose, esquema adotado mundialmente, a taxa de eficácia pula para 95%.

“Diante da atual situação alarmante da pandemia no Brasil e da ameaça das novas variantes, nós precisamos ser rápidos e vacinar o mais depressa o maior número de pessoas possível”, adverte Fontes-Dutra.

Repercussões da liberação

Durante o anúncio da aprovação definitiva da Cominarty, o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres comemorou “o primeiro registro de vacina contra a covid-19, para uso amplo, nas Américas”.

“O imunizante do Laboratório Pfizer/BioNTech teve sua segurança, qualidade e eficácia aferidas e atestadas pela equipe técnica de servidores da Anvisa, que prossegue no seu trabalho de proteger a saúde do cidadão brasileiro. Esperamos que outras vacinas estejam em breve sendo avaliadas e aprovadas. Esse é o nosso compromisso”, disse Torres.

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A Pfizer também soltou um comunicado à imprensa. Marta Díez, presidente da farmacêutica no Brasil, comemorou a rapidez da decisão. “Ficamos muito felizes com a notícia da aprovação e gostaríamos de parabenizar a agência pela celeridade e profissionalismo que demonstrou em todas as etapas desse processo”.

A executiva ressaltou que as tratativas com o Ministério da Saúde continuam: “Esperamos poder avançar em nossas negociações com o governo brasileiro para apoiar a imunização da população do país”, complementou.

Por meio de nota, a Associação Brasileira de Clínicas de Vacina (ABCVAC) ressaltou que todo novo imunizante registrado no Brasil aumenta as possibilidades de proteção da população brasileira e que a prioridade para aquisição de doses de vacinas contra a covid-19 deve ser do governo federal.

“As clínicas associadas à ABCVAC aguardam a disponibilidade de doses para aquisição pelo setor privado de vacinação humana, para poderem atuar, como sempre fizeram, de forma complementar ao Programa Nacional de Imunização”, finaliza o texto.

Fonte:  

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/12/08/em-quantos-dias-vacina-da-pfizer-contra-covid-comeca-a-fazer-efeito/

Após decisão do STF, Anvisa pede ‘prazo justo’ de análise para vacinas

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Diretores e técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) defenderam um “prazo justo” para a análise de vacinas contra covid-19 após o Supremo Tribunal Federal (STF) permitir que estados e municípios comprem imunizantes aprovadas por entidades reguladoras de outros países. Eles também alertaram que a falta de aval do órgão brasileiro pode gerar dificuldades de monitoramento e fiscalização.

Conforme a decisão tomada hoje (23), quando a Anvisa não conceder autorização em 72 horas, a vacina poderá ser importada se já tiver o aval de agências reguladoras da Europa, dos Estados Unidos, do Japão ou da China. Segundo o entendimento da maioria dos ministros, essa compra poderá ocorrer se houver falha ou omissão do Ministério da Saúde na gestão do Plano Nacional de Imunização (PNI) ou se as doses disponibilizadas forem insuficientes para o combate à pandemia.

“Precisamos de um prazo para fazer uma análise mínima com critérios que são utilizados também por outras agências reguladoras. E é importante frisar que não pedimos um prazo justo porque queremos fazer retrabalho ou porque queremos ser burocráticos. A importância de ter um tempo adequado para a análise é porque existem questões específicas para o nosso país que precisam ser endereçadas. Existem compromissos que precisam ser feitos com a Anvisa“, disse Gustavo Mendes, gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos da Anvisa.

A questão foi levantada nesta terça-feira durante coletiva de imprensa que apresentou detalhes da concessão do registro definitivo à vacina desenvolvida em parceria pela farmacêutica norte-americana Pfizer e pela empresa de biotecnologia alemã BioNtech. A análise levou 17 dias.

Estruturas de produção

Uma questão que preocupa o órgão é que as farmacêuticas possuem diferentes estruturas de produção. Assim, os lotes enviados ao Brasil podem não ser fabricados nos mesmos locais daqueles destinados a outros países.

“Temos casos em que o produto que vem para cá não é o mesmo que vai para os Estados Unidos. Cada uma dessas outras plantas fabris precisam ser avaliadas conforme os parâmetros das boas práticas de fabricação. Por isso é importante o nosso registro”, disse Ana Carolina Marino, gerente de Inspeção e Fiscalização de Produtos para a Saúde da Anvisa.

Ana alerta que, sem conhecimento dos detalhes da vacina que está sendo aplicada, haverá dificuldade para monitorar os resultados da vacinação e fiscalizar o produto. “Num contexto de fiscalização, se permitimos entradas de vacinas sem registro, em uma futura suspeita de falsificação, a Anvisa ficará completamente às cegas. Não conseguirá distinguir o que é um produto regular do que é irregular. É importante ter os dados para coibir fraudes”.

Responsabilização

Para Gustavo Mendes, a avaliação técnica não pode abrir mão do tempo necessário e do acesso aos dados. As farmacêuticas devem apresentar uma série de informações quando fazem o pedido de registro e, muitas vezes, há solicitação de complementação dos dados.

“Se não tivermos acesso aos dados para tomar uma decisão, como podemos nos responsabilizar? O ato do registro é uma responsabilização da área técnica. Apresentamos o que a gente viu e o que a gente não viu. E tudo isso irá compor o parecer que aponta se a vacina pode ser utilizada. Não entramos no mérito da questão legal ou política. O que precisamos é do mínimo de confiança técnica. Nós estamos sensíveis à situação da pandemia. De forma alguma queremos inviabilizar vacinas”, afirmou.

Fonte: Agência Brasil

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/02/08/projeto-permite-comercializacao-de-vacinas-contra-covid-19-nao-adquiridas-pelo-sus/

Mesmo aprovada, vacina da Pfizer pode demorar a chegar ao Brasil

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A vacina da Pfizer é a primeira a receber o registro definitivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O órgão concedeu nesta terça-feira (23) a autorização para o imunizante ser aplicado contra a Covid-19 na população brasileira, em pessoas a partir de 16 anos, e não apenas nos grupos prioritários.

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A empresa é uma das farmacêuticas com as quais o governo do Estado tem negociado a compra direta de doses, mas, ainda assim, a vacina pode demorar a chegar ao Espírito Santo e ao restante do país. No Brasil, atualmente, estão sendo aplicadas as vacinas Coronavac e Astrazeneca, que foram autorizadas para uso emergencial.

O impasse é anterior à aprovação do registro definitivo. Pfizer e governo federal não se entendem sobre as regras da negociação, de modo que possa ser feito um contrato para a compra da vacina, seja pelo Ministério da Saúde, seja pelos governos estaduais e até mesmo pela rede particular.

O governo federal quer que a empresa seja responsabilizada nos eventuais casos de reação adversa à vacina e, para a farmacêutica, não há negociação nesse ponto. “A empresa não tem boa vontade de negociar com ninguém no Brasil, enquanto não for mexida a legislação em relação à responsabilidade da Pfizer”, pontua Lauro Ferreira Pinto, infectologista e sócio da CPC Vacinas.

Com o registro definitivo da Anvisa, clínicas particulares também poderiam comprar doses diretamente com a Pfizer, mas, diante da exigência brasileira, a aquisição da vacina fica emperrada para todos.

O médico observa que, quando se faz uso emergencial de um imunizante e em larga escala, efeitos adversos são esperados. No caso da Pfizer, cuja vacina já é administrada em cerca de 70 países, foram aplicadas mais de 200 milhões de doses, e as reações aconteceram numa proporção de um caso a cada 200 mil imunizados.

Um percentual baixo, na avaliação de Lauro Ferreira Pinto, e nenhum caso de maior gravidade. A maioria das pessoas que apresentou reação após vacinação já tinha um quadro de alergia severo.

LEGISLAÇÃO

Em janeiro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) editou a Medida Provisória 1.026/2021, que autoriza a adoção de medidas excepcionais para a aquisição de vacinas contra a Covid-19. A MP tem prazo de vigência e, para não perder a validade, precisa tramitar no Congresso Nacional para ser convertida em lei e, nesse contexto, podem ser apresentadas emendas.

Parlamentares estão se articulando para flexibilizar as regras e, assim, viabilizar a compra de vacinas, não só da Pfizer, mas também da Janssen que tem posicionamento semelhante à concorrente.

Uma proposta foi apresentada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP) e o texto da MP passa a prever que a União possa assumir riscos referentes à responsabilidade civil sobre eventuais efeitos adversos decorrentes das vacinas, desde que a Anvisa tenha concedido o registro ou autorizado o uso emergencial e temporário delas. Se a emenda for aprovada no Congresso, ainda deverá ser submetida à sanção presidencial como as demais modificações.

A vacina da Pfizer foi uma das quatro testadas no Brasil. No início do ano, a farmacêutica disse ter oferecido 70 milhões de doses do imunizante ao governo brasileiro para entrega ainda em 2020, mas três ofertas haviam sido recusadas. Os países que aceitaram os termos apresentados pela empresa, tais como Estados Unidos, Reino Unido, União Europeia e Israel, já estão em uma fase avançada da imunização.

NO ESPÍRITO SANTO

Diante da falta de coordenação nacional no enfrentamento à Covid-19, o governo do Estado desde o ano passado tem se articulado para comprar diretamente doses de vacinas para a população capixaba, antecipando a imunização dos grupos prioritários e incluindo outros, como os de educadores e de profissionais da área da segurança. Dos seis laboratórios com os quais a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) negocia, o mais adiantado era justamente a Pfizer.

Questionada nesta terça-feira (23) sobre como está a articulação no momento, a Sesa respondeu, em nota, que “mantém a negociação, porém as tratativas seguem sob sigilo institucional assim como com os outros laboratórios.”

Além da Pfizer, o Espírito Santo está em contato com Janssen, Sinopharm, Sinovac, Reithera e Bharat Biotech.

Embora o Estado tente se antecipar, as farmacêuticas costumam priorizar a venda para o governo federal. O Espírito Santo só deverá efetuar a compra direta se o Ministério da Saúde não adotar as medidas necessárias para que a imunização da população ganhe escala e velocidade.

Na opinião de Lauro Ferreira Pinto, apesar de sócio de uma clínica particular, a prioridade deve ser dada ao SUS para que a vacinação seja massiva.

“O mais importante é que a vacinação comece efetivamente. Os principais ensaios das vacinas aconteceram no Brasil e teríamos autoridade moral para adquiri-las mais cedo, mas é preciso que o governo federal negocie e queira, de fato, vacinar a população. Quanto mais demorado for esse processo, mais chance de multiplicação e diversidade do coronavírus”, atesta o infectologista.

NOVAS DOSES

O Ministério da Saúde foi procurado para informar sobre a remessa de mais doses de vacina para o Espírito Santo e, em nota, indica que novos lotes estão sendo preparados para o país, mas sem detalhar o quadro no Estado.

“Chegou na manhã desta terça-feira (23) o voo com os 2 milhões de doses da vacina da Astrazeneca/Oxford importados da Índia pelo Ministério da Saúde. As doses já estão em Bio-Manguinhos/Fiocruz, no Rio de Janeiro, para que possam ser rotuladas e distribuídas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). Além disso, outra remessa de doses da Coronavac está prevista para ser entregue à pasta nesta semana, pelo Instituto Butantan. O cronograma de envio das vacinas está sendo organizado e será divulgado após o recebimento das doses”, diz o texto.

No Espírito Santo, 111.041 pessoas tomaram a primeira dose da vacina. Dessas, 13.637 fecharam o ciclo da imunização porque já receberam também a segunda aplicação.

Fonte: A Gazeta Online ES

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/02/18/basf-cria-plataforma-para-pequenas-farmaceuticas/

Número de vacinados contra a covid-19 no Brasil ultrapassa a marca de 6 milhões

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O número de pessoas vacinadas contra a covid-19 no Brasil chegou nesta terça-feira, 23, a 6.087.811, de acordo com dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de saúde. Nas últimas 24 horas, 26 Estados informaram dados atualizados e 105.171 pessoas receberam a primeira dose.

O número de imunizados representa 2,87% da população brasileira. Outro dado que o consórcio apresenta é o número de vacinados com a segunda dose, que chegou a 1.429,618 pessoas (0.68% da população).

O Estado de São Paulo imunizou 1.695.285 pessoas com a primeira dose e 430.246 com a segunda. No Rio de Janeiro, o número é de 430.751 imunizados. Minas Gerais aplicou 523.505 doses.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro definitivo no Brasil da vacina produzida pela Pfizer. É o primeiro imunizante a ter autorização para uso em massa no País – a Coronavac e a de Oxford/AstraZeneca, por enquanto, só possuem aval para uso emergencial, o que permite a aplicação na campanha de imunização do SUS enquanto durar a pandemia. O governo brasileiro, porém, ainda negocia a compra do imunizante.

Vacinados no Brasil por Estado, segundo o consórcio de veículos de imprensa:

Primeira dose:

AC – 17.542

AL – 90.108

AM – 222.068

AP – 24.150

BA – 417.396

CE – 264.251

DF – 116.995

ES – 111.041

GO – 187.456

MA – 130.996

MG – 523.505

MS – 107.975

MT – 82.435

PA – 125.145

PB – 103.312

PE – 268.846

PI – 65.529

PR – 286.837

RJ – 430.751

RN – 83.265

RO – 43.939

RR – 25.167

RS – 425.597

SC – 156.827

SE – 44.264

SP – 1.695.285

TO – 37.129

Segunda dose:

AC – 2.814

AL – 5.380

AM – 29.719

AP – 1.682

BA – 69.964

CE – 54.475

DF – 28.240

ES – 13.637

GO – 27.110

MA – 36.673

MG – 206.136

MS – 40.365

MT – 25.909

PA – 25.410

PB – 19.691

PE – 85.286

PI – 6.880

PR – 77.796

RJ – 82.467

RN – 25.997

RO – 4.444

RR – 6.324

RS – 50.743

SC – 47.305

SE – 20.979

SP – 430.246

TO – 3.946

Fonte: A Crítica de Campo Grande

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/02/18/secretario-diz-que-vacina-contra-a-covid-19-em-trabalhadores-de-farmacias-de-ponta-grossa-segue-plano-nacional-de-imunizacao/

Bolsonaro, sobre lockdown: ‘Como é que fica a economia?’

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O presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite desta terça-feira, 23, a apoiadores, ao chegar ao Palácio da Alvorada, que não mandou ninguém ficar em casa, não fechou o comércio e nem destruiu empregos. Bolsonaro voltou a criticar o confinamento contra a covid-19. “Lockdown não resolveu o ano passado, vai resolver este ano? Agora, como é que fica a economia?”, perguntou.

“O pessoal reclama de inflação, alta em medicamento, alta em um montão de coisa. Querem culpar quem?”, questionou. Ele disse que, quando defendeu o enfrentamento do novo coronavírus, era com a proteção aos mais idosos e ao que têm doenças, “e vida normal”. De acordo com Bolsonaro, o coronavírus não vai acabar nunca. “Vai ficar rodando, igual a outro vírus qualquer”, afirmou. O presidente voltou também a defender o que chamou de “atendimento precoce”, ao dizer que o médico tem esse direito. “Não faz mal.”

Bolsonaro anunciou também que uma comitiva vai para Israel no fim de semanal para “trazer o spray que lá deu certo em 30 pessoas em estado grave”. O presidente declarou que a terceira fase do estudo israelense será aplicada no Brasil, desde que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorize. “Deve autorizar”, complementou.

Fonte: A Crítica de Campo Grande

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/02/24/bolsonaro-sobre-lockdown-como-e-que-fica-a-economia/

MP que agiliza processo é aprovada na Câmara

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O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, ontem, uma medida provisória (MP) que facilita a compra de vacinas e insumos contra a covid-19. O texto estabelece a dispensa de licitação para a aquisição de produtos para a imunização contra o novo coronavírus, mesmo antes de ser obtida a homologação ou a autorização temporária de uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Também ficam dispensadas de licitação contratações nos setores de logística, tecnologia da informação e comunicação para ajudar na campanha de vacinação — outras questões relacionadas aos processos de compra também foram flexibilizados. Mas isso não quer dizer que deve ser ignorada a necessidade de processo administrativo que determine critérios como os relacionados à escolha da contratação e à justificativa do preço determinado. O texto que segue para análise do Senado.

Em paralelo à aprovação do texto da MP pela Câmara, o Instituto Butantan entregou ao governo federal, ontem, 1,2 milhão de doses da vacina CoronaVac. Até o momento, a instituição repassou ao Ministério da Saúde 11 milhões dos 100 milhões de injeções do imunizante, que deverão estar totalmente entregues até o final de agosto.

Além da carga de ontem, hoje serão entregues mais 900 mil frascos da vacina e, até o próximo domingo, estão previstas liberações de 600 mil doses diárias. Somente em fevereiro, o Butantan terá entregado 5 milhões de doses, já que o ministério repassou 1,1 milhão em 5 de fevereiro e remeterá 3,9 milhões até o fim do mês.

Também ontem, um novo lote com 2 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca chegou à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Vieram prontas do Instituto Serum, na Índia, e passarão por conferência de temperatura, integridade da carga e, depois, serão etiquetadas com informações em português. A previsão é de que sejam entregues ao ministério nas próximas horas.

Essa foi a segunda leva importada de imunizantes prontos — a primeira foi em 24 de janeiro. Ao todo, a Fiocruz negociou a aquisição de 10 milhões de vacinas e o restante das doses será trazido ao longo dos próximos dois meses, em cronograma ainda a ser confirmado. A chegada de fármacos prontos acontece paralelamente à produção da Fiocruz a partir do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) que a o instituto recebeu em 6 de janeiro. (BL e MEC com Carinne Souza* e Natália Bosco*, estagiárias sob a supervisão de Fabio Grecchi)

Fonte: Correio Braziliense

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/01/18/como-as-vacinas-do-covid-19-serao-transportadas/

STF permite que estados comprem a vacina contra a Covid-19

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O Supremo Tribunal Federal (STF) formou, nesta terça-feira (23), maioria para permitir que as unidades da Federação comprem e distribuam vacinas contra a covid-19. As informações são do Correio Braziliense.

Segundo a reportagem, a decisão possibilita que, no caso de descumprimento do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, ou se a União não fornecer imunizantes suficientes para atender a população, estados, municípios e o Distrito Federal (DF) poderão adquirir vacinas previamente liberadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial.

Também fica autorizado que os entes federados comprem fármacos que tenham sido registrados e liberados comercialmente pelas agências sanitárias dos Estados Unidos, da União Europeia, da China e do Japão, caso a Anvisa não se pronuncie sobre autorização dos imunizantes no Brasil no prazo de 72 horas.

Em seu voto, Lewandowski afirmou que embora seja de competência da pasta coordenar o Plano Nacional de Imunização (PNI) e definir quais vacinas integram o calendário, a distribuição não exclui a competência dos estados e municípios “para adaptá-los às peculiaridades locais”. Acompanharam o relator os ministros Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Marco Aurélio de Mello, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Roberto Barroso e Nunes Marques. A ADPF foi apresentada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Após a decisão, a Frente Nacional dos Prefeitos anunciou a criação de um consórcio para organizar a compra de vacina pelos municípios. O objetivo é buscar alternativas que não estão sendo adquiridas pelo governo federal. Em reunião com a FNP, na semana passada, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que o governo não vê com bons olhos a descentralização nas compras.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Setor de saúde se une contra o aumento do ICMS em São Paulo

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Setor volta a questionar governo Doria por fim da isenção do ICMS

 Em janeiro deste ano, o Governo do Estado de São Paulo aumentou o imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para o setor de saúde de 0% para 18%. A medida impactará toda a cadeia de saúde e para chamar a atenção da sociedade sobre o tema, nove entidades do setor criaram o Movimento Unidos pela Saúde. Na próxima segunda-feira, 1º de março, às 10h, será realizada uma coletiva de imprensa para apresentar e discutir os impactos, inclusive no setor público, para o país com o fim da isenção do imposto no estado.

Indústrias e distribuidores de dispositivos médicos e farmacêuticos terão seus produtos impactados com o aumento de preço e, como consequência, os serviços prestados por hospitais privados, incluindo os filantrópicos, operadoras de planos de saúde, medicina diagnóstica e demais elos que representam as instituições que mais têm ajudado a salvar vidas durante a pandemia de Covid-19, serão drasticamente afetadas pela tributação. No final isso acarretará em aumento de despesas, de preços e, possivelmente, de demanda no setor público de saúde.

Participarão do evento, Fernando Silveira Filho, presidente executivo da Abimed; Paulo Henrique Fraccaro, superintendente da Abimo; Bruno Bezerra, diretor executivo da Abraidi; Wilson Shcolnik, presidente do conselho da Abramed; Marcos Novais, superintendente executivo da Abramge; Eduardo Amaro, presidente do conselho da Anahp ; Bruno Sobral, secretário executivo da Confederação Nacional de Saúde; João Alceu Amoroso Lima, presidente da FenaSaúde e Carlos Alberto Goulart, diretor de relacionamento institucional do SindHosp.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Teste rápido pode detectar Covid-19 via smartphone

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Foto: Reprodução CNN

Pesquisadores vinculados ao governo da França desenvolveram um teste rápido para detecção da Covid-19 disponível em smartphones, que utiliza um fragmento do anticorpo chamado nanocorpos dos camelídeos.

Ele é inserido em eletrodos que, ao entrar em contato com a proteína que reveste o novo coronavírus, sofre uma alteração na corrente elétrica. Isso faz com que o sistema consiga detectar a presença ou não do coronavírus. As informações são do portal da CNN Brasil.

Segundo a reportagem, o aparelho é como se fosse um USB com sensor que deve ser conectado no celular. Para fazer o teste a pessoa deve coletar uma amostra nasal, como a do exame RT-PCR.

A amostra deve ser colocada em contato com o sensor do aparelho para a corrente elétrica ser mostrada na tela do celular. Dependendo da intensidade do sinal do paciente é possível detectar se o resultado é positivo ou negativo.

De acordo com os pesquisadores, a eficácia que foi apontada nos testes até agora é de 90%. A próxima fase de testes vai envolver mil pessoas e deve durar cerca de três meses.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Hipolabor investe R$ 80 milhões em fábrica de genéricos

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Em operação desde setembro do ano passado, a mais nova planta da indústria farmacêutica Hipolabor, localizada em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, deverá receber um aporte de R$ 80 milhões, que será destinado a projetos e compra de máquinas e equipamentos para a linha de sólidos orais.  Do total, cerca de R$ 30 milhões já foram alocados nos dois primeiros meses de 2021.

Em entrevista ao jornal Diário do Comércio, o presidente da empresa, Renato Alves, afirmou que mesmo recentemente inaugurada, mediante investimentos de R$ 180 milhões, a unidade concentrará os próximos aportes da indústria farmacêutica, uma vez que a planta de Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), já opera no limite de produção e expansão.

Segundo a reportagem, a nova unidade da indústria farmacêutica é a maior fábrica de medicamentos genéricos do Estado e a marca é a maior do segmento em Minas Gerais, além de ser líder no ranking de fabricantes de medicamentos injetáveis do País.

Pandemia

Em relação à demanda, Alves afirmou que segue bastante aquecida em função da pandemia. No ano passado, o faturamento da empresa duplicou em relação a 2019. E se tratando especificamente de anestésicos e produtos relacionados à Covid-19, os números mais que triplicaram. Para este ano, a previsão ainda é de crescimento, mas em menor escala: de 15% a 20% sobre o exercício anterior.

A marca tem em seu portfólio pelo menos 10 itens utilizados no combate ao novo coronavírus. Com a nova operação a produção deve chegar aos 20 milhões de ampolas mensais. Alguns dos injetáveis produzidos pela marca são epinefrina, hemitartarato de norepinefrina, cloridrato de midazolam e citrato de fentanila. A Hipolabor também produz os sólidos carbonato de lítio, paracetamol e omeprazol.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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