Manifesto cobra fim da extensão de patentes de medicamentos

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Foto: Depositphotos

O ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão, juntamente com pesquisadores do Brasil e do exterior, assinaram um manifesto contra a extensão das patentes de medicamentos. O documento diz que a prática “atrasa a entrada de concorrentes no mercado e impede que o custo da saúde pública diminua”.

A Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) antecipou para o dia 7 de abril o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5529, ajuizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o artigo 40, parágrafo único, da Lei 9.279/1996, conhecida como Lei de Propriedade Industrial. Segundo a PGR, o dispositivo possibilita a abertura de prazo indeterminado para a vigência de patentes de invenção e de modelos de utilidade em caso de demora na apreciação do pedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

Movimento Medicamento Acessível

Representantes da indústria farmacêutica e de saúde uniram-se a associações de pacientes para  lançar o Movimento Medicamento Acessível. A iniciativa busca dar fim à extensão das patentes de medicamentos.

Atualmente, a legislação possibilita que uma empresa seja responsável pela produção de medicamentos por mais de 20 anos. Na visão do movimento, esse cenário limita e encarece as opções de tratamento, que se agrava em um momento como o de pandemia.

Grupo FarmaBrasil, que congrega laboratórios nacionais, representa a indústria farmacêutica no movimento. Fazem parte também da iniciativa a Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina (Abifina)Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale)Associação Brasileira de Transplantados (ABTx)Associação Mineira dos Portadores de Doenças Inflamatórias Intestinais (AMDII)Federação Nacional das Associações de Pacientes Renais e Transplantados do Brasil (Fenapar) e o Instituto Contemple.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/60-do-setor-reprova-atuacao-do-governo/

Receita líquida da Biomm cresce 5,5 vezes em 2020

Biomm aposta em parcerias internacionais para crescer com biológicos

A farmacêutica brasileira Biomm registra crescimento de 5,5 vezes da sua receita líquida, alcançando a marca de R$ 58,6 milhões em 2020, em comparação com R$ 8,9 milhões em 2019.

O lucro bruto da companhia passou de R$ 521 mil para R$ 13,9 milhões em 2020. O endividamento líquido caiu 12,8% – de R$ 35,7 milhões para R$ 31,1 milhões.

O ano passado marcou a entrada da Biomm no mercado de insulinas brasileiro, com a comercialização do Wosulin e da inalável Afrezza. Além disso, foi o primeiro período completo de vendas do Herzuma, medicamento oncológico usado no tratamento de câncer de mama. A companhia alcançou market share de 11% e 3,3% para a linha de produtos Herzuma e Wosulin, respectivamente.

“Ainda que pese todos os desafios e incertezas impostos pela pandemia, bem como a desvalorização cambial do real frente ao dólar, que aumentaram os custos dos medicamentos e despesas financeiras, é importante destacar que a Biomm cresceu e incrementou suas operações em 2020, seguindo a expansão das suas atividades”, afirma o CEO Heraldo Marchezini.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Farmácias repudiam denúncia de ilegalidade em testes de anticorpos

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A Abrafarma reagiu com repúdio às acusações de ilegalidade na venda de testes que identificam, nas farmácias, se o paciente tem ou não anticorpos contra a Covid-19 após receber a vacina. A entidade representa as 26 maiores empresas do varejo farmacêutico nacional.

Associações da área de análises clínicas encaminharam nesta semana uma denúncia à Anvisa e a vigilâncias sanitárias estaduais, sob a alegação de que esse serviço em farmácias representaria um risco à saúde pública e deveria ser realizado somente em ambientes laboratoriais. O teste que motivou essas acusações detecta o nível de resposta imunológica produzida pelo organismo depois da imunização.

“Esses exames são definidos como ensaios imunocromatográficos e estão autorizados no varejo farmacêutico, com respaldo da  Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 377 e da Nota Técnica nº 7 da própria Anvisa. A acusação é infundada”, reitera Sérgio Mena Barreto, CEO da Abrafarma.

Em menos de um ano, as farmácias que integram a Abrafarma aproximam-se de 4,5 milhões de testes da Covid-19. “É uma prática regulamentada, segura e ministrada por profissionais especializados. Além disso, representa um importante instrumento para desafogar a rede pública, auxiliar no combate à pandemia e ainda contribuir com os médicos na otimização da farmacoterapia de seus pacientes”, ressalta Barreto.

O CEO da Abrafarma defende que o leque de exames nas farmácias seja, inclusive, ampliado com a inclusão de outros tipos. “O momento exige que o país lance mão de todas as opções possíveis para a detecção do coronavirus e o combate à pandemia. O Brasil não pode prescindir de utilizar a base instalada de farmácias, em parceria com os laboratórios de análises clinicas, com tal finalidade. Estamos numa guerra e todos os combatentes estão convocados a assumir o front. Não podermos é perder a batalha, e mais vidas”, conclui.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Dor de dente: Benzidamina e outras 3 dicas

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Ninguém merece dor de dente, não é? Aliviar esse incômodo persistente, que ainda por cima pode ser bem intenso, torna-se a prioridade para a

Ninguém merece dor de dente, não é? Aliviar esse incômodo persistente, que ainda por cima pode ser bem intenso, torna-se a prioridade para a pessoa afetada. E não são poucos que sofrem com esse problema.

Veja também: Dia Mundial da Tuberculose: quais as principais estratégias para controle da doença?

Segundo o levantamento da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal, mais de 20% dos entrevistados nas faixas etárias de 15 a 19 anos e de 35 a 44 anos tinham sofrido com a dor de dente em até seis meses antes da entrevista.

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Quando a dor de dente aparece, o mais indicado é visitar o dentista. A automedicação não é indicada, mas você pode tentar aliviar o incômodo até o dia da consulta.

Por isso, nesse texto, vamos trazer quatro dicas de como aliviar a dor dente.

Benzidamina no alívio da dor de dente

A Benzidamina é um anestésico que pode estar presente em cremes dentais para o alívio da dor de dente. Além de aliviar o incômodo, o fármaco também possui ação anti-inflamatória e antisséptica, sendo indicado para quadros inflamatórios.

Já para outros tipos de dor de dente, como as causadas pela sensibilidade, também existem pastas que ajudam a controlar o problema.

Salmora

Método já bem antigo de se combater a inflamação, a água morna com sal também ajuda contra a dor de dente. Ela é indicada principalmente para ajudar na drenagem de pus em abcessos faciais.

O funcionamento é simples: o sal é um antisséptico natural, enquanto a ação da água morna é ajudar a extrair o pus do abcesso em questão.

Cravo-da–Índia

O óleo essencial dessa planta possui uma substância que, inclusive, é usada em obturações. O eugenol, além de anestésico, também combate infecções e inflamações.

São várias as formas que você pode usar o cravo-da-índia no combate à dor de dente. Você pode mascar a planta, fazer um chá ou aplicar no local do incômodo um algodão com uma gota do óleo essencial, misturado a até duas gostas de outro óleo essencial, como o de coco ou amêndoas.

Própolis

Famoso no combate as dores de garganta, o própolis pode também ser de grande ajuda contra a dor de dente. Mas um cuidado deve ser tomado. No estudo que mostrou as ações anti-inflamatórias e analgésicas do composto, foi utilizada uma concentração de apenas 5%. Concentrações maiores do produto podem causar queimaduras na mucosa.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Belviq: 4 dúvidas sobre o medicamento

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O Belviq é um medicamento comumente utilizado para auxiliar no emagrecimento. Assim como outros remédios para o mesmo fim, o

O Belviq é um medicamento comumente utilizado para auxiliar no emagrecimento. Assim como outros remédios para o mesmo fim, o efeito será mais positivo se acompanhado de dieta e prática de exercícios físicos.

Veja também: Médico pediatra receita ivermectina para prevenir a Covid-19 nas redes sociais e gera polêmica

Nesse texto, iremos esclarecer suas dúvidas sobre o Belviq, comentando sobre sua ação, contraindicações, como usar e possíveis efeitos colaterais.

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Qual a ação do Belviq?

O princípio ativo do Belviq é a lorcasserina. Não se sabe ao certo como o fármaco age no organismo. A teoria mais vigente seria a de que ele ativaria certos receptores do sistema nervoso central, causando a sensação de saciedade.

Como usar?

Para usar o Belviq você deve seguir estritamente as recomendações de um profissional de saúde. Você não deve aumentar a dose por conta própria. A dosagem mais comum para o medicamento é de um comprimido duas vezes por dia, em jejum ou não. O comprimido não deve ser cortado ou mastigado para facilitar o ato de engolir.

Aliado ao uso do remédio, o profissional de saúde também deve indicar uma dieta apropriada e uma rotina de exercícios. Somente realizando todos esses passos que o resultado será alcançado.

Caso você se esqueça de tomar o Belviq, aguarde até a próxima dose e não a duplique.

Quais as contraindicações?

O Belviq é contraindicado para gestantes ou mulheres que estejam planejando gravidez. O medicamento pode acarretar malefícios ao bebê.

Já nos casos abaixo, é indicado que se converse com um farmacêutico para avaliar o uso do medicamento:

  • Lactantes ou mulheres que planejam amamentar
  • Pacientes cardíacos e diabéticos
  • Pacientes com problemas nos rins ou fígado
  • Pacientes com anemia facilforme, leucemia ou mieloma múltiplo
  • Pessoas que já tenham apresentado ereção de mais de quatro horas ou que tenham a doença de Peyronie ou deformação peniana

O Belviq exige acompanhamento das interações medicamentosas por parte do farmacêutico.

Quais os efeitos colaterais?

Os efeitos colaterais muito comuns (afetam mais de 10% dos pacientes) que podem ser causados pelo Belviq são dor de cabeça, musculoesquelética e/ou nas costas; queda de glicemia em pacientes com diabetes tipo 2; infecções no nariz, garganta e traqueia; e resfriado comum.

Outros efeitos adversos considerados comuns (de 1% a 10%) são náuseas e vômitos; diarreia ou intestino preso; boca seca; cansaço e sonolência; infecção urinária; erupções na pele; visão embaçada; tosse; tontura; raciocínio mais lento; dor de dente; inchaço nas pernas; gastroenterite; piora na diabetes tipo 2; espasmos; alergia; hipertensão; insônia; stress; depressão e ansiedade.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Dia Mundial da Tuberculose: quais as principais estratégias para controle da doença?

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Tuberculose é uma das principais causas de morte ao redor do mundo. A estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de que 10 milhões de novos diagnósticos de tuberculose sejam feitos anualmente no mundo.

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Devido à sua importância epidemiológica e impacto na mortalidade, a OMS declarou a data de 24 de março como o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, como forma de aumentar a conscientização em relação à doença.

Tuberculose

Conference on Retoviruses and Opportunistic Infections (CROI) 2021, realizada nos últimos dias 10 a 14 de março, também tratou de estratégias para o controle da tuberculose no mundo. Algumas das novidades e destaques apresentados durante a conferência são os seguintes.

Fármacos injetáveis de longa duração

Uma das principais estratégias para o controle da transmissão de tuberculose é o tratamento preventivo ou quimioprofilaxia, que conhecidamente reduz a incidência e mortalidade da doença. Em pacientes com HIV, esse benefício ocorre inclusive independente do uso de TARV.

Estima-se que 25% da população mundial tenha TB latente e, por esse motivo, poderia se beneficiar de terapias preventivas efetivas. Entretanto, a longa duração do tratamento, a preocupação com eventos adversos e a dificuldade de adesão são barreiras para a implementação mais disseminada de quimioprofilaxia.

Atualmente, a Organização Mundial de Saúde recomenda cinco alternativas de esquemas para o tratamento de TB latente:

6 a 9 meses de isoniazida (6H ou 9H)
4 meses de rifampicina (4R)
3 meses de isoniazida e rifampicina (3RH)
3 meses de isoniazida em alta dose e rifapentina semanalmente (3HP)
1 mês de isoniazida e rifapentina (1HP)

Apesar da presença de esquemas mais curtos, todos os tratamentos aprovados até o momento têm duração de pelo menos um mês e são dependentes de rifamicinas. Formulações injetáveis de longa duração podem ser uma alternativa interessante para minorar as dificuldades observadas para o sucesso da quimioprofilaxia para tuberculose latente.

Considerando as características desejadas para uma formulação de longa duração (baixa solubilidade em água, clearance lento e alta potência), rifapentina, rifabutina, delamanide e bedaquilina seriam drogas com atividade contra Mycobacterium tuberculosis com potencial para esse tipo de uso.

Estudos in vitro e in vivo de farmacocinética e farmacodinâmica mostraram que injeções intramusculares de bedaquilina podem manter concentração plasmática considerada adequada por um mês, com atividade micobactericida por até 12 semanas.

Outros medicamentos em investigação, como TBAJ-876, parecem ter maior efetividade e menor risco cardiovascular do que a bedaquilina, sendo também uma potencial alternativa para uso de injeções de longa duração.

Tuberculose e gravidez

Um estudo de coorte britânico mostrou que o período de maior risco de desenvolvimento de TB ativa em mulheres é a janela de 90 dias após o parto. Sabe-se que algumas doenças são mais comuns em gestantes do que em mulheres não gestantes, como malária e listeriose, enquanto outras apresentam maior gravidade em gestantes, como Influenza e varicela. Os pesquisadores investigaram se a gestação influenciava de alguma forma as características e desfechos da tuberculose.

Estudos com gestantes com e sem infecção pelo vírus HIV mostram que os níveis de IFN-gama diminuem regularmente durante o avanço da gestação, chegando ao seu nadir no parto e depois aumentando rapidamente no período do puerpério. Mulheres com HIV apresentaram níveis significativamente menores de IFN-gama em todos os momentos da gravidez. A média de CD4 da coorte era > 400 células/mm³, sugerindo um efeito independente do nível de imunossupressão. Os coordenadores do estudo acreditam que esse fato possa estar associado a maior incidência de TB em indivíduos com infecção pelo HIV.

Mulheres grávidas que desenvolvem TB ativa apresentam maior risco de complicações e desfechos desfavoráveis maternos e fetais, como 2x mais risco de pré-eclâmpsia, eclampsia e sangramento vaginal, 12x mais risco de hospitalização e 10x mais risco de aborto. Para mortalidade, o aumento no risco é ainda mais importante, sendo de 25x em mulheres sem HIV e de 37x em mulheres com infecção pelo HIV.

Para prevenção de TB em gestantes, CDC e OMS recomendam como primeira escolha o esquema diário com isoniazida por seis a nove meses com coadministração de piridoxina. Para países considerados com baixa carga de TB, o CDC coloca o esquema de rifampicina diariamente por quatro meses como alternativa. O esquema semanal de isoniazida e rifapentina por três meses ainda não foi estudado em gestantes e não é recomendado nessa população.

O estudo TB APPRISE contou com 956 gestantes randomizadas para receber profilaxia com isoniazida durante a gestação ou 12 semanas após o parto. A incidência de TB ativa nos dois grupos foi semelhante, mas o grupo que recebeu isoniazida durante a gravidez apresentou maior frequência de eventos adversos, especialmente aborto espontâneo e baixo peso ao nascer. Outro achado foi que, em ambos os braços do estudo, os valores de TGP estavam elevados, com pico em 12 semanas após o pós-parto.

O esquema de isoniazida e rifapentina semanal foi estudado em gestantes com e sem HIV no IMPAACT 2001, mas ainda como estudo de fase 1 e 2. Os resultados mostraram que mulheres com HIV apresentaram um clearance de rifapentina 30% maior do que as sem HIV em todos os momentos da gestação e no pós-parto. Ao mesmo tempo, mulheres sem HIV apresentaram maior clearance durante o período de puerpério do que durante a gravidez.

Entretanto, as análises de farmacocinética e farmacodinâmica sugerem que nenhum ajuste e dose seja necessário.

Tuberculose na população pediátrica

O diagnóstico de TB na população pediátrica pode ser desafiador e a doença tem um grande potencial de mortalidade em crianças, principalmente nas com infecção pelo HIV. Crianças com imunossupressão grave têm um risco 5x maior de tuberculose ativa e TARV é reconhecidamente protetor de desenvolvimento de TB e de mortalidade associada à TB em crianças.

Os métodos microbiológicos para diagnóstico apresentam sensibilidade limitada na população pediátrica, com exames de escarro apresentando uma sensibilidade de 10%, cultura para micobactérias, uma sensibilidade de 40% e o teste molecular Xpert/ULTRA, uma sensibilidade de 30%.

Poucos estudos avaliaram a interação da TARV e tratamento anti-TB em crianças. Sabe-se que a rifampicina diminui os níveis de nevirapina (NVP) e que a exposição a efavirenz (EFV) pode ser subótima em pacientes que são metabolizadores rápidos e não é indicado em crianças < 3 anos.

A possibilidade de uso de dolutegravir (DTG) pode facilitar o tratamento de TB em crianças em uso de TARV, já que o ODYSSEY mostrou exposição adequada dos fármacos em crianças com seis anos ou mais em uso de rifampicina e DTG em dose dobrada. Até o momento, as recomendações da OMS para o tratamento de crianças com HIV e com coinfecção TB/HIV são:

População pediátrica Tratamento preferencial Tratamento preferencial quando com coadministração com esquemas com rifampicina
Neonatos (< 4 semanas) AZT + 3TC + RAL Sem dados para o RAL em crianças < 4 semanas
Crianças < 20kg ABC + 3TC + DTG FDA/OMS recomendam aumentar a dose de DTG para 2x/dia
Crianças > 20kg ABC + 3TC + DTG Aumentar a dose de DTG para 50mg, 2x/dia

Enquanto comprimidos dispersíveis e o tratamento com DTG em crianças não se tornam disponíveis, os ajustes recomendados na terapia são:

População pediátrica Ajustes de dose
Crianças em uso de LPV/r Booster de LPV/r com RTV em proporção 1:1

Uso de esquemas baseados em EFV

Uso de terapia tripla com inibidores de transcriptase reversa enquanto durar o tratamento de TB

Crianças em uso de RAL Aumentar a dose de RAL para 12mg/kg 2x/dia em crianças com 4 semanas ou mais

O TBTC 31/ACTG A5349 é um estudo randomizado, aberto e multicêntrico que avaliou a eficácia de rifapentina em alta dose com ou sem moxifloxacino em uma população de indivíduos com 12 anos ou mais, incluindo pessoas com HIV com CD4 > 100 e em uso de efavirenz. A combinação de rifapentina e moxifloxacino foi não-inferior ao esquema padrão de rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol (RHZE). Contudo, os mesmos resultados não foram encontrados com monoterapia com rifapentina em alta dose, que foi considerada inferior ao esquema padrão.

O estudo SHINE é um estudo aberto e randomizado que procurou avaliar a não inferioridade de um tratamento de quatro meses de RHZE em comparação com o esquema padrão de seis meses em crianças com TB sensível minimamente sintomática. O estudo incluiu 1204 crianças com < 16 anos, sendo 11% com infecção pelo HIV, e encontrou que tratamento por quatro meses de tratamento foi não inferior a seis meses.

Entre as opções atuais de esquemas para TB latente de curta duração, o uso diário de isoniazida e rifampicina por três meses é o preferencial em crianças < 25 kg, uma vez que possui formulações de mais fácil administração para crianças, sendo equivalente ao esquema clássico de seis a 12 meses de isoniazida. Entretanto, possui um potencial de interações medicamentosas com antirretrovirais utilizados na população pediátrica, como lopinavir/ritonavir, nevirapina e dolutegravir.

Outra opção, rifapentina e isoniazida semanalmente por 12 semanas, também se mostrou não inferior a nove meses de isoniazida em crianças com dois anos ou mais, com maior taxa de tratamentos completos e menor de hepatoxicidade. Contudo, gosto amargo e indisponibilidade de comprimidos dispersíveis são barreiras para a adesão e aplicabilidade desse esquema na prática.

A interação entre rifapentina e isoniazida e dolutegravir vai ser avaliado no estudo DOLPHIN Kids, com resultados esperados para 2023.

Fonte: Pebmed

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/16/farmacias-sao-joao-alcancam-a-marca-de-800-lojas/

Exame de sangue pode mostrar quem tem tendência a casos graves de Covid-19

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Casos graves de Covid – Um estudo publicado na revista Science Immunology na semana passada aponta que uma proteína do sangue, a GM-CSF, mais conhecida como citocina, pode ser o motivo do descontrole do sistema imunológico em pacientes graves de Covid-19. A pesquisa mostra que a citocina pode levar ao agravamento da doença e até à morte dos infectados.

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Especialistas do Imperial College London testaram amostras de sangue de 471 doentes internados com Covid-19 e de outros 39 com a forma leve da doença. Depois, compararam os dados obtidos com 20 amostras antigas de pacientes mortos em decorrência da epidemia de gripe suína ocorrida entre 2009 e 2010. Nesse levantamento, foram identificados 33 tipos diferentes de proteínas nas amostras: nelas, a citocina estava muito elevada em doentes graves e quase 10 vezes mais alta em pacientes que morreram da doença.

Essa proteína é comumente liberada pelo sistema imunológico humano na circulação sanguínea sempre que o organismo tem de combater uma infecção. A citocina ajuda a evitar doenças, mas se houver um volume grande dela no sistema circulatório, ocorre o inverso. O processo é chamado de tempestade de citocinas: o corpo exagera na reação ao perigo e há inchaço generalizado e descontrolado que afeta órgãos e tecidos saudáveis.

Análise do nível de citocina

A análise do índice de citocina em pacientes diagnosticados com a infecção pode ajudar na definição do tratamento do doente. Os médicos podem desenvolver protocolos que ajudem a cuidar de casos graves de Covid-19 de forma mais dirigida. Uma das opções é baixar os níveis de citocinas no sangue com medicação específica.

Mesmo assim, mais testes são necessários para entender melhor como diminuir os níveis da proteína no sangue e outros aspectos. Kenneth Baillie, médico da Universidade de Edimburgo que esteve envolvido na pesquisa, diz que testes em grande escala para identificar esse fator de risco não é viável. “Precisamos de tratamentos que transformem a Covid-19 em uma doença tratável”, avalia.

Fonte: Olhar Digital

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/16/farmacias-sao-joao-alcancam-a-marca-de-800-lojas/

Câmara aprova isenção de ICMS para medicamentos contra o câncer

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Isenção de ICMS – Os pacientes que sofrem com o câncer podem finalmente ter um motivo para comemorar. A Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou, na tarde desta terça-feira (23/03), em sessão extraordinária remota, convênios que concedem isenções do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas operações com medicamentos destinados ao tratamento do câncer. Os convênios foram transformados nos projetos de decreto legislativo nº 150/21 e nº 151/21, ambos aprovados por unanimidade pelos deputados distritais, com 18 votos favoráveis.

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As mensagens de homologação dos convênios do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) foram encaminhadas pelo próprio governador Ibaneis Rocha. Os textos aprovados seguem agora para sanção.

Situação dramática

O deputado Chico Vigilante (PT) espera que a aprovação das isenções sirva para que o GDF agilize a compra de medicamentos contra o câncer. Segundo ele, a situação é dramática e os doentes sofrem continuamente com a falta de medicamentos. Ele destacou, ainda, que são inúmeros os relatos de falta de medicamentos provocando o atraso no início dos tratamentos da doença.

O deputado Agaciel Maia (PL), presidente da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (Ceof), explicou que um projeto complementa o outro com a ampliação da isenção para outros medicamentos.

Fonte: Correio Braziliense

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OMS: câncer de mama supera o de pulmão e já é o mais comum no mundo

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O número de novos casos de câncer de mama em 2020 representou 11,7% do total de todos os diagnósticos da doença no ano e superou o câncer de pulmão, que até então afetava o maior número de pessoas. No entanto, o câncer de pulmão continua a ser maior causa de mortes.ebcebc

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De acordo com a Agência Internacional para a Investigação do Câncer, da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2020 foram diagnosticados mais de 2,2 milhões casos de câncer de mama, 11,7% do total, sendo o que mais pessoas atinge no mundo.

A diferença para o câncer de pulmão – que era o mais diagnosticado – não é muita, segundo a agência.

Com 11,4% do total, o câncer de pulmão é o segundo mais encontrado, mas continua a ser aquele que mais pessoas mata. Em 2020 foi responsável pela morte de quase 1,8 milhão de pessoas, 18% do total de mortes por câncer. E se o da mama foi o mais diagnosticado em 2020, é apenas o quinto na lista dos que mais matam, depois do pulmão, colorretal, fígado e estômago.

Uma das razões para que o câncer de mama tenha se tornado de maior incidência pode estar relacionado, dizem os especialistas, a fatores sociais como o envelhecimento da população, a maternidade cada vez mais tardia ou outras situações como a obesidade, o sedentarismo, consumo de álcool ou dietas inadequadas. Essas informações foram dadas ao jornal El País pelo médico Álvaro Rodriguez-Lescure, presidente da Sociedade Espanhola de Oncologia.

De acordo com os dados da OMS, é possível verificar que o câncer de próstata foi, no ano passado, o terceiro mais diagnosticado.

A doença é, no entanto, a oitava em relação ao número de mortes. No ano passado perderam a vida com câncer de próstata 370 mil pessoas.

Fonte: Agência Brasil

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Novidade na diretoria da MSD

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Novidade na diretoria da MSDLygia Imbelloni acaba de assumir o cargo de diretora de unidade de negócios em saúde feminina na NewCo da MSD. A executiva atuou por mais de 12 anos na Ferring Pharmaceuticals, onde teve várias promoções nos departamentos de produto, inteligência de mercado e marketing. Também passou por laboratórios como Biolab e Cristália.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico