Pressionar indústria já no limite pode ter risco, diz especialista sobre remédios de pacientes covid

Com o avanço rápido da pandemia no Brasil, onze medicamentos – de analgésicos e bloqueadores neuromusculares – podem faltar em até dez dias no Brasil. O alerta foi feito em documento do Fórum Nacional de Governadores enviado à gestão Jair Bolsonaro.

Valéria Santos Bezerra é presidente da Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde. Ao Estadão, ela diz que praticamente todos os Estados sofrem com a falta de medicamentos para pacientes da covid-19. Segundo ela, entidades médicas e farmacêuticas estão criando protocolos para oferecer medicamentos alternativos, o que exigirá maior atenção da equipe médica.

Também disse que o aumento da produção nacional tem de ser feito com cautela, respeitando todas as normas, para não comprometer a qualidade do fármaco. ‘Extrapolar uma indústria que está no limite pode gerar risco na qualidade do produto’, alerta Valéria, farmacêutica no Hospital da Restauração, no Recife.

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Leia trechos da entrevista com Valéria:

O que está sendo feito para tentar solucionar a falta de medicamentos?

É um problema real que acontece em todos Estados. Estamos com falta de acesso aos medicamentos essenciais em praticamente todos os Estados. Estamos nos reunindo diariamente com muitas outras entidades para discutir essa preocupação comum dos médicos e farmacêuticos para buscar soluções conjuntas.

O que tem sido passado para os profissionais da saúde?

Neste momento de desabastecimento, estamos trabalhando protocolos de uso para bloqueadores neuromusculares e sedativos. A ideia é atualizar no cenário real e dar opções alternativas terapêuticas para os profissionais. Existem alternativas que em cenário adverso como este precisamos acionar. A intenção é ajudar as equipes médicas e minimizar riscos. Não estamos dizendo que é a solução. Mas é o que nos resta fazer.

Quais a consequência que pode ter a utilização de medicação alternativa?

Alguns medicamentos podem trazer complicações cardíacas, hepáticas, renais. Se paciente tem algum fator de risco, somado ao uso do medicamento, pode causar reação adversa. Por isso, nesses casos, exige maior atenção de toda equipe médica, maior monitoramento.

Qual solução para o abastecimento desses medicamentos voltarem ao normal?

É muito difícil tomar decisões sem ter ideia total da dimensão do problema. Qual é a demanda que o Brasil hoje e qual o total da demanda reprimida? Qual a capacidade máxima de produção? Não estamos nem discutindo as medidas de prevenção. Porque o ideal era ter adesão de todos no uso de máscaras, isolamento, para diminuir a contaminação. E, claro, só a vacinação em massa é que vai resolver.

A indústria brasileira ainda tem capacidade para aumentar a produção?

Teria de haver maior potencial de produção. Mas o que a gente sente do mercado é que as indústrias estão no limite de produção. Extrapolar isso pode gerar risco na qualidade do produto. A gente não pode passar dali, pode comprometer toda a produção. Existe um limite.

A única saída então seria agilizar a importação?

Muitas matérias-primas para produção nacional são importadas. Várias fábricas brasileiras deixaram de produzir outros medicamentos para poder colocar o máximo de produção nas drogas para o uso da covid. A importação seria uma alternativa estratégica. Mas, para isso, é preciso articulação do governo. Definitivamente houve aumento de demanda espantoso. A covid tem o agravante de que os pacientes passam muito mais tempo na UTI, bem maior do que qualquer outra infecção.

Quais regiões brasileiras tem maior falta de medicamentos?

O Paraná relatou muita falta, Goiás, São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul, Pará, Rondônia? Ainda tem outras dificuldades. Nos hospitais públicos, o fluxo para aquisição precisa ser obedecido. Há locais em que o fluxo acontece com maior celeridade e em outros menos. O custo do medicamento também aumentou muito, o que gera outra dificuldade.

Fonte: Guarulhos Gng

Máscara de pano ainda protege ou é preciso usar PFF2 ou N95?

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Máscara – Depois do surgimento das novas variantes que apresentam taxa de transmissibilidade maior do coronavírus, a França passou a desaconselhar o uso de máscaras caseiras e a indicar as que garantam uma filtragem superior a 90%, voltando a atenção para máscaras profissionais como a PFF2 e a N95, ambas com filtragem de 95%.

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Recentemente, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou que máscaras de pano devem ter mais de uma camada de proteção para que uma pessoa possa entrar em aeroportos e aviões. As novas regras também proibem qualquer tipo de máscara de acrílico, plástico transparente ou tenha válvula de expiração nesses locais.

Segundo a infectologista Claudia Maruyama, do Hospital San Genaro, em São Paulo, as máscaras caseiras continuam eficazes na proteção contra o coronavírus e as variantes do Reino Unidos, da África do Sul e do Amazonas desde que tenham pelo menos três camadas de tecido.

Ela explica que a PFF2 e a N95 são equipamentos de proteção usados por profissionais de saúde e que a procura em larga escala pode provocar sua escassez. O uso desses tipos de máscara fora do ambiente hospitalar é recomendado para imunodeprimidos ou em locais fechados com grande concentração de pessoas.

Tanto a N95 quanto a PFF2 têm efeitos equivalentes na proteção contra o vírus, de 95%, desde que não tenham válvulas. ‘A válvula permite que o ar seja expelido, facilitando a disseminação do vírus’, explica a infectologista.

Apesar de oferecerem uma proteção maior – nas de tecido a proteção é de cerca de 70% -, as máscaras profissionais são mais rígidas e precisam ser ajustadas à face, o que pode dificultar o uso correto. ‘Não adianta usar e deixá-la frouxa, ficar toda hora mexendo na parte da frente e correr o risco de se contaminar’, avalia a médica.

‘A diferença entre elas está apenas na nomenclatura, que está relacionada à destinação e ao registro. A N95 era produzida para profissionais da saúde e a PFF2 era usada em fábricas e indústrias’, explica Cláudia.

As narinas são as principais vias de contaminação pelo SARS-CoV-2, por isso é importante manter a área protegida, deixando a máscara ajustada ao rosto, cobrindo o nariz e a boca. Para saber se uma máscara de pano ainda está adequada para uso ou possui camadas de proteção suficientes, a infectologista orienta fazer o teste do sopro. ‘Vista a máscara e assopre a chama de um fósforo ou isqueiro. Se o ar passar, é porque ela não protege mais’, afirma.

Fonte: Portal R7

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/16/farmacias-sao-joao-alcancam-a-marca-de-800-lojas/

Superfungo encontrado nas Ilhas Andaman pode provocar nova pandemia, alertam pesquisadores

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Cientistas encontraram um superfungo mortal nas ilhas Andaman (arquipélago pertencente à Índia) que, segundo eles, poderia levar à próxima pandemia. Trata-se de Candida auris – que no Brasil foi notificado pela Anvisa em dezembro de 2020. O novo estudo foi divulgado pelo site Live Science e publicado na revista científica mBio.

Ainda segundo a reportagem, o superfungo, que apareceu misteriosamente no arquipélago, é considerado resistente a muitos antifúngicos e, por esta razão, altamente perigoso. Ele pode causar infecções graves na corrente sanguínea, principalmente em pacientes que precisam de cateteres, tubos de alimentação ou tubos de respiração.

A Candida auris foi descoberta pela primeira vez em 2009 em um paciente no Japão e se espalhou rapidamente pelo mundo, aparecendo em três continentes diferentes ao mesmo tempo.

A hipótese é de que o aumento das temperaturas devido à mudança climática pode ter estimulado a Candida auris a se adaptar a temperaturas mais altas na natureza e, assim, permitir que o fungo saltasse para os humanos.

Uma equipe liderada pela Dr. Anuradha Chowdhary, da Universidade de Deli, estudou 48 amostras de solo e água coletadas em oito locais naturais ao redor das ilhas Andaman. As superbactérias foram encontradas em um pântano, raramente visitado por pessoas, e em uma praia com mais atividade humana.

Fonte: Isto é Dinheiro Online

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/01/26/investigacao-identifica-11-casos-de-superfungo-resistente-a-medicamentos-na-bahia/

Máquina higieniza as mãos em 3 segundos em pontos comerciais de São Paulo

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Higienizar as mãos é uma grande necessidade em tempos de pandemia do coronavírus. Uma empresa de São Paulo produz uma máquina que torna essa tarefa mais fácil em pontos comerciais da cidade.

Funciona assim: a pessoa coloca as mãos dentro de uma caixa de acrílico e um sensor libera uma solução antisséptica. A higienização é feita em três segundos.

‘Ele aplica um antisséptico à base de clorexidina, que é 100% testado e aprovado pela Anvisa. É dermatológico, possui hidratante na sua formulação, não é agressivo, e elimina 99% dos vírus e bactérias das mãos. Ele higieniza contra a Covid e contra vários outros microrganismos’, explica Luiz Fernando Imai, um dos sócios da empresa que lançou o equipamento.

‘Ele aplica um antisséptico à base de clorexidina, que é 100% testado e aprovado pela Anvisa. É dermatológico, possui hidratante na sua formulação, não é agressivo, e elimina 99% dos vírus e bactérias das mãos. Ele higieniza contra a Covid e contra vários outros microrganismos’, explica Luiz Fernando Imai, um dos sócios da empresa que lançou o equipamento.

O protótipo foi desenvolvido em três meses e depois passou por testes em locais públicos. Em setembro de 2020, o equipamento começou a ser alugado.

Para funcionar, ele só precisa ter um ponto de energia de 110 ou 220 volts. Não precisa ter ponto de água ou de esgoto.

O aluguel da máquina custa R$ 350. O cliente escolhe a cor da luz led e do tapete. A marca da empresa pode ser fixada na frente do equipamento por um imã. Se precisar de manutenção, é só retirar a logo e fixar no equipamento novo.

A empresa oferece duas opções de refil. O de 5 litros faz 2 mil disparos e custa R$ 75. O de 20 litros faz 8 mil disparos e é vendido por R$ 275.

O investimento inicial foi de R$ 500 mil. O valor foi usado na produção do primeiro lote de equipamentos.

A empresa instala a máquina de higienização na Grande São Paulo e capital. A meta para 2021 é atender outros estados.

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/03/30/saiba-mais-sobre-cada-tipo-de-alcool-para-higienizar-as-maos/

Governo aciona diplomatas “com máxima urgência” para tentar comprar kit intubação

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Diplomatas brasileiros em embaixadas e consulados no exterior receberam mensagem do Itamaraty pedindo para que tentem obter fornecimento, “com máxima urgência”, de uma série de medicamentos do chamado “kit intubação”.

Hospitais e associações médicas alertaram o governo para a queda no estoque de analgésicos, sedativos e bloqueadores musculares usados para a intubação de pacientes em UTIs, que pode durar apenas mais 15 dias no Brasil.

Esses medicamentos são essenciais para inserir o tubo e manter a ventilação mecânica dos pacientes graves -sem isso, morrem sufocados.

Na mensagem enviada aos postos no exterior, o Itamaraty afirma que a Anvisa enviou consulta a seus contrapartes em alguns países, mas não obteve resposta. O órgão pede para que os diplomatas pesquisem “a possibilidade de fornecimento dos insumos”.

Entre os remédios citados, estão o besilato de atracúrio, midazolam, propofol e fentanila. Muitos deles têm venda estritamente controlada, o que complica a importação.

Com a alta na demanda, o preço dos medicamentos usados para intubação explodiu.

Segundo informações do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, uma ampola de neurobloqueador, que paralisa a musculatura para o corpo “aceitar” o tubo, custava cerca de R$ 2 antes da pandemia.

Fonte:  

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/22/anvisa-flexibiliza-distribuicao-de-medicamentos-para-intubacao/

Ministério da Saúde admite que chegada de vacinas da Índia pode ter novo atraso

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A empresa indiana que fornecerá vacinas Aztrazeneca/Oxford para o Brasil informou que vai atrasar a entrega de uma nova remessa de imunizantes. O governo Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou neste domingo (21) que o cronograma pode sofrer alterações.

O Instituto Serum, da Índia, é responsável pela produção de doses fornecidas ao país. Já havia desde a semana passada informações de que haveria atrasos, conforme publicado pela Folha neste domingo.

O fornecimento será adiado para o Brasil, Arábia Saudita e Marrocos, segundo informação publicada pelo jornal Índia Times. Isso ocorreu por causa de pressões para o fornecimento dos imunizantes para as necessidades da Índia.

Estão previstas 8 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca para serem importadas da Índia pela Fiocruz. Nos últimos meses, o governo alterou ao menos duas vezes a previsão de entrega dessas doses.

A data seria entre abril e julho, com 2 milhões de doses já em abril. Em nota, o Ministério da Saúde já admite que atrasos podem ocorrer.

“É importante esclarecer que o cronograma de entregas de doses, enviado pelos laboratórios fabricantes para o ministério, pode sofrer constantes alterações, de acordo com a produção dos insumos”, diz texto deste domingo.

A Folha mostrou que, embora o ministro Eduardo Pazuello (Saúde) tenha anunciado a contratação de 562 milhões de doses de vacinas contra a Covid para este ano, 37% desse total ainda consta apenas como intenção de compra ou enfrenta outros impasses. Falta, inclusive, aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para que possam ser aplicadas.

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) já entregou o primeiro lote com mais de 1 milhão de doses da vacina AstraZeneca/Oxford produzido no Brasil, com matéria-prima (IFA) importada da China. Elas fazem parte da remessa de cerca de 5 milhões de vacinas entregues neste fim de semana a estados e municípios.

Fonte: Diário de Cuiabá

Veja também:https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/22/pendencias-de-contratos-dificultam-entregas-de-vacinas-no-brasil/

Brasileiros podem se vacinar nos EUA? Saiba como alguns famosos conseguiram

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A atriz Nivea Stelmann, de 46 anos, a influencer Bella Falconi, de 35, o cantor Kiko, do KLB, de 41, o ator e humorista Leandro Hassum, de 47, e o produtor de teatro Leo Fuchs, de 38, foram alguns dos brasileiros famosos que já receberam a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus nos Estados Unidos. Todos eles registraram o momento em suas redes sociais. Após muitos questionamentos de leitores da Quem, que moram nos Estados Unidos e alegam que a vacinação para o público geral ainda não foi aberta, fomos atrás de entender quais os critérios da campanha de vacinação americana, esclarecendo como vários turistas brasileiros conseguiram tomar a tão esperada vacina. (leia mais abaixo)

A vacinação contra a Covid-19 já começou em grande escala nos Estados Unidos e várias pessoas, entre famosos e anônimos, compartilham com orgulho suas fotos nas redes. No entanto, de acordo com as regras oficiais da FDA (Food and Drug Admnistration), a Anvisa deles, confirmamos que a campanha ainda não está aberta para a população geral em todos os estados do país. Mas como eles conseguiram? (leia mais abaixo)

São muitos os motivos que possibilitam que os mais jovens recebam a vacina nos EUA, ainda que não estejam enquadrados na faixa prioritária da vez, que, até o fechamento desta matéria, nesta sexta-feira (19), contempla os maiores de 60 anos, pessoas com comorbidades, profissionais da saúde, residentes ou funcionários de asilos, funcionários de escolas, bombeiros e policiais com mais de 50 anos.

Os motivos

De modo geral, estando fora dos grupos prioritários, se vacina nos EUA quem comprova comorbidades ou tenta a sorte na “xepa”, a sobra de doses dos imunizantes retirados do refrigerador naquele dia e os que também estão perto do prazo de validade. Essa oferta é disputada por pessoas que formam filas enormes do lado de fora dos locais de vacinação.

O presidente americano Joe Biden anunciou que seu governo fechou acordos para adquirir 200 milhões de doses extras de vacinas contra a Covid-19. Seu objetivo inicial é aplicar 100 milhões de doses nos cem primeiros dias de seu mandato, ou seja, até 30 de abril.

No dia 12 de março, o país superou a marca de 100 milhões de doses da vacina anti-Covid aplicadas desde o início da campanha, no dia 14 de dezembro de 2020, segundo dados dos Centros para a Prevenção e o Controle de Doenças (CDC).

Atualmente, mais de 30% dos americanos maiores de 18 anos receberam pelo menos uma dose da vacina contra o novo coronavírus. Vale destacar que, desde o início da pandemia, mais de 300 mil pessoas já morreram e 16,5 milhões foram infectadas nos Estados Unidos.

Vacinação em Orlando, na Florida

A estratégia de distribuição é determinada por cada estado americano e, no caso da Flórida, local de grande concentração de brasileiros, ela está acontecendo em fases. No momento, de acordo com informações publicadas no site oficial sobre a pandemia (oridahealthcovid19.gov), estão qualificadas para receber a vacina somente maiores de 60 anos, pessoas com comorbidades, profissionais da saúde, residentes ou funcionários de asilos, funcionários de escolas, bombeiros e policiais com mais de 50 anos.

Porém, na prática, não é isso que acontece. A vacina é distribuída em grandes supermercados e farmácias como Walmart, Walgreens, CVS e Publix, com horário marcado para quem preenche os pré-requisitos. Após receber a vacina, é necessário permanecer 15 minutos em observação e o processo é superorganizado.

Em alguns lugares, é permitido entrar em uma lista chamada “waste waitlist” e aguardar ser chamado caso haja disponibilidade de vacinas extras. Foi o que aconteceu com o casal Luciana e Cláudio Chaves, brasileiros residentes em Orlando que entraram em contato com vários supermercados da rede Walmart até serem aceitos em uma destas listas, sendo chamados em duas semanas. “A sensação de finalmente receber a vacina é de um alívio muito grande”, conta Luciana Chaves.

Recentemente, aconteceram alguns eventos itinerantes, onde foram disponibilizadas doses da vacina para maiores de 18 anos, apesar de não ser a recomendação oficial do governo. A informação se espalhou rapidamente pela comunidade brasileira em Orlando, atraindo um grande número de pessoas e alguns chegaram a esperar mais de 10 horas para receber a sua dose.

Kiko, do KLB, e Léo Fuchs se vacinaram na “xepa”

Foi por meio da “xepa” que o cantor Kiko, do KLB, e a mulher, Francine Pantaleão, foram vacinados contra a Covid-19, em Orlando, na Flórida, nesta terça-feira (16). O casal ficou 7 horas na fila para receber a vacina. “Vacinados. E Deus, mais uma vez, nos permite desfrutar de todo amor de sua presença em nossas vidas! Foram mais de sete horas de fila que certamente carimba um passaporte de oportunidades de viver mais e mais…. Saúde é o que desejamos as pessoas, nossos amigos, familiares, a cada um de vocês!”, contou ele na rede social.

O produtor de teatro Léo Fuchs e o marido, o fotógrafo Elvis Moreira, moram há um ano e meio em Orlando e foram vacinados em Kissimmee, cidade vizinha, também com as sobras da vacina. “Aqui, estão vacinando os grupos de 62 anos, eu acho. Onde que a gente entra nisso? Por dia, eles sempre vacinam as pessoas da idade e no final, todas as doses que sobram do dia, eles vacinam as pessoas que ficam nas filas”, explicou à Quem.

O casal ficou 12 horas na fila à espera da imunização. “Nós ficamos esperando, acreditando. Fomos em uma cidade que fica a uma hora de Orlando. Mas fomos na fé. O que são 12 horas de espera para quem está esperando há um ano o fim disso tudo? Foi uma loucura, porque a hora que vi a injeção entrando em mim, saltava lágrima do olho, de felicidade, de esperança. Minha mãe tem 70 anos e não foi vacinada no Brasil e estou tendo esse privilégio. Esse privilégio se chama primeiro mundo. Infelizmente, a realidade é essa”, lamentou.

Ex-morena do Tchan, Juliane Almeida mora em Orlando, na Flórida, e também foi vacinada com o marido, Michell Moraes, com as sobras das doses. “Fomos vacinados no domingo (13), na nossa igreja. Primeiro abriram para os idosos e depois foi por agendamento. Agendamos e, duas horas depois, já fomos chamados. Foi tranquilo. Quando acabou o agendamento, deram as vacinas que sobraram para quem estava na fila de espera. Foi bem rápido. Tomamos a Johnson & Johnson, que só precisa de uma dose. É uma alegria poder participar desse marco na história depois do sufoco do último ano. Sinto tristeza pelo Brasil. Meus pais são do grupo de risco e ainda não têm previsão de tomar”, explicou.

Brechas

Com a grande procura e filas quilométricas, as regras foram intensificadas, mas mesmo assim ainda há margem para quem deseja encontrar brechas no sistema. Uma delas é a disponibilidade da vacina somente para moradores da Flórida, mas que, na prática, aceitam como identificação somente o passaporte ou alguma comprovação de residência, o que atraiu quem estava visitando o estado.

Desde esta quinta-feira (18), o Osceola Community Health Services, que havia recebido a maioria dos brasileiros que não se enquadravam em nenhum dos quesitos, mudou o seu posicionamento. Os amigos Ramon Galvão, William Fernandes e Vitor Resende chegaram às 6h da manhã, mas Vitor era o único que se qualificava por ter pressão alta. Seus amigos foram instruídos a deixar o local, mas resolveram esperar e receberam a vacina no final da tarde.

O casal Rodrigo e Carolina Spessotto também chegou às 6h, mas como não se enquadrava, deixou o nome na lista de espera e foi chamado no final do dia. Ao serem questionados sobre a grande quantidade de pessoas que foram vacinadas sem se encaixar em nenhum dos pré-requisitos, o serviço de saúde informou à reportagem que as vacinas foram aplicadas em grande escala, pois estavam próximas ao vencimento.

Comprovação de comorbidade

A lista de comorbidades inclui diabetes, pressão alta, obesidade, asma e até fumantes de longa data. A comprovação é feita por meio de um formulário do Departamento de Saúde da Flórida assinado por um médico. A VIP Clinic, uma clínica médica conhecida pela comunidade brasileira em Orlando, oferece atendimento on-line ou presencial para quem precisa de atestado médico, a um custo de US$ 90.

De acordo com a proprietária Cristina Faria, o número de atendimentos aumentou muito nos últimos dias, chegando a receber mais de 10 ligações por minuto. Cristina explica que para a comprovação de comorbidade, sem ser paciente da clínica, é necessário responder um questionário médico fornecido pelo Departamento de Saúde da Flórida e possuir comprovantes de seu estado clínico. Mas, de acordo com Cristina, o sistema de saúde nos Estados Unidos é rigorosamente fiscalizado e é necessário seguir à risca todos os protocolos estabelecidos pelo governo.

Cansaço e frustração

Para quem não se enquadra nas categorias, resta correr atrás das “xepas”, mas o processo é cansativo e frustrante. Não há unanimidade quanto aos procedimentos e cada local tem suas próprias regras e, às vezes, no mesmo estabelecimento, as informações são desencontradas.

No Supermercado Publix, a informação é de que as sobras são destinadas somente a funcionários da empresa, que recebem a sua dose da vacina, e ainda um gift card no valor de US$ 125, incentivando a vacinação.

No Valencia College, de acordo com os funcionários, não haverá mais doses “extras”

disponíveis para o público. Ainda nesta quinta (18), o Governador da Flórida divulgou que a partir de segunda-feira (22), todas as pessoas maiores de 40 anos serão elegíveis para a vacina, o que inclui a grande maioria da população da Flórida.

Leandro Hassum e Nívea Stelmann

Morador da Flórida desde 2016, Leandro Hassum foi vacinado contra Covid-19 nos Estados Unidos nesta quinta (18). “Estou vivendo um mix de emoções: muita alegria por ter conseguido me vacinar aqui nos EUA (sim, já chegou no meu grupo)”, esclareceu ele no Instagram, manifestando sua revolta pela lentidão do processo de vacinação no Brasil. “Mas muito triste por saber que no meu país que amo e vivo também a minha mãe já poderia vacinar mas não tem vacina. Não dá para ficar feliz por completo sabendo que tantas famílias choram seus familiares. Por incompetência e ineficácia de muitos. Orando muito por todos”.

Quem procurou a assessoria de comunicação de Hassum para entender qual critério foi utilizado para que ele pudesse tomar a primeira dose da vacina e foi informada que o ator e humorista pôde ser vacinado por já ter sido submetido à cirurgia bariátrica e, por isso, é parte do grupo de risco.

Nivea Stelmann, que também mora na Flórida desde 2016, tomou a vacina com o marido, Marcos Rocha, na sexta-feira (12). “Que momento! Obrigada Deus por essa oportunidade! Nossa hora chegou!”, celebrou a atriz na rede social, onde também lamentou pela situação da vacinação no Brasil. “Lamento muito pelos meus pais e minha sogra (e por muitos brasileiros) ainda na?o terem passado por isso no Brasil. Meu pai e minha sogra com 75 anos iriam tomar hoje, mas infelizmente ‘eles’ adiaram por falta de vacina. Mistura de gratida?o por no?s e tristeza por eles”.

Quem também procurou a atriz e sua assessoria de comunicação para entender qual critério foi utilizado para que ela pudesse ser vacinada, mas ela afirmou que tudo o que queria dizer já havia sido publicado no Instagram e não tinha mais nada para acrescentar sobre o assunto.

Bella Falconi e marido

A influencer Bella Falconi e o marido, Ricardo Maguila, foram vacinados há cinco dias em Orlando. Ele está na faixa prioritária, uma vez que tem doença inflamatória intestinal. Na ocasião, ela registrou o momento em que eles foram vacinados e agradeceu. “Toda honra e toda glória a Ti, Senhor!” Bella também repostou o que o marido escreveu a respeito de ter tido a chance de tomar a vacina.

“Nunca imaginei fazer um post celebrando uma vacina. Mas diante do cenário que estamos vivendo, isso é uma grande conquista. Quisera eu que todos estivessem postando essa mesma cena, nesse exato momento. Me coloco no lugar das pessoas e sei a angústia que estamos vivendo. Mas graças a Deus fui 100% elegível para me vacinar aqui nos EUA por conta da minha doença e por ser imunodeprimido e no local de vacinação sugeriram que Bella também se vacinasse, por ser minha esposa e por morar na mesma casa que eu”, explicou Maguila.

O empresário continuou sua explicação: “Não comemoro esse momento porque muitos ainda estão morrendo no mundo todo, especialmente no Brasil. Mas dou graças a Deus porque pude ter essa oportunidade. Primeira dose feita e aguardo ansioso pela segunda. Fiquei internado e muito debilitado uma vez por conta da minha doença e confesso que tenho muito medo da Covid. Faço uso de imunossupressores e isso me torna ainda mais vulnerável ao vírus. Mas Deus está no controle. Espero que logo tudo isso passe e que a Covid seja uma realidade apenas nos livros de história. Que Deus nos proteja!”.

Procurada por Quem, a assessoria de imprensa de Bella, divulgou o comunicado abaixo: “Em resposta à matéria da Quem sobre famosos que já se vacinaram contra a Covid-19, a assessoria de imprensa e comunicação de Bella Falconi esclarece que a artista recebeu a vacina por orientação da equipe que está à frente da vacinação na Universidade Valencia, Orlando, já que o marido de Bella, Maguila, esteve no local e fora vacinado por ser do grupo de risco – ele possui doença inflamatória intestinal, autoimune. Ou seja, Bella apenas atendeu a orientação local que lhe foi dada e tem total ciência e respaldo de que agiu de forma correta e necessária. Importante reforçar ainda que Bella foi ao país para gravar o seu novo programa e apenas quando chegou em Orlando informaram ao seu marido que ele poderia ser vacinado por ser do grupo de risco. Ambos possuem cidadania americana e, com isso, Maguila possui histórico médico no país, tendo inclusive descoberto a doença com médicos de lá”.

Fonte: Revista QUEM

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/22/brasil-e-o-73o-no-ranking-mundial-de-vacinacao-contra-a-covid-19/

Laboratório indiano produzirá 200 milhões de doses da vacina anticovid Sputnik V

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Moscou, 22 Mar 2021 (AFP) – O Fundo Soberano Russo (RDIF) anunciou nesta segunda-feira (22) um acordo com o grupo farmacêutico indiano Virchow Biotech para produzir 200 milhões de doses da vacina russa Sputnik V contra o coronavírus.

“A transferência de tecnologia será completada no segundo trimestre de 2021, e será seguida da produção comercial em larga escala”, afirmou o RDIF, que financiou parte do desenvolvimento da vacina e está negociando os acordos de produção no exterior.

O acordo é adicionado ao anunciado na sexta-feira com outra empresa farmacêutica indiana, Stelis, para produzir 200 milhões de doses. Outro, de 100 milhões de doses, foi assinado em novembro com a empresa indiana Hetero.

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“As alianças para vacinas são a única maneira de superar a pandemia. O mundo continua sua luta contra o coronavírus e vemos um interesse crescente na Sputnik V”, disse Kirill Dmitriev, que dirige o Fundo Soberano Russo, citado em um comunicado.

De acordo com o RDIF, a vacina russa já foi autorizada em 54 países, que incluem 1,4 bilhão de pessoas. A Sputnik V, no entanto, ainda não foi aprovada na Índia, onde os testes clínicos ainda estão em curso.

Moscou deseja diversificar as fontes de produção para sua vacina. As capacidades do país são limitadas e dedicadas prioritariamente ao abastecimento da população russa.

A Sputnik V foi inicialmente recebida com ceticismo no exterior, mas sua confiabilidade foi validada em fevereiro pela revista científica The Lancet.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) está examinando atualmente o pedido de aprovação.

Fonte: BOL

Cade aprova compra da Linx pela Stone

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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta sexta-feira a compra da Linx pela Stone sem restrições. A gigante de pagamentos fez uma oferta de R$ 6,8 bilhões no último ano. A decisão foi concedida no despacho 393/2021, assinado por Patricia Alessandra Morita Sakowski.

Veja também: Drogaria São Paulo vira ponto de vacinação gratuita contra Covid-19

A proposta da adquirente Stone para comprar a Linx foi aprovada por acionistas em novembro, após um imbróglio que marcou o mercado brasileiro e pela entrada da concorrente Totvs, maior companhia de software de gestão brasileira, na compra.

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Quando a novela começou, a Linx detinha 42% de participação de mercado na cadeia de varejo, de restaurantes a locadoras de carros, passando por supermercados e drogarias. Por isso, era tão importante e foi disputada por Totvs e Stone. Quando a briga pelo ativo começou, valia 4,5 bilhões de reais na bolsa e chegou a valorizar mais de 40% nas semanas seguintes.

A disputa durou até as horas finais, antes da votação da assembleia de acionistas da Linx, quando a Stone aumentou a oferta em quase 270 milhões de reais, deixando a concorrente sem reação.

As duas companhias expandiram fortemente os negócios na esteira da digitalização da economia causada pela pandemia. No quarto trimestre de 2020, a receita total da Stone subiu 27,9%, para 1 bilhão de reais enquanto o número de clientes ativos avançou 35,7%, para 652,6 mil.

A companhia afirmou no balanço que espera superar a marca de 1 milhão de clientes ativos em 2021 e que a receita total tenha ‘aceleração significativa’ em relação a 2020.

Fonte: Fintechs

Plano de saúde é condenado a pagar remédio de alto custo para conveniado

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Negar tratamento autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a um conveniado constitui abuso de direito do plano de saúde. Com esse entendimento, o Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região (PB) determinou, por meio de liminar, que a Caixa Saúde complemente o valor de um remédio de alto custo destinado ao filho de um funcionário da Caixa Econômica Federal.

Veja também: Como conseguir medicamentos à base de Canabidiol (CBD) através do plano de saúde?

A empresa negou-se a custear o remédio, que tem o valor de R$ 12 milhões

Beneficiário da Caixa Saúde, o pai de um menino portador de atrofia muscular espinhal (AME) entrou na Justiça contra o plano de saúde porque a empresa havia negado a seu filho um remédio que custa R$ 12 milhões. Enquanto o processo tramitava, a família conseguiu arrecadar, por meio do auxílio de terceiros, uma parte do dinheiro necessário para a compra. O medicamento só pode ser administrado até os dois anos de idade, por isso a pressa para a compra.

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Ao analisar o processo, o juiz Alexandre Roque Pinto solicitou que a advogada da parte autora comprove em 24 horas o valor arrecadado com as doações e que a Caixa Saúde pague a quantia que falta para a compra do medicamento. O magistrado também estabeleceu pena de multa diária de R$ 500 mil em caso de descumprimento da sentença.

“É pacífico na jurisprudência que constitui abuso de direito do plano de saúde a negativa de tratamento autorizado pela Anvisa, ainda que em caráter experimental e mesmo quando não previsto no rol de tratamentos estabelecidos pela ANS, pois esse rol é meramente exemplificativo”, argumentou o juiz na decisão. Com informações da assessoria de imprensa do TRT-PB.

Fonte: Consultor Jurídico