Drive Thru da Panvel e Iguatemi imuniza 400 idosos contra a Covid

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O esquema de drive-thru aconteceu no estacionamento do subsolo do shopping e continuará até o próximo sábado (6/3), sempre entre 10h e 17h. O serviço é realizado por profissionais farmacêuticos da rede para atendimento do público idoso. As informações são do Consumidor RS.

A entrada dos carros seguirá pelo primeiro acesso da Rua Antônio Carlos Berta, próximo à Figueira, descendo a rampa à esquerda, no 1º nível do estacionamento coberto. A iniciativa da Panvel e do Iguatemi visa contribuir na redução do movimento nos postos de saúde de Porto Alegre (RS).

Nesta sexta-feira e sábado, a operação irá priorizar o público a partir dos 79 anos. Todos os atendimentos ocorrerão apenas via drive-thru, não havendo necessidade de chegar cedo. Para receber a vacina será necessário apresentar comprovante de residência e documento de identidade com CPF.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Natura &Co. reverte prejuízo e apresenta lucro de R$ 175,7 milhões

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A multinacional brasileira de cosméticos Natura &Co. registrou lucro de R$ 175,7 milhões no quarto trimestre de 2020, revertendo o prejuízo de R$ 176,1 milhões observado no mesmo período do ano anterior. Este resultado não inclui o efeito de Alocação de Preço de Compra (PPA, na sigla em inglês), que envolve a aquisição da Avon. Considerando o PPA, houve lucro de R$ 22,3 milhões em 2019, o que fez o resultado do último trimestre de 2020 saltar 687,5%.

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Os resultados consolidados incluem Natura &Co Latam, Avon International, The Body Shop e Aesop, além das subsidiárias da Natura nos Estados Unidos, França e Holanda.

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O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) do quarto trimestre somou R$ 1,254 bilhão, uma alta de 21,3% sobre o mesmo intervalo de 2019.

A despesa financeira líquida somou R$ 248,9 milhões, recuo de 36,2% sobre a despesa financeira líquida do último trimestre de 2019.

A receita líquida do grupo avançou 24,3% no intervalo entre outubro e dezembro do ano passado, sobre o mesmo período de 2019, para R$ 11,997 bilhões. Considerando o PPA, a receita líquida do último trimestre de 2019 foi de R$ 4,652 bilhões, o que fez o indicador saltar 157,9% no período.

2020

No acumulado de 2020, o grupo amargou um prejuízo de R$ 663,7 milhões, contra um lucro de R$ 173 milhões em 2019. Considerando o PPA, o lucro de 2019 foi de R$ 155,5 milhões.

No ano passado, o Ebtida recuou 2,5%, para R$ 3,5 bilhões. Em 2020, a despesa financeira líquida somou R$ 1,035 bilhão, um recuo de 5,6% sobre a despesa líquida de 2019.

A receita líquida entre 2019 e 2020 cresceu 12,1%, para R$ 36,922 bilhões. Se considerado o PPA, a receita líquida mais do que dobrou, avançando 155,6%.

Fonte: Bem Paraná Online

Spray nasal de Israel deve ser testado no Amazonas

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Depois de ter sido chamado de ‘produto milagroso’ pelo presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Delegado Pablo (PSL-AM) se reuniu, nesta quinta-feira (4), com a Embaixada de Israel para pedir prioridade ao Amazonas na testagem do spray Exo-CD24, que tem sido usado pelo país para auxiliar no combate à Covid-19. A embaixada confirmou que, quando liberado, o Amazonas entrará como prioridade.

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O spray não possui eficácia comprovada contra o vírus, mas o Governo Federal já sinalizou o interesse em negociar a vinda do produto, que deverá passar primeiramente pela aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A intenção é que a terceira fase da medicação seja testada no Brasil.

O deputado Pablo se reuniu com o chefe do departamento político da Embaixada de Israel, David Atar, para pedir prioridade. A sinalização foi positiva, segundo informou fontes da coluna, principalmente por conta da variante do Coronavírus chamada P1, que surgiu no Amazonas. ‘Em Israel eles não tem essa variante e acharam interessante a ideia de fazer a testagem em Manaus, justamente para comprovar a eficácia do spray. Eles querem que seja testado no Amazonas‘.

O spray israelense curou 29 dos 30 pacientes em 3 a 5 dias, segundo publicação do Centro Médico Ichilov, de Israel.

Fonte: A Crítica de Manaus Online

Brasil confirma 6 casos de reinfecção; saiba como isso redefine pandemia

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O Ministério da Saúde divulgou, nesta 5ª feira (4.mar.2021), uma atualização sobre os dados da pandemia. O Boletim Epidemiológico nº 52 traz informações da semana de 21 a 27 de fevereiro. Segundo o documento, o país tem  6 caos de reinfecção confirmadas pelo coronavírus.

São 3 os casos provocados pelo vírus que circula no Brasil desde 2020. O 1º, registrado no Rio Grande do Norte, e mais 2: em São Paulo e em Goiás.

Pela nova variante do vírus, conhecida como P.1, foram 3 reinfecções, todas no Amazonas.

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Em 1º de março, pesquisadores da Ufop (Universidade Federal de Ouro Preto) e de outras instituições confirmaram uma reinfecção em Minas Gerais, provocada por uma variante até então inédita no país: a B.1.2, disseminada nos Estados Unidos.

Até a publicação desta reportagem, o Ministério da Saúde não havia confirmado o novo caso. A Secretaria de Saúde de Minas Gerais comprovou a reinfecção.

Segundo o ministério, o monitoramento de possíveis novos casos de reinfecção é feito mantendo um fluxo de comunicação direta com as equipes de vigilância dos Estados. ‘Sempre que ocorre a suspeita ou a confirmação de novos casos, a pasta é notificada’, afirmou ao Poder360.

A reinfecção

Uma mulher de 29 anos participou de uma comemoração de fim de ano com outras 10 pessoas em Manaus (AM), em 19 de dezembro de 2020. Dias antes ela havia feito um teste sorológico para covid-19, o ‘teste rápido’. Queria saber se ainda tinha os anticorpos contra o novo coronavírus e se estaria protegida de uma nova infecção.

O teste indicou a presença dos anticorpos em seu sangue. Em março de 2020 ela teve o diagnóstico de covid, com sintomas moderados. Não precisou ser internada, mas passou dias com muita febre.

Na véspera de natal (24.dez.2020), um dos participantes da festa teve a infecção confirmada pelo SARS-CoV-2. Depois de 3 dias, a mulher começou a ter sintomas de febre, tosse, dor de garganta e diarreia. Em 30 de dezembro, veio a confirmação de que ela estava, de novo, como covid-19.

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Em janeiro, um estudo coordenado por Felipe Naveca, pesquisador da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) Amazônia apontou que a reinfecção tinha sido causada pela variante brasileira do coronavírus, da linhagem B.1.1.28.1 surgida em Manaus e conhecida como P.1.

Foi o 1º caso confirmado de reinfecção pela P.1 no mundo.

Panorama mundial

De acordo com o Ministério da Saúde, o número de reinfecções no Brasil está dentro da média de casos verificada em outros países. A agência de notícias holandesa BNO News lista os casos confirmados de reinfecção pelo mundo e, segundo o levantamento, só Estados Unidos (11 casos), Catar (9 casos) e Índia (7 casos) têm mais reinfecções do que o Brasil. O portal inclui o caso de reinfecção de Minas Gerais, ainda não confirmado pelo Ministério da Saúde. Assim, o Brasil aparece com 7 casos.

A China aparece com 6 casos. Bélgica e Holanda têm 4 reinfecções, e o Canadá, 3. Panamá, Paraguai, México, Peru, Equador, Suécia, Suíça, Espanha, Reino Unido, Israel, Coreia do Sul e Hong Kong (onde foi registrado o 1º caso do tipo, em 24 de agosto de 2020) registraram 1 reinfecção, até a última atualização do painel, feita em 2 de março.

Diante dos mais de 115 milhões de casos de coronavírus no mundo, as 62 reinfecções em 15 meses de pandemia podem sugerir que contrair o vírus mais de uma vez é um fenômeno raro ou de difícil detecção.

Um dos fatores que pode interferir na notificação de reinfecções é a metodologia adotada. Para definir um caso de reinfecção, o Ministério da Saúde adota os seguintes critérios:

O tempo entre a infecção e a reinfecção tem que ser de, no mínimo, 90 dias;

É necessária a confirmação por exame RT-PCR (molecular), que precisa dar positivo para coronavírus nas 2 ocasiões;

O resultado do sequenciamento genético do vírus nas 2ª infecção deve ser diferente do da 1ª, indicando que se trata de uma nova infecção.

Especialistas em saúde ouvidos pelo Poder360 afirmaram que o critério dificulta os diagnósticos de reinfecção. No Brasil até o momento foram feitos 14,7 milhões de testes RT-PCR, segundo o Ministério da Saúde.

Para tentar ganhar tempo nas detecções, a Fiocruz Amazônia desenvolveu um tipo de teste RT-PCR capaz de confirmar a presença do SARS-CoV-2 e se a infecção se deu por uma das 3 variantes mais perigosas do vírus: a brasileira P.1, a britânica e a sul-africana. A testagem possibilita o processamento de centenas de amostras por dia.

O que se sabe

Mesmo com o aperfeiçoamento das testagens, pesquisas científicas vêm demonstrando que a reinfecção pode não ser tão comum.

Um estudo (íntegra – 386KB) publicado em 24 de fevereiro de 2021 na revista JAMA Internal Medicine aponta que as pessoas já infectadas pelo coronavírus podem desenvolver uma proteção maior, o que explicaria o número reduzido de reinfecções.

Feito por pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer, vinculado ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, o estudo reuniu 3,2 milhões de norte-americanos, 88,3% deles com teste negativo para coronavírus. Os outros 11,6% já haviam se infectado com o coronavírus antes, e tinham desenvolvido os anticorpos.

Do 1ª grupo, 3% acabou se infectando com o coronavírus. No 2º, a proporção foi de 0,3%.

A imunidade desenvolvida pelos anticorpos pode durar de 6 a 8 meses, de acordo com as evidências disponíveis. É o que afirmou ao Poder360 Guilherme Werneck, vice-presidente da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) e professor do Instituto de Medicina Social (IMS/UERJ).

Depois desse tempo, há uma queda na quantidade de anticorpos, que ‘aparentemente não influi na resposta imune total, porque existe uma resposta imune celular’, segundo o professor. A imunidade celular tem um componente de memória, e pode fazer o sistema imunológico do organismo voltar a produzir as defesas contra o novo coronavírus, no caso de um novo contato com o vírus.

Pesquisadores da Fiocruz se debruçaram sobre a efetividade da proteção ‘natural’, como é chamada a imunidade adquirida após uma infecção. Chamou a atenção dos pesquisadores casos como o da amazonense que se reinfectou mesmo tendo os anticorpos.

Em estudo (íntegra – 640KB) foram levantadas algumas hipóteses para explicar o caso. A 1ª explicação tem a ver com a falha da proteção natural. A paciente do Amazonas pode ter desenvolvido uma imunidade protetora depois da 1ª infecção, mas o nível de anticorpos caiu ao longo do tempo, deixando-a vulnerável a novas infecções.

Outra hipótese é de que, depois da infecção original, ela passou a produzir anticorpos com menor capacidade de combater o vírus, o que também afetaria a capacidade de defesa do organismo.

Finalmente, uma 3ª possibilidade alerta para um quadro mais preocupante. Os casos de reinfecção por variantes podem indicar que as linhagens mutantes do vírus, como a P.1, têm a capacidade de escapar dos anticorpos produzidos na 1ª infecção.

Um estudo de cientistas do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul comprovou que é possível infecções simultâneas com linhagens diferentes do coronavírus, em uma mesma pessoa. Trata-se do 1º registro de uma coinfecção pelo Sars-CoV-2.

A versão final da pesquisa (íntegra – 3 MB) foi publicada na revista científica Vírus Research em 22 de fevereiro.

Em um dos casos estudados, a infecção se deu com 2 linhagens já circulantes no Brasil desde o início da pandemia. Em outro, além de uma cepa mais antiga do vírus, foi detectada a variante P.2, identificada pela 1ª vez no Rio de Janeiro.

As variantes

O potencial das variantes reinfectarem a população traz novos contornos ao que se entende sobre a pandemia. Torna mais restrita a possibilidade de atingir uma ‘imunidade de rebanho’, já que o vírus pode passar por alguma mutação e voltar a oferecer perigo às pessoas, mesmo as que já tiveram coronavírus antes.

Os vírus mudam sempre e toda mutação está relacionada com estratégias evolutivas visando a maior propagação possível. ‘A vasta maioria das mutações são irrelevantes epidemiologicamente’, afirmou Guilherme Werneck.

O professor acrescenta que ‘algumas mutações podem trazer benefícios para o vírus: aumentar a transmissibilidade, escapar da resposta imune, desenvolver uma doença mais grave. São mutações que podem caminhar para vários sentidos’.

Os maiores riscos oferecidos pelas variantes levaram à identificação das principais cepas em circulação no mundo e à classificação das ‘variantes de preocupação’. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), as 3 principais são a do Reino Unido, da África do Sul e do Brasil.

A presença da variante brasileira é uma das explicações para a explosão de casos de coronavírus e de mortes pela covid-19 no Estado do Amazonas. Um estudo da Fiocruz (íntegra – 1,2MB) indicou que um adulto infectado com a variante brasileira tem carga viral -quantidade de vírus no corpo- 10 vezes maior em relação a uma infecção por outras variantes.

O ministro da saúde, Eduardo Pazuello, disse que a disseminação das variantes fez com que a pandemia no Brasil chegasse a uma ‘nova etapa’ e que houvesse aumento de casos nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul.

O Brasil já registrou 204 casos de variantes de preocupação. Até o momento (20.fev.2021), 17 Estados têm pessoas infectadas com as variantes do Reino Unido (B.1.1.7) e do Brasil (P.1). A variante da África do Sul ainda não foi encontrada no país, segundo o Ministério da Saúde.

Quanto mais os vírus circulam, mais estão sujeitos a mudanças, afirmou Werneck. ‘Então a melhor maneira de evitar o aparecimento de novas variantes com relevância epidemiológica é reduzir drasticamente a circulação do vírus. Porque você dá menos oportunidade dele desenvolver uma vantagem evolutiva’, disse.

Uma nota técnica divulgada pela Fiocruz em janeiro explica que a adaptação evolutiva do coronavírus se deu de forma convergente em diversas regiões do planeta. No processo de contágio em milhões de pessoas, o vírus desenvolveu, simultaneamente em diversos países, linhagens com as mesmas 3 mutações, que favorecem sua disseminação.

‘A variante foi um dos principais fatores para uma explosão tão grande de casos no Amazonas, e não os casos de reinfecção’, afirmou ao Poder360 Felipe Naveca, vice-diretor de pesquisa do Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia). ‘Da experiência que estamos vendo, a reinfecção não é tão rara assim, mas também não aparenta ser o principal motivo do aumento de casos. Muitos pacientes nunca tinham sido positivos antes e agora foram’, declarou.

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/05/pesquisa-encontra-proteina-que-identifica-qual-celula-do-cerebro-e-mais-vulneravel-ao-alzheimer/

Vacinas

Além de mais transmissíveis, as variantes do coronavírus podem escapar da proteção oferecida pelas vacinas. A variante de Bristol, no Reino Unido, é um exemplo. Na África do Sul, um ensaio clínico apontou que a vacina da farmacêutica AstraZeneca produzida em parceria com a Universidade de Oxford tem ‘baixa eficácia’ para proteger da variante encontrada no país.

‘O ‘drible’ da variante na vacina é algo que não pode ser descartado e é motivo de grande preocupação’, disse Naveca. ‘Mas a própria OMS recomenda que não se deve deixar de vacinar. Porque a gente não tem só uma variante circulando’.

São 2 as vacinas em aplicação no Brasil: a de Oxford/AstraZeneca e a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou o uso emergencial no país em janeiro deste ano.

De acordo com a agência, as vacinas em uso emergencial no Brasil não têm estudos a respeito da eficácia diante de variantes do coronavírus. ‘Entretanto, não há dados no momento que indiquem alteração do perfil de eficácia das vacinas’, afirmou ao Poder360.

Anvisa declarou que mantém contato com autoridades internacionais e as desenvolvedoras das vacinas para discutir o impacto das novas cepas do coronavírus sobre os atuais imunizantes.

A Secretaria de Saúde de São Paulo, pasta a qual o Instituto Butantan é subordinado, afirmou ao Poder360 que não há comprovações científicas de que as variantes sejam mais transmissíveis ou que provoquem quadros mais graves de covid-19, nem evidências sobre sua relação com a capacidade de resposta imune das vacinas disponíveis.

Fonte: Poder 360

Presidente da Anvisa defende isolamento social contra o coronavírus

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O presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres, defendeu o isolamento social e o uso de máscara para impedir o avanço das infecções pelo coronavírus. A declaração ocorreu nesta 5ª feira (4.mar.2021) durante audiência no Senado Federal que discutiu a vacinação da população.

Veja também: Bolsonaro volta a atacar recomendação da OMS de isolamento: Chega de mimimi

‘Use máscara, efetue o distanciamento social, higienize suas mãos com os recursos que estão disponíveis à mercê de Deus na maioria dos lares brasileiros: água e sabão e use álcool em gel sempre que possível’, frisou.

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O presidente da Anvisa também ressaltou que, apesar da vacinação, as medidas de prevenção ao coronavírus não devem ser deixadas de lado. ‘As medidas de higiene pessoal permanecerão em muito tempo até que se estabeleça uma imunidade na maioria dos nossos cidadãos’, disse Torres, que defende as medidas até que a maioria da população seja vacinada.

Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar as medidas de isolamento social para combater a covid-19. ‘Chega de frescura, de mimimi, vão ficar chorando até quando? Temos que enfrentar os problemas’

Ao ser criticado sobre a demora da vacinação, Torres defendeu a Anvisa. ‘É a mais rápida [Anvisa] do mundo’, disse, ressaltando que cada empresa deve procurar a agência para regular o imunizante, e não o contrário.

Durante a sessão, Torres defendeu o prazo de 7 dias úteis para análise de autorização para uso emergencial das vacinas. A MP (Medida Provisória) 1026/21 também permite que União, Estados, Distrito Federal e municípios assumam responsabilidade de efeitos colaterais de vacinas contra a covid-19 e que cada um desses entes possa adquirir os imunizantes.

‘Não vamos pedir veto [ao presidente da República]. Ao contrário, esperamos que o senhor presidente da República sancione’, disse Torres. ‘Temos experiências em fazer [aprovar] em 9 dias’.

Anteriormente, o presidente da Anvisa era contrário à MP que acelera a aprovação de vacinas.

Élcio Franco, secretário-executivo do Ministério da Saúde, também esteve presente na sessão de debate do Senado. Ele falou sobre o cronograma de entregas e quantidades de vacinas contra a covid-19. Também falou quais empresas têm contrato com o governo federal.

De acordo com Franco, 100,4 milhões de imunizantes da AstraZeneca estão garantidos pela contratação da Fiocruz com a empresa. ‘Serão escalonadas [as vacinas], no primeiro semestre e no mês de julho’, disse, ‘e também por intermédio da Fiocruz estamos importando do Instituto Serum, doses de vacinas para mitigar esse atraso no início da produção. ‘.

O secretário afirmou que o Ministério da Saúde possui dois contratos com o Instituto Butantan, o primeiro com 46 milhões e o segundo contrato, com 54 milhões de doses, totalizando 100 milhões do imunizante e que serão distribuídos de forma escalonada no primeiro semestre de 2021. Franco também disse que ‘sinaliza’ a compra de 30 milhões de doses da CoronaVac no último trimestre deste ano.

‘Também sinalizamos com a Fiocruz a produção de 110 milhões de vacinas totalmente brasileiras para o segundo semestre’, disse.

Pela Covax Facility, o governo tem a previsão de receber 3 milhões de doses em março de 2021 e mais 6 milhões de doses nos meses de abril e maio. ‘Escalonando até mês de dezembro, nós não temos um calendário fornecido pela Gavi (Aliança Global de Vacina), mais 33 milhões de doses, totalizando 42,5 milhões de doses’.

Pela Bharat Biotech ‘temos um escalonamento mensal’. Franco ressaltou que ainda precisa da aprovação da Anvisa para adquirir as vacinas indiana Covaxin.

Fonte: Poder 360

Bolsonaro volta a atacar recomendação da OMS de isolamento: Chega de mimimi

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou hoje a atacar a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) para usar o isolamento social como um dos principais recursos de controle da covid-19. Em meio ao pior momento da pandemia no país, Bolsonaro chamou as determinações de fechamento de atividades não essenciais de “frescura” e “mimimi”, contrariando as recomendações de autoridades da saúde para evitar um colapso no atendimento médico pelo país.

Bolsonaro também minimizou aglomerações e lamentou mortes, mas disse que elas fazem parte do dia a dia. Para o presidente, todos os serviços devem ser considerados essenciais.

“Vocês não ficaram em casa, não se acovardaram”, disse o presidente. “Temos que enfrentar nossos problemas. Chega de frescura, de mimimi, vamos ficar chorando até quando? Respeitar obviamente os mais idosos, aqueles que têm doenças. Mas onde vai parar o Brasil se nós pararmos?”

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As declarações foram feitas hoje durante cerimônia de assinatura de inauguração de um trecho da ferrovia Norte-Sul em São Simão (GO). A obra vai atender um terminal de grãos e facilitar o escoamento da produção agrícola do sudeste goiano até o porto de Santos (SP).

“Lamentamos qualquer morte no Brasil”, afirmou o presidente. Ele disse que uma ex-professora morreu ontem com 101 anos de idade e que ele gostaria de vê-la, mas não será mais possível. “Mas essa é a nossa vida? Que imprensa é essa que deturpa tudo, fica com lupa buscando uma frase minha para me atacar”, disse ele, reclamando de que a imprensa afirma que ele não utiliza máscara de proteção facial mesmo com a crise sanitária.

Em outro momento, disse que só os idosos devem ficar em casa. “Lamento as mortes, repito, antes que a imprensa comece a dizer que não estou lamentando as mortes e pensando na economia.”

Quando se fala, “essa atividade é essencial, aquela não”… atividade essencial é toda aquela necessária para o chefe de família levar o pão pra dentro de casa, porra”.

Bolsonaro também voltou a criticar a imprensa, chamando a mídia de “partideco político de esquerda”. “Será que hoje à noite vai dizer que eu estava sem máscara de novo?”, afirmou. O presidente ficou sem equipamento de proteção facial contra coronavírus durante todo o evento.

Ele ainda reclamou de governadores e prefeitos, que tomaram medidas de restrição e circulação de pessoas para evitar que o vírus se espalhe e cause mais mortes. O presidente ironizou as aglomerações nas quais costuma participar ou incentivar e defendeu que os políticos devam ir “para o meio do povo”. “Não fiquem me acusando de fazer aglomeração, aqui tem aglomeração, em todo lugar tem.”

Incorretamente, Bolsonaro diz não ter poder

Bolsonaro também voltou a fazer afirmações incorretas durante o discurso em Goiás. Ele disse: que a OMS não recomenda o isolamento físico; que a compra de vacinas estava condicionada à aprovação da Anvisa; que teve seus poderes retirados atuar na pandemia; e que o país é o que mais vacina no mundo.

Bolsonaro ainda disse que “muita gente” não quer apurar quem foi o responsável pela facada que recebeu em setembro de 2018. “Até hoje nunca foi descoberto o responsável porque tinha muita gente, e ainda tem , que não quer apurar a verdade.” No entanto, dois inquéritos da Polícia Federal concluíram que Adélio Bispo, que está condenado e preso até hoje, foi o autor do crime e que ele agiu sozinho.

Sem citar o STF (Supremo Tribunal Federal), como fez ontem, Bolsonaro disse que deseja que seu poder seja “restabelecido”.

Eu fui eleito para comandar o Brasil. Espero que esse poder me seja restabelecido, porque sou um democrata”.

Jair Bolsonaro.

Na verdade, o Supremo não tirou poderes do presidente, mas afirmou que, em questões de saúde pública, sua atuação é “concorrente” com a de prefeitos e governadores.

O presidente disse que não existem vacinas para compra no mundo todo. “Por que vocês não falam em vacina em países da África ou América do Sul? Porque não tem dinheiro, não tem economia”. Ele defendeu o uso de tratamento “off label”, com o qual costuma se referir a remédios sem eficácia no combate ao coronavírus. Também voltou a dizer que uma comitiva irá ao exterior acompanhar estudos para um spray contra a covid-19.

Ministro também minimizou aglomerações

A cerimônia teve a participação dos ministros Onyx Lorenzoni (Secretaria Geral), Augusto Heleno (GSI), Tarcísio Freitas (Infraestrutura) e Fábio Faria (Comunicações), que discursou sobre o leilão do 5G. Fábio Faria ainda defendeu as aglomerações feitas por Jair Bolsonaro, dizendo que elas envolveriam apenas cerca de dez pessoas, embora elas envolvam muito mais apoiadores do que as estimadas pelo ministro.

O vice-governador de Goiás, Lincoln Tejota (Cidadania), representou Ronaldo Caiado (DEM), que está com infecção urinária. Ele pediu a duplicação da rodovia BR-153.

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/04/governo-estuda-ampliar-cobertura-do-sus-para-doencas-raras/

Lavar as mãos

A lavagem deve ser feita frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização.

Não tocar o rosto

Evite encostar as mãos não lavadas na boca, nos olhos e nariz. Essas são as principais portas de entradas do coronavírus no organismo.

Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar

O ideal é usar cotovelo ou lenço. Se utilizar papel, jogue fora imediatamente.

Usar álcool em gel

Se não houver água e sabonete para lavar a mão, use o álcool gel 70%, que é eficiente para matar o vírus e outras possíves bactérias.

Evitar contato se estiver doente

Quem está com sintomas de doença respiratória deve evitar apertar as mãos, abraçar, beijar ou compartilhar objeto. Se puder, fique em casa.

Usar máscara se apresentar sintomas

Quem está com sintomas como tosse e espirro deve usar máscara mesmo sem o diagnóstico confirmado de covid-19.

Fonte: O Rio Branco

Cannabis: Anvisa quer parar produção de óleo que trata doenças raras

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A cannabis sativa, conhecida popularmente como maconha, tem sido alvo de diversas polêmicas desde que especialistas afirmaram que ela é eficaz para o tratamento de doenças raras. No Brasil, milhares de pacientes dependem do medicamento à base de cannabidiol, mas uma iniciativa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ameaça o uso desse produto. O órgão acionou a Justiça para suspender o cultivo da planta pela Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança, a Abrace Esperança.

Na última sexta-feira (26/02), o desembargador Cid Marconi, do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), determinou a suspensão da liminar que permitia que a Abrace, localizada em João Pessoa (PB), cultivasse a maconha medicinal.

Em nota, a Anvisa disse que ‘não tem o objetivo de impedir o trabalho da associação’, mas admite que reportou à Justiça que a Abrace estava produzindo óleo de cannabis ‘em escala industrial’, sem tomar ‘medidas para evitar propagação indevida da maconha’. A entidade nega e diz que obedece a todas as regras de produção.

No próximo dia 11, o TRF-5 vai julgar o mérito da ação.

Normas de produção

Segundo a Anvisa, a Abrace não cumpria normas técnicas que foram editadas depois que obteve autorização para o cultivo de cannabis, em 2017.

‘Esta decisão condiciona a autorização ao cumprimento de determinados requisitos. No entanto, esses requisitos não estão sendo observados pela associação, o que obrigou a Anvisa, após infrutíferas tentativas administrativas de sanar os problemas, a informar a situação ao TRF-5. A medida é necessária para evitar risco sanitário que possa levar ao agravamento da saúde dos pacientes’, diz a Anvisa.

Legalmente, agora a Abrace só pode produzir óleo para 151 pacientes, número inicial de associados no começo do processo.

Porém, a associação atende a 14,4 mil pessoas em todo o Brasil, mensalmente. Os associados pagam por volta de R$ 300 para ter acesso ao óleo medicinal, entregue em casa. Em sua maioria, o medicamento é usado por pessoas com epilepsia grave, autismo, Alzheimer e Parkinson.

‘Milhares de famílias dependem disso’

Nas redes sociais, pacientes que usam o óleo de cannabidiol para tratar diversas doenças raras temem a decisão da Justiça. Cláudia Alves, filha da portadora de Alzheimer Francisquinha Alves, de 91 anos, fez um vídeo pedindo para que as pessoas se solidarizem com a situação e viralizem o caso, com intuito de evitar a suspensão da produção do medicamento pela Abrace.

‘Ela estava sendo comprometida [pela doença]. O sono muito ruim. O humor nem se fala. E aí, eu descobri, pesquisando, que o óleo de cannabidiol já estava sendo usado para portadores de Alzheimer. Eu levei a minha mãe ao médico e ele prescreveu o óleo, importado. Eu dei entrada na Anvisa e, 60 dias depois, recebi a aprovação de importar o óleo’, contou.

Apesar de conseguir a autorização para a importação do medicamento, Cláudia falou que ficou desanimada pelo valor do óleo: R$ 1,8 mil o frasco. Ela disse que não conseguiria manter o tratamento com o remédio, por causa do preço. Foi, então, que descobriu a Abrace.

‘Ela [associação] faz o plantio e o cultivo. Lá, tem óleo laranja, azul, verde, e percentuais diferentes de concentração para cada caso. Não é algo que você compra no shopping. Esse vidro aqui [produzido pela Abrace], de 100 ml, custa R$ 380. Esse aqui [importado], custa 1,8 mil. Muitas famílias dependem disso’, lamentou.

Fonte: Metrópoles

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/12/15/cannabis-medicinal-tem-eficiencia-no-tratamento-de-dor-cronica/

Vacinas: Barra Torres diz que Anvisa é agência ‘mais rápida do mundo’

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Em audiência no Senado, nesta quinta-feira (4/3), o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, negou ter ocorrido ação lenta da agência na análise das vacinas contra o coronavírus, no modo emergencial. Segundo ele, a Anvisa levou nove dias para fazer a análise dos dois pedidos de autorização o que, na sua avaliação, coloca a Anvisa como ‘a agência mais rápida do mundo’.

‘A Anvisa realizou a análise de dois protocolos de análise emergencial para uso vacinal, que foram divulgados em um domingo, que acredito que todos se lembram bem, tendo usado o prazo de nove dias, marca que coloca a Anvisa como agência mais rápida do mundo na análise de protocolos vacinais para uso emergencial’, disse aos senadores.

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Torres participa de sessão de debates no Senado sobre a vacinação da população contra a covid-19, requerida pela senadora Rose de Freitas (MDB-ES).

Na sessão, realizada na pior semana da pandemia no Brasil, o presidente da agência fez um apelo para que as pessoas usem máscaras, pratiquem o isolamento social e adotem hábitos no sentido de evitar a contaminação, até que se tenha um número maior de pessoas imunizadas no país.

‘Minhas primeiras palavras são: use máscara, efetue o distanciamento social, higienize suas mãos com recursos que estão disponíveis na maioria dos lares brasileiros. Água e o sabão e, se possível, claro, o álcool gel, sempre que disponível. Essas são as medidas. Discutimos hoje um advento poderoso nesse cenário de enfrentamento da pandemia: o advento das vacinas’, disse Barra Torres.

Fonte: Metrópoles

MP encontra novas irregularidades em compras de testes

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Investigações conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), seguem identificando fraudes que lesaram os cofres públicos e colocaram em risco a saúde da população da capital federal. A quarta fase da Operação Falso Negativo, deflagrada nessa quarta-feira (3/3), expõe esquema fraudulento envolvendo suspeitos de corrupção que, até então, não tinham sido identificados.

O grupo, que estava instalado na Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) e no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), seguia o mesmo modus operandi na maioria dos contratos, realizando procedimento de dispensa de licitação para aquisição de testes rápidos para detecção da Covid-19. Diversas empresas teriam sido beneficiadas com direcionamento do certames, superfaturamento de produtos e conluio para fraudar a competitividade.

De acordo com as apurações, o esquema seria capitaneado por Jorge Antônio Chamon Júnior, ex-diretor do Lacen, com auxilio de Iohan Andrade Struck, então subsecretário de Administração Geral da SES-DF. Ambos foram presos em fases anteriores da operação.

A nova etapa da investigação apura outras duas dispensas de licitação. As fornecedoras teriam oferecido produtos a preços superfaturados causando prejuízo aos cofres públicos de, no mínimo, R$ 10 milhões. As propostas apresentadas pelas empresas tinham incongruências e estavam irregulares, não continham assinaturas e havia divergências nos preços. Uma delas sequer tinha habilitação jurídica e o certificado do produto que pretendia distribuir. Motivos que já ensejariam a desclassificação.

Conluio

Há, ainda, provas que indicam possível conluio entre as empresas Belcher Farmacêutica do Brasil LTDA, Brasil Laudos – Serviços Médicos LTDA, Matias Machado da Silva e W.S. do Prado Importação e Exportação.

As propostas apresentadas por elas eram semelhantes. Continham as mesmas redação e diagramação, e os preços eram bem próximos, mesmo se tratando de empresas diferentes. Os promotores acreditam que as peças foram produzidas no mesmo computador ou em ‘parceria’. Os documentos investigados teriam sido editados pelo advogado Luiz Fernando Teixeira Pinho, que teria pleno conhecimento das irregularidades.

A Brasil Laudos chegou a apresentar os mesmos dados bancários da Matias Machado. Além disso, as propostas feitas pela Brasil Laudos e W.S. do Prado ofereciam preços semelhantes e elevados, que variavam de R$ 184 a R$ 187.

A suspeita é de que os empresários tinham acesso a informações privilegiadas. Durante as investigações, notou-se um padrão de propostas fictícias ou de cobertura. Tudo era feito apenas para dar ar de legalidade ao procedimento, segundo os promotores. Mesmo com problemas flagrantemente identificáveis, as propostas foram analisadas e aprovadas em curto espaço de tempo. Os indícios apontam que, em geral, a empresa vencedora era escolhida previamente.

Superfaturado e ineficaz

Além das irregularidades que afetam os princípios da administração pública, a saúde dos brasilienses foi colocada em risco diante da pandemia mundial do novo coronavírus, uma vez que os produtos superfaturados foram adquiridos e, posteriormente, substituídos pela marca Livzon, teste chinês de eficácia duvidosa.

Veja imagens da 4ª fase da Falso Negativo:

A substituição feita pela empresa Matias Machado foi sumariamente deferida pelo então diretor do Lacen, Jorge Chamon. O teste, que vale cerca de R$ 32,38 a unidade, foi comercializado para o GDF a R$ 186. A entrega dos testes foi feita e atestada pelo servidor Alexandre Luciano, em 7 de maio de 2020.

Embora o pedido de troca para a marca chinesa tenha sido feito em 8 de maio, o empenho efetivado em 12 de maio e o extrato publicado no dia 14 do mesmo mês, Matias já havia levado o produto desde o dia 6 de maio à Farmácia Central.

Os testes foram transportados em uma Fiat Toro, no bagageiro, sem qualquer cuidado com as normas sanitárias exigidas pelas Anvisa. A nota foi emitida sem ao menos citar a marca do produto adquirido. A troca dos materiais tenha sido autorizada.

Empresa ‘emprestada’

Ao analisar arquivos apreendidos, os promotores descobriram que Fábio Gonçalves Campos, ex-secretário parlamentar lotado no gabinete do deputado federal pela Bahia João Carlos Bacelar (PL), atuou em nome da empresa Matias Machado para fazer negócios ilícitos com a Secretaria de Saúde do DF.

Fábio Campos teria se aproveitado da relação com o então secretário de Saúde, Francisco Araújo, o qual foi padrinho de casamento de Fábio. A festa luxuosa (foto abaixo) ocorreu em 2019, no Rio de Janeiro. Além das imagens da cerimônia divulgadas pela imprensa, também foram apresentados diálogos que comprovam toda a negociação ilegal que ocorreu nos bastidores.

Campos permaneceu na Câmara dos Deputados até 26 de agosto do ano passado. Foi exonerado um dia após a deflagração da segunda fase da Operação Falso Negativo. A ação revelou inúmeras ilicitudes relacionadas à Dispensa de Licitação nº 18/2020 e à contratação da Matias Machado.

Em razão da íntima relação com o chefe da Secretaria de Saúde do DF, Fábio não poderia aparecer de forma ostensiva no procedimento licitatório, para isso, pegou ‘emprestado’ o nome de Matias Machado para auferir lucros em acordo predeterminado com Francisco.

Uma conversa registrada em 24 de abril do ano passado, Fábio envia a seguinte mensagem para Matias: ‘Puder falar, meu irmão, me liga ai que eu queria ver um negócio da empresa contigo ai, que aqui no GDF eu não posso botar minha empresa, eu queria ver se você poderia me emprestar a sua ai para eu mandar uma proposta para o GDF’.

Matias concordou; assinou todos os documentos que lhe foram solicitados para que a empresa pudesse ser habilitada a apresentar propostas e respondeu:

‘Fábio, o que você precisar ai, referente essa empresa minha, você pode me ligar, viu? que eu mando pra você, tá bom?’. A conversa ocorreu mesmo antes da dispensa de licitação ser concluída.

Em confirmação às relações suspeitas identificadas, o Gaeco também conseguiu apontar que a esposa de Fábio, identificada como Renata Mesquita D’Aguiar, também tinha conhecimento dos fatos e se envolveu nas tratativas do marido. Ela é outra investigada e alvo da operação deflagrada na quarta-feira (3/3). Durante as buscas na Asa Sul, o MP encontrou R$ 280 mil no carro do casal.

Outro envolvido no esquema e alvo de busca e apreensão é Adilton Gomes Assunção. Em conjunto com o advogado Luiz Fernando Teixeira de Pinho, Assunção foi nomeado no órgão em que Renata Mesquita trabalhou, justamente para atuar sob a chefia da esposa de Fábio Gonçalves. As situações investigadas ocorreram no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e na Secretaria de Estado de Esportes e Lazer do DF.

Operação

Na quarta fase da Operação Falso Negativo, deflagrada na quarta-feira, promotores e policiais civis cumpriram 15 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e na Bahia. As ordens judiciais foram expedidas pela 5ª Vara Criminal de Brasília.

A ação, coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPDFT, tem o apoio do Departamento de Combate à Corrupção (Decor), da Polícia Civil do Distrito Federal, além do Gaeco e da Polícia Civil da Bahia.

A primeira fase da operação foi deflagrada em julho do ano passado. Um mês depois, seis integrantes da cúpula da Secretaria de Saúde do DF, incluindo o chefe da pasta, Francisco Araújo, foram presos no âmbito da Falso Negativo. Em seguida, o GDF os afastou dos cargos.

Na ocasião, apenas o mandado de prisão contra o titular afastado da Subsecretaria de Administração Geral, da Secretaria de Saúde do DF, Iohan Andrade Struck, não foi cumprido. O advogado de Iohan, Alexandre Adjafre, disse que o cliente estava com suspeita de Covid-19 e apresentou atestado de 10 dias do subsecretário. Atualmente, nenhum dos alvos da Falso Negativo segue preso.

Fonte: Metrópoles

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/05/mp-encontra-novas-irregularidades-em-compras-de-testes/

Governo prevê ter só um quinto das vacinas de Oxford esperadas para março

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Ao menos 13 milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford que eram esperadas para o mês de março não devem ser entregues nesse prazo, indica um novo cronograma do Ministério da Saúde.

Em 22 de fevereiro, a pasta previa receber 4 milhões de doses importadas da Índia, que no calendário atual foram “diluídas” nos meses seguintes. Eram aguardadas ainda 12,9 milhões envasadas pela Fiocruz, que agora foram reduzidas para 3,8 milhões.

A quantia de março passou, portanto, de 16,9 milhões para 3,8 milhões de unidades, apenas um quinto do esperado. O número também é muito inferior à previsão que a Fiocruz vinha divulgando no último mês, de 15 milhões.

Questionado sobre a mudança, o ministério afirmou que “o cronograma está sujeito a alterações, muitas vezes por questões de organização dos laboratórios na entrega das doses ou na capacidade de produção e distribuição”. Também disse que sempre ressalta que há possibilidade de modificações.

A Fiocruz confirmou que só deve enviar 3,8 milhões de doses em março e acrescentou que só será possível precisar as próximas datas e quantidades após a liberação pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) dos lotes de validação que ainda estão sendo produzidos.

“O número total de doses a serem entregues ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) em março depende do cumprimento de todas as etapas iniciais de produção e requisitos de qualidade de forma a garantir sua eficácia e segurança, bem como do deferimento do registro definitivo pela Anvisa“, informou.

A fundação diz que começou a produzir dois lotes de pré-validação em 12 de fevereiro e outros três lotes de validação na semana seguinte. Mas que só depois de terminado esse processo será iniciada a produção dos lotes comerciais, o que ainda está previsto para março.

“Tudo isso já faz parte de um processo de transferência inicial de tecnologia, que consiste na formulação da vacina a partir do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), e que pode vir a enfrentar algum tipo de necessidade de reajuste no processo ou revalidação do lote. A previsão é que os resultados desses lotes estejam disponíveis ainda no mês de março. Imediatamente após a produção dos lotes de validação, inicia-se a produção dos lotes comerciais de rotina.”

A entrega de imunizantes importados da Índia não constava inicialmente nos planos da Fiocruz, que previa inicialmente receber insumos farmacêuticos da AstraZeneca equivalentes a 100 milhões de doses no primeiro semestre e realizar seu envase no Brasil.

A demora na obtenção da matéria-prima da China, no entanto, levou a fundação a negociar a importação de 10 milhões de unidades já prontas do Instituto Serum, um dos centros de produção vinculados à AstraZeneca na Índia.

Deste total, cerca de 2 milhões foram entregues na última semana de fevereiro. O restante era esperado até abril, mas agora é aguardado para os meses de abril a julho. Questionada, a AstraZeneca disse que a negociação para a importação foi feita diretamente pela Fiocruz e não tem informações sobre o assunto.

Com isso, as ameaças de atraso já atingem as três frentes da Fiocruz no fornecimento de vacinas: a importação de doses prontas, o envasamento com o insumo comprado na China e a produção com a matéria-prima inteiramente nacional, prevista para o segundo semestre.

A ideia era que essa última iniciativa, que requer a transferência da tecnologia, começasse a dar frutos em agosto. Mas o presidente da fábrica de Bio-Manguinhos, Maurício Zuma, já disse recentemente à agência Reuters que provavelmente haverá percalços.

“Acreditamos que em meados do segundo semestre vamos ter vacina pronta, agora, se vamos conseguir liberar vai depender das questões regulatórias. […] Sabemos que vamos ter percalços em um processo que se fazia em anos”, afirmou ele.

O acordo para a transferência de tecnologia entre as duas instituições foi o primeiro a ser anunciado pelo Ministério da Saúde e, até o início deste ano, era considerado a principal aposta para a imunização contra a doença. Os constantes atrasos, no entanto, têm atrapalhado os planos.

No total, o governo prevê receber no primeiro semestre cerca de 160 milhões de doses da Fiocruz e do Instituto Butantan, as duas únicas fontes do país por enquanto. Desse total, 18 milhões (9%) foram entregues até agora, segundo os laboratórios. Até o fim do ano, serão 322 milhões se o cronograma for seguido.

Além dessas duas frentes, o governo ainda espera receber mais 42,5 milhões de unidades do Covax Facility, consórcio da OMS (Organização Mundial de Saúde). Também fechou um acordo de 20 milhões de doses da Covaxin, desenvolvida pela indiana Bharat Biotech.

Cronogramas mais recentes da pasta preveem obter 8 milhões da Covaxin já em março, mas o prazo tem sido visto com desconfiança por especialistas. Esse imunizante teve apenas informações preliminares de eficácia divulgadas e ainda precisa solicitar autorização da Anvisa.

Recentemente, o atraso na entrega pela Fiocruz, somado ao cenário de agravamento da epidemia no país, tem sido visto como um dos fatores que levaram o governo a tentar retomar negociações com outros laboratórios.

Nesta semana, o Ministério da Saúde anunciou que deve fechar contratos nos próximos dias para obter 100 milhões de doses da Pfizer e 38 milhões de doses da Janssen.

A pasta diz ainda ter “tratativas em andamento” para obter 30 milhões de vacinas da Moderna. Destas três empresas, no entanto, apenas a Pfizer já tem registro aprovado na Anvisa, o que permite que o imunizante já possa ser ofertado à população.

Fonte:  

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/04/governo-decide-comprar-doses-de-vacinas-da-pfizer-e-da-janssen-dizem-auxiliares/