Ligação entre infecção por covid-19 e manifestação de diabete é investigada

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A estudante universitária Giselle, de 19 anos, procurou a emergência de um conceituado hospital do Rio em meados de janeiro porque se sentia muito mal. Andava sonolenta, cansada, com falta de apetite e ainda apresentava uma forte dor abdominal. Os médicos que a atenderam trataram a dor, mas não conseguiram chegar a nenhum diagnóstico específico.

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Alguns dias depois, Giselle, que prefere não revelar o sobrenome, voltou à emergência com os mesmos sintomas. Depois de uma bateria de exames, o diagnóstico: um quadro agudo de diabete do tipo 1. Os médicos resolveram investigar por que uma pessoa jovem, sem histórico da doença, apresentou um quadro tão grave. A conclusão foi que a manifestação seria decorrente de um caso brando de covid-19, no início do ano.

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Novos estudos vêm mostrando que a diabete é mais uma complicação a ser adicionada à lista dos danos causados pela covid-19. O que os cientistas ainda não sabem é se o vírus potencializa um problema que já estava em desenvolvimento ou se é a principal causa. “A relação pode ser bidirecional, ou seja, é possível que, em algumas situações, a covid venha a aumentar o risco de surgimento de casos de diabete, especialmente da cetoacidose diabética, uma complicação mais aguda”, afirma a professora Melanie Rodacki, do Departamento de Clínica Médica, Nutrologia e Diabete da UFRJ.

Uma análise feita por cientistas do Canadá, da Índia e da Austrália, publicada em novembro na revista Diabete, Obesidade e Metabolismo, revela que 14% dos internados com quadros graves de covid-19 desenvolveram diabete. Os cientistas reuniram dados de oito estudos, com um total de 3,7 mil pacientes.

Há possibilidade de que a diabete já fosse se desenvolver ou que o tratamento com corticoide tenha provocado a doença. Mas, dizem os especialistas, um efeito direto da covid também deve ser considerado. Os pesquisadores ainda não sabem como a covid deflagraria a diabete 1 e 2, nem se os casos são temporários ou permanentes.

Outro estudo, feito na Alemanha e publicado no último dia 5 na Nature, demonstrou que as células beta do pâncreas (que produzem insulina) estavam expressando proteínas do novo coronavírus. “Nosso estudo identificou o pâncreas como um alvo da infecção pelo SARS-CoV-2, sugerindo que a infecção das células beta pode contribuir para problemas metabólicos observados em pacientes com covid-19”, afirmaram.

“Tudo com a covid ainda é muito novo, estamos diante de uma doença nova e aprendendo muita coisa”, diz a presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), Cíntia Cercato. “Mas, basicamente, estamos vendo essa relação bidirecional.”

Médicos de cinco hospitais de referência para atendimento de covid em crianças no Rio notaram também um aumento nos casos de diabete. Agora, as instituições estão reunidas para um levantamento do número de casos de 2020. Querem compará-los com os registros dos anos anteriores.

“A pesquisa está em andamento, então não tenho ainda muita informação”, explicou a especialista Renata Szundy Berardo, do Hospital dos Servidores do Estado, coordenadora da pesquisa. “Mas houve uma percepção de aumento do número de casos (de diabete) em todos os centros de referência.”

Para Melanie Rodacki, da UFRJ, respostas definitivas só virão a longo prazo. “A gente vai ter de acompanhar todos esses pacientes a longo prazo, ver a incidência de diabete em todo mundo que teve covid.”

Fonte: MSN

‘A ciência do genoma precisa de diversidade’, diz geneticista que está à frente do projeto DNA do Brasil

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Nesta semana, cientistas comemoram 20 anos do sequenciamento do genoma humano, o primeiro esboço funcional do mapa de genes que guarda as informações sobre as pessoas no DNA.

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Em 2001, esse avanço veio cercado de promessas e temores, muitos dos quais se mostraram justificados nas décadas seguintes. Uma esperança do projeto, porém, se frustrou: não se conhece bem, duas décadas depois, o fundo genético da maior parte das doenças comuns.

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Um obstáculo a essa ambição é a desigualdade: a maior parte dos indivíduos com DNA sequenciado até hoje é de origem europeia. Essa falta de diversidade compromete a compreensão do papel de cada gene.

Uma das cientistas que mais tem contribuído para preencher essa lacuna de conhecimento é Lygia da Veiga Pereira, professora do Instituto de Biociências da USP. À frente do projeto DNA do Brasil, a geneticista coordena um esforço de sequenciamento de 15 mil genomas brasileiros para alimentar pesquisas na área.

Em entrevista ao GLOBO, ela faz sua reflexão sobre o vigésimo aniversário do esboço do genoma humano.

Após duas décadas, o genoma cumpriu a promessa de elucidar doenças e possibilitar terapias?

O sequenciamento do genoma humano teve um impacto muito grande nas doenças que a gente chama de mendelianas, causadas por mutação em um gene só, em geral doenças raras como fibrose cística ou distrofia muscular. O genoma facilitou a descoberta dos genes envolvidos nessas doenças, e a partir daí foram desenvolvidos, para algumas, terapias mais eficientes.

Mas com as doenças comuns — diabetes, Alzheimer, hipertensão etc — foi diferente, porque elas têm um componente genético e também ambiental, de estilo de vida. E a genética delas é muito mais complexa. Em vez de você ter um gene só determinando se a pessoa vai ter ou não a doença, são centenas ou milhares de pequenas variantes genéticas que fazem a pessoa ter um risco aumentado de desenvolver aquela doença. O grande desafio da genética do século 21 é determinar quais variantes genéticas são essas associadas às doenças comuns.

Talvez seja uma decepção para as pessoas que a gente ainda não tenha testes genéticos precisos para cravar sua predisposição para essas doenças comuns. Essa é uma das promessas do projeto genoma humano que ainda não foram cumpridas, e ela segue em andamento.

Como isso está sendo resolvido?

A gente teve uma revolução a partir de 2007 com o desenvolvimento de outros métodos de sequenciamento, que permitem hoje a gente obter um genoma humano por US$ 500 em 24 horas. O primeiro genoma humano demorou uns 15 anos e custou US$ 3 bilhões.

Isso vem permitindo que a gente gere os dados para poder, um dia, resolver as genéticas das doenças comuns, porque permite sequenciar o genoma de milhões de pessoas. A gente precisa desse volume, que dá poder estatístico para identificar as variantes genéticas associadas às doenças comuns.

Com relação às terapias, parte dessas promessas começa a ser cumprida na área de oncologia. Para alguns tipos de câncer, quando o DNA do tumor é sequenciado, você sabe que se um ou outro tipo de quimioterapia vai ser mais eficaz.

Os genomas não europeus são ainda poucos no banco global para pesquisa. Como isso vai ser corrigido?

Nosso projeto, o DNA do Brasil, endereça exatamente essa falta de diversidade, porque se tem uma coisa com a qual o Brasil pode contribuir é com a diversidade e a miscigenação.

E qual é o problema da falta de diversidade? Por exemplo: já existem artigos científicos mostrando variantes associadas a um maior risco de doença cardiovascular, mas isso foi descoberto usando os genomas de populações europeias. Quando se aplica isso a populações de outras ancestralidades, os resultados não são tão precisos. A genética das doenças complexas varia entre diferentes populações, por isso é fundamental ter diversidade nos estudos.

Como está indo o projeto?

Lançamos o projeto em dezembro de 2019, e já conseguimos fazer 2.100 genomas. Estamos de fato encontrando uma quantidade de novas variantes de DNA que ainda não foram descritas em outras populações. O DNA do brasileiro tem muito a contribuir com a ciência do mundo inteiro. Quando a gente sequencia o DNA brasileiro a gente está sequenciando DNA africano e indígena que nunca tinha sido sequenciado.

Em 2001, um temor era a iniciativa privada se apropriar do conhecimento do genoma. O receio durou?

Esse era um receio pertinente. Na época, o Craig Venter [empresário e biotecnólogo] estava tentando patentear todos os genes que ele descobria, sem nem saber para que serviam. Aí criou-se todo um entendimento legal de que aquilo não fazia sentido. Em vez de existir uma disputa “público x privado”, o que ocorre mais hoje é o público fazer parcerias com o privado.

E o receio da manipulação genética de humanos?

Na época eu achava exagerado. O que eu já achava mais complicado, e ainda acho, é a seleção de embriões. É compreensível que quem tem uma doença degenerativa na família não queira ter um filho afetado e queira selecionar embriões.

Mas, e se um dia quiserem selecionar embriões com base em genes que influenciam o QI ou a capacidade atlética? Isso a gente segue discutindo, até porque a gente ainda não conhece bem esses genes.

E, agora, além disso, o Crispr [técnica moderna de alteração de genes] dá a capacidade de fazer alterações genéticas em embriões, como um grupo chinês fez. A ferramenta é segura o suficiente? Não. Mas, e quando for segura? Em que situações a sociedade vai aceitar que seja feito? Essas discussões todas voltaram, e com muito mais urgência.

Como é fazer pesquisa genômica no Brasil hoje? Em 2001, o país investia muito, mas cientistas reclamavam da burocracia para importar equipamento e insumos.

A gente vive um período muito difícil da história da ciência no Brasil, com diminuição progressiva das verbas de pesquisa. E continua a burocracia. A gente conseguiu na USP uma verba no ano passado para fazer células de pulmão humano com células-tronco, que serviriam para pesquisa com Covid-19.

Acontece que, para isso, a gente precisava de alguns reagentes novos. Eu tinha dinheiro e fizemos a encomenda, mas demorou seis meses para o reagente chegar. É muito tempo. Se demorasse 15 dias ou um mês, seria um grande avanço. Aumentaria muito a agilidade e a competitividade da ciência brasileira.

Quanto o projeto genoma humano contribuiu para o combate à Covid-19?

A ciência do genoma humano permeia qualquer estudo sobre saúde humana hoje. Por exemplo, por que algumas pessoas com Covid-19 têm casos graves e outras são assintomáticas? Sabemos que, por exemplo, obesos tem mais propensão a ter complicações, mas tem gente obesa que não sofre, e tem gente saudável que contrai uma doença horrível.

A gente está estudando quais variações genéticas das pessoas podem estar associadas a isso. E a gente só consegue fazer isso porque existe a sequência do genoma humano em bancos de dados. O genoma humano hoje é onipresente na pesquisa biomédica.

Fonte: Yahoo Finanças

Casos de dengue crescem 53%

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O número de casos prováveis de dengue no Distrito Federal cresceu 52,98% na última semana de janeiro. De 23 a 30 do último mês, os casos notificados saltaram de 419 para 641, segundo dados da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. A pasta ressalta, no entanto, que o número ainda é menor do que o notificado no mesmo período de 2020, quando houve 1.933 registros.

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Planaltina lidera o ranking de casos, com 89, seguida por Ceilândia (80) e Sobradinho 2 (58), Samambaia (52), Sobradinho 1 (48) e São Sebastião (46). Juntas, as seis regiões administrativas são responsáveis mais da metade de todos os casos do DF. Mesmo com aumento do número de notificações, apenas 10 pacientes desenvolveram o quadro grave da doença e não houve registro de mortes.

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A infectologista do Hospital Águas Claras Ana Helena Germoglio explica que, neste período de chuvas, que se estende até meados de abril em Brasília, a tendência é de que o número de casos aumente. “Os ovos que estavam guardados eclodem. Além de também ser um período mais propício ao acúmulo de água parada”, observa.

A especialista alerta ainda para o risco da circulação de diferentes tipos do vírus. “Existem quatro tipos de dengue em circulação, o que significa que a pessoa pode adquirir a doença quatro vezes, o que é um risco. No caso do tipo 2, não tínhamos essa variante no DF, por isso, em 2019, quando ela foi inserida no nosso território, tivemos um estrago tão grande”, pontua.

Segundo os dados da Saúde, naquele ano, 62 pessoas morreram vítimas da dengue na capital. Esse foi o maior número já registrado em monitoramentos divulgados pela pasta desde 1998, quando foi confirmado o primeiro caso grave da doença na capital federal.

Justamente para tentar entender o comportamento do Aedes aegypti fora das fronteiras da cidade, o DF firmou uma parceria com o estado de Goiás para estabelecer estratégias de combate ao mosquito. A Sala de Situação Interestadual DF/GO terá repasse de informações, compartilhamento de estratégias para melhores regulamentos e disponibilização de equipamentos.

Covid-19

O cenário da pandemia causada pelo novo coronavírus também preocupa os especialistas, principalmente porque os sintomas das duas doenças podem confundir o paciente infectado (veja quadro). “A dengue e a covid-19 têm alguns sintomas comuns, como dores no corpo e cansaço. A dengue também causa um pouco de falta de ar, assim como a covid pode trazer manchas ao corpo”, destaca Ana Helena Germoglio.

Por isso, a especialista orienta que, em casos de qualquer sintoma, o recomendado é que o paciente recorra a um atendimento médico. “É importante a avaliação do profissional de saúde. Ele dirá se a pessoa está com covid ou dengue. Vale lembrar que esse diagnóstico é importante para o paciente saber o que fazer, principalmente porque os infectados com a covid-19 precisam de isolamento social”, finaliza.

Fonte: Correio Braziliense

Covid grave é ligada a anomalias nos olhos

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Após um ano de pandemia, a covid-19 segue sendo uma caixa de surpresas para especialistas da área médica, que buscam incessantemente desvendar quais efeitos que o seu agente, o vírus Sars-CoV-2, provoca no organismo humano. Em um estudo publicado na última edição da revista especializada Radiology, pesquisadores franceses relatam a ocorrência de alterações oftalmológicas preocupantes em pacientes que tiveram a forma grave da doença. Com base nessas descobertas, eles defendem a necessidade do rastreamento ocular de indivíduos infectados, protocolo que poderá fornecer o tratamento oftalmológico adequado e ajudar na compreensão dos efeitos do patógeno no sistema ocular.

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No artigo, os cientistas destacam que, embora o novo coronavírus cause danos principalmente aos pulmões, ele foi associado a algumas anormalidades oftalmológicas, como a conjuntivite (vermelhidão nos olhos) e a retinopatia, que pode provocar até a perda de visão. “Anormalidades oculares visíveis em exames de ressonância magnética já foram relatadas, mas as pesquisas feitas até agora são limitadas, pois não exploram a fundo a natureza e a frequência dessas alterações”, detalham os autores do texto.

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Para entender melhor essa questão, os investigadores analisaram 129 voluntários — todos tiveram covid-19 grave e foram submetidos a exames de ressonância magnética cerebral. Em todo o grupo, nove (7%) pessoas apresentaram resultados anormais nas imagens radiológicas do globo ocular. “Nós observamos que alguns pacientes com covid grave tinham um ou vários nódulos no polo posterior do globo”, relata, em comunicado, Augustin Lecler, professor-associado da Universidade de Paris, na França, e principal autor do estudo. “Essa é a primeira vez que essas descobertas foram descritas usando ressonância magnética”, complementa o neurorradiologista.

Os nove pacientes também apresentaram nódulos na região macular, a área posterior do olho responsável pela visão central, sendo que oito deles tinham nódulos em ambos os olhos. Os pesquisadores explicam que o mecanismo por trás da formação de nódulos permanece desconhecido, embora possa estar relacionado à inflamação desencadeada pelo vírus. “A drenagem inadequada das veias oculares, problema observado em pacientes que permanecem na UTI em decúbito ventral (deitado de bruços) ou intubados, pode ser um fator. Sete dos nove pacientes com anormalidades oculares que participaram do estudo foram colocados deitados de barriga para baixo na UTI por um período prolongado”, detalham.

Comorbidades

Os pesquisadores seguem realizando exames clínicos e colhendo imagens de ressonância magnética nos participantes do estudo. Agora, a intenção é observar se os nódulos apresentam alterações e podem gerar consequências clínicas, como perda de visão ou comprometimento do campo visual. A equipe também pretende aplicar exames de ressonância magnética em novos infectados na segunda e na terceira ondas da pandemia que acometeram a França, além de estudar pacientes com a forma moderada da covid-19.

“Realizaremos o mesmo tipo de observação apurada, por meio de ressonância, nesse grupo mais amplo. Com isso, seremos capazes de saber se nossas descobertas foram específicas para pacientes com covid-19 grave ou não”, adianta Lecler. Os pesquisadores destacam que dos nove pacientes com nódulos oculares, dois eram diabéticos, seis eram obesos e dois tinham hipertensão, o que indica a possibilidade do surgimento da complicação estar relacionado à existência de outras comorbidades.

Gustavo Serra, oftalmologista do Visão Hospital de Olhos, em Brasília, destaca que o estudo francês mostra dados ainda iniciais, mas caminha na mesma direção do que tem sido visto por especialistas dentro dos consultórios. “A covid-19 é caracterizada pelo surgimento de vários pequenos problemas de saúde que ainda não foram bem compreendidos e são pouco descritos na literatura. Esse estudo não tem tanta significância estatística, já que o grupo analisado é pequeno, apenas 129 pessoas, mas apresenta dados semelhantes ao que temos encontrado na prática clínica: pacientes com a forma mais grave da doença que apresentam alterações oftalmológicas durante a internação ou após a recuperação da infecção”, detalha

Triagem

Segundo os investigadores franceses, os resultados obtidos sugerem que exames oftalmológicos devem ser realizados em todos os pacientes com covid-19 grave para detectar a presença de possíveis nódulos e avaliar a necessidade de intervenções médicas. “Na prática clínica, essa triagem pode incluir a ressonância magnética de alta resolução, a fundoscopia, que usa uma lente de aumento e uma luz para verificar a parte posterior do interior do olho, e a tomografia de coerência óptica, um teste não invasivo que fornece uma imagem 3D da estrutura do olho”, sugerem.

De acordo com os cientistas, problemas oculares graves podem passar despercebidos durante o tratamento do novo coronavírus, já que os pacientes internados na UTI costumam ser avaliados e tratados para condições muito mais graves e potencialmente fatais. “Nosso estudo defende a análise oftalmológica apurada de pacientes com casos graves que estão internados em UTI. Acreditamos que essas pessoas devam receber tratamentos de proteção ocular específicos caso seja necessário”, enfatizam.

Gustavo Serra também acredita que um acompanhamento do sistema ocular de pacientes com a forma grave da covid-19 é importante. Além de garantir uma assistência mais completa aos infectados pelo vírus, a prática pode ajudar na melhor compreensão dos efeitos da enfermidade no sistema ocular, diz o médico brasileiro. “Já temos visto como os casos graves podem gerar danos oftalmológicos, como a retinopatia e a conjuntivite, e devemos seguir acompanhando esses efeitos para entender quais as causas específicas e também outras patologias”, justifica. “As alterações na mácula precisam ser bem avaliadas, pois cicatrizes nessa região podem causar complicações, já que essa é a parte mais importante da retina. É preciso uma análise minuciosa para evitar que os pacientes tenham uma piora com o passar do tempo.”

Fonte: Correio Braziliense

Jovem Aprendiz Natura e Avon 2021 Agência Empregos

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As empresas de cosméticos Avon e Natura abriram recentemente as inscrições para vagas em um processo seletivo que é totalmente digital. O objetivo é contratar em torno de 190 jovens para atuarem na área administrativa e operacional, nas unidades dos seguintes estados: Ceará, São Paulo, Bahia e o estado do Pará.

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Os candidatos interessados em concorrer as vagas devem ter idade entre 16 e 22 anos, além disso o grau de escolaridade exigido é estar cursando ou já ter terminado de cursar o ensino médio, bem como, estar cursando o ensino técnico ou já ter cursado por completo. É importante lembrar ainda que o candidato não pode ter participado de nenhum programa de Jovem Aprendiz até o momento e candidatos do sexo masculino, acima de 18 anos, deverão comprovar que foram dispensados dos serviços militares, apresentando a dispensa.

O intuito das empresas Natura e Avon com este processo seletivo é contribuir com o desenvolvimento e a capacitação de jovens aprendizes através de programas de capacitação a que serão submetidos após a seleção. O processo visa atingir mais de cinquenta por cento de selecionados que se declarem negros e residam próximo a unidades de ambas as empresas.

Jovens candidatos interessados em concorrer as 190 vagas ofertadas deverão ficar atentos a data das inscrições, já iniciadas no dia 18 de dezembro de 2020 e seguem abertas até a data 31 de março deste ano, 2021. As inscrições poderão ser feitas pelo seguinte endereço eletrônico: https://taqe.com.br/natura-e-avon. As empresas informam também que no ato da inscrição, os candidatos serão submetidos a um jogo, mais precisamente um quiz com o objetivo de familiarizar-se com o perfil de cada inscrito.

Para quem não sabe, a Natura & Co comprou a empresa Avon no início de 2020 e se tornou a quarta maior empresa de cosméticos do mundo. Ambas as empresas contam com milhares de lojas e revendedoras e revendedores espalhados por todo o mundo, oferecendo os mais variados tipos de produtos, que vão desde um simples esmalte, desodorante, hidratante até perfumes femininos e masculinos extremamente sofisticados. Além disso, a Avon e a Natura possibilitam que seus revendedores, sejam eles pequenos comerciantes de seus produtos que busquem apenas uma renda extra ou outros revendedores que fazem a comercialização de cosméticos e tem isso como a sua única e principal fonte de renda.

Mas você deve estar aí se perguntando porque uma empresa como a Natura comprou a Avon, não é mesmo? Não se preocupe te contaremos o porquê logo adiante, então continue a leitura do nosso artigo e sane sua dúvida.

O fato é que, embora a Avon fosse uma empresa conhecida mundialmente, ela estava vivenciando momentos não tão bons nos últimos anos, por este motivo, a Avon teve que suspender em torno de dois mil e trezentos empregos somente no início do ano passado. Por outro lado, a empresa Natura já buscava há algum tempo uma maneira e uma oportunidade de crescer ainda mais globalmente, o resultado foi a compra da empresa Avon por parte da empresa Natura, que representa hoje em dia a união das duas maiores empresas de cosméticos e investidoras de beleza do mercado.

Com mais de duzentos milhões de consumidores em todo o mundo, que vão de consultores, revendedoras e consumidores, ambas as empresas representam atualmente uma grande rede que movimenta a economia do mundo de forma significativa, constante e expansiva.

Fonte: Agência Emprego Brasil

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/02/15/profarma-specialty-busca-ampliacao-nas-regioes-norte-nordeste-e-sul/

Molnupiravir impede infecção pelo coronavírus em estudo com animais

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A busca por um medicamento eficaz no combate à Covid-19 não para. Agora, saíram resultados positivos de um estudo com um novo medicamento antiviral desenvolvido especificamente contra a doença em testes realizados em animais. Nos experimentos, relatados em artigo publicado na revista Nature, o molnupiravir demonstrou capacidade em impedir a replicação viral e cortar o desenvolvimento da doença.

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O medicamento já havia apresentado resultados promissores em furões. Nos animais, o antiviral demonstrou um impacto em potencial na transmissibilidade do vírus. Agora, com ratos alterados para apresentarem tecido celular similar ao humano nos pulmões, a droga também apresentou capacidade de impedir a infecção.

A utilização dos ratos geneticamente modificados é que o Sars-Cov-2 não se replica no animal naturalmente. Por isso, foi utilizada uma linhagem especial de camundongos, que podem replicar melhor o comportamento do vírus no organismo, graças à presença das células importantes para a infecção.

Os ratos receberam o medicamento por via oral 24 horas ou 48 horas após a exposição ao vírus e a cada 12 horas depois disso. Os resultados foram consistentes, com uma redução forte na replicação viral após dois dias de tratamento.

De acordo com os pesquisadores, houve uma redução de 25 mil vezes no número de partículas infecciosas no tecido pulmonar dos camundongos após 24 horas do tratamento com o molnupiravir. Após 48 horas, a concentração viral caiu 96%.

Os cientistas também experimentaram o uso profilático da droga, para tentar prevenir a infecção. Neste caso, o molnupiravir foi administrado 12 horas antes da exposição e 12 horas depois. Com este uso, a concentração viral foi reduzida em 100 mil vezes em dois experimentos distintos, como informaram os autores, ligados à Escola de Medicina da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.

Com bons resultados em animais, resta agora confirmar se o molnupiravir demonstra o mesmo poder quando testado em seres humanos. A farmacêutica Merck já está conduzido ensaios clínicos de fase 2 e 3 com pacientes hospitalizados que podem ter seus resultados apresentados ainda neste trimestre, mas até o momento não há mais informações sobre o andamento dos estudos.

Fonte: No Olhar Digital

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Quer ter a pele perfeita? Inclua essas proteínas na sua dieta

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O colágeno é apenas uma dessas proteínas. Saiba quais são as outras que, além de retardar os sinais de envelhecimento, dão uma bela revigorada em unhas e cabelos. saudedamulher pele cuidadoscomapele

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Uma alimentação saudável traz benefícios não só para nosso interior, mas para o exterior também. Por isso, é sempre importante ingerir todos os nutrientes necessários. O colágeno é um deles. Essa proteína é conhecida como a “fonte da juventude”, mas não é só ela que deixa a cútis com aspecto bonito. Claudia Coral, farmacêutica especialista […]

Já Joyce Rodrigues,farmacêutica bioquímica especialista em cosmetologia e presidente da Mezzo Dermocosméticos, explica por que devemos repor o colágeno após certa idade. “Esse processo começa quando estamos na casa dos 30 anos e acelera na casa dos 40, levando aos sinais evidentes do envelhecimento. A perda de colágeno é um processo natural, mas outros fatores, como exposição aos raios UV, poluição e estilo de vida, podem levar a sinais antecipados ou mais intensos do envelhecimento”, afirma.

Mas afinal, o que é o colágeno? “O colágeno é a proteína mais abundante do corpo humano, compondo cerca de 30% de nosso teor proteico total. Garante a integridade, elasticidade e força dos tecidos conectivos do corpo e, assim, mantendo a forma e a função de nossa pele, cartilagem e ossos”, explica.

A farmacêutica também conta que, por mais que grande parte da nossa alimentação seja rica em proteínas, depois de certa idade fica mais difícil suprir a necessidade de colágeno. “A recomendação é iniciar o consumo de colágeno a partir dos 25 anos. Trabalhar na prevenção é a melhor opção.” headtopics.com

E não é só na nossa aparência que esse composto faz milagres. O colágeno também alivia dores nas articulações, mantém o coração saudável, previne a perda óssea e age na massa muscular.

Fonte: Head Topics

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Metade das empresas brasileiras começam 2021 com queda no lucro, diz FGV

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FGV – A sondagem especial mostra que 48% das companhias reportaram lucros menores, 35% informaram estabilidade e 17% dizem ter registrado um resultado melhor que o de janeiro de 2020, período anterior ao início dos efeitos econômicos provocados pela pandemia.

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Na avaliação dos pesquisadores do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), o recrudescimento na pandemia e a retirada do auxílio emergencial são fatores que apontam para uma piora desses resultados nos próximos meses, revertendo a expectativa de que o país estava no rumo de recuperar as perdas do ano passado.

A indústria é o setor com maior percentual de empresas que registram aumento no lucro (26%), com destaque para os segmentos farmacêutico, químico e de minerais não metálicos, nos quais cerca de metade das companhias reportaram ganhos. No sentido oposto, as indústrias de vestuário e de couros e calçados têm quase 90% dos empresários registrando perdas.

Os serviços se destacam pela quantidade de companhias com queda nos resultados (62%), percentual que está em torno de 90% nos segmentos de alimentação e alojamento, aqueles que estão entre os mais afetados pelas restrições de mobilidade impostas pela crise sanitária.

No comércio, que vinha comemorando bons resultados em 2020 com as vendas de produtos essenciais e o aumento nas vendas por canais online, 48% das empresas tiveram queda no lucro em janeiro e 18% reportam ganhos, números próximos da média geral de todos os setores. Nesse setor, o destaque negativo é o segmento de tecidos, vestuário e calçados, com quase 8 de cada 10 empresas reportando perdas.

“Essa é uma pergunta que a gente fez em janeiro, em relação ao mesmo período do ano anterior, que foi um dos últimos meses antes da pandemia. O destaque negativo fica para a indústria têxtil e serviços, principalmente aqueles que demandam algum tipo de aglomeração. São setores que ainda estão muito impactados pela pandemia, e hoje não tem uma perspectiva de que vão conseguir se recuperar. Dependem muito da vacinação”, afirma o coordenador das Sondagens do Comércio e de Investimentos do FGV Ibre, Rodolpho Tobler.

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Ele afirma que, mesmo no comércio, a continuidade dos bons resultados de alguns setores pode ser afetada pelo fim do auxílio emergencial e a redução da massa salarial. Nos supermercados, por exemplo, 23% registram aumento de lucro, 28% queda e 49% falam em estabilidade.

“O cenário que a gente tem observado é um primeiro trimestre com consumo muito reduzido, consumidores cautelosos. O aumento nos casos de pandemia faz com que haja uma menor circulação de pessoas do que no final do ano passado e também tem a questão da finalização do auxílio emergencial.”

Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Superintendência Adjunta para Ciclos Econômicos do Ibre e responsável por pesquisas como a Sondagem do Consumidor, destaca que mais da metade das empresas nos serviços prestados às famílias, que englobam alimentação e alojamento, e da indústria de vestuários, tiveram queda no lucro superior a 30%.

Afirma também que todas as sondagens feitas pela FGV em janeiro mostraram queda na confiança de consumidores e empresas, sendo que a das famílias recuou pelo quarto mês seguido. Por isso, ela também avalia que, se a sondagem fosse feita em fevereiro, provavelmente o número de empresas reportando lucro maior teria diminuído.

“Neste primeiro trimestre, a tendência é que fique mais difícil, não só para aqueles setores que vinham com uma situação desafiadora, como para aqueles que vinham reportando lucro. É o que a gente viu nas sondagens. Não dá para esperar uma mudança no comportamento do consumidor agora. Você tem limitação de renda, dificuldade de obter emprego. As pessoas estão com medo do desemprego, continuam poupando, diminuindo seus gastos.”

O FGV Ibre também realizou sondagem com 1.713 consumidores e perguntou se eles tomariam a vacina e se voltariam a utilizar alguns serviços após o início da vacinação.

Cerca de 75% afirmaram que tomariam a vacina assim que estiver disponível e 7,4% disseram que não tomariam. Os demais não souberam dizer. Pesquisa Datafolha realizada em 20 e 21 de janeiro mostrou que 79% querem se vacinar.

O percentual daqueles que votaram a utilizar normalmente serviços que envolvem aglomeração, como de alimentação, entretenimento, alojamento, shoppings ou transporte de avião ou ônibus varia de 7% a 15% dos entrevistados.

Fonte: Brasil Agro

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Brasil enviará comitiva a Israel para conhecer spray contra a covid-19

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O presidente Jair Bolsonaro disse ontem (16), em um vídeo publicado nas redes sociais, que enviará uma comitiva brasileira para conhecer o spray nasal EXO-CD24, contra a covid-19, que está sendo desenvolvido pelo Centro Médico Ichilov de Tel Aviv, em Israel. (Foto ilustração)

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“Estamos acertando também uma comitiva que vai a Israel, do spray para curar a covid-19, o EXO-CD24. Se Deus quiser, vai dar certo”, disse em um vídeo gravado na praia de São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina. O presidente e familiares passam o período de carnaval hospedados no Forte Marechal Luz, uma área militar reservada.

“Pelo que tudo indica, o tratamento da covid em casos graves, através desse spray, tem tudo para dar certo”, acrescentou o presidente. Segundo ele, o Brasil deve participar da próxima etapa de testes do produto, que está na fase 3.

“Já conversamos com a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]. Uma vez entrando a documentação de praxe, para o tratamento experimental, eu acredito que a Anvisa tem tudo para dar o sinal verde e começarmos também a testar no Brasil”.

Fonte: Bahia na Política

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União Química enfrenta resistência para liberação da vacina Sputnik V

A aquisição da vacina Sputnik V ainda é vista como distante pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, apesar de ser apresentada como parte dos planos do Ministério da Saúde para imunizar toda a população prioritária até o fim deste ano.

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A Anvisa afirma que faltam documentos básicos para a autorização do uso emergencial do imunizante desenvolvido pelo Instituto Gamaleya, da Rússia, assim como para permitir a produção no Brasil. A informação foi feita pelo pelo diretor da agência, Antônio Barra Torres, no processo que acompanha o plano de vacinação do governo no Supremo Tribunal Federal, sob a relatoria do ministro Lewandowski.

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Na última quinta (11), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse ao Congresso que negocia 10 milhões de doses da Sputnik, como resposta às críticas de parlamentares por causa da lentidão na vacinação.

Fonte: Toda Bahia