Facebook remove publicação da prefeitura de Itajubá por informações falsas sobre a Covid-19

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O Facebook removeu a publicação da prefeitura de Itajubá (MG) anunciando a disponibilização de ‘tratamento precoce’ da Covid-19. Segundo o facebook, a publicação possuía informações, que de acordo com organizações de saúde reconhecidas, podem induzir as pessoas a acreditar em formas incorretas de cura ou prevenção.

Os remédios para tratamento disponibilizados pela prefeitura de Itajubá são: vitamina D, o mineral Zinco, e a Ivermectina, remédio usado conta vermes, parasitas e piolho.

Nenhum desses remédios tem eficácia comprovada no tratamento à doença e, segundo as organizações de saúde, não existe tratamento precoce para a Covid-19. A Anvisa, a OMS, e a Sociedade Brasileira de Infectologia são contra o uso da Ivermectina para Covid. A FDA, vigilância sanitária americana, também emitiu um alerta contra o uso.

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No vídeo, o prefeito de Itajubá, Christian Gonçalves (DEM), diz considerar o tratamento precoce uma importante medida no combate a Covid-19: ‘Estamos aqui para anunciar mais uma importante medida no combate à Covid-19. A partir desta segunda-feira, 15 de março, nós iremos disponibilizar em nossos postos de saúde, os medicamentos: ivermectina, vitamina D e zinco para o tratamento precoce no combate à Covid-19′, disse o prefeito.

O prefeito agradece a um casal de empresários que são proprietários de uma farmácia e teriam doado os medicamentos ao município.

Ainda no vídeo, o vice-prefeito Dr Nilo Baracho, que é farmacêutico, professor da faculdade de Medicina de Itajubá e atual secretário de Saúde do município, orienta a população a procurar atendimento médico aos primeiros sintomas de Covid-19: ‘Dessa forma os nossos médicos dos postos de saúde poderão prescrever esses medicamentos‘, disse.

Porém, o diretor do Hospital das Clínicas de Itajubá, já alertou para o risco da falsa sensação de tratamento: ‘Os pacientes chegam tardiamente. Eles ficam se tratando em casa com medicações que não tem evidência nenhuma e existe a falsa sensação de que estão sendo tratados. Então, eles chegam aqui em péssimas condições. O que eles precisam é de assistência e orientação precoce, e não medicação precoce. Pra ele quando tiver que ser internado, ser internado na hora certa. E não chegar aqui na fase 3, necessitando ser entubado, com ventilação assistida. Porque daí nós sabemos que é tragédia anunciada’, afirmou Carlos Magno.

A falsa sensação de tratamento também preocupa profissionais de saúde da região. Nesse sábado mesmo, uma mulher que estava fazendo o ‘tratamento precoce’ foi entubada em Pouso Alegre.

Fonte: Pouso Alegre.Net

Conheça a ‘clean beauty’, tendência que prioriza os cosméticos naturais

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A demanda por produtos naturais para o corpo, o rosto e os cabelos cresce proporcionalmente à preocupação com o meio ambiente. O movimento de autocuidado sem descuidar do planeta trouxe de carona reflexões sobre desafios urgentes, como questões ecológicas, sustentabilidade e consumo consciente. A cautela em relação ao que a gente ingere, absorve e joga de volta na natureza nunca foi tão grande, e é a principal responsável em fazer da cleanbeauty a principal tendência da beleza em 2021.

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Os números não mentem. De acordo com um relatório do British Beauty Council, o mercado global de beleza natural deve atingir 17 bilhões de libras em 2024 (cerca de R$ 127 bilhões). Segundo a consultoria Grand View Research, a venda de cuidados pessoais orgânicos deverá atingir US$ 25,11 bilhões até 2025 (cerca de R$ 136 bilhões). No Brasil, aponta que o mercado de cosméticos naturais já movimenta cerca de R$ 3 bi por ano.

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‘O crescimento do segmento anda de mãos dadas com consumidores que esperam que os produtos tenham o mesmo padrão de desempenho dos convencionais em termos de eficácia, segurança e prazo de validade. Algumas marcas já estão trabalhando em formulações que combinam ciência com natureza, garantindo que os ingredientes apresentem resultados, sem prejudicar a saúde ou o planeta’, observa Bruna Ortega, expert de beleza da WGSN, autoridade global em tendências de consumo.

‘Já sigo essa corrente há algum um tempo. Como estudo muito peles sensíveis, sempre busco usar menos ativos irritativos ou tóxicos nas fórmulas’, diz a dermatologista Juliana Neiva, do Rio de Janeiro. Ela lembra que a sensibilidade não é frescura, mas uma característica que pode acontecer mesmo em quem sofre com oleosidade em excesso. ‘É uma pele que reage mais a componentes de formulação, mesmo pouco alergênicos’, explica. Estamos falando de parabenos, sulfatos, ftalatos (substância química presente em cosméticos), toluenos, formaldeídos, corantes artificiais e fragrâncias sintéticas, por exemplo. Por isso, o movimento da clean beauty, que prioriza produtos com ingredientes não tóxicos, é especialmente interessante para pacientes com histórico de rosácea, dermatite, atopias e alergias.

A dermatologista Luciana Garbelini, de São Paulo, vai ainda mais longe. Ela explica que existem elementos que podem ser prejudiciais à saúde. ‘Alguns são cancerígenos, outros causam distúrbios hormonais e podem desencadear alergias, sensibilidade e inflamações’, alerta. Quem em sã consciência não escolheria ficar longe dessa turma? Está aí o motivo para a onda da beleza limpa só crescer.

‘Os benefícios alcançam qualquer idade ou pele. Quem busca por produtos que não contenham substâncias potencialmente tóxicas, sem deixar de lado os benefícios prometidos, só tem a ganhar. Para peles sensíveis, o que inclui as maduras, é muito conveniente’, observa Luciana.

Outro ponto crucial desse conceito é a transparência em relação aos processos de produção, tipos de embalagens utilizadas (precisam ser sustentáveis) e as informações contidas no rótulo – um estudo feito pela The NPD Group, empresa americana de pesquisa de mercado, aponta que 50% das mulheres buscam informações na internet sobre a formulação de um item antes de adquiri-lo. E, de acordo com a filosofia da beleza limpa, é fundamental a listagem no rótulo de todos os ingredientes incluídos na formulação.

Usar produtos cada vez menos agressivos à nossa pele e à vida no planeta parece, sim, um caminho sem volta.

Fonte: O Globo

OMS inclui 16 remédios para câncer nos sistemas públicos de saúde

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A OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou a inclusão de 16 novos medicamentos para tratar o câncer na Lista-Modelo de Medicamentos Essenciais para Adultos e Crianças. Agora a organização considera como prioritários para o tratamento oncológico um total 46 fármacos, que devem ser oferecidos no sistema público de todos os países. Os novos medicamentos foram sugeridos à organização por um estudo feito por 90 médicos espalhados pelo mundo.

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Um dos colíderes da força-tarefa do estudo, Gilberto Lopes, do Centro Paulista de Oncologia do Grupo Oncoclínicas do Brasil, ressaltou que esta foi a maior inclusão de medicamentos desde a criação da lista, em 1977. ‘Ficamos muito contentes que a OMS aprovou 16 das 22 drogas que sugerimos. Elas têm impacto significativo na sobrevida e, muitas vezes, na qualidade de vida dos pacientes’, informou Lopes. ‘Ela inclui alguns medicamentos que já são genéricos, mas também de alguns de alto custo, como o trastuzumab, o imatinib e o rituximab, que são usados para tratamento de câncer de mama, mieloide crônica e linfoma, respectivamente’.

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Medicamentos já disponíveis

O oncologista lembrou que o SUS (Sistema Único de Saúde) oferece vários dos medicamentos recém incluídos na lista, mas alguns são restritos a tratamentos específicos. Ele citou, como exemplo, o trastuzumab que.está aprovado no SUS somente para o tratamento adjuvante, que é posterior à cirurgia, para prevenir que a doença volte.

‘A lista da OMS agora também inclui a droga para o tratamento de pacientes com a doença mais avançada, metastática, para que elas vivam melhor e por mais tempo. Essa é uma das novidades da lista deste ano, incluímos não só os remédios, mas também as indicações para as quais eles são considerados essenciais’, declarou.

Lopes comemorou também o fato de a OMS ter sinalizado que a atualização da lista-modelo passará a ser anual ou bienal. ‘A última revisão ocorreu há mais de uma década, mas conseguimos chegar a um acordo de que essas revisões devem ser periódicas e não só quando há pressão muito grande de pacientes e médicos. Assim, poderemos tentar incluir na próxima revisão alguns medicamentos que consideramos muito importantes, mas que não estão na lista’, disse.

Fonte: Portal Agora no RS

Comprada pelo governo federal, Covaxin ainda não foi aprovada para o Brasil

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Com poucos acordos com farmacêuticas desenvolvedoras de vacinas contra a Covid-19, o Brasil continua em busca de outros fabricantes que possam nos vender imunizantes – além da Sinovac, que faz a CoronaVac, e da AstraZeneca, que desenvolveu a Covishield em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido.

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Nesta semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tinha um encontro com a Precisa Medicamentos, responsável pela vacina indiana Covaxin no Brasil. Só que a reunião foi adiada. Segundo a agência, o primeiro encontro com o representante brasileiro vai servir para que os técnicos analisem se há dados suficientes para fazer o pedido.

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O objetivo da Precisa Medicamentos é pedir autorização para o uso emergencial da fórmula no país. A empresa chegou a anunciar que a requisição para uso emergencial já havia sido protocolada na Anvisa, mas foi desmentida pela agência. Agora, o encontro entre os interessados está previsto para terça-feira que vem (16).

Campanha de vacinação

Esse atraso atrapalha o cronograma do Programa Nacional de Imunização (PNI), do ministério da Saúde. O órgão já assinou contrato para comprar 20 milhões de doses do imunizante indiano, embora a fórmula não tenha sido testada em voluntários brasileiros nem sua importação tenha sido aprovada pela Anvisa.

Quem também está de olho na vacina do laboratório Bharat Biotech são as clínicas particulares brasileiras. Esses estabelecimentos já negociam a importação de unidades do imunizante para vendê-las no Brasil – se essa venda for liberada, inicialmente será destinada a grupos prioritários, conforme lista estabelecida pelo PNI.

Enquanto isso, o Brasil registrou até terça-feira (9) 11.122.429 infectados pela doença no país. Nas últimas 24 horas, foram registrados 70.764 novos casos e 1.972 mortes por Covid-19, de acordo com dados do ministério da Saúde. Até o momento, 8.654.186 pessoas receberam a primeira dose de vacinas contra a doença e 2.937.938 a segunda no país. Em todo o mundo, 312 milhões de doses de imunizantes contra Covid-19 já foram aplicadas.

Fonte: Plantão News

Exame PCR pode não identificar novas variantes da Covid-19

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Os testes de RT-PRC, considerados padrão ouro para diagnosticar o coronavírus, podem não reconhecer as variantes da Covid-19 – do Reino Unido, Manaus e EUA – caso o laboratório não pesquise no mínimo dois ou três genes diferentes do vírus, conforme orientação da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa). O alerta é da infectologista Melissa Valentini, assessora médica do Grupo Hermes Pardini.

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Ela explica que as variantes são vírus que sofrem mutações em partes do genoma, e no PCR a recomendação é realizar sempre a busca por pelo menos dois ou três alvos para evitar um falso negativo. ‘A variante do Reino Unido chama a atenção porque o teste pesquisa o gene S, que tem uma maior mutação. Mas, se no exame PCR for pesquisado duas ou três partes do genoma do vírus, a gente tem outras duas chances de identificar a presença do coronavírus na amostra e reduzir o risco de um resultado falso negativo’, diz.

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[INTERTITULO]Desconfie.[/INTERTITULO] Segundo a infectologista, um resultado de exame PCR falso negativo pode contribuir para o aumento de casos, pois uma pessoa infectada pode sair do isolamento social, deixar de usar a máscara corretamente e, ao ter contato com outros indivíduos, acabar contaminando um grupo maior de pessoas. ‘As variantes têm uma carga viral maior e são mais transmissíveis. Por isso, é importante as pessoas perguntarem nos laboratórios se é pesquisado mais de um gene do vírus e sempre desconfiarem de testes PRC muito baratos’, afirma. (HM)

Fonte: O Tempo – Super Notícia

Bilionário Carlos Wizard, que lidera grupo para comprar vacina, diz que não vê lógica em doar para o SUS

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O bilionário Carlos Wizard, que lidera uma corrente de empresários interessados em comprar vacina contra a Covid para imunizar seus funcionários antes dos grupos prioritários, prevê uma onda de judicialização após as recentes decisões que autorizaram grupos de magistrados e motoristas de aplicativos a importarem as doses.

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O grupo de Wizard, que tem a participação do dono da Havan, Luciano Hang, aceita a contrapartida de bancar uma parte das vacinas para o SUS, se for necessário para liberar a compra privada, mas a contragosto.

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Segundo Wizard, que é dono da Sforza, de redes como KFC e Pizza Hut no Brasil, sai mais barato para os empresários pagar esse investimento nas vacinas do que ver o país continuar parado.

“Em determinado momento levantou-se a questão de que os empresários possam comprar as vacinas para os seus próprios trabalhadores, desde que façam uma segunda doação para o SUS. Não consigo ver muita recíproca nessa questão. Eu já estou sendo solidário com o governo: ele está deixando de ter a logística, a mão de obra, a negociação e o custo dessa aplicação”, afirma.

A faixa de preço aceitável, segundo Wizard, fica em torno de US$ 10, mas ele disse que tem ouvido propostas de até US$ 35 de fornecedores, que ele considera exageradas.

Para o empresário, a compra privada não tem conotação de fura-fila da vacina, porque estaria ajudando o governo a acelerar o processo para retomar a economia.

“Estamos falando [de vacinar] os trabalhadores ligados ao nosso grupo empresarial. Nós não estamos falando de familiares, amigos, vizinhos e conhecidos”, diz.

Apoiador de Bolsonaro, Wizard foi nomeado para assumir um cargo no Ministério da Saúde no ano passado, mas saiu em meio a uma polêmica sobre a contagem das vítimas da doença. Ele é um entusiasta do tratamento precoce, com medicamentos sem eficácia comprovada.

“Eu sou tão adepto do tratamento profilático, que a cada 15 dias eu tomo hidroxicloroquina. Tomo invermectina, zinco e vitamina D. Já estamos com um ano de pandemia, e, até agora, não tive nenhum sintoma de Covid. Não peguei”, afirma.

Questionado se também usa máscara, responde: “Uso duas. Uma não é suficiente. Cada vez que eu vou pegar um voo para Brasília, para o México, para os Estados Unidos, em vez de uma máscara, eu uso duas.”

PERGUNTA – No ano passado, o sr. quase assumiu um cargo no Ministério da Saúde, mas acabou saindo no meio de uma questão com a contagem dos mortos da Covid. Hoje estamos com mais de 2.000 mortes diárias. Como vê essa estatística?

CARLOS WIZARD – Temos que analisar o contexto como um todo. Sou super defensor do tratamento precoce. Acredito que quando as pessoas na fase inicial da doença fazem, não tem internação, UTI, óbito.

P. – Qual é a minha avaliação?

CW – No ano passado, o Ministério da Saúde e médicos da linha de frente preconizaram, divulgaram e defenderam muito o tratamento precoce. Mas eu acho que eles foram atacados, ridicularizados, ameaçados e se cansaram da defesa. Aí vem o resultado que temos hoje: as pessoas não fazem o tratamento precoce, tomam dipirona e a doença se agrava. Quando vai ver, a situação já é de internação, e estamos no caos de hoje, com sistema colapsado, porque não tem tantos leitos no Brasil.

P. – A Anvisa já disse que tratamento precoce não funciona. O sr. se baseia em que pesquisa, sendo que é um empresário de outros setores, nenhum deles ligados à saúde?

CW – Para ter um estudo científico, comprovadamente reconhecido mundialmente, escrito na pedra, precisa de até dez anos. Nós não temos esse tempo para deixar as pessoas sem atendimento. Então, o que existe é o estudo de observação. É a população que fez o tratamento precoce versus aquela que não fez. E na população que fez, o resultado é muito saudável. Muito favorável comparado com aquela que não fez, que é o óbito.

Quando se está em guerra, você não vai se dar um a três anos para ver se o resultado é ou não é. Você vai usar imediatamente. E quando o resultado é positivo, você leva aquele tratamento adiante.

É a mesma coisa a vacina. Toda vacina leva anos para ter uma eficácia garantida, mundialmente comprovada. Hoje, o pessoal está imunizando a população com uma vacina que, antecipadamente, já avisa o paciente que é 50% eficaz, ou seja, não teve anos para aprimorar, validar, ajustar e, finalmente, deixar uma vacina com eficácia elevada.

Mas as pessoas estão iludidas de que a vacina é a solução, independentemente do seu grau de eficácia, elas apostam na vacina. Eu sou a favor da vacina.

P. – O sr. diz que não tem como garantir que funciona, mas está querendo comprar a vacina.

CW – Exatamente, porque tem diferentes graus de eficácia até o momento. Tem vacinas que o fornecedor já te diz que garante 50% de eficácia. Mas tem outros com índice de até 95%. Então, é óbvio que eu sou defensor da vacina com o maior índice de eficácia possível.

P. – Essa ressalva na sua fala é colocada para se alinhar ao presidente Bolsonaro, que o senhor apoia? É para se alinhar ao discurso dele, que já disse que vacina pode fazer virar jacaré, mas agora está sendo cobrado, inclusive por empresários?

CW – Não é isso. Primeiro, porque eu não falo por Bolsonaro. O que eu falo é em nome dos empresários. Nós empresários temos a convicção de que a vacina com eficácia elevada é a solução para enfrentarmos essa crise sanitária.

No entanto, nós entendemos que o sistema, a própria estrutura governamental, a máquina pública, é lenta, e não é desse governo, é tradicionalmente.

P. – E se eu for esperar o governo imunizar toda a população de risco, que são os idosos, linha de frente, paciente com comorbidade, uma população de 70 milhões de brasileiros?

CW – Eu estive recentemente no Ministério da Saúde e fiz essa pergunta. Se nós temos um grupo de risco com 70 milhões de pessoas para serem imunizadas, quanto tempo vai levar? Quatro a cinco meses chega ao final do ano.

Então, é aí que entra a iniciativa dos empresários. Eu e Luciano Hang estamos à frente desse movimento. É para sensibilizar a iniciativa privada que nós queremos contribuir, trabalhar de forma solidária e concomitante ao empenho do SUS, porque o SUS vai seguir com seu programa de vacinação do grupo de risco.

Mas nada impede de fazermos um trabalho paralelo. Não é competir, furar fila ou dar prioridade para quem tem recurso. A nossa questão é antecipar uma solução para o Brasil voltar a funcionar. O país parou. Não podemos aceitar passar 2021, e nós reféns dessa situação.

P. – Quem são esses empresários? O sr. diz que não pode falar quem são, apenas que são de certas regiões do Brasil e que tem Luciano Hang junto. Mas que setores prevalecem? Farmácias, laboratórios?

CW – Nós empresários estamos dispostos a financiar, adquirir. Queremos comprar essas vacinas, no entanto, você sabe que aplicação manuseio e armazenagem requerem tratamento especial. Tem que ser acondicionado com temperatura baixa. Nós não temos essa estrutura. Estamos junto com a Abrafarma (Associação Brasileira das Farmácias), que nos declarou várias vezes que apoia os empresários e tem 5.000 farmácias com profissionais qualificados e condição de fazer distribuição, aplicação e conservação.

P. – Qual é a diferença desse grupo de vocês para aquele Unidos Pela Vacina, de Luiza Trajano?

CW – Tenho convicção que, devido à grandiosidade da causa e à extensão territorial, nós ganhamos mais essa guerra se atuarmos de forma paralela e trabalharmos de forma solidária. Então, a Luiza Trajano de fato tem o Unidos Pela Vacina, que é um grupo de empresários que ela comanda, enquanto eu e o Luciano temos outro grupo.

Não concorre, são complementares e o objetivo é único: antecipar a chegada das vacinas através da sociedade civil organizada.

P. – No seu caso, vocês são contra a doação de 100% ou 50% para o SUS. Vocês queriam comprar para vocês mesmos? Vão judicializar?

CW – Você está falando de três assuntos. Vou abordar cada um distintamente. Ponto um: sim, a intenção é imunizar nossos próprios trabalhadores. Luciano tem 20 mil eu tenho 50 mil. Uma outra indústria tem 10 mil, a outra tem mais 30 mil. Se nós juntarmos, vamos chegar a milhões de trabalhadores.

Ponto dois: em determinado momento levantou-se a questão de que os empresários possam comprar as vacinas para os seus próprios trabalhadores, desde que façam uma segunda doação para o SUS. Não consigo ver muita recíproca nessa questão. Eu já estou sendo solidário com o governo: ele está deixando de ter a logística, a mão de obra, a negociação e o custo dessa aplicação.

Mas, tudo bem, vamos dizer que nós entendemos que o governo, por uma questão que eu não sei exatamente qual, ponha essa regra. Mesmo assim, nós empresários estamos dispostos a comprar duas vezes a vacina, ou seja, eu compro 50 mil para mim e mais 50 mil para o SUS. Eu não vejo muito bem a lógica por trás disso, mas, para nós empresários, sai mais barato fazer essa doação dupla do que manter o país fechado. Esse é o preço que nós vamos ter que pagar? Sim. Se nós tivermos como ter uma flexibilidade, vamos trabalhar com ela.

P. – Vocês preferiam não ter que pagar a doação da vacina para o SUS?Preferiam ter liberada a possibilidade de comprar só para os funcionários?

CW – Não é nem a questão de preferência. Esse foi o projeto original. No entanto, nós estamos flexíveis. Se essa for a regra, nós vamos seguir. Novamente, baseado na premissa de que o que nós queremos é deixar o país voltar ao normal. Agora, vamos voltar ao terceiro ponto da sua pergunta

P. – A judicialização?

CW – Aí chega no momento que nós estamos. Na semana passada, no Distrito Federal, motoristas de aplicativos se uniram e conseguiram a liberação de comprar, distribuir e aplicar a vacina para os membros de seu sindicato. Agora, os magistrados entraram com ação pedindo também essa liberação, e, novamente, a Justiça concedeu. Sabe o que vai acontecer? Um efeito dominó. Já tem duas. Agora, é só uma questão de as demais centrais de trabalhadores e entidades de classes fazerem a solicitação. É uma coisa lógica. Por que excluir o restante da população, se nós podemos fazer um trabalho paralelo? Não tem razão.

P. – Vocês estão dispostos a pagar até quanto pela vacina?

CW – Eu fui essa semana a Brasília me reunir com o secretário Elcio Franco [secretário-executivo do Ministério da Saúde] e, devido ao relacionamento e à confiança, eles vão nos indicar e recomendar fornecedores que já têm uma aprovação prévia em relação às negociações, preços e qualidade dos fornecedores que estão variando de US$ 7 até US$ 13 a dose. Estamos fazendo toda a nossa previsão em torno de US$ 10 por dose.

Diariamente, eu recebo contatos de fornecedores querendo vender a vacina a US$ 20 ou US$ 25. Ontem, ouvi uma de US$ 35. Eu falei: ‘meu amigo, você está de brincadeira. Por US$ 35, vai ter que vender a sua vacina em Marte’.

P. – Essa compra deve acontecer quando? Vai ter vacina para vocês comprarem?

CW – Não adianta eu avançar em uma negociação agora, se eu não tenho nenhum amparo jurídico. A partir do momento em que tivermos esse sinal verde, aí vamos buscar os fornecedores, que já são os grandes mundialmente.

P. – Na primeira repercussão de compra privada de vacinas, as multinacionais diziam internamente que tinham receio de isso gerar uma imagem negativa de fura-fila internacionalmente. O grupo de vocês tem só empresas brasileiras?

CW – São grupos brasileiros e internacionais. Se nós não atendermos os internacionais, corremos o risco de perder essas grandes empresas. Eles vão fechar as portas no Brasil. Vão gerar um grande desemprego no país. Os estrangeiros já estão conscientes de que esse é o caminho para salvar suas operações. Esse receio que você citou inicialmente, de fato, havia, mas eu acho que, com essas vitórias jurídicas que estão acontecendo, deixa de existir aquele fantasma da preocupação da imagem.

P. – Funcionários das suas empresas, seus familiares e seus amigos com menos de 40 anos poderiam estar sendo vacinados antes de pessoas com mais idade, antes de quem tem comorbidade? Vocês têm receio da imagem do fura-fila?

CW – Estamos falando dos trabalhadores ligados ao nosso grupo empresarial. Nós não estamos falando de familiares, amigos, vizinhos e conhecidos.

P. – Vocês estão negociando com chineses? O presidente Bolsonaro disse lá atrás que não compraria vacina chinesa. Vocês estão excluindo a China como fornecedor?

CW – A nossa questão não é por origem, nacionalidade de país. A nossa decisão é a eficácia da vacina.

E, enquanto não tiver a vacina, tem que fazer o tratamento precoce. Eu sou tão adepto do tratamento profilático, que a cada 15 dias eu tomo hidroxicloroquina. Tomo invermectina, zinco e vitamina D. Já estamos com um ano de pandemia, e, até agora, não tive nenhum sintoma de Covid. Não peguei.PP.

E máscara? O sr. usa?

CW – Uso duas. Uma não é suficiente. Cada vez que eu vou pegar um voo para Brasília, para o México, para os Estados Unidos, em vez de uma máscara, eu uso duas.

Fonte: Nova Onda FM

P&G abre novas vagas em Louveira

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A P&G, uma das maiores empresas de bens de consumo do mundo, está com processo seletivo aberto para preenchimento de novas vagas de estágio e de emprego para sua unidade de Louveira, cidade localizada no interior de São Paulo.

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As oportunidades de estágio são destinadas a estudantes ensino técnico ou técnólogo, que estejam matriculados nos cursos de elétrica, eletrônica, mecânica, mecatrônica, eletroeletrônica, química, alimentos, farmácia ou segurança do trabalho, com graduação prevista entre julho de 2022 e dezembro de 2022.

Para concorrer, os interessados devem ter mais de 16 anos e não precisam de experiência anterior. Todavia, inglês intermediário ou avançado podem ser considerados um diferencial competitivo, assim como conhecimento no pacote office e disponibilidade para viagens.

As vagas efetivas, por sua vez, são para as funções de Product Supply Manager, Técnico de Produção, Analista de Garantia de Qualidade (Farmácia), Analista de Laboratório, Líder de Turno de Produção, entre outros.

Os requisitos, bem como os salários, variam de acordo com a área de atuação e a posição desejada. Os contratados terão direito a benefícios exclusivos, como refeição no local, desconto em produtos P&G, seguro de vida, auxílio transporte (fretado ou vale-transporte), plano de saúde, plano odontológico, Gympass, medicamentos e reembolso de vacinas, massagem, nutricionista, ginástica laboral, entre outros.

Como se inscrever

Os candidatos interessados em concorrer às vagas de estágio ou efetivas disponíveis na unidade de Louveira da P&G devem acessar a página de carreiras da empresa e cadastrar seu currículo.

Na plataforma, além de informações sobre requisitos e atribuições de cada uma das oportunidades, os profissionais podem acessar vagas em outras regiões do Brasil ou, ainda, cadastrar o CV no banco de talentos, à espera de uma chance de acordo com o seu perfil.

O processo seletivo também pode variar de acordo com o gestor da área.

Fonte: NH TV (Brasil)

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Petrobras multa empresa do grupo que vendeu vacina ao Ministério da Saúde

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A Petrobras aplicou multa de 2,33 milhões de reais à Global Gestão em Saúde, que gerenciava a distribuição de medicamentos aos beneficiários do programa de assistência da estatal. Em março de 2015, as duas empresas assinaram um contrato no valor de 549 milhões de reais. O acordo, porém, foi encerrado pela petrolífera após seis meses de execução. Uma auditoria constatou que houve fraude contratual. A irregularidade, segundo a estatal, ocorreu quando a Global passou a utilizar um sistema que “limitava as operações por parte dos usuários”.

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A Global é do mesmo dono da Precisa Comercialização de Medicamentos, Francisco Maximiano, representante no Brasil do laboratório indiano que fabrica a vacina Covaxin — que acaba de fechar um contrato para vender 20 milhões de doses do imunizante ao Ministério da Saúde. A Precisa é investigada pelo Ministério Público do DF por vender testes de Covid-19 superfaturados para a Secretaria de Saúde do DF. A licitação também teria sido vencida de maneira fraudulenta.

Já a Global, além do problema na Petrobrás, é ré em uma ação na Justiça Federal , na qual o Ministério Público pede a devolução de 20 milhões de reais por medicamentos que foram pagos mas não foram entregues ao Ministério da Saúde. Na ação, o então ministro e hoje deputado Ricardo Barros (PP-PR) também figura como réu.

Executivo da Bharat Biotech, Sai Prasad, com a CEO da Precisa, Emanuela Medrades

‘A fraude contratual praticada pela Global consistia em causar deliberadamente indisponibilidades no seu sistema que autorizava a aquisição de medicamentos por parte dos beneficiários nas redes de farmácias credenciada, limitando a execução do contrato em seu favor ou limitando a utilização dessa linha de serviço contratual (aquisição de medicamento na modalidade rede de farmácias)”, explicou a Petrobras em nota enviada a VEJA.

Fonte:  

Cientistas usam enzima menos agressiva contra câncer de medula

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Um grupo de cientistas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP conseguiu produzir em laboratório uma asparaginase menos agressiva ao sistema imune de pacientes portadores de leucemia linfoide aguda (LLA).

‘A asparaginase é uma enzima usada na composição de medicamentos destinados ao tratamento desse tipo de câncer, que atinge principalmente crianças e adolescentes’, explica a professora Gisele Monteiro, do Departamento de Tecnologia Bioquímico-Farmacêutica da FCF.

Segundo a pesquisadora, apesar de eficientes, os medicamentos para o tratamento da LLA podem causar efeitos que irritam o sistema imune.

‘Em alguns casos, podem provocar choque anafilático ou necessitar a interrupção do seu uso no tratamento’, ressalta a docente. O trabalho dos pesquisadores resultou no artigo Influence of lysosomal protease sensitivity in the immunogenicity of the antitumor biopharmaceutical asparaginase, publicado na Biochemical Pharmacology, no final de 2020.

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A pesquisa mostra que existe a possibilidade de o Brasil produzir a asparaginase menos danosa ao sistema imune contra a LLA. Isso poderia tornar o País independente na produção da enzima, o que possibilitaria também um medicamento mais barato. ‘Mesmo que o medicamento não venha a ser produzido por aqui, poderemos exportar essa tecnologia’, pondera Gisele, lembrando que a asparaginase é o ingrediente farmacêutico ativo em medicamentos para tratar a LLA usados em todo o mundo.

A asparaginase é uma enzima usada na composição de medicamentos destinados ao tratamento da leucemia linfoide aguda (LLA)

“No tratamento da LLA, as chances de cura são de 80% e 90%. Mas, se for interrompido, a doença será fatal; somente 20% dessas crianças irão sobreviver. E, no Brasil, temos cerca de 10 mil casos por ano.”

Os medicamentos destinados ao tratamento da LLA são importados e custeados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo Gisele, o medicamento mais administrado atualmente é o Oncaspar.

Ele é composto de asparaginase peguilada que resulta de uma técnica bastante usada na indústria farmacêutica. ‘É uma forma de estabilizar a enzima usando ligação química com o polietilenoglicol (PEG) – técnica chamada peguilação’, descreve Gisele ao Jornal da USP.

Mas a pesquisadora destaca que a técnica encarece o processo de produção. O Oncaspar foi recentemente aprovado e autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e tem um custo médio de US$ 1 mil a dose.

Nos estudos coordenados por Gisele, além de reduzir a agressividade da asparaginase ao sistema imune, os cientistas também demostram que é possível desenvolver tecnologia 100% nacional para a obtenção de uma enzima menos agressiva. ‘A asparaginase sem peguilhar também é importada e relativamente cara’, lembra Gisele.

Gisele coordena um grupo de cientistas nos estudos e conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que ela considera fundamental.

‘No tratamento da LLA, as chances de cura são de 80% a 90%. Mas, se for interrompido, a doença será fatal; somente 20% dessas crianças irão sobreviver. E, no Brasil, temos cerca de 10 mil casos por ano’, estima Iris Munhoz Costa, doutoranda do Departamento de Tecnologia Bioquímico-Farmacêutica da FCF e uma das principais autoras do artigo, ressaltando que a irritação ao sistema imune é uma das principais causas de interrupção do tratamento.

Mil clones

Utilizando técnicas de engenharia genética, os pesquisadores conseguiram então melhorar a asparaginase obtida da bactéria Escherichia coli. ‘A asparaginase é encontrada em grande parte das bactérias, mas a E. coli produz um tipo da enzima que é capaz de matar o câncer‘, descreve a pesquisadora.

Gel asnase – Foto cedida pela pesquisadora

O trabalho envolveu análises do DNA da E. coli, que produz uma boa asparaginase mas que, ao mesmo tempo, é capaz de irritar o sistema imune humano.

‘A partir daí, foram inseridas mutações que causaram diversidade genética e resultaram em mais de mil clones da enzima’, conta Gisele ao Jornal da USP. Dos mil clones, seis foram selecionados por não perderem sua atividade. ‘Foram os seis clones que mantiveram a principal atividade, que é se aproveitar da deficiência natural das células tumorais na síntese de asparagina’, explica a pesquisadora.

Como já é do saber científico, no sangue humano existem proteases (enzimas capazes de quebrar ligações peptídicas entre os aminoácidos) que quebram a asparaginase expondo as regiões que são reconhecidas pelo sistema imune. ‘Dos seis clones que mantiveram atividade tumoral, descobrimos dois resistentes e, consequentemente, menos irritantes ao sistema imune’, descreve Iris, lembrando que vários experimentos foram realizados com camundongos.

Dos seis clones que mantiveram atividade tumoral, descobrimos dois resistentes e, consequentemente, menos irritantes ao sistema imune.

A iniciativa coordenada pela professora Gisele envolveu pesquisadores da Universidade de Campinas (Unicamp), Universidade Estadual Paulista (Unesp) e do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP. O início foi em 2014 e a publicação no ano passado.

Resumo gráfico dos principais resultados do artigo. As asparaginases melhoradas, quando aplicadas em modelo animal (camundongo), irritam menos o sistema imune resultando em menor título de anticorpos contra asparaginases.

Ecnologia nacional evitaria novos colapsos no tratamento da LLA

Pacientes que sofrem de câncer de medula já tiveram seus tratamentos interrompidos devido à falta de medicamentos. Em 2012, a empresa MDS, responsável pela fabricação da asparaginase (Elspar) utilizada no Brasil, comunicou a interrupção da fabricação desse medicamento. Como lembra Iris, o País ficou sem alternativas para obtenção da asparaginase, pois nenhuma outra marca possuía registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Diante dessa situação, o Ministério da Saúde passou a realizar importações emergenciais para suprir a demanda nacional. Durante esse processo de obtenção, alguns hospitais relataram a falta do medicamento.

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Em 2013, logo após a interrupção da fabricação do medicamento, alguns hospitais relataram a falta da asparaginase. Em 2017, alguns médicos optaram por não utilizar a asparaginase chinesa (Leuginase) por terem sido levantados questionamentos sobre a qualidade do medicamento. ‘No entanto, não há um levantamento estatístico de quantos pacientes deixaram de receber asparaginase, ou vieram a óbito pela falta de tratamento’, observa Iris Munhoz.

Até 2017, não havia registro na Anvisa para comercialização do medicamento, e o País vinha sendo abastecido exclusivamente por importação emergencial. Atualmente, contamos com um único registro da asparaginase (Oncaspar) na Anvisa. ‘A qualquer alteração no fornecimento desse medicamento por parte do fabricante podemos voltar a depender exclusivamente de importações emergenciais, correndo o risco de escassez do medicamento novamente’, alerta a pesquisadora.

Fonte: Leia Mais

CRF-SP ressalta que ivermectina não tem eficácia contra a Covid-19

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O Grupo de Estudos do Coronavírus do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo (CRF-SP) divulgou uma nota em resposta a uma publicação em redes sociais sobre uma suposta meta-análise quecomprovaria a eficácia da ivermectina no tratamento da covid-19. As informações são do Ipiaú Online

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Segundo o órgão, o artigo usado como referência para a efetividade do medicamento não obedece a critérios científicos básicos.

‘Para que um artigo científico seja classificado como uma meta-análise é necessário que se obedeça a critérios para inclusão e exclusão no estudo, o que neste caso não foi demonstrado, pois aparentemente foram utilizados artigos que não foram publicados em revistas científicas (por exemplo, preprint), o que significa não terem sido avaliados por pares, ou seja, por outros especialistas no assunto, além de utilizarem apenas resultados positivos, o que não é o objetivo de uma meta-análise. Qualquer estudo de meta-análise que não siga os critérios corretamente pode ser pouco assertivo e tendencioso’, diz o comunicado do órgão.

O CRF-SP ressalta que, até o momento, não existem evidências científicas que comprovem a eficácia de Ivermectina para tratamento e/ou prevenção de covid-19. ‘Portanto, o seu uso deverá ser resguardado apenas para as indicações constantes em sua bula’, diz a nota.

O órgão finaliza o texto reiterando a necessidade de uma avaliação criteriosa frente às publicações, ‘visto que o farmacêutico é o profissional de saúde mais disponível para a população e possui o papel fundamental na orientação do uso racional de medicamentos’.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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