Medicamentos em marketplaces geram apreensão nas distribuidoras
Vendas irregulares e riscos de segurança prejudicam margens do setor


A venda livre de medicamentos em marketplaces vem provocando apreensões na cadeia de distribuição, especialmente quando envolve remédios de alto custo. O alerta partiu do presidente da ABRADIMEX, Paulo Maia, com base nas ocorrências de roubo de carga no setor apontadas em pesquisa realizada pela Deloitte.
De acordo com esse levantamento, esses delitos resultaram em um prejuízo de R$ 283 milhões para o mercado farmacêutico, considerando os medicamentos hospitalares e para o canal institucional.
“Muitos marketplaces não estão credenciados como distribuidores da indústria e é preciso entender para onde são destinados os produtos desses roubos. As empresas associadas à ABRADIMEX são homologadas pela indústria farmacêutica a partir de rígidos critérios, que incluem condições comprovadas para o transporte em condições seguras”, ressalta.
Medicamentos nos marketplaces sem controle da origem
Maia adverte que o livre comércio desses medicamentos nos marketplaces desperta preocupação quanto ao controle da origem. “É possível encontrarmos produtos sendo comercializados abaixo do preço de custo pago pelos distribuidores à indústria, enquanto nosso setor trabalha com margens estreitas. Portanto, há algo a ser observado nesse comércio em favor e segurança da saúde pública”, reforça.
Para o dirigente, o caminho seria indicar a regulamentação da venda de medicamentos no ambiente virtual e a maior fiscalização por parte da própria indústria. “Não é razoável assistirmos o livre comércio de medicamentos de alto custo a preços fora da média de mercado, sem que haja garantias de segurança da origem. Também é preciso assegurar que os compradores adotem práticas rígidas de controle com seus fornecedores”, observa Maia.
A Abradimex emitiu um comunicado para abordar os diversos problemas e desafios que o setor vem enfrentando durante a venda de medicamentos de alto custo. Fatores como os riscos de roubo de carga e a concorrência desleal de vendedores irregulares tem minado o desempenho das varejistas e distribuidoras.
Um levantamento divulgado pela Deloitte, multinacional de consultoria em gestão empresarial, revelou que as perdas por roubos de medicamentos somaram R$ 283 milhões apenas em 2024. O problema ainda se agrava quando se considera que esses mesmos fármacos voltam a impactar o mercado.
Atenção à venda de medicamentos de alto custo online
Os remédios de alto custo são frequentemente alvos de roubos de carga e revendidos em marketplaces e plataformas digitais de maneira irregular, desequilibrando ainda mais o setor.
“Precisamos voltar a atenção para a livre comercialização de medicamentos por parte de marketplaces, em geral, não credenciados como distribuidores da indústria”, alerta a associação. “É possível encontrarmos produtos sendo comercializados abaixo do preço de custo pago pelos distribuidores à indústria, enquanto nosso setor trabalha com margens estreitas. Portanto, há algo a ser observado nesse comércio em favor e segurança da saúde pública”, explica Paulo Maia, presidente executivo da Abradimex.
Maia ainda afirma que o melhor caminho para combater essas práticas irregulares seria a regulamentação da venda de medicamentos no ambiente virtual, em parceria com uma maior fiscalização por parte da própria indústria. “Não é razoável assistirmos o livre comércio de medicamentos de alto custo a preços fora da média de mercado, sem que haja garantias de segurança da origem. Também é preciso assegurar que os compradores adotem práticas rígidas de controle com seus fornecedores”, argumenta.