Alvo de críticas devido à precificação alta, os medicamentos para obesidade estão levando as farmacêuticas para a mesa de negociações. Gigantes como Eli Lilly e Novo Nordisk têm se aproximado de programas de benefícios de medicamentos (PBMs) e plataformas de telemedicina para democratizar o acesso a essas terapias. As informações são do InfoMoney.
Nos Estados Unidos, ambos os tratamentos têm custo mensal elevado. O Wegovy é mais caro, com valor de US$ 1.349 (cerca de R$ 7,6 mil). Já o Zepbound é quase US$ 300 mais barato, chegando a US$ 1.086 (cerca de R$ 6,1 mil).
Mas, o preço mais elevado da Novo Nordisk não é um impeditivo para esses programas. A farmacêutica usa essa “gordura” para negociar com os demais players do canal farma norte-americano. Um exemplo dessas tratativas pôde ser visto ontem, dia 1, no portfólio da CVS Health.
Medicamentos para obesidade disputam espaço
Na última quinta-feira, a CVS Health retirou o Zepbound de sua lista de medicamentos preferenciais. O movimento veio após a varejista alinhar condições especiais com a Novo Nordisk para a comercialização do Wegovy.
As negociações liberadas pela farmacêutica não foram reveladas, mas a manobra foi realizada para retomar parte do mercado perdido com a chegada do concorrente. O movimento, apesar de parecer pequeno, repercutiu nas bolsas.
As ações da Lilly caíram 12%, enquanto as da Novo, comercializadas na Dinamarca, fecharam em alta de 2,1%. Em paralelo, analistas do JP Morgan estimam que a mudança pode afetar até 26 milhões de pacientes.
O laboratório também liberou condições especiais para os clientes que compram na loja física sem seguro saúde e fechou acordos com plataformas como a Hims & Hers Health. Em ambos os casos, o medicamento sai por a partir de US$ 499 (cerca de R$ 2,5 mil).
