Mercado farmacêutico brasileiro está mais competitivo
Consultoria BI Pugatch Consilium publicou nova edição de pesquisa após oito anos
por Gabriel Noronha em


Uma pesquisa desenvolvida pela empresa de consultoria BI Pugatch Consilium classificou o mercado farmacêutico brasileiro como o quarto mais competitivo da América Latina. As informações são do portal BioRed Brasil.
A análise levou em conta critérios como a capacidade científica e de pesquisa clínica, o sistema regulatório, o acesso ao mercado e a proteção da propriedade intelectual, além do feedback de executivos do setor, para determinar um índice percentual de competitividade de cada um dos mercados latinos.
O Brasil registrou uma pontuação de 61,3%, valor acima da média de 59% anotada na região e inferior apenas ao de países como Costa Rica (70%), Chile (68%) e México (65%).
Mercado farmacêutica brasileiro registrou avanço
O país registrou avanços em relação à última edição da pesquisa, divulgada em 2017, com um índice geral cinco pontos percentuais maior na versão mais recente. O principal fator de diferenciação entre as performances brasileiras foi a consolidação de seu sistema regulatório.
“A Anvisa mantém um processo minucioso, respeitando o perfil de risco dos medicamentos em avaliação”, explica o diretor do Instituto de Prospectiva e Inovação em Saúde (INNOS), Carlos Escobar.
Problemas com propriedade intelectual seguem afetando o país
O critério com pior desempenho do mercado brasileiro, em ambas as oportunidades, foi o de proteção à propriedade intelectual, com um índice de 46% na edição de 2025. O resultado rendeu ao país a oitava colocação entre os dez países que formam o ranking.
A lentidão na avaliação desse tipo de processo é tanta que nesse ano o Brasil registrou, pela primeira vez desde 2010, mais pedidos novos de análise de patente maior do que casos finalizados.
“A Anvisa é uma agência de primeira linha e vem trabalhando para modernizar suas operações, mas esse trabalho não é suficiente se a autarquia não estruturar um departamento específico voltado a essa área, o que trava o potencial de crescimento”, afirma um dos autores do estudo, Meir Pugatch.