Mercado Livre nega atuação direta no varejo farmacêutico
Empresa responde a acusações da Abrafarma sobre informações prestadas ao Cade
por Juliana de Caprio em
e atualizado em


O Mercado Livre negou ter omitido informações ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a respeito de atuação no varejo farmacêutico online ou exploração de serviços de telemedicina. As informações são do Platobr Economia.
A companhia afirmou que há interesse em atuar no setor como intermediária entre farmácias licenciadas e consumidores, modelo já aplicado na Argentina e no México.
A resposta da empresa foi dada após a Abrafarma alegar que a compra de uma farmácia de 200 m² no Jabaquara (SP) teria sido usada para mascarar o verdadeiro objetivo do Mercado Livre: ingressar diretamente no varejo farmacêutico, sem informar corretamente o Cade.
A entidade protocolou um dossiê solicitando ao superintendente-geral do Cade, Alexandre Barreto, a abertura de um incidente de enganosidade, que, se aceito, pode levar à cassação da operação e aplicação de multa à companhia.
Aquisição do Mercado Livre veio da Memed
A negociação do ponto físico, pertencente à Memed, foi confirmada pela empresa por meio de nota em setembro. “Como etapa final do processo de foco estratégico, negociamos a possível venda de um ponto de varejo físico, sem o estabelecimento de qualquer relação societária ou comercial entre as empresas citadas. A Memed mantém suas atividades focadas na digitalização da saúde no país, sendo utilizada mensalmente por mais de 130 mil médicos para prescrições”, informou o comunicado.
De acordo com o jornal O Globo, a operação ocorreu por meio da K2I Intermediação, uma subsidiária não operacional da Kangu, empresa brasileira de logística adquirida pelo Mercado Livre em 2021.