
Em entrevista ao Valor Econômico, Nelson Mussolini, presidente do Sindusfarma, afirmou que a indústria farmacêutica brasileira não deve ser afetada pela redução de preços de medicamentos imposta por Donald Trump. Na manhã da última segunda-feira, dia 12, o presidente dos Estados Unidos assinou uma ordem executiva para que as farmacêuticas reduzam voluntariamente o custo dos remédios no país.
Para o executivo, os preços por aqui já estão em linha com o praticado internacionalmente, o que difere da livre negociação vigente nos EUA. O especialista também afirma que, por aqui, utiliza-se uma cesta com nove países-referência, dos quais o país precisa adotar o preço mais baixo.
Diferente de Nelson Mussolini, ex-Saúde aponta categoria que pode ser afetada
Em oposição à Mussolini, o consultor e ex-integrante do Ministério da Saúde, Denizar Vianna, acredita que os medicamentos de especialidades podem ser afetados pela medida de Trump. Nesses casos, a “régua” utilizada é exatamente o preço praticado por lá.
Outro ponto que corrobora essa visão é que esses remédios, por vezes, ainda não valor definido no país, sendo adquiridos por meio de judicialização e com o custo baseado nos Estados Unidos.
Governo já negociou com farmacêuticas no passado
Devido ao alto custo de alguns desses medicamentos de especialidades, como o Zolgensma (onasemnogeno abeparvoveque da Novartis) e o Elevydis (delandistrogeno moxeparvoveque da Roche), o governo federal já negociou com a indústria para trabalhar com preços mais baixos. Os remédios citados, por exemplo, são comercializados para pacientes do SUS por R$ 7,6 milhões e R$ 13,6 milhões, respectivamente.