Novo Nordisk e Pfizer disputam compra de desenvolvedora
Novo Nordisk elevou proposta pela desenvolvedora após a Pfizer igualar a oferta anterior
por César Ferro em
e atualizado em
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Novo Nordisk e Pfizer continuam na disputa pelos ativos da Metsera. Nesta quinta-feira, dia 6, um novo capítulo da novela – que se arrasta desde o começo do ano – se desenrolou. As informações são da Reuters.
Segundo fontes próximas do processo, a Pfizer igualou a proposta de US$ 10 bilhões (cerca de R$ 53,5 bilhões) feita pela Novo Nordisk, que, por sua vez, elevou o valor, ainda não divulgado.
Em evento na Casa Branca, o diretor-presidente da farmacêutica dinamarquesa, Mike Doustdar, afirmou que a proposta da empresa era mais alta. “Até hoje, nossa oferta é maior, e nossa mensagem para a Pfizer é que, se eles quiserem comprar a empresa, então coloquem a mão no bolso e ofereçam mais”, declarou.
Ofertas pela Metsera começaram em janeiro
Se agora Doustdar não esconde que há uma disputa entre Novo Nordisk e Pfizer pela Metsera, no começo da novela não foi assim. De forma privada, ambas as farmacêuticas vêm ‘disputando lances’ desde janeiro, e ao menos 16 ofertas separadas foram trocadas.
Em setembro, o laboratório americano chegou a um acordo com a desenvolvedora, no valor de US$ 7,3 bilhões (R$ 39 bilhões). Na última semana, os dinamarqueses decidiram voltar à disputa, fazendo uma oferta não solicitada.
O que explica tamanha disputa é o pipeline de tratamentos experimentais da Metsera. Segundo analistas, caso sejam aprovadas, essas terapias têm um valor potencial de vários bilhões de dólares, sendo o principal candidato uma injeção mensal.
Farmacêuticas têm motivos diferentes para a compra
O objetivo é o mesmo, contar com os medicamentos desenvolvidos pela Metsera, mas os motivos de Novo Nordisk e Pfizer são distintos. Com a possível compra, a fabricante do Ozempic quer recuperar a liderança no mercado de perda de peso. Já a Pfizer busca se redimir e entrar de vez na categoria.