Roubos de Ozempic aumentaram 116% em 2024

Mercado clandestino e “facilidade” nas ações são atrativos para os criminosos

Acompanhe as principais notícias do dia no nosso canal do Whatsapp

Roubos de Ozempic
Farmácias têm optado por diminuir estoques e aumentar segurança – Foto: Canva

Os relatos de roubos de Ozempic, Wegovy e Saxenda em farmácias têm se tornado cada vez mais comuns no cotidiano dos profissionais do setor. Os tão desejados fármacos contra o diabetes, popularmente utilizados para emagrecimento, contam com altos valores agregados e facilitam revendas em mercados ilegais. As informações são da Folha de S.Paulo.

A crescente tendência é rapidamente comprovada após uma análise de dados disponibilizados pelo governo de São Paulo. Após registrar apenas uma ocorrência em 2022, o número de roubos subiu para 18 no ano seguinte e 39 no ano passado, o que representa um aumento de aproximadamente 116,7% entre 2023 e 2024.

Entretanto, a incidência de casos tende a ser ainda maior, já que em cerca de metade dos roubos relatados não houve especificação dos medicamentos que foram alvos dos criminosos.

Roubos de Ozempic alteram rotinas no varejo

Buscando entender melhor as consequências dos roubos de Ozempic para o varejo brasileiro, a equipe da Folha de S.Paulo procurou a RD Saúde e o Grupo DPSP, mas as redes não se pronunciaram.

Wilson Martins, gerente da farmácia independente Farma O Imperador, comentou a problemática: “Quem estoca Ozempic não consegue trabalhar em paz. As pessoas perguntam: Você tem Ozempic? Não, não temos. Assim, não somos roubados”, explica.

Pedro Ivo Corrêa dos Santos, chefe de polícia do Departamento de Investigação Criminal do Estado de São Paulo, explicou a preferência dos criminosos pelos PDVs: “As farmácias são, frequentemente, alvos fáceis, Muitas operam 24 horas por dia, armazenando o produto em uma geladeira sem segurança real, apenas protegida pelo farmacêutico”.

Notícias Relacionadas