Os quatro tipos de perdas nas farmácias e como evitá-las
Tecnologia auxilia no combate a prejuízos
operacionais, comerciais, físicas e contábeis
por César Ferro em
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A prevenção de perdas vai muito além de produtos avariados ou furtados no PDV. Segundo Gustavo Passagem, diretor de implantação da Procfit, os problemas envolvem diversas áreas do negócio. O executivo elenca as quatro ocorrências do gênero que mais afligem os gestores do varejo farmacêutico.
- Comerciais: causadas pela adoção de uma estratégia incorreta de precificação ou devido à ruptura de estoque
- Contábeis: problemas de tributação ou falta de recuperação de impostos
- Físicas: itens vencidos, danificados, furtados ou roubados
- Operacionais: ligadas à ineficiência de processos ou erros na execução
A tecnologia permite mitigar o impacto de todos esses problemas, principalmente aqueles que decorrem do gerenciamento de estoque e dos produtos pré-vencidos. “Os sistemas oferecem apoio para o controle e a prevenção dessas perdas, gerando previsibilidade por meio de dados e disponibilizando mecanismos para evitar sua recorrência”, afirma.
Como a tecnologia evita perdas nas farmácias?
O uso da tecnologia na prevenção de perdas começa antes mesmo de a encomenda chegar à farmácia. De acordo com Passagem, sistemas como o ERP da Procfit auxiliam no cálculo da demanda, evitando tanto o excesso como a ruptura no PDV ou no centro de distribuição. “Essa mesma ferramenta também permite o controle automatizado das entradas, das movimentações e das saídas dos itens”, explica.
Controle financeiro possibilita precificação estratégica
Outro ponto levantado pelo diretor diz respeito ao controle financeiro. Com a tecnologia, ele destaca que é possível acompanhar a rentabilidade da operação em diferentes recortes – por produto, loja e até mesmo por vendedor. Esses dados ajudam o gestor na hora de definir o melhor preço, sempre com o objetivo de maximizar as vendas sem sacrificar desnecessariamente a lucratividade.
Tecnologia joga luz sobre gargalos
O executivo aponta alguns indicadores importantes aos quais o gestor deve prestar especial atenção para identificar as perdas. O primeiro deles é o índice de ruptura, que é a comparação do que a loja tem disponível de um item e quanto seria necessário disponibilizar para venda.
Ele aponta que esse é um indicador comumente acompanhado pelo varejo para identificar gargalos na acuracidade de estoque. “O gestor deve garantir que a quantidade de produtos presentes no ambiente físico esteja de acordo com o que consta nos sistemas de controle”, alerta.
Para manter tal controle, Passagem recomenda a realização de inventários periódicos. Entretanto, uma reclamação comum está associada à necessidade de paralisar o estoque para realizar essa checagem, atividade considerada dispendiosa. Por isso, ele sugere duas soluções. “O inventário rotativo é uma política que dinamiza esse processo. Com respaldo de um sistema robusto e processos bem definidos para o registro de entradas e saídas, é possível resguardar a acuracidade”, afirma.
Gestão de pré-vencidos é crucial
Uma vez que o produto sai dos paletes do CD e vai para as gôndolas da farmácia, é preciso redobrar a atenção quanto à validade. De acordo com o especialista, é preciso identificar esses itens que se aproximam do vencimento e aplicar políticas efetivas para escoá-los.
“O gestor pode adotar promoções, remanejar o item para uma loja com mais demanda ou na qual ele está em falta. Mas a prevenção de perda começa na compra assertiva”, relembra.
Esses dois pontos são descritos por Passagem como os gargalos mais difíceis de serem identificados. Porém, ele destaca que já existem ferramentas dentro do portfólio da Procfit que indicam o excesso de estoque e sugerem o remanejamento para unidades que fariam compras daquele item no futuro próximo. A companhia também oferece sistemas para colaborar na precificação assertiva e conta com um time de BPO para ajudar o gestor em toda a parte tributária.