Pesquisa mostra apoio de 70% dos brasileiros ao uso medicinal da cannabis

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O uso medicinal da cannabis tem apoio de 70% da população brasileira. Essa é a principal constatação de pesquisa ‘Cannabis é Saúde’, realizada pelo CIVI-CO, polo de negócios de impacto cívico-sócio-ambiental, sediado em São Paulo. O levantamento ouviu mil pessoas englobando todas as regiões do País, por meio de painel online. Outro ponto importante identificado é relacionado à propensão ao uso. No total 47%, estão muito abertos aos tratamentos, caso recebam indicação médica. Já 30% consideram baixa a probabilidade de adesão às terapias.

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O percentual do conjunto favorável aos tratamentos com medicamentos à base de cannabis contrasta com outras descobertas apontadas pelos números. No total, 76% do público já sabiam da possibilidade de aplicação terapêutica. Porém, 59% ainda não conhecem as patologias para as quais é possível aplicar a medicina canabinoide.

O desconhecimento sobre as indicações impacta o comportamento. De acordo com os dados, 14% da amostra sabiam que os médicos podem prescrever fármacos à base de cannabis como parte do tratamento e 19% já haviam considerado utilizar a planta para fins terapêuticos. Com relação à utilização, 3% entrevistados receberam indicação clínica para o uso medicinal da cannabis e 10% conhecem alguém que já recebeu prescrição médica.

Aqueles que já conheciam algumas das aplicações medicinais citaram o tratamento de enfermidades como epilepsia, dores, ansiedade e câncer. No grupo dos que já consideraram recorrer à cannabis medicinal, as patologias mais prevalentes são ansiedade, insônia e dores.

Embora sete em cada dez pessoas desejem a consolidação da cannabis medicinal, o Brasil avança timidamente. Há pouco mais de um ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a fabricação de medicamentos no Brasil, bem como a comercialização em farmácias. Também existe um grupo de pacientes que possui autorização judicial para importar e associações com permissão para cultivar a cannabis e extrair o canabidiol. No entanto, o cultivo da planta para pesquisa e produção continuam proibidos.

Segundo Patrícia Villela Marino, co-fundadora do CIVI-CO e co-fundadora e presidente do Instituto Humanitas360, o cenário no País está configurado de forma a tornar o tratamento inacessível para a grande maioria da população. ‘A falta de regulamentação para o cultivo da cannabis voltado a fins medicinais leva à importação da matéria-prima, encarecendo muito o preço dos produtos. Por enquanto, somente tem acesso aos medicamentos aqueles com poder financeiro para comprar o produto nas farmácias ou arcar com os custos da judicialização. Desta forma, a maior parte dos brasileiros, especialmente, a parcela mais vulnerável tem seus direitos à saúde e a melhor qualidade de vida ceifados de maneira impiedosa’, enfatiza.

A pandemia da Covid-19 canalizou a atenção das pessoas para os cuidados com a saúde. Com isso, o reflexo natural é a maior abertura para novas terapias e, nesse contexto, o uso medicinal da cannabis vem despertando atenção crescente.

Cannabis é saúde – A opinião pública voltou sua atenção ao uso medicinal da cannabis na década de 1990, a partir da luta de mães para que seus filhos pudessem ter acesso a tratamentos à base de cannabis, buscando melhora em condições graves como, por exemplo, epilepsia refratária aguda. O movimento teve grande repercussão e abriu portas internacionalmente à utilização com finalidade médica legal. Atualmente, cerca de 60 países têm regulamentações específicas para o uso medicinal da cannabis.

Esses avanços não acontecem à toa. Há um conjunto cada vez mais robusto de evidências científicas apontando os inúmeros benefícios da planta para a medicina, com aplicação terapêutica bem sucedida em casos de esclerose múltipla, transtorno de estresse pós-traumático, dor neuropática crônica, epilepsia e quadros convulsivos. Bons resultados também são registrados no tratamento de sintomas como náusea e vômito induzidos por quimioterapia, distúrbios do sono, ansiedade, perda de peso em pacientes com HIV, além de características ocasionadas por cânceres e doenças do neurônio motor.

A pesquisa ‘Cannabis é Saúde’ ouviu mil pessoas, distribuídas nas cinco regiões do Brasil. A composição da amostra teve homens e mulheres, acima dos 18 anos, abrangendo as classes sociais A, B1, B2, C1 e C2. O levantamento realizado pelo CIVI-CO tem apoio do Instituto Humanitas360, Instituto de Pesquisas Sociais e Econômicas da Cannabis (IPSEC), Centro de Excelência Canabinoide (CEC) e The Green Hub. A pesquisa será apresentada ao público no dia 3 de maio, durante evento de lançamento do CEC Academy, programa do CEC destinado à capacitação de médicos voltado à cannabis medicinal.

Fonte: BemBr

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Reitor da UFPR pede apoio no financiamento de vacina paranaense contra a Covid-19

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Vacina – O reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), professor Ricardo Marcelo Fonseca, pediu ontem, em participação remota na sessão da Assembleia o apoio dos deputados para o projeto de desenvolvimento da vacina contra a Covid-19 por pesquisadores da instituição, terceira pesquisa mais avançada da área no Brasil. Fonseca afirmou que o imunizante, 100% paranaense, estará apto à avaliação da Anvisa em seis meses para os testes da fase clínica de pesquisa. Após este período, em oito meses a vacina poderá ser aplicada na população.

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‘Esta vacina, pronta em 2022 ou 2023, é relevante? Com base no que dizem os cientistas, precisamos de vacinas para os próximos anos, até 2024. Esta pandemia chegou para ficar por um bom tempo. Não temos ainda os resultados sobre a duração das vacinas aplicadas no Brasil e suas imunizações’, explicou o reitor.

‘É plausível pensar que uma vacina precise ser aplicada anualmente, como a da gripe. Ter vacinas brasileiras é estratégico para não dependermos mais de laboratórios estrangeiros e para que tenhamos tecnologia que não dependa de outros países’, disse.

O reitor pediu o apoio da Assembleia Legislativa para a universidade angariar recursos na continuidade da pesquisa. ‘Precisamos de ajuda e temos conseguido apoio do Ministério de Tecnologia, através do CNPQ, no valor de R$ 230 mil e do Governo do Estado, com a Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e com a Fundação Araucária e o TECPAR, no valor de R$ 1 milhão’, listou.

‘São mais alguns meses de apoio para os testes, quando precisaremos efetivamente da associação ao Poder Público ou de uma grande farmacêutica como a universidade Oxford, que se aliou à AstraZeneca’, disse. ‘Só a ciência pode fazer contra a pandemia, nós precisamos de apoio para que tenhamos uma vacina genuinamente paranaense. Precisamos desta vacina, para esta pandemia e para outras doenças ainda não erradicadas em nosso estado’, afirmou o reitor.

O presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB) reforçou o pedido do reitor da UFPR pela continuidade do projeto. ‘Que posamos ter sucesso. Esta contribuição servirá ao Paraná, ao Brasil e quem sabe a todo o mundo. Esta Casa sempre estará à disposição e aberta para discutir temas tão importantes como este’, afirmou. Para o deputado Tadeu Veneri (PT), ‘a pandemia não terá solução em prazos de meses. Teremos que ter a vacina por muito tempo e esta pesquisa talvez seja única no país. É importante que os paranaenses saibam o que as instituições estão fazendo’, disse.

Tecnologia – O reitor Ricardo Marcelo Fonseca explicou que a pesquisa paranaense é semelhante ao processo de combate a pragas utilizado no agronegócio. ‘Existem muitas formas de vacina e a tecnologia da UFPR é diferente, com o uso de uma proteína especifica por fixação de bactéria presencial que tem efeitos fundamentais no cultivo de milho e trigo para diminuir uso de agrotóxicos hidrogenados’.

‘Deste uso no agronegócio tomamos por base o isolamento de um biopolímero não tóxico capaz de encapsular o vírus em torno de uma proteína para que o corpo humano ative os anticorpos da pessoa imunizada. É uma plataforma tecnológica muito viável e eficaz. Apresentará imunização igual ou superior a Oxford’, comparou.

‘Esta é uma vacina de insumos nacionais, sem adjuvantes, que faz com que seja menos tóxica e com custos muito mais baixos. Ativam o sistema imune contra a doença. Por sua tecnologia é facilmente recombinável para novas variantes e inclusive para doenças que ainda não conseguimos curar como a dengue, chikungunya, zika e leishemaniose’, destacou.

Fonte: Bem Paraná Online

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Afinal, quem está por trás do Above, o desodorante do ‘BBB’?

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Above – O “Big Brother Brasil 21” termina nesta terça-feira, 4 – e o mistério que tomou conta de algumas provas do líder desta edição ainda paira no ar: quem é a empresa por trás do desodorante Above?

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Acostumados com marcas que estão no mercado há décadas, como Rexona e Nivea, os telespectadores do reality show começaram a ouvir falar de Above na edição do ano passado, quando a marca estreou na Rede Globo. Neste ano, porém, ela ganhou status de protagonista.

“Não tem segredo nenhum”, brinca Gustavo Malucelli Bacila, de 49 anos, presidente da Baston, empresa paranaense inaugurada há 15 anos e dona da marca criada três anos atrás, mas que hoje já vende mais de 10 milhões de unidades por mês.

Mas de onde surgiu essa nova potência dos cosméticos? Pode parecer estranho, mas não é exagero dizer que a Baston surgiu do velho “mata bicheira”, aquele produto veterinário que se usa para combater larvas em animais domésticos.

Bacila é filho de veterinário. Apesar do sobrenome famoso no Paraná (a família Malucelli é dona de mais de 40 empresas de construção pesada, meios de comunicação, usinas hidrelétricas, time de futebol e banco), ele, o pai e os irmãos são donos de uma – até então – desconhecida fábrica de produtos pet. “Sou a parte pobre da família”, diz Bacila. “Conheço os outros Malucellis, mas eles nem sabem que eu existo.”

E foi trabalhando nessa indústria pet, a hoje conhecida (também graças ao “BBB”) Organnact, que ele, procurando fornecedores de aerossol para um “mata bicheira” tomou uma decisão: comprar uma máquina de envase e criar uma fábrica de aerossóis em Palmeira (PR), cidade de 50 mil habitantes a cerca de 50 minutos de Curitiba.

Com essa máquina, Bacila envasaria também uma linha de desodorantes. A expectativa era passar das 60 mil unidades vendidas, no primeiro mês, para 300 mil, ao fim do primeiro ano. Mas o produto surpreendeu: em cinco meses, a Above já estava vendendo 1 milhão de desodorantes.

Alma do negócio

“Foi aí que vimos que aquilo podia dar certo e resolvemos investir em TV. Fizemos propaganda no “Ratinho” (SBT), no “Superpop” e em outros programas da Rede TV!. E a resposta sempre foi positiva.”

O pulo do gato veio quando a Above resolveu investir no “A Fazenda 2019”, o programa da Record que concorre com o “Big Brother Brasil”. Naquela época, quando ninguém pensava em vírus ou pandemia, a fórmula dos realities, apesar de rentável, já estava desgastada.

Foi nesse cenário pós “A Fazenda” que uma equipe da Globo foi visitar a Above, no fim de 2019, em busca de patrocinadores para o “BBB 20”. “O valor era uma ‘baba’. Não posso falar, por contrato. E eles ainda disseram que eu podia comprar uma prova – mas que, se algum anunciante quisesse comprar quatro provas, a minha seria cancelada. Então eu falei: tudo bem, eu compro quatro provas, mas vocês vão ter de parcelar.”

O que aconteceu em seguida já é história. O “BBB” estreou morno, a pandemia e a quarentena pegaram todos de surpresa e a audiência do programa disparou. Em consequência, as vendas de Above superaram patamares nunca imaginados antes por Bacila, que não pensou duas vezes em repetir a dose em 2021. Para idealizar as ações, a Baston contratou o Grupo GPAC, agência de Curitiba, que bolou a mecânica e o cenário das ações no “BBB”.

“Hoje, somos a segunda marca em vendas por unidades no Brasil, atrás apenas da líder. Eles vendem 14 milhões de unidades por mês e a Above vem em seguida, com 10,3 milhões”, conta o executivo, que divide a Baston com outros dois sócios. O faturamento, que no ano passado foi de R$ 750 milhões, neste ano deve chegar a R$1 bilhão. E o número de funcionários na fábrica já chega a 1,3 mil.

A aposta no programa deu tão certo que Bacila recomendou ao pai e aos irmãos que também investissem pesado em marketing, usando o “BBB”. Os familiares toparam e a Organnact viu suas vendas crescerem 64%.

Planos de expansão

Para a Baston, os planos são grandes: a empresa quer abrir mais três fábricas, para expandir a marca Above. A primeira delas será de cosméticos e terá investimentos de R$ 35 milhões. A segunda ainda está na fase de projeto, mas a ideia é ter uma linha de produção de atuadores, a válvula que se pressiona para liberar o spray do desodorante. Já a outra unidade fabril – com investimentos de R$ 62 milhões – vai produzir latas para os desodorantes Above.

E de onde vem o dinheiro para tanta fábrica? “A gente não pede empréstimo para banco. Fazemos que nem obra de igreja: entra um dinheiro, a gente sobe uma parede”, conta Bacila.

E, segundo ele, o dinheiro está entrando. “Paguei hoje a última parcela do ‘BBB’ e valeu muito a pena. Posso dizer que tudo que investimos de janeiro para cá já tivemos o retorno. E agora, ao longo dos outros meses do ano, o investimento em marketing não precisa mais ser tão grande. Tem um efeito residual aí”, diz.

Quem entende de consumo e varejo diz que a trajetória da dona da Above é realmente rápida. “É uma jornada de crescimento impressionante, principalmente considerando que é uma empresa nacional, pequena e enfrentando grandes multinacionais, como Unilever, Procter & Gamble e Nivea”, diz Alexandre Machado, sócio-diretor da Gouvêa Consulting, especialista em varejo. Mas ele pondera: “Resta saber se não vai ser um voo de galinha?”

Machado explica que desodorante é uma categoria de destino, ou seja, o consumidor vai à farmácia só para comprar o produto. “Então, investir na marca é realmente importante. Mas é preciso ter aí um esforço de atuação de canal. Se não o consumidor vê a propaganda, fica interessado e não acha o produto para comprar”, diz.

A qualidade também conta. É ela, segundo o especialista, que cria o hábito de consumo da marca e gera a fidelização. “O consumidor fica curioso para experimentar outras versões.”

Fonte: Terra

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Comissão da Covid debate aquisição de vacinas via Covax Facility e a não aprovação da vacina Sputnik V

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A grave crise sanitária no Brasil, as tratativas de aquisição de vacinas via Covax Facility e a não aprovação da vacina Sputnik V são os assuntos a serem debatidos nesta sexta-feira (07), às 10h, na Comissão temporária da Covid (CTCovid19), presidida pelo senador Confúcio Moura (MDB-RO).

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A audiência atende um requerimento de Confúcio Moura para ouvir também integrantes da Anvisa e da Fiocruz sobre autorização e aquisição de vacinas por meio do consórcio internacional Covax Facility, programa lançado em abril de 2020 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), junto com a Comissão Europeia como resposta à pandemia.

Foram convidados o diretor-geral da OMS (Organização Mundial de Saúde), Tedros Adhanom; o secretário geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Anto?nio Guterres; representante da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) e OMS no Brasil, Socorro Gross; o coordenador do Observatório da Covid da Fiocruz, Carlos Machado de Freitas; representante da Anvisa; e da Vacina Sputnik V

Relatório parcial

Na última reunião (03/05), o relator, senador Wellington Fagundes (PL-MT), apresentou o relatório parcial que condensa os aspectos mais relevante abordados até o momento pelo Colegiado como, os tópicos relativos à vacinação, incluindo possíveis soluções para a carência de doses de imunizantes.

Constam ainda neste balanço, as dificuldades enfrentadas por estados e municípios, as questões do oxigênio e de medicações de intubação, a disponibilidade de leitos de UTI, as questões econômicas, as campanhas de informativas, as medidas não farmacológicas e farmacológicas que funcionam e que também não funcionam, além de outros tópicos, como a readequação da agenda e o cronograma previsto no plano de trabalho do Colegiado.

Fonte: O Rondoniense

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Conass defende quarentena a passageiros de países com variantes

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O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) defendeu, nesta terça-feira (04), em ofício enviado ao Ministério Saúde, a adoção obrigatória de quarentena de 14 dias para passageiros vindo de países com alta prevalência de variantes da Covid.

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‘O Brasil não aguentaria uma terceira onda, viria como um tsunami dessa vez’, afirma Carlos Lula, presidente do conselho.

O Conass também solicita que haja uma articulação da pasta com a Anvisa para tornar mais rígido o sistema de vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras.

No documento, o conselho ainda pede mais agilidade na compra de testes para Covid.

Fonte: O Antagonista

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Mandetta diz que não havia trabalho conjunto entre Saúde e Economia

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Depois de oito horas de reunião nesta terça-feira (4), foi concluído o primeiro depoimento da CPI da Pandemia. O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta respondeu a questionamentos de 30 senadores e senadoras. Na última parte da reunião, Mandetta afirmou que, durante sua gestão, a relação entre os ministérios da Saúde e da Economia era distante. Ele também disse que não houve qualquer interferência da equipe econômica no Ministério da Saúde em relação ao enfrentamento da pandemia.

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A falta de sintonia entre as pastas da Economia e da Saúde no enfrentamento da pandemia foi explorada pelas senadoras Eliziane Gama (Cidadania-MA) e Leila Barros (PSB-DF). Leila perguntou se havia coordenação e cooperação entre as pastas para o enfrentamento da pandemia e seus efeitos sociais.

– O distanciamento da equipe econômica era real, não posso negar – respondeu Mandetta, acrescentando que ele conversava com o segundo escalão do Ministério da Economia, pois o ministro Paulo Guedes não atendia seus pedidos de reunião.

Para Mandetta, o governo passou a contrapor saúde e economia, um grande erro, já que os países que colocaram a saúde em primeiro lugar tiveram melhores resultados econômicos. Para ele, isso talvez tenha acontecido por influência do próprio ministro da Economia, Paulo Guedes. Parte da equipe econômica e do governo, continuou, acreditava que a pandemia acabaria no final de 2020. Em resposta à senadora Leila Barros, que perguntou sobre o descompasso entre Saúde e Economia na pandemia, Mandetta voltou a afirmar que equipe econômica ignorava alertas e “não compreendia o tamanho” da crise.

– Eu disse a todos eles quando a pandemia ia crescer, quando ia ser o aumento, quando que ela ia estabilizar, quando ela ia cair, o intervalo para ter uma segunda onda, o número possível de mortes em 2020, o número possível de mortes até o final da pandemia. Todas essas informações eles tinham. Agora, por que pautaram de uma maneira diferente, eu realmente fico em dívida com a senhora – afirmou Mandetta em resposta à Leila Barros.

Além disso, Mandetta acusou Guedes de ser “desonesto intelectualmente” por ter insinuado que ele não teria agido para a compra de vacinas.

Logo em seguida às respostas do ex-ministro da Saúde, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) comunicou a apresentação de requerimento para convocar o ministro da Economia, Paulo Guedes, a prestar depoimento à CPI.

Desmonte da equipe

Mandetta disse ainda que, de início, o presidente da República, Jair Bolsonaro, não interferiu na composição de sua equipe no ministério.

– O governo me deixou montar a melhor equipe técnica possível. Mas quando veio a necessidade de trabalho técnico eles não queriam mais – disse o ex-ministro.

Ele também voltou a criticar o governo por colocar militares à frente do Ministério da Saúde. Em uma guerra, disse, ‘seria impensável sermos comandados por um médico’.

Por sua vez, o líder do governo Bolsonaro no Senado, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou que é praticamente impossível a CPI avaliar se determinada ação é ou não responsável por aumentar o número de mortos por covid-19. Fernando Bezerra Coelho avaliou que Mandetta teve liberdade para conduzir o Ministério da Saúde e quis saber porque Mandetta não valorizou a produção nacional de vacinas quando era ministro. O ex-ministro explicou que havia grande cooperação global em forma de consórcio para garantir imunizantes.

Número de mortes

A líder da bancada feminina no Senado, senadora Simone Tebet (MDB-MS), quis saber de Mandetta se o número total de mortos no Brasil poderia ser menor se o governo tivesse levado em conta os alertas científicos. Segundo Mandetta, o governo poderia ter evitado o colapso do sistema de saúde e amenizado o avanço da pandemia se tivesse promovido as medidas sanitárias.

– Teríamos feito muito melhor, senadora. Essa segunda onda é o ápice desse tipo de decisão tóxica e equivocada. Acredito que essa segunda onda seria menor – disse Mandetta.

Em resposta a Simone, Mandetta disse que o ministério havia preparado campanha publicitária contra covid-19, mas o governo Bolsonaro não queria comunicar medidas de precaução: preferia um tom “ufanista”.

Testes vencidos

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) quis saber por que o SUS não tem um sistema informatizado unificado. Mandetta disse que isso sempre foi um desafio, mas havia projeto nesse sentido antes da pandemia, interrompido após sua gestão.

O senador Jean Paul Prates (PT-RN) perguntou a opinião de Mandetta sobre a execução de medidas sanitárias pelo governo. Para o ex-ministro, o país permitiu a continuação de atividades de alta contaminação e só agiu depois do “leite derramado”.

Instado pelo presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), sobre gastos do governo testes de coronavírus que logo teriam a validade vencida, Mandetta disse que vai entregar à CPI dados sobre compra de testes.

Bula da cloroquina

No início da tarde, em resposta ao relator da CPI da Pandemia, Renan Calheiros (MDB-AL), Mandetta falou sobre um suposto documento que tratava da bula do medicamento conhecido como cloroquina.

– Eu testemunhei várias vezes reunião de ministros em que o filho do presidente [Carlos Bolsonaro], que é vereador no Rio de Janeiro, estava sentado atrás tomando as notas da reunião. Eles tinham constantemente reuniões com esses grupos dentro da Presidência. Eu estive dentro do Palácio do Planalto quando fui informado, após uma reunião, que era para eu subir para o terceiro andar porque tinha lá uma reunião de vários ministros e médicos que iam propor esse negócio de cloroquina, que eu nunca havia conhecido. O presidente tinha um assessoramento paralelo. Nesse dia, havia sobre a mesa, por exemplo, um papel não timbrado de um decreto presidencial para que fosse sugerido, daquela reunião, que se mudasse a bula da cloroquina na Anvisa, colocando na bula a indicação de cloroquina para coronavírus. O próprio presidente da Anvisa, Barra Torres, que estava lá, que falou: “Isso não”. E o ministro Jorge Ramos falou: “Não, isso daqui não é nada da lavra daqui. Isso é uma sugestão”. Mas é uma sugestão de alguém. Alguém pensou e se deu ao trabalho de botar aquilo num formato de decreto. Eu imagino que ele construiu fora do Ministério da Saúde alguns aconselhamentos que o levaram para essas tomadas de decisões que ele as teve, mas eu não saberia nomear a cada uma delas – disse Mandetta.

Simone Tebet se disse perplexa.

– O que me espantou foi o fato de que, embora os próprios ministros tenham se recusado a dizer que esse documento era oficial, ali um servidor público federal colocou aquele documento sobre a mesa. Fica aqui a minha maior perplexidade diante desse fato. O que demonstra que, de alguma forma, houve erros e esses erros precisam ser punidos, seja de quem for. Repito: do prefeito, do governador, da autoridade federal, porque nós estamos falando de crime contra a humanidade. Pandemia não atinge apenas o cidadão ou a cidadã brasileira. A nossa ação ou a nossa omissão interfere na vida das pessoas de outras nacionalidades. É por isso que nós hoje somos párias para o mundo – afirmou a senadora.

Prevenção

Os senadores Eduardo Girão (Podemos-CE), Jorginho Mello (PL-SC) e Luis Carlos Heinze (PP-RS) defenderem o uso de medicamentos do chamado “kit covid”, mas Mandetta explicou que os testes por eles mencionados não têm valor científico. Após Heinze criticar “assassinato de reputação” contra o “tratamento precoce” e defender o uso de medicamentos preventivos, Mandetta reforçou que a busca por remédio contra covid-19 deve respeitar a ciência.

– Torço pela cura, não por uma substância – disse o ex-ministro, sublinhando que a verdadeira prevenção está em evitar a contaminação pelo vírus e esperar pela vacina anticovid.

Ele foi apoiado pela senadora Zenaide Maia (Pros-RN), que é médica e negou a eficácia de tratamentos preventivos contra a doença. Ela destacou a importância das medidas cotidianas contra a covid-19: distanciamento, uso de máscaras em ambientes abertos e arejados e higiene das mãos.

Antes de a reunião ter fim, o presidente da CPI garantiu que senadoras terão direito à fala pela bancada Feminina na primeira parte de todas as reuniões da CPI da Pandemia.

Fonte: Jornal do Senado

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Tratamentos inovadores garantem qualidade de vida a pacientes graves

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Tratamentos inovadores – 4 de maio – é Dia Mundial da Asma, doença que afeta cerca de 20 milhões de brasileiros1 e é uma das condições crônicas mais comuns do mundo. Além das adversidades inerentes à enfermidade, a pandemia da COVID-19 é mais um desafio que precisa ser enfrentado, já que que dificulta o acesso ao tratamento e coloca asmáticos graves no grupo de risco.

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Engana-se quem pensa que a doença se limita à uma simples falta de ar. Tosse, chiado, aperto no peito, despertar noturno e dificuldade para realizar tarefas simples do dia a dia também são sintomas da asma. Embora os números exijam atenção – a asma mata, diariamente, seis pessoas no Brasil2 – existe uma boa notícia: apesar de não ter cura, o tratamento permite um ótimo controle da doença e garante ao paciente uma vida normal, sem sintomas ou com sintomas mínimos3.

A asma alérgica é um dos fenótipos mais comuns, representando 70% dos casos. A atenção se volta para os cerca de 5% dos casos no mundo considerados graves4 e responsáveis pela maior parte da mortalidade associada à doença5. Em crianças, a asma pode causar restrições nas atividades diárias e ter impacto negativo na qualidade de vida6. No Brasil, aproximadamente 20% das crianças convivem com a asma7.

‘Com certeza é possível que o paciente asmático tenha uma vida normal, porém, com o devido controle da doença. É necessário um acompanhamento conjunto com um especialista (alergista-imunologista ou pneumologista), avaliação da sensibilização alérgica para que se possa realizar a profilaxia ambiental (limpeza e cuidados específicos com o ambiente com o qual o paciente interage) e o tratamento adequado, tanto no período das crises como também na profilaxia, para que as crises não aconteçam com tanta frequência’, explica a Professora Doutora Janaina Melo, médica alergista pela Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), mestre e doutora pela USP e preceptora do Serviço de Alergia e Imunologia da USP-RP.

Por se tratar de uma doença viral, o novo coronavírus representa um grande risco a pessoas que possuem asma grave, colocando, inclusive, esses pacientes no grupo de risco. Um dos motivos é a chance elevada dos asmáticos de desenvolver complicações respiratórias. Já pacientes com asma leve ou moderada controlados não são incluídos no grupo de risco ao Covid-19. ‘De acordo com os atuais estudos da Covid-19, os pacientes com asma grave são pacientes que precisam ser avaliados com cuidado, pois podem, caso contraiam a infecção de Covid-19, ter sequelas perigosas’, complementa a doutora Janaina Melo.

O paciente com asma deve seguir todas as recomendações determinadas pelo Ministério da Saúde em caso de febre e sintomas respiratórios, além de ajustar o tratamento da asma, se necessário, conforme recomendações feitas pelo seu médico. Nos casos graves, como febre alta e falta de ar, a recomendação é procurar um serviço médico com urgência8.

Tratamentos inovadores melhoram qualidade de vida dos pacientes

Apesar de já existirem alternativas mais seguras e eficazes, o uso de corticoides orais para o tratamento contínuo da asma ainda é comum. Contudo, a escolha desse tipo de medicação a longo prazo pode acarretar efeitos colaterais como hipertensão, diabetes, afinamento da pele, problemas dentários, aumento da incidência de osteoporose, ocorrência de catarata e glaucoma9. Como alternativa estão os tratamentos imunobiológicos, que podem reduzir o número de exacerbações, o número de idas à sala de emergência e as taxas anuais de hospitalizações10.

Os pacientes que necessitam de tratamento para asma alérgica grave recentemente tiveram novidades com a inclusão de novas opções de medicamentos, inclusive imunobiológicos, nos planos de saúde. Desde 1º de abril, entrou em vigor a incorporação destas novas tecnologias com cobertura via planos de saúde no Brasil11, conforme publicação no rol da Agência Nacional de Saúde (ANS).

Já o paciente que busca o Sistema Único de Saúde (SUS) será tratado de acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), que determina as melhores estratégias para diagnóstico, tratamento e monitoramento de cada doença. No caso do PCDT de asma, a última atualização do documento aconteceu em 2013, o que significa que os novos medicamentos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), desde então, ainda estão de fora da linha de tratamento oferecida pelo SUS.

Com este protocolo sem atualização há oito anos, os profissionais de saúde do SUS não conseguem prescrever medicamentos mais inovadores, como os biológicos, que não estejam no protocolo. ‘É importante discutir a atualização do PCDT porque existem muitos medicamentos novos que foram aprovados desde a última atualização. O tratamento para a asma vem melhorando a cada ano, com inovações específicas para os diversos fenótipos de asma, principalmente com a inclusão dos imunobiológicos, que são tratamentos direcionados a pacientes com asma grave’, completa a médica.

Fonte: Jornal de Beltrão

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Sputnik V: consórcio de estados apresenta novo relatório e pede que Anvisa reavalie importação da vacina

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Sputnik V – O governador do Piauí e presidente do consórcio Nordeste para compra de vacinas contra a Covid-19, Wellington Dias (PT), disse nesta terça-feira (4), que pediu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que reavalie a decisão de rejeitar o pedido de importação emergencial da vacina russa Sputnik V.

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O grupo enviou à agência um ofício com respostas do Instituto Gamaleya, responsável pela fabricação da vacina, a questionamentos feitos pela Anvisa na sessão que rejeitou a importação do imunizante. A decisão foi tomada no dia 26 de abril.

“Queremos acreditar que as informações apresentadas agora permitirão que a Anvisa possa rever [a decisão]”, disse Dias.

“Queremos acreditar que as informações apresentadas agora permitirão que a Anvisa possa rever [a decisão]”, disse Dias.

O documento também traz uma manifestação oficial do Comitê Científico do Consórcio Nordeste, que acolhe as respostas do instituto sobre as questões apontadas e diz que “diante da existência intrínseca de risco à produção de uma nova vacina, bem assim do cenário pandêmico atual, considera atendidos os requisitos de qualidade, segurança e eficácia da vacina Sputnik V, a autorizar sua importação”.

A declaração foi feita após reunião com o embaixador da Rússia, Alexey Kazimirovitch, em Brasília. O governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB), também participou do encontro, representando os estados do Norte que pretendem comprar a vacina.

Segundo os participantes, o objetivo da reunião foi conseguir o “intermédio” da Embaixada para “chegar a uma solução” junto à Anvisa.

Importação negada

Em análise realizada em 26 de abril, a Anvisa negou o pedido de autorização feito por 14 estados brasileiros para importação emergencial de quase 30 milhões de doses da Sputnik. A decisão contra a importação foi tomada em uma reunião extraordinária que ocorreu para atender uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em uma ação protocolada pelo governo do Maranhão.

A Sputnik V é uma das vacinas negociadas pelo Ministério da Saúde, incluída no cronograma da campanha contra Covid mesmo antes da aprovação pela agência reguladora. A previsão era de entregar as primeiras doses era em abril. No entanto, nenhuma dose foi importada desde então.

Os principais pontos apontados pela Anvisa para rejeitar a importação são:

Anvisa apontou que NÃO recebeu relatório técnico capaz de comprovar que a vacina atende a padrões de qualidade e NÃO conseguiu localizar o relatório com autoridades de países onde a vacina é aplicada;

Anvisa diz que a maioria dos países que autorizaram a aplicação da vacina não têm tradição na análise de medicamentos; além disso, em 23 países com contrato, a vacinação não começou;

Gerência de Medicamentos apontou diversas falhas de segurança associadas ao desenvolvimento do imunizante. Na mais grave, explicou que o adenovírus usado para carregar o material genético do coronavírus não deveria se replicar, mas ele é capaz de se reproduzir e pode causar doenças;

Gerência de Inspeção e Fiscalização relatou que técnicos da Anvisa não puderam visitar todos os locais de fabricação da vacina durante inspeção na Rússia; dos sete pontos previstos, técnicos conseguiram visitar apenas três locais;

Fundo Russo tentou cancelar inspeção presencial e não autorizou acesso ao Instituto Gamaleya, que faz o controle de qualidade;

Anvisa não conseguiu identificar os fabricantes da matéria prima da vacina.

Anvisa apontou que NÃO recebeu relatório técnico capaz de comprovar que a vacina atende a padrões de qualidade e NÃO conseguiu localizar o relatório com autoridades de países onde a vacina é aplicada;

Anvisa diz que a maioria dos países que autorizaram a aplicação da vacina não têm tradição na análise de medicamentos; além disso, em 23 países com contrato, a vacinação não começou;

Gerência de Medicamentos apontou diversas falhas de segurança associadas ao desenvolvimento do imunizante. Na mais grave, explicou que o adenovírus usado para carregar o material genético do coronavírus não deveria se replicar, mas ele é capaz de se reproduzir e pode causar doenças;

Gerência de Inspeção e Fiscalização relatou que técnicos da Anvisa não puderam visitar todos os locais de fabricação da vacina durante inspeção na Rússia; dos sete pontos previstos, técnicos conseguiram visitar apenas três locais;

Fundo Russo tentou cancelar inspeção presencial e não autorizou acesso ao Instituto Gamaleya, que faz o controle de qualidade;

Anvisa não conseguiu identificar os fabricantes da matéria prima da vacina.

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/05/04/lucro-da-pague-menos-salta-380-no-primeiro-trimestre/

Fase 3 de testes da vacina da UFMG está prevista para fevereiro de 2022

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Vacina – A fase 3 de testes da vacina Spintec, desenvolvida no CT Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) contra a Covid-19, está prevista para fevereiro de 2022. Ela está entre os três imunizantes brasileiros mais avançados do país.

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‘A nossa expectativa agora é que nós possamos começar a solicitar a Anvisa para a liberação que nós possamos fazer os testes clínicos, que são testes em pessoas. Para fazer os testes clínicos nós precisamos fazer um lote piloto. Nós estamos trabalhando nisso. Aprovado, nós começamos os testes em humanos, 1 e 2, ainda este ano’, disse a reitora da UFMG, Sandra Goulart.

‘A nossa expectativa agora é que nós possamos começar a solicitar a Anvisa para a liberação que nós possamos fazer os testes clínicos, que são testes em pessoas. Para fazer os testes clínicos nós precisamos fazer um lote piloto. Nós estamos trabalhando nisso. Aprovado, nós começamos os testes em humanos, 1 e 2, ainda este ano’, disse a reitora da UFMG, Sandra Goulart.

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) firmou um convênio com a universidade para financiar as fases 1 e 2. O custo será de R$ 30 milhões. A fase 3, a mais ampla de testes em humanos, ainda não tem recursos garantidos.

A expectativa é que, com a aprovação da Anvisa, o imunizante seja produzido pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte.

As informações foram divulgadas durante coletiva sobre a seleção do Centro de Inovação em Inteligência Artificial para a Saúde (CIIA-Saúde) para o grupo que desenvolverá pesquisas nas áreas de saúde, agronegócio, indústria e cidades inteligentes.

O projeto envolve oito unidades da UFMG. A iniciativa será financiada com recursos de R$ 15 milhões nos próximos cinco anos. Parte desta verba virá do governo federal. Outros R$ 10 milhões serão financiados pela iniciativa privada.

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/05/04/lucro-da-pague-menos-salta-380-no-primeiro-trimestre/

Candidata à vacina brasileira contra Covid, Versamune será testada em junho

Candidata à vacina brasileira contra Covid-19, a Versamune começará a ser testada em humanos em junho e a aplicação na população em geral está prevista para dezembro, informou ao G1 Helena Faccioli, CEO da Farmacore, a start-up de biotecnologia que desenvolve o imunizante com apoio da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto (SP).

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A CEO afirmou nesta terça-feira (4) que as três fases do estudo clínico da Versamune custarão R$ 340 milhões e serão financiados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Apesar de o governo federal ter cortado e bloqueado R$ 663,8 milhões da pasta, ao sancionar o orçamento de 2021, os testes do imunizante não serão prejudicados, segundo Faccioli.

Procurado pelo G1, o Ministério da Ciência e da Tecnologia não comentou o caso.

Nesta reportagem, você vai entender, ponto a ponto, os próximos passos que a Versamune terá que percorrer até ser disponibilizada à população:

O que falta para a Anvisa aprovar o início dos testes da Versamune?

Como serão feitos os testes da Versamune em humanos?

Quando a Versamune poderá ser aplicada na população?

Quais são as diferenças entre a Versamune e as outras vacinas já em uso?

Quanto custa e quem pagará os testes da Versamune?

1. O que falta para a Anvisa aprovar o início dos testes da Versamune?

A Farmacore protocolou em 25 de março o pedido de autorização para os testes da Versamune em humanos. Dois dias depois, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) respondeu que necessitava de mais documentos para a aprová-los.

A CEO da Farmacore, Helena Faccioli, afirmou que os documentos restantes são relatórios de controle de qualidade do lote das doses que serão utilizadas nos testes.

A produção, feita por um parceiro nos Estados Unidos, sofreu um atraso de dois meses. Com isso, a documentação deverá ser entregue na íntegra à Anvisa até o fim de maio.

“Por falta de disponibilidade de material e equipamento, tivemos um atraso na produção deste lote e, consequentemente, nos relatórios. Você tem que fazer controle de qualidade de cada etapa de produção, para garantir pureza, esterilidade e que o frasco da vacina está intacto”, diz Faccioli.

Após o envio da documentação, a Anvisa tem 72 horas para aprovar ou não o estudo clínico. A CEO diz que, caso a aprovação seja imediata, a Farmacore pedirá ao parceiro norte-americano o envio imediato das doses ao Brasil.

O prazo para a entrega do lote gira em torno de duas a três semanas. Com isso, a estimativa é de que a aplicação nos voluntários comece até o fim de junho.

2. Como serão feitos os testes da Versamune em humanos?

Os testes serão divididos em três etapas, como ocorre com qualquer vacina. As duas primeiras fases terão 360 voluntários – 240 receberão o imunizante, enquanto o restante receberá uma dose de placebo, ou seja, sem ação.

Para este público, a empresa encomendou 624 doses, considerando as duas necessárias para a imunização e uma reserva de 30% produzida para caso haja falhas nas aplicações. Os frascos virão com cinco doses, cada uma com meio mililitro.

As aplicações das duas primeiras fases ocorrerão em São Paulo (SP), no Hospital do Coração, o HCor. O estudo será coordenado pelo pesquisador Célio Lopes Silva, da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.

Os voluntários poderão se inscrever para participar dos testes por um site. O público-alvo são pessoas acima de 18 anos, sem doenças crônicas, que não tenham sido infectados nem vacinados contra o coronavírus desde o início da pandemia de Covid-19.

Os pré-selecionados passarão por uma triagem no HCor. Além de serem reavaliados, os voluntários farão um teste RT-PCR, que identifica o vírus por amostras coletadas no nariz e na garganta, e um exame de sangue, para que haja confirmação de que eles nunca tiveram contato com o Sars-CoV-2.

A primeira fase terá um grupo menor de voluntários, cujo número de integrantes ainda não foi definido pela Farmacore. Nela, os pesquisadores analisarão quais são os possíveis efeitos adversos graves provocados a curto prazo pelo imunizante.

A partir da segunda fase, também será avaliada qual é a resposta do sistema imune dos voluntários e qual deve ser a concentração do imunizante para gerar o efeito ideal. Duas concentrações diferentes serão testadas.

A terceira fase deverá ter 20 mil voluntários, não só da capital paulista, mas de todo o país. O público apto para se voluntariar pode ser alterado, com a possibilidade de inclusão de pessoas com doenças crônicas e de outras faixas etárias, segundo a CEO.

Na terceira fase, continuarão a ser analisadas segurança, eficácia e imunogenicidade. Não serão, porém, aplicadas doses de placebo nos voluntários, diferentemente do que ocorreu com outras vacinas contra a Covid-19.

“Quando fizemos a proposta inicial da Versamune, ainda podia usar placebo, mas agora é complicado, porque já há vacinas disponíveis e pessoas imunizadas, então vamos ter que rever isso com a Anvisa“, diz Faccioli.

Os pesquisadores vão definir, com apoio da Anvisa, se a eficácia da Versamune será analisada por protocolos de não-inferioridade ou de superioridade em relação a outras vacinas já em uso, como a CoronaVac.

“No modelo de não-inferioridade, metade dos voluntários é vacinada com a Versamune, a outra metade com uma vacina de referência, e a Versamune não pode ter uma eficácia inferior. Já no de superioridade, a Versamune teria que ter uma eficácia maior do que a outra”, explica Faccioli.

3. Quando a Versamune poderá ser aplicada na população?

A CEO da Farmacore, Helena Faccioli, estima que, em um cenário ideal, sem qualquer intercorrência, as duas primeiras etapas do estudo clínico sejam encerradas até setembro. O plano é começar em seguida a aplicação nos voluntários da terceira fase.

A terceira fase, por sua vez, deve ser encerrada até dezembro, quando a Farmacore planeja pedir à Anvisa a autorização para o uso emergencial da vacina, como fez o Instituto Butantan quando testou a eficácia da CoronaVac no país.

Em paralelo aos testes clínicos, a Farmacore já planeja dar início à produção de lotes comerciais no Brasil, para que, caso haja a autorização para o uso emergencial, a aplicação da Versamune possa começar o quanto antes.

‘Se tudo correr bem, até o fim do ano a gente pode começar a vacinar. Tem que começar a produzir lotes comerciais já. É um investimento de risco, mas, se a gente esperar finalizar cada etapa de teste para começar a produzir as doses, demorariam anos’, afirma Faccioli.

‘Se tudo correr bem, até o fim do ano a gente pode começar a vacinar. Tem que começar a produzir lotes comerciais já. É um investimento de risco, mas, se a gente esperar finalizar cada etapa de teste para começar a produzir as doses, demorariam anos’, afirma Faccioli.

4. Quais são as diferenças entre a Versamune e as outras vacinas já em uso?

A Versamune combina a proteína que o coronavírus usa para invadir as células humanas, o que induz a produção de anticorpos, empacotada em uma nanopartícula que ativam as células T do sistema imunológico, capazes de induzirem à memória imune.

“A Versamune não induz apenas a produção de anticorpos neutralizantes, que é o princípio básico das vacinas que estão sendo utilizadas. Ela tem dois mecanismo: os anticorpos e as células T, que geram uma imunidade de longo prazo no organismo”, explica a CEO da Farmacore.

“A Versamune não induz apenas a produção de anticorpos neutralizantes, que é o princípio básico das vacinas que estão sendo utilizadas. Ela tem dois mecanismo: os anticorpos e as células T, que geram uma imunidade de longo prazo no organismo”, explica a CEO da Farmacore.

A CEO acrescenta que, de acordo com a literatura científica, vacinas com a mesma tecnologia já geraram imunidade por até doze anos. Ainda não é possível estimar, porém, um prazo exato para a duração da proteção da Versamune, já que ela ainda não começou a ser testada em humanos.

O professor da USP Célio Lopes Silva, que coordena os estudos clínicos, acrescenta que a Versamune tem capacidade de se modificar para combater, também, as novas variantes do coronavírus que já estão em circulação e as novas que possam surgir.

5. Quanto custa e quem pagará os testes da Versamune?

O ministro Marcos Pontes informou em março que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações tinha a garantia de R$ 200 milhões no orçamento de 2021 para o financiamento dos estudos clínicos da Versamune.

Em uma recente transmissão pela internet antes da sanção do orçamento de 2021, Pontes indicou, ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que a pesquisa custaria R$ 340 milhões, com R$ 30 milhões destinados à primeira e à segunda fase e R$ 310 milhões à terceira etapa.

Pontes também disse esperar que esses recursos entrassem na previsão de gastos do governo para 2021. Na sequência, sem mencionar cortes específicos para a Versamune, Bolsonaro afirmou que todos os ministérios enfrentariam restrições de recursos.

A lei que prevê os gastos para 2021 foi sancionada em abril pelo presidente com vetos e bloqueios de cerca de R$ 29 bilhões, o que inclui R$ 663,8 milhões do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações, com a justificativa de cumprir o teto de gastos.

Do total contido do Ministério da Ciência, R$ 291,4 milhões são de recursos vetados, ou seja, retirados em definitivo do orçamento, e R$ 372,3 milhões são de verbas bloqueadas, que podem voltar ao escopo de gastos ao longo do ano.

Após a publicação do orçamento, também sem mencionar diretamente a Versamune, Pontes disse que se reuniria com sua equipe para avaliar quais projetos poderiam ser continuados diante das reduções impostas pelo governo federal.

“Tem certos tipos de projetos que sem orçamento tem um hiato, e esse hiato mata o projeto, seja porque sai da janela de oportunidade, seja porque você não tem continuidade de pesquisa”, afirmou, em transmissão pela internet, em 24 de abril.

Em nova transmissão na quinta-feira (29), Pontes defendeu o desenvolvimento de vacinas nacionais para facilitar a disponibilidade dos imunizantes diante de um cenário global ameaçado por novas variantes do coronavírus.

“Essa é minha luta toda que vivo falando de orçamento. O pessoal fala: ‘você é muito chato para ficar falando de orçamento o tempo todo’. Mas não é para o Ministério da Ciência e Tecnologia. Este orçamento é para o Brasil como um todo”, disse.

“Essa é minha luta toda que vivo falando de orçamento. O pessoal fala: ‘você é muito chato para ficar falando de orçamento o tempo todo’. Mas não é para o Ministério da Ciência e Tecnologia. Este orçamento é para o Brasil como um todo”, disse.

Ao ser questionada pelo G1, a CEO da Farmacore, Helena Faccioli, afirmou que os planos para os testes clínicos da Versamune seguem como haviam sido planejados.

‘Este corte não chegou até a gente, mas já houve uma recomposição da verba. Houve um anúncio do presidente, de que ele não iria liberar o que o ministério precisava. Imediatamente, o ministério agiu para buscar de outra fonte. De onde ele vai buscar, a gente não sabe. O projeto está sendo tocado. Nosso planejamento continua igual’, disse.

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/05/04/lucro-da-pague-menos-salta-380-no-primeiro-trimestre/