Gonzalo Vecina: risco de vacina da AstraZeneca é semelhante ao da pílula anticoncepcional

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O pesquisador Gonzalo Vecina Neto, fundador da Anvisa, disse nesta quarta (14) ao Papo Antagonista que o risco de efeito colateral grave da vacina da AstraZeneca é semelhante ao das pílulas anticoncepcionais.

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‘Até agora observamos 4 eventos por milhão de pessoas que tomaram a vacina. O uso de pílula anticoncepcional dá 2,5 eventos por milhão de pessoas que tomam a pílula anticoncepcional’, disse Vecina Neto.

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‘Tecnicamente é um número muito pequeno, um risco muito baixo, para a proteção que a vacina dá contra uma doença que tem uma letalidade muito maior do que 4 por milhão de habitantes. Então qual é a conduta neste momento? Observar’. Segundo o médico, é possível interromper o evento trombótico se ele for detectado.

Fonte: O Antagonista

Projeto autoriza que fábricas veterinárias produzam vacina contra a covid-19

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Segundo a Agência Senado, projeto do senador Wellington Fagundes (PL-MT) autoriza temporariamente que fábricas de vacinas para animais possam produzir imunizantes contra a covid-19. Os estabelecimentos seriam vistoriados pela Anvisa, que, pelo texto, deve dar prioridade para o licenciamento das vacinas produzidas nestes locais. Eles também ficam proibidos de realizar, no mesmo espaço físico, qualquer fase de produção de vacinas agropecuárias. A reportagem é de Marcella Cunha.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Covid: Ministério da Saúde e Índia discutem produção de vacinas e IFA

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Em meio à corrida para vacinar a população brasileira contra a Covid-19, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, teve um encontro virtual, nesta quarta-feira (14/4), com o embaixador da Índia, Suresh Reddy, para tratar de ações de combate à pandemia e à vacinação.

Veja também: Vereadores protocolam denúncia contra prefeitura após divulgação de ‘estudo’ que apontou…

O Ministério da Saúde informou que contratou 20 milhões de doses da Covaxin, do laboratório Bharat Biotech, e espera 8 milhões de vacinas Oxford/AstraZeneca, fabricadas pelo Serum Insitute da Índia e já utilizadas no Programa Nacional de Imunização (PNI).

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De acordo com a pasta, durante a reunião, Queiroga reforçou a importância em obedecer a todo o processo regulatório da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a aprovação de imunizantes contra a Covid-19.

Na ocasião, o ministro ainda disse que: ‘O Brasil tem um marco regulatório de saúde bem estabelecido, e a Anvisa cuida da aprovação de produtos utilizados na indústria farmacêutica. Precisamos passar por esse crivo para que possamos utilizar a vacina Covaxim aqui’.

Prioridade

A Índia teria deixado claro que o Brasil foi priorizado como destinatário de doses de vacinas prontas, ainda ao início de 2021, e que segue sendo prioridade para seu governo.

As tratativas sobre a transferência de tecnologia para a produção de vacinas contra Covid-19 também foram debatidas durante o encontro. ‘Ademais, tratou-se dos possíveis ganhos mútuos com o fortalecimento da cooperação no setor farmacêutico’, assinalou a nota.

Para confirmar a aliança, o ministro também teria destacado ‘a estreita parceria do Brasil com a Índia’.

‘O Brasil vai superar essa crise sanitária, e Brasil e Índia, juntos, poderão ajudar outros países a vencer essa pandemia’, disse Queiroga.

Fonte: Metrópoles

KN95 X PFF2: conheça as diferenças entre as máscaras

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Com o avanço das variantes do coronavírus nos últimos meses, a recomendação para uso de máscaras por parte da população mudou. Saem as máscaras de pano e entram as PFF2, ou N95, como são conhecidas as opções mais eficazes para o bloqueio de partículas. Nas últimas semanas, a KN95 tem se tornado cada vez mais popular no Brasil.

Apesar de o nome e o formato da KN95 ser semelhante ao da PFF2/N95, os itens não são iguais. ‘Cada país tem um padrão. O brasileiro é a PFF2, o americano é a N95, o coreano é F94. O chinês é a KN95. Mas cada lugar tem suas diferenças, e a versão chinesa tem problemas de vedação e filtragem’, explica o doutor em engenharia biomédica Vitor Mori, do Observatório Covid-19.

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Um dos pontos que depõem contra a máscara KN95 é que o elástico prende atrás das orelhas, o que prejudica muito a vedação do item no rosto do usuário. Esta forma não permite uma pressão suficiente sem machucar as orelhas, e a máscara não fica tão firme. ‘A vedação prejudicada é um dos fatores mais importantes. Se ela fica folgada, o ar entra pelos vãos e diminui drasticamente a proteção’, explica Mori.

No Brasil, a norma técnica não especifica que a PFF2 deve prender atrás da cabeça, mas a maioria dos produtos é assim. Uma forma de resolver o problema de vedação da KN95 é usar um extensor entre os elásticos, juntando-os atrás da cabeça.

Como a KN95 não tem regulamentação no Brasil, não se sabe o quão eficaz ela é para filtrar as partículas, ao contrário do que acontece com a PFF2, que só é aprovada depois de testes rigorosos. Nos Estados Unidos, alguns estudos mostram que algumas máscaras chinesas têm falhas na filtragem. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já publicou uma lista de fornecedores que não são confiáveis, mas é difícil para a população fazer essa verificação antes de comprar o item, já que muitos distribuidores trocam a embalagem.

‘Para a população geral, a PFF2 é sempre melhor. Mas não quer dizer que a KN95 é completamente inútil. Em um cenário onde ainda vemos muita gente usando máscara de pano de pouca qualidade, sem vedação, a KN95 é uma boa escolha, ainda que não tão boa quanto a PFF2. Se é a que a pessoa tem, não tem problema, o importante é fazer o máximo dentro da realidade de cada um’, diz o pesquisador.

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/15/ache-mira-lideranca-em-prescricao-com-tecnologia-e-muitos-lancamentos/

Para quem segue com a KN95, a dica é não colocar outra máscara por baixo, por que acaba interferindo na vedação do item. Mori conta que uma de pano por cima, que prenda atrás da cabeça, pode ajudar a melhorar a pressão no rosto. Porém, não há jeito fácil de verificar se faz alguma diferença na filtragem.

Fonte: Metrópoles

Vereadores protocolam denúncia contra prefeitura após divulgação de ‘estudo’ que apontou ‘99% de eficácia’ do kit Covid

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Um grupo de vereadores de Sorocaba (SP) protocolou uma representação no Ministério Público (MP) nesta quarta-feira (14) após a prefeitura ter divulgado um “estudo preliminar” que teria apontado eficácia no tratamento precoce contra a Covid-19 no município.

No documento, os parlamentares denunciam a prefeitura por divulgação de notícias falsas, fazendo referência ao “estudo” que aponta 99% de eficácia do tratamento precoce contra a Covid-19 – que não tem comprovação científica e que a Associação Médica Brasileira disse que deve ser banido.

Após uma enxurrada de críticas, no entanto, a prefeitura apagou a postagem nas redes sociais e alterou o texto.

A representação também aciona a prefeitura com base no artigo nº 132 do Código Penal, que determina detenção de três meses a um ano por “expor a vida ou a saúde das pessoas a perigo direto e eminente”.

Segundo os vereadores, o texto publicado pelo poder público não trouxe informações sobre o modo como o estudo foi realizado e, por isso, “induz a população a acreditar que os medicamentos do tratamento precoce são responsáveis por impedir a morte de pessoas por Covid-19″.

Entenda

De acordo com o texto original publicado pela prefeitura, o “estudo” foi feito pela Secretaria de Saúde do município e monitorou 123 pacientes com sintomas da doença após 10 dias do início do tratamento com os medicamentos azitromicina e/ou ivermectina.

O órgão afirmou que, desse total, 122 pessoas foram curadas em casa e uma morreu porque procurou a unidade de saúde quando “já estava com um quadro de saúde moderado”.

A informação foi divulgada em nota à imprensa e também publicada no site oficial da prefeitura. A postagem com o mesmo texto foi feita no Instagram, mas recebeu dezenas de críticas. A publicação viralizou e foi um dos assuntos mais comentados no Twitter, saindo do ar horas depois.

No site da prefeitura, o texto original, com o título “Estudo preliminar aponta 99% de eficácia do tratamento precoce”, publicado às 9h04, foi modificado. Em seu lugar entrou um outro, no qual os termos “estudo” e “eficácia” foram substituídos por “levantamento” e “excelentes resultados”.

Depois de alterado, o texto foi postado novamente nas redes sociais da prefeitura.

Repercussão

Em entrevista ao G1, o diretor da Fiocruz de São Paulo, Rodrigo Stabeli, afirmou que não há qualquer comprovação científica da eficácia do tratamento em 193 países que estão vacinando contra a doença.

“Quando a prefeitura adota as medidas restritivas, vem imediatamente a queda da doença. Muitas vezes, eles acabam confundindo com o tratamento precoce. Anunciaram tratamento precoce sem ter sido avaliado através de um trabalho com método científico. E, pelo jeito, é um trabalho observacional, não é um trabalho que foi publicado, que passou por análise dos pares”, afirma o diretor.

A Prefeitura de Sorocaba adotou oficialmente o tratamento precoce em 19 de março deste ano. Foram gastos quase R$ 60 mil na compra dos medicamentos ivermectina e azitromicina.

Após a divulgação da compra dos remédios, o secretário de Saúde, Vinícius Rodrigues, chegou a afirmar, em entrevista à TV TEM, que não havia certeza sobre a eficácia do kit Covid.

De acordo com o diretor da Fiocruz, não há tratamento contra a doença, e apenas a vacina e as medidas restritivas têm apresentado eficácia.

“O que mais me parece é um efeito importante das medidas restritivas que foram decretadas pelo prefeito e, não, o tratamento precoce. Não existe bala mágica para a Covid-19. O que precisa ser feito é, justamente, essas ações preventivas da saúde, como medidas restritivas, medidas severas e restritivas por mais tempo, combinadas com um plano de recuperação econômica”, explica.

O Sindicato dos Médicos de Sorocaba também se manifestou, em nota, sobre o “estudo” divulgado pela prefeitura.

“O Sindicato dos Médicos questiona a eficácia do tratamento precoce e considera que não se pode basear em um estudo, que é preliminar e com uma amostragem tão baixa. Estudos com maior evidência, principalmente os ensaios randomizados, têm evidenciado o contrário, que não são eficazes para a Covid-19. Tanto isso é verdade que as sociedades médicas de infectologia e terapia intensiva não preconizam esse tipo de tratamento”, informou o sindicato.

‘Enganoso’

A infectologista Naihma Salum Fontana também criticou o “estudo”, que ela classificou como “enganoso”, e disse que é necessário um “grupo controle” durante a análise de dados como estes para comprovar a eficácia do tratamento.

“Como são esses pacientes? São pacientes leves? São moderados? Graves? Precisaram de oxigênio ou de internação? Isso é um estudo observacional. Ele observou 123 pacientes. Na verdade, isso nem é observacional, é um relato de caso. Então, agora, tem que fazer um estudo duplo cego randomizado, prospectivo, ou seja, daqui para a frente para poder provar”, afirma a infectologista.

Sem comprovação científica

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) divulgou um informativo em 19 de janeiro deste ano detalhando que nenhuma medicação tem eficácia na prevenção da doença até o momento.

“As principais sociedades médicas e organismos internacionais de saúde pública não recomendam o tratamento preventivo ou precoce com medicamentos, incluindo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entidade reguladora vinculada ao Ministério da Saúde do Brasil”, informou a SBI.

A farmacêutica Merck, responsável pela fabricação da ivermectina, esclareceu, em fevereiro deste ano, que não há dados disponíveis que sustentem a eficácia do medicamento contra a Covid-19. A ivermectina é um vermífugo usado para promover a eliminação de vários parasitas do corpo.

O medicamento faz parte do chamado “Kit Covid”, voltado ao suposto “tratamento precoce” da doença. O presidente Jair Bolsonaro costuma defender o uso desses remédios, mesmo sem comprovação de eficácia por estudos científicos.

Em setembro de 2020, um estudo de pesquisadores brasileiros publicado na Lancet, a segunda revista médica mais influente do mundo, afirmou que a azitromicina não leva a melhoras em pacientes hospitalizados e, portanto, não tem indicação de uso para casos graves.

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/15/metade-dos-farmaceuticos-do-parana-aguarda-vacina-contra-covid-19/

Spray é a mais nova arma de defesa contra a COVID-19

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Enquanto a vacinação contra a COVID-19 ainda caminha lentamente no Brasil, novos produtos vêm sendo desenvolvidos para frear a curva de contágio do vírus.

E um deles já possui aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e está disponível para venda na Baixada Santista, pela empresa Santista Ambiental.

O produto em questão é o Silver Clean Doctor 800, um higienizador cosmético multiação, espécie de spray aerossol que elimina 99,9% de todos os vírus e bactérias, incluindo a COVID-19 e suas variantes.

Ele foi desenvolvido com nanotecnologia, à base de íons de prata, com uma fórmula exclusiva e revolucionária no Brasil. Para usá-lo, basta aplicar na superfície desejada, criando assim, uma barreira invisível letal a novos vírus de 12 horas e exterminando os que estão presentes no ambiente.

Um dos diferenciais do produto, é que ele também pode ser aplicado na pele humana, pois sua fórmula antisséptica não irrita e garante longa proteção.

Além disso, é claro, ele serve para desinfectar produtos do dia a dia, como: computadores, tablets, celulares, carteiras, chaves, óculos, maçanetas, itens de papelaria, embalagens, correspondências e outros objetos.

Por tudo isso, o cosmético já está sendo recomendado por especialistas para uso pessoal e também profissional, principalmente em serviços que são considerados essenciais e que possuem grande movimento, incluindo os da linha de frente de combate ao vírus, como: hospitais, clínicas, supermercados, postos de combustível, entre outros.

A Santista Ambiental é uma empresa que atua a nível Brasil… em portos brasileiros no gerenciamento de resíduos Classe I , Classe II, infectantes, lavagem de porão de navios, Sanitização (descontaminação de superfície) tratamento domissanitários, locação de banheiros químicos e consultoria especializada na área ambiental.

Nesta pandemia ela já havia desenvolvido uma caixa de desinfecção com tecnologia UVC , que também elimina 99,9% dos vírus, ideal para comércio e outros estabelecimentos. Não esquecendo dos Arcos de Sanitização colocados em hospitais, clubes, comércios , edifícios entre outros

O Silver Clean Doctor 800 já está à venda pela empresa. Para adquiri-lo, basta ligar no telefone ou enviar uma mensagem no WhatsApp para fazer a sua compra.

Telefone: (13) 3216-2069

Whatsapp: (13) 99787- 7074

E-mail: contato@santistambiental.com.br

Site: http://santistaambiental.com.br/

Endereço: Rua Visconde de São Leopoldo, 499, Centro, Santos/SP.

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/15/covid-19-farmaceuticos-pedem-agilidade-na-vacinacao-da-categoria-em-betim/

Polícia Civil e Ministério Público investigam morte de paciente com Covid tratada com nebulização de hidroxicloroquina em Manaus

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A Polícia Civil e o Ministério Público do Amazonas estão investigando a morte de uma paciente com Covid, em Manaus, que recebeu tratamento com nebulização de hidroxicloroquina. O procedimento não tem eficácia comprovada.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) informou ao G1, em nota, que determinou abertura de sindicância e o afastamento da médica que realizou o tratamento. Conforme o órgão, o procedimento não faz parte dos protocolos da rede estadual de saúde.

Segundo a SES, duas pacientes foram submetidas a nebulização com a hidroxicloroquina, mas apenas uma delas recebeu alta. Os casos foram registrados na maternidade Instituto da Mulher Dona Lindu (IMDL).

A médica filmou o momento em que uma das pacientes é submetida ao tratamento com hidroxicloroquina, para mostrar aos familiares. A paciente morreu, e um parente denunciou o caso nas redes sociais (assista vídeo abaixo).

A delegada Deborah Souza, titular do 15º Distrito Integrado de Polícia (DIP), informou que recebeu a denúncia do Comitê de Violência Obstétrica do Amazonas e da ONG Humaniza. Conforme a denúncia, pelo menos três mulheres grávidas morreram após o tratamento.

“Nós estamos investigando as circunstâncias em que aconteceu a morte dela, abrimos inquérito policial e, após a conclusão do inquérito, nós levaremos o caso à Justiça para tomar as providências cabíveis”, disse.

A delegada informou, ainda, que o tratamento de nebulização de hidroxicloroquina em casos de Covid não é aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou uma diretriz, em março, na qual pede fortemente que o medicamento não seja usado nesse tipo de situação.

“Dependendo de como as circunstâncias se desenvolverem, e se for constatado uma negligência, uma imprudência, uma imperícia, esses médicos podem ser enquadrados no crime de homicídio culposo”, afirmou.

Deborah explicou que os médicos que atenderam as pacientes já foram identificados e serão intimados a prestar esclarecimentos sobre a situação.

Segundo o procurador Igor Starling, do MP-AM, o órgão irá iniciar uma investigação para apurar a responsabilidade civil, administrativa e criminal sobre o caso.

“Se constatar que foi proposital e que assumiu o risco de praticar aquilo, como um profissional está assumindo na área que atua, vai responder por homicídio. Pois o médico, no momento que ele se responsabiliza por um tratamento diverso daquele, ele assume o risco da sua tática e ele é responsável por aquilo”, disse.

Conforme a secretaria, a nebulização com hidroxicloroquina adotada não faz parte dos protocolos terapêuticos da maternidade, “nem de outra unidade da rede estadual de saúde, ainda que com o consentimento de pacientes ou de seus familiares”.

Porém, ainda segundo o órgão, as duas pacientes submetidas ao tratamento assinaram termo de consentimento. Todas as informações sobre o atendimento estão registradas em prontuário.

Eficácia não comprovada

Diversos estudos já haviam apontado que o tratamento com hidroxicloroquina em pacientes com Covid não tem eficácia. Apesar disso, com frequência, o presidente Jair Bolsonaro defendeu o uso do medicamento no tratamento precoce contra a Covid, mesmo sem comprovação científica.

Em março deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou uma diretriz na qual pede fortemente que a hidroxicloroquina não seja usada como tratamento preventivo da Covid-19. O documento foi divulgado na revista científica “The BMJ”.

A recomendação é feita por um painel de especialistas internacionais do Grupo de Desenvolvimento de Diretrizes da OMS (GDG).

Desde julho do ano passado, a organização informa que não tem encontrado benefícios no uso do antimalárico contra o coronavírus. Desta vez, a conclusão passa a ser uma orientação concreta e oficial para os países e profissionais de saúde.

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/07/ceara-e-4o-do-brasil-com-mais-suspeitas-de-reacoes-adversas-a-cloroquina-e-hidroxicloroquina/

Controladoria-Geral de MG identifica irregularidades nas compras de respiradores e de testes para Covid

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Relatórios feitos pela Controladoria-Geral do Estado apontam uma série de irregularidades e falhas nos processos de compras de respiradores e de testes RT-PCR feitos pela Secretaria de Estado de Saúde para enfrentamento da Covid em Minas Gerais.

Itens comprados em quantidades insuficientes, seleção de fornecedores sem verificação de autorização da Anvisa, contratos baseados em estimativas e sem destinação dos produtos e até orçamentos com negócios que não são do ramo estão entre os achados das auditorias.

Segundo a CGE, a primeira falha cometida pelo governo, tanto no processo para a compra de respiradores quanto para a aquisição de testes de Covid-19, foi a elaboração do Termo de Referência após a escolha da empresa.

Conforme entendimento do Tribunal de Contas da União, mencionado pela Controladoria, este documento é obrigatório e deve ser feito antes até mesmo do processo de cotação de preços para detalhar, a partir de estudos técnicos, o produto que será adquirido, quantidade necessária, requisitos e outros.

Mas a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) alegou ao G1 que “os termos de referência contêm o nome da empresa, as reais condições de entrega e pagamento e o preço ou custo da contratação. Sendo assim, para conter tais informações, o termo de referência não poderia ser elaborado antes da consulta à disponibilidade dos produtos no mercado e, consequentemente, da apresentação de uma proposta factível.”

Respiradores

A Secretaria de Estado de Saúde fez dois contratos para a compra de 1.047 respiradores. Um com a KTK Indústria, para a aquisição de 747 aparelhos, sendo 185 para transporte, no valor total de R$ 43,9 milhões. O outro contrato, com a Air Liquide, previa a compra de outros 300 equipamentos, no valor final de R$ 7,3 milhões.

Diferente do que diz Zema, mais da metade dos respiradores comprados pelo governo não foram os ‘mais baratos do país’

Valor de cada respirador adquiridos pelos estados varia de R$ 40 mil a R$ 226 mil no país

Diferente do que diz Zema, mais da metade dos respiradores comprados pelo governo não foram os ‘mais baratos do país’

Valor de cada respirador adquiridos pelos estados varia de R$ 40 mil a R$ 226 mil no país

As duas contratações foram feitas levando em consideração estimativas, com base em uma possível abertura de leitos – o que, para a CGE, representa risco de comprar algo que não atenda a demanda. Não existia uma definição prévia de quais hospitais nem quais municípios receberiam os equipamentos.

Ainda de acordo com o relatório da CGE, a expectativa da Secretaria de Estado de Saúde em abril do ano passado era de abrir 1.655 novos leitos, para os quais seriam necessários 1.517 respiradores. Apesar desta estimativa, não há explicação nestes processos de por que a aquisição foi abaixo do esperado e as providências adotadas para a aquisição dos demais.

‘O levantamento por estimativa da quantidade a ser contratada, sem estudos mais profundos relativos à necessidade, aumenta o risco de não atender por completo a demanda frente à pandemia ou superestima o objeto da contratação. E pode resultar em compras desnecessárias e perdas de insumos’, pondera um dos relatórios.

‘O levantamento por estimativa da quantidade a ser contratada, sem estudos mais profundos relativos à necessidade, aumenta o risco de não atender por completo a demanda frente à pandemia ou superestima o objeto da contratação. E pode resultar em compras desnecessárias e perdas de insumos’, pondera um dos relatórios.

A Seplag disse ao G1 que, além destas compras do governo, houve recebimento de doação de 100 respiradores da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e reparo de outros junto a parceiros da iniciativa privada, o que garantiu a ampliação dos leitos.

No caso dos respiradores adquiridos da KTK, o processo de compra levou em consideração o preço de referência do Ministério da Saúde, de R$ 60.141 a unidade, para os dois tipos – o utilizado em leitos e o de transporte. Mas, enquanto o modelo para utilização em leitos foi comprado por R$ 70 mil, o de transporte teve o preço de R$ 25 mil, sem que houvesse justificativa para esta variação grande.

Além disso, a KTK se encontrava, no momento do contrato, em processo de recuperação judicial e, mesmo assim, não consta nenhuma certidão de regularidade fiscal o que, segundo a CGE, traria “maior segurança jurídica ao processo e evitar questionamentos do controle externo ao gestor’.

Ao G1, a Seplag disse que se respaldou na Lei Federal 13.979, em que “fica dispensada a apresentação de documentação de regularidade fiscal, ou, ainda, o cumprimento de um ou mais requisitos de habilitação”.

‘Alerta de conluio e fraude à licitação’

No segundo processo para aquisição de 300 respiradores, uma das empresas participantes da cotação de preços, a Maq Laser, não tem CNPJ, nem sequer é do ramo da saúde. Com sede em Salvador, o estabelecimento atua na área de impressão e cópias.

Mesmo assim, o governo juntou ao processo de compra um suposto orçamento feito pela empresa, sem data, nem condições de pagamento. O preço do respirador associado à Maq Laser, de R$ 160 mil a unidade, é o mesmo de outra proposta, da empresa Officermaq, muito acima do padronizado pelo Ministério da Saúde.

O valor também foi bem superior ao da empresa que assinou o contrato, a Air Liquid, que foi de pouco mais de R$ 24 mil a unidade.

A CGE constatou, ainda, que a Maq Laser e a Officermaq têm sede em endereços diferentes, mas o mesmo telefone para contato, e consideraram quantidades diferentes em cada orçamento. Enquanto na proposta da Officermaq consta a aquisição de 70 unidades, na da Maq Laser, constam 30.

‘O referido achado demonstra elementos de alerta de conluio entre fornecedores, fraude à licitação, restrição ao caráter competitivo, bem como a oportunidade para o aperfeiçoamento de processos e/ou controles internos”, afirmou a Controladoria.

‘O referido achado demonstra elementos de alerta de conluio entre fornecedores, fraude à licitação, restrição ao caráter competitivo, bem como a oportunidade para o aperfeiçoamento de processos e/ou controles internos”, afirmou a Controladoria.

A Controladoria também identificou que não houve consultas ou pesquisas para verificar a existência de sanções ou penalidades que pudessem impedir os fornecedores de participar de contratação pública.

Sobre a metodologia de pesquisa de preços, a Seplag informou que “foi devidamente fundamentada conforme documentação instrutora do processo de compras e amplamente explicada, com a apresentação de quadro comparativo de preços, critérios adotados para a escolha do fornecedor e explicações técnicas relacionadas ao contexto vivenciado provocado pela pandemia da Covid-19”.

A Secretaria não comentou o fato de uma das fornecedoras, Maq Laser, não ser do ramo de equipamentos hospitalares. Negou que tenha ocorrido conluio e que, mesmo com a proposta da Air Liquide pronta, “propôs negociação de preços com a própria fabricante dos equipamentos, a Phillips, e, após esgotar todas as tentativas de redução, optou pela empresa que ofertou o melhor preço dentro do prazo estipulado de aceitação para recebimento.”

Aquisição de testes

O contrato para compras de testes RT-PCR, que é o indicado para diagnóstico da Covid-19, só foi formalizado pelo Estado em 31 de março do ano passado – o primeiro caso foi confirmado no dia 8. O governo explicou que a aquisição se deu como parte do plano de contingência, já que os testes são fornecidos pelo Ministério da Saúde.

A empresa selecionada foi a Síntese Bitecnologia, que já era fornecedora do Estado. Para o levantamento de preços, a Secretaria de Estado de Saúde informou diferentes necessidades a cada um dos contactados. Segundo o relatório da CGE, foram feitas:

Uma solicitação de orçamento informa a necessidade de 18 milhões de testes

Duas solicitações pedem 750 mil unidades de dois dos itens que compõem o RT-PCR

Uma proposta comercial com indicação de quantitativo equivalente a 150 mil testes, que é da empresa vencedora;

Cinco solicitações de orçamento para “o quantitativo que a empresa tiver”;

Uma solicitação que informa a necessidade de um milhão de testes;

Além de um quadro comparativo de preços que indica a quantidade de 450 mil testes.

Uma solicitação de orçamento informa a necessidade de 18 milhões de testes

Duas solicitações pedem 750 mil unidades de dois dos itens que compõem o RT-PCR

Uma proposta comercial com indicação de quantitativo equivalente a 150 mil testes, que é da empresa vencedora;

Cinco solicitações de orçamento para “o quantitativo que a empresa tiver”;

Uma solicitação que informa a necessidade de um milhão de testes;

Além de um quadro comparativo de preços que indica a quantidade de 450 mil testes.

Para a Controladoria, “a imprecisão do que se necessita adquirir, somada às condições de mercado, interfere tanto na apuração do preço como nas propostas comerciais dos potenciais fornecedores e na estimativa da capacidade de entrega dos mesmos”.

A Seplag disse ao G1 que, na primeira aquisição de insumos pelo Estado, “era complexo precisar o quantitativo de testes que seriam demandados pelo estado. Dessa forma, a estimativa inicial foi realizada de acordo com o número de notificações de casos suspeitos”. Por isso, o valor foi ajustado levando em conta a quantidade de casos descartados e a capacidade para processamento dos testes.

O orçamento escolhido pelo governo, que indicava a quantidade de 150 mil testes, contemplava cinco insumos diferentes, que compõem o kit RT-PCR, ao invés de contemplar o kit completo. Um destes itens, o reagente de extração de RNA, teve uma grande redução entre a demanda levantada pela SES, que era de 600, para a quantidade realmente adquirida, que foi 170. Segundo explicação dada à CGE, este era o volume máximo que a empresa era capaz de ofertar.

Entretanto, segundo a Controladoria, a Secretaria de Estado de Saúde não demonstrou, em documentos, o impacto desta redução para o número total de testes a serem realizados, nem mencionou como evitar que os outros insumos ficassem parados e os testes deixassem de ser realizados.

O quantitativo, segundo o relatório da CGE, permitiria a realização de apenas 42.500 exames, um terço da última quantidade prometida.

Entre as consequências dos equívocos da compra, segundo a CGE, está ‘a contratação de uma solução que poderia ter sido executada em melhores condições, não atendimento da necessidade do órgão e desperdício de recursos públicos’.

Entre as consequências dos equívocos da compra, segundo a CGE, está ‘a contratação de uma solução que poderia ter sido executada em melhores condições, não atendimento da necessidade do órgão e desperdício de recursos públicos’.

Outras falhas foram constatadas ainda no processo de orçamento. Segundo a CGE, não há planilhas com a composição de todos os custos unitários ou provas de que se buscou o melhor custo benefício. Também não foram consultados os registros dos fornecedores na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O governo disse, no entanto, que grande parte dos insumos é utilizado para pesquisa e afirmou que, para estes insumos, o controle de cadastro de registros “não se aplica”.

Depois da compra, o governo não tinha mecanismos de controle que garantissem a compatibilidade da quantidade recebida em relação ao valor pago.

Em junho de 2020, o G1 mostrou que, mesmo diante do primeiro pico de casos da pandemia, Minas Gerais era o estado com pior testagem para Covid-19.

Em relação a compra de itens separadamente ao invés do kit PCR completo, o governo disse que “ao final da orçamentação, obteve-se diversas respostas com negativa de fornecimento dos fornecedores e outras cotações com disponibilidade para atendimento, conforme instrução presente no processo de compras, resultando na elaboração de um mapa de preços. No mapa, há uma tabela para cada item solicitado, sendo organizada por fornecedor, marca/modelo, prazo de entrega, forma de pagamento, valor unitário e valor total. Ao final da montagem deste mapa, restou claro que, para todos os itens, a empresa Síntese Biotecnologia LTDA possuía o menor preço unitário.”

Relação entre as empresas

Entre os orçamentos levantados para aquisição dos testes, três deles – Sintese, Molecular e Biocell – apresentaram o mesmo padrão de apresentação gráfica; dois fornecedores – Molecular e Biocell têm textos e validade da proposta idênticas, além de indicarem o mesmo endereço. As propostas foram entregues na mesma data, 11 de abril de 2020, feriado de Páscoa.

A CGE também identificou relação entre os sócios das empresas. Os donos da Molecular e Biocell têm vínculo familiar e os proprietários da Síntese, vencedora da proposta, tinham vínculos profissionais com um dos sócios da Molecular.

Além disso, a fornecedora disponibilizou produto de uma outra empresa, Bioclin Quibasa, que também chegou a encaminhar proposta comercial na fase de pesquisa de preços, mas com valor muito acima do apresentado pela vencedora.

Sobre a relação entre as empresas consultadas, o governo disse que “a contratação em questão não é um procedimento licitatório, mas sim uma dispensa, na qual a pesquisa de preços não busca a construção de um preço de referência, mas sim o menor preço oferecido pelo mercado naquele momento, naquelas condições e, por isso, as cotações buscavam empresas disponíveis no mercado, com o único intuito de encontrar aquela que tivesse o menor preço e os produtos tecnicamente aprovados pela SES”.

Veja o que mais disse a Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag):

“A Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) informa que a compra dos 1.047 respiradores adquiridos ao menor preço médio do país foi acompanhada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e pela Justiça Federal, que, inclusive, foi a responsável pela liberação financeira dos valores.

Em razão da pandemia e da escassez de equipamentos e insumos relacionados à saúde, houve urgência nos processos de aquisição, para evitar que faltassem leitos e atendimento à população. Essa compra permitiu que, hoje, Minas tenha mais de 4.400 leitos de UTI, enquanto no início da pandemia eram cerca de 2 mil leitos.

O cenário levou à edição de normas específicas para o enfrentamento, com destaque para a Lei 13.979/2020, que flexibilizou regras comumente verificadas no processo regular de contratações públicas.

Os questionamentos apontados nesta demanda foram devidamente respondidos à Controladoria Geral do Estado (CGE) e as recomendações foram acatadas para observação em processos futuros. As implementações constam em planos de ações específicos que estão sendo igualmente acompanhados pela CGE.”

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/15/covid-ministerio-da-saude-e-india-discutem-producao-de-vacinas-e-ifa/

No campeonato das farmácias, Hypera quer chutar no gol e ser a camisa 10 do setor farmacêutico

Hypera Hypera – Atire a primeira pedra quem nunca ficou com a frase ‘tomou Doril, a dor sumiu’ grudada na cabeça ou foi surpreendido com a notícia de que a Arena Corinthians mudou de nome para Neo Química Arena. O slogan e o novo nome do estádio são parte do mesmo jogo de marketing criado pela Hypera Pharma, uma das maiores companhias farmacêuticas do Brasil.

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Como em um jogo de futebol, os espectadores sabem quem são os atletas, mas nem sempre quem são os administradores por trás das equipes. No mundo das farmacêuticas é parecido: os consumidores estão acostumados a comprar os remédios pelo seu nome, não pela fabricante. Quem está por trás de muitos medicamentos que são parte do dia a dia dos brasileiros é a Hypera, e alguns dos seus principais – e famosos – jogadores são: Neosaldina, Benegrip, Engov, Buscopan, Rinosoro, entre muitos outros.

Enquanto as equipes procuram craques do futebol para avançarem no placar dos campeonatos, as farmacêuticas querem remédios que caiam no gosto do consumidor, solucionem problemas reais no tratamento de dores e doenças e, claro, as ajudem a subir no ranking das melhores empresas do setor. Pensando nisso, só em 2020 a Hypera fechou negócio com a Glenmark e assumiu a posição de atacante na distribuição da linha dermatológica da empresa, além de ter comprado a família Buscopan, a marca Simple Organic e firmado acordo para aquisição de um portfólio de 18 medicamentos da gigante japonesa Takeda. As aquisições deixam a companhia em primeiro lugar em consumer health (medicamentos no varejo sem prescrição médica), na segunda posição em remédios genéricos e na terceira no pódio de medicamentos com prescrição.

Outro diferencial na estratégia da companhia em relação aos players do mercado é que, enquanto os outros times farmacêuticos direcionam seus esforços para atacar em média quatro linhas de produtos ou menos, a Hypera foca em ocupar todos os espaços no jogo dos remédios, oferecendo desde genéricos, similares, dermo, mercado de balcão e medicamentos com prescrição médica. Essa gama ajudou a empresa a fechar 2020 com uma receita líquida de R$ 4 bilhões.

Segundo a companhia, ‘a evolução dos ganhos no ano passado é consequência do crescimento de 8,4% no sell-out (venda de produtos pela rede de distribuidores) em 2020, que foi impulsionado por genéricos, similares, medicamentos crônicos, produtos de prescrição, vitaminas, suplementos e nutricionais.’

No HyperaDay, evento destinado aos investidores da companhia, o CFO da Hypera, Adalmário Couto, declarou que o crescimento em 2020 foi de 24% e os produtos lançados nos últimos cinco anos foram responsáveis por metade do resultado. ‘Os produtos anunciados nos últimos três anos – 250 novos itens – representam 25% da nossa receita, acho que fica claro o porquê da inovação ser importante para nós.’

Os chutes no gol da pandemia e os planos futuros da Hypera

O que distingue a companhia de um campeonato de futebol é que, durante a pandemia, enquanto a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) suspendeu os jogos por 93 dias como medida de prevenção ao coronavírus, a Hypera Pharma surfou na onda e apresentou resultados positivos. Ao mesmo tempo em que os brasileiros ficaram meses sem assistir uma partida dos seus clubes favoritos, a empresa realizava operações e aquisições que a levariam a um lucro líquido em 2020 de R$ 1,3 bilhão, apresentando uma alta de 11,2% contra 2019 (R$ 1,1 bilhão).

Os resultados positivos durante a quarentena fizeram com que a empresa criasse iniciativas para ajudar os colaboradores e os brasileiros no combate à Covid-19. Para os seus nove mil funcionários, foi criado um comitê de saúde e crise, com licenças para os grupos de risco, além de serviços de telemedicina e testes de detecção do vírus. Para os brasileiros, foram doados mais de R$ 2 milhões a organizações de voluntários no estado de Goiás e equipamentos para a cidade de Anápolis (GO) – região sede da companhia – sendo 20 ventiladores pulmonares, mil testes de PCR e 23 leitos de UTI. De acordo com o CEO, Breno Oliveira, o montante total destinado aos esforços de combate à pandemia foi de aproximadamente R$ 30 milhões.

Na última sexta-feira (9), a Hypera anunciou um guidance de R$ 5,9 bilhões para receita líquida e R$ 1,5 bilhão para lucro líquido de 2021, apoiado na estratégia de seguir com o jogo de inovação de produtos, procurando se manter como a principal indústria do mercado farmacêutico.

Segundo a diretora-executiva de projetos estratégicos, Vivian Angiolucci, existem três grandes frentes que a Hypera está focada para o futuro. A primeira é a HyperaHub 2, segunda versão do programa de conexão com startups que busca oferecer consultoria na gestão da empresa, o segundo esforço é o Parceiro Hypera, um sistema que irá customizar a oferta e fomentar o desenvolvimento do pequeno varejo, e o terceiro braço, é o Hypera Ventures, fundo que investe em startups que ‘complementem nossa atuação com modelos que possam disruptar o mercado de saúde’, afirma Vivian.

A segunda onda do coronavírus deixa o ambiente incerto, como em um jogo de futebol que não se sabe o vencedor, mas a Hypera está vestindo a camiseta do time e procurando saídas para driblar as adversidades e passar por cima dos adversários. O público (mercado) aguarda, na expectativa de que as estratégias da companhia levem a gols.

Fonte: Forbes Brasil

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/16/farmacias-sao-joao-alcancam-a-marca-de-800-lojas/

‘Eu quero que seja parte do meu legado’, diz Miranda Kerr sobre sua marca de clean beauty KORA Organics

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Após um dos anos mais difíceis de que se tem lembrança, é justo presumir que uma mãe de três crianças, empreendedora e imigrante pode não estar em sua melhor fase.

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No entanto, quando a mulher de negócios multitarefas Miranda Kerr entra na chamada – via Zoom – ela está positivamente radiante. Com motivo.

Sob o cenário de uma pandemia global, a supermodelo de 38 anos, viu a Kora Organics, sua empresa certificada de cosméticos orgânicos, prosperar.

‘Sinto muito orgulho de onde estamos’, conta Miranda enquanto bebe seu suco de aipo. ‘Que fomos capazes realmente de abrir o caminho para tantas pessoas interessadas em clean beauty (beleza limpa).’

Desde seu pequeno lançamento em 2009, todos os produtos da Kora Organic tem sido não apenas ‘limpos’, mas certificados como orgânicos – uma raridade na indústria da beleza na época e hoje em dia.

‘Certificação de orgânico não foi apenas porque eu queria usar produtos saudáveis, eu queria usar produtos realmente poderosos, com altamente eficazes e saudáveis.’

Inicialmente, Miranda teve que perguntar a um químico se criar tal linha seria mesmo possível, uma vez que ela nunca encontrara produtos orgânicos certificados como consumidora.

‘Eu trabalhei com químicos orgânicos por três anos no desenvolvimento da KORA, e então a lançamos no fim de 2009 na Austrália. Na época, eu trabalhava em horários malucos e viajava pelo mundo – era como um hobby.’

Como um dos rostos mais conhecidos no mundo, ela não estava apenas no auge de sua carreira, mas tinha acabado de sair na lista das modelos mais bem pagas da Forbes pela primeira vez.

Apesar de ter apenas 26 anos, ela já tinha passado 13 anos construindo seu nome como modelo, tentando diferentes hidratantes, cremes e produtos de beleza que profissionais de maquiagem recomendaram – todos os quais ela sentia que pareciam bons mas não faziam muito bem.

‘Quero dizer, eu fui meio que preparada para estar nessa categoria sem ao menos perceber’, ela diz. ‘Eu sabia o que parecia certo, o que penetrava para dentro da pele ou apenas ficava na superfície e tem sido um processo incrível trabalhar com nosso químicos para levar nossos produtos até onde estão.’

Reprodução/Forbes

Miranda Kerr desfilando no Victoria’s Secret fashion show de 2009, mesmo ano em que lançou a Kora Organics

Nos primeiros anos, a carreira de modelo de Miranda Kerr não mostrou algum sinal de desacelerar: ela foi escolhida para apresentar o sutiã de US$ 2,5 milhões no Victoria’s Secret Fantasy Treasure, se tornou a primeira modelo grávida na ‘Vogue’, desfilou para Dior, Lanvin, Chanel e até substituiu Kate Moss como o rosto de Mango.

Mas nunca foi seu plano de longa duração. ‘Minha mãe me dizia, ‘Olhe, ser modelo pode acabar amanhã, então guarde dinheiro e poderá investir em seu negócio algum dia.”

À medida que a marca crescia cada vez mais na Austrália, Miranda investiu cada centavo de lucro no crescimento e expansão da empresa. Tudo autofinanciado, exceto uma pequena participação de um investidor privado. Hoje, ela ainda é dona de 95% da companhia.

‘Mantive dessa forma porque eu realmente quis garantir a integridade da marca. Eu queria ser capaz de dar vida às minhas visões sem outras pessoas tentando diluí-las. Essa é minha visão, minha paixão e eu fui muito específica sobre o que queria desde o primeiro dia.’

Constantemente, mas nunca lentamente, as pessoas começaram a notar a KORA e surgiram ofertas de investimento e compra. Mas ela sempre as recusou.

‘Em meu mundo ideal, serei capaz de passar essa empresa para meus filhos, como Estee Lauder passou sua empresa para seus filhos, e você precisa dessa integridade para a longevidade,’ ela arruma uma mecha de cabelo e fixa o olhar. ‘Não estou aqui para criar um produto qualquer, vendê-lo e fazer muito dinheiro. Eu quero realmente que esses produtos ajudem a transformar a pele das pessoas no mundo inteiro, e eu quero que seja parte de meu legado.’

É claro que a dominação global demanda expansão mundial e Miranda – que recentemente começou a namorar o CEO da Snap Inc., Evan Spiegel – passou grande parte de 2015 e 2016 ponderando a ideia de mudar-se, e levar sua empresa para os Estados Unidos.

‘Foi um ato de fé aumentar o investimento na empresa, porque tive que investir meu próprio dinheiro’, admite. ‘Realmente, foi assustador dar esse grande passo.’

Em uma reviravolta feliz nos acontecimentos, contudo, a Sephora aproximou-se de Miranda em 2017, perguntando se ela estaria interessada em um lançamento exclusivo nos Estados Unidos com o apoio deles.

‘Quando disse isso a Evan – que apostaria todas as minhas fichas nisso, e que é um pouco assustador, é um grande investimento, é muito pesado – ele disse, ‘Bem, eu apenas não entendo porque ainda não o fez, por que demorou tanto tempo?”

‘Ele tinha uma fé completa em mim e nos produtos. Ele dizia ‘eu não sei porque você passa todo seu tempo construindo as marcas dos outros quando deveria passar esse tempo e energia se focando em suas marcas – o que você está fazendo?,” ela ri, adotando um tom falso de raiva. ‘Bom, outras pessoas me pagam e isso me custa dinheiro.’

Ainda assim, ver o potencial da empresa pelos olhos de Spiegel deu o empurrão que ela precisava. Pouco tempo depois, começou a negociar com Sephora e procurar um general manager nos EUA.

‘Uma coisa que meu [agora] marido me ensinou foi a não temer procurar alguém para pedir um conselho. Ou se eu não souber fazer algo, não ter medo de dizer. Isso foi muito valioso porque eu conhecia tantas pessoas na indústria há tanto tempo e eu poderia ter ido a eles e falado ‘Ei, o que você acha disso?’ mas sendo australiana, eu acho, eu não queria impor.’

‘Meu marido dizia ‘Vá em frente! As pessoas amam quando você pede um conselho!’ Essa é uma das chaves para crescer e aprender.’

‘Às vezes, eu entro em contato com as pessoas pelo LinkedIn, e elas nem me conhecem. É tipo ‘Ei, é a Miranda, quer ter uma conversa?”, ela ri, zombando de si mesma com um sotaque australiano mais forte. ‘Então fui ao outro extremo agora.’

Embora Spiegel não tenha ligação com a empresa, Miranda é grata que ele não apenas ama trocar ideias com ela, mas usa seus produtos todos os dias. ‘Ele é um ótimo conselheiro para mim, porque ele construiu sua empresa do zero, aprendeu muito. Ele é simplesmente o homem mais inteligente que conheço.’

Um sucesso por conta própria: a expansão do Snapchat (disponível para mais de duas milhões de pessoas em suas línguas nativas desde o segundo trimestre de 2020) levou ao crescimento em mercados emergentes, como a Índia, e gerou lucro de US$ 2,5 bilhões – um aumento de 62% ao ano.

Comparativamente, Miranda revela que a KORA Organics também cresceu 75% ao ano na América do Norte, quase dobrando, e agora tem 30 funcionários nos Estados Unidos, outros 30 na Austrália e se expandiu para 30 países incluindo o Reino Unido, Alemanha, Espanha, Itália, Singapura e Hong Kong.

Em grande parte, graças à tendência de interesse em consumo de ‘beleza limpa’- pela qual Kerr é grata e preocupada. Ela para um momento para trocar seu suco de aipo por café.

‘Acho que tem muito barulho lá fora, motivo pelo qual eu permaneço sendo certificada por um órgão externo, como o Eco-Cert COSMOS (certificadora de produtos orgânicos) – eles têm regras estritas e regulamentos. É isso que destaca a marca.’

Mesmo que muitas marcas de beleza ‘limpas’ e ‘naturais’ forneçam o mínimo para se alinharem à tendência, a KORA ainda é a única com certificação orgânica que a Sephora – e muitos de seus concorrentes – oferece. ‘É um grande trabalho para nós, mas garante às pessoas que somos puros, e completamente transparente em nossos rótulos.’

Transparente, também, é o amor de Miranda por tudo que é espiritual. Enquanto continuamos a falar sobre as propriedades mágicas de seus ingredientes orgânicos favoritos, ela pega um quartzo claro, um citrino, uma ametista e um quartzo rosa e mostra na câmera. Eles brilham, em conjunto.

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‘Os cristais têm sido uma ferramenta que eu realmente me apoio para ajudar a me manter centrada no coração. Eles me nutrem muito’, ela diz, acariciando o quartzo rosa. ‘Quando comecei a KORA, me perguntava como conseguiria incorporar a mágica que sinto dos cristais à linha.’

Um pedido improvável, claro, mas não impossível. O químico com o qual Miranda trabalhou, inicialmente, aperfeiçoou o processo em que utilizaria cristais quartzo rosa, energizados ao sol, para energizar cada ingrediente orgânico durante o processo de fabricação. E cada produto tem sido feito dessa forma desde então.

‘Em primeiro lugar, é um cuidado saudável e poderoso para a pele, certo? Em segundo lugar, eu queria que as pessoas se sentissem nutridas’, diz. ‘Eu uso óleos essenciais em vez de fragrâncias sintéticas, porque eles também têm sido uma ferramenta poderosa para mim. Por exemplo, nosso limpador Milky Mushroom tem rosa, gerânio e manjericão – óleos específicos que são realmente ótimos para acalmar e relaxar os sentidos. Quando você está usando o limpador, ele acalma sua pele e seu espírito ao mesmo tempo.’

Reprodução/Forbes

O novo hidratante de cúrcuma da Kora Organics pode ser recarregado de forma sustentável (Kora Organics)

A KORA Organics lançou na última segunda-feira (12) um de seus produtos com mais nutrientes até agora – o Turmeric Glow Moisturizer – hidratante de cúrcuma -, um produto restaurador e ultra-hidratante com lipossoma personalizada criado para direcionar a aparência de hiperpigmentação, pontos escuros, opacidade, linhas finas e rugas (com ingredientes certificadamente poderosos, naturalmente).

Pela primeira vez, a marca também abriga o produto em um pote recarregável que desliza para dentro e para fora de um belo vidro com facilidade sustentável.

O produto levou mais de dois anos para ser formulado, para a surpresa da própria Miranda, apesar de ser grosso e luxuoso em textura, também fora quimicamente aprovado para todos os tipos de pele.

‘Eu dei um a Katy Perry, que já falou abertamente sobre seus problemas com acne, e ela jogou todos seus outros hidratantes fora e agora só usa esse!’, diz com orgulho. ‘Ela está obcecada. Ela normalmente desiste de hidratantes, mas não fez isso com esse, e eu o amo tanto, mas tenho a pele mais seca. Mas ele funciona para todos os tipos de pele.’

Para marcar seu lançamento, a empreendedora decidiu gastar dinheiro em marketing digital e em mídias sociais pela primeira vez na história da KORA.

‘Vamos ver como isso vai, sabe? Todo dinheiro que a KORA ganha, eu coloco de volta na empresa – eu ainda não recebi um centavo desde o primeiro dia – e ele financia investimentos de crescimento, novos produtos, expansão da equipe. É como um bebê, você precisa dar tudo de si para ele prosperar.’

Pelos próximos cinco anos, Miranda vai focar em solidificar a posição da KORA como líder nesse setor? e um pouco mais. ‘Eu, realmente, sinto que a KORA tem potencial de se tornar a Estee Lauder dos orgânicos. Vejo isso claramente.’

Fonte: Forbes Brasil

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/16/farmacias-sao-joao-alcancam-a-marca-de-800-lojas/