Projeto permite que indústria veterinária produza vacinas contra covid-19

A produção de vacinas contra a covid-19 poderá receber o apoio de estruturas industriais destinadas à fabricação de produtos de uso veterinário. É o que determina o Projeto de Lei (PL) 1.343/2021, de autoria do senador Wellington Fagundes (PL-MT), apresentado ao Senado nesta segunda-feira (12).

O projeto autoriza, temporariamente, fábricas de produtos de uso veterinário a produzirem as vacinas, desde que cumpram todas as normas sanitárias e exigências de biossegurança próprias dos estabelecimentos destinados à produção de imunizantes humanos. O senador defendeu a proposta em publicação em redes sociais. ‘Estou convencido que a única alternativa para imunizar a população de nosso país é a produção de vacinas, com transferência tecnológica urgente’, disse.

Indústrias

Wellington Fagundes, o assunto tem sido discutido desde março pela Comissão Temporária da Covid-19, na qual atua como relator. Isso porque, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), a indústria de saúde animal brasileira dispõe de três plantas de nível NB3+ de biossegurança, ou seja, têm capacidade já instalada para produzir vacinas.

Em sua justificativa, o senador afirma que o projeto tem objetivo de facilitar e estimular a utilização dessas plantas industriais, ‘ampliando, assim, a oferta de doses de vacina e acelerando a imunização da população brasileira, para evitar mais mortes e permitir o retorno do país à normalidade, o mais rápido possível’.

O texto estabelece que todas as fases relacionadas à produção e ao armazenamento das vacinas deverão ocorrer em dependências fisicamente separadas das que, numa mesma estrutura industrial, sejam usadas para a fabricação de produtos de uso veterinário. O controle será feito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nos termos da Lei nº 9.782, 1999.

Comitiva

Nesta segunda-feira, a Comissão Temporária da Covid-19 acatou a sugestão de Wellington Fagundes de visitar três fábricas de imunizantes veterinários com potencial e nível de biossegurança recomendável para a produção das vacinas. A visita ainda sem data marcada, tem objetivo de conhecer instalações e identificar possíveis adaptações e investimentos para que os três parques fabris sejam aproveitados para a produção de vacinas.

Além dos membros da comissão, também serão convidados a compor a comitiva representantes do Ministério da Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Instituto Butantan.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Tratamento para a Covid com sangue de ex-infectados reduz tempo de internação

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Uma pesquisa feita com pacientes de Covid-19 que receberam plasma de ex-infectados pelo novo coronavírus mostram que, se aplicada no tempo correto, essa forma de tratamento complementar pode diminuir o tempo de internação. Segundo dados do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), quem recebeu o plasma em até 5 dias do aparecimento dos sintomas ficou internado por um tempo 30% menor do que os que não receberam esses anticorpos.

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Esses são resultados preliminares de um estudo que envolve o Hemepar e hospitais do Paraná. Desde julho do ano passado, o centro tem feito a coleta do sangue de pessoas recuperadas da Covid-19 e repassado o plasma para hospitais de Curitiba, Umuarama, Foz do Iguaçu e União da Vitória, que testam a terapia em pacientes voluntários.

O chamado plasma hiperimune é obtido a partir de uma espécie de filtragem do sangue dos ex-infectados. É nesta parte líquida do sangue que ficam os anticorpos, que ajudam o sistema imunológico do receptor a combater a infeção pelo novo coronavírus.

De acordo com Cláudia Lorenzato, hematologista do Hemepar, o uso do plasma no tratamento contra a Covid é sugerido para os casos em que há sintomas da doença. A pesquisa sugere que a aplicação, feita de forma similar à uma transfusão de sangue, traz mais resultados em pacientes com casos menos graves.

‘A ideia do plasma hiperimune é com ele diminuir a replicação viral. Quando o paciente recebe esse anticorpo já pronto, criado pelo sistema imunológico de outro paciente, o receptor consegue diminuir essa replicação viral e com isso consegue diminuir a parte inflamatória e todas as complicações. Depois que o paciente está na UTI, intubado, em ventilação mecânica, o tratamento com esse plasma não faz tanto efeito. Isso porque o processo inflamatório já é muito avançado, muito grande’, explicou a especialista.

A pesquisa compilou dados de pacientes que receberam o plasma até fevereiro de 2021. Dos 500 pacientes estudados, 315 levaram pouco mais de uma semana para receberem alta hospitalar. ‘Nossos dados mostram que 63% dos pacientes que receberam esses anticorpos ficaram internados por até 10 dias depois do diagnóstico. Os pacientes estavam ficando de 2 a 3 semanas internados, então é uma queda considerável, é um bom resultado’, comemorou Lorenzato.

Agora, ela explicou, já são mais de 1,2 mil pacientes estudados. Os dados, porém, precisarão ser revisados porque a partir de março passou a prevalecer no Paraná a variante P.1, mais agressiva. ‘Além de atacar pessoas mais jovens sem tantas comorbidades, [a nova variante do coronavírus] está sendo muito mais agressiva e deixando as pessoas muito mais tempo internadas. A Covid mudou, estamos falando de pessoas que estão ficando internadas por 2 meses, é muito diferente’, ponderou.

Tratamento não é novidade

A utilização de anticorpos produzidos por ex-infectados não é uma novidade na Medicina, como explicou a coordenadora de Educação Permanente em Saúde do Hospital do Rocio de Campo Largo, Tânia Portella Costa. ‘Essa forma de utilização do plasma existe há muito tempo já. Na época da gripe H1N1 já foi utilizado esse tipo de tratamento. Agora com a Covid-19 a Anvisa já fez essa autorização a partir de março de 2020, que já haveria possibilidade de usar o plasma para tratamento‘, apontou.

O hospital onde ela participa da pesquisa sobre o uso de plasma hiperimune é um dos maiores do Paraná onde esta técnica vem sendo aplicada. Por lá o mês de janeiro também foi um divisor de águas no trabalho de pesquisa, dividido entre antes e depois da maior incidência das novas variantes, mais agressivas, do coronavírus.

‘Hoje focamos muito nesse tipo de avaliação, em que momento é mais eficaz. Isso é importante em qualquer tratamento, saber qual o momento mais efetivo para inserí-lo. Nosso objetivo é poder auxiliar no protocolo da Covid. Com os nossos resultados, o que queremos mostrar é quando teremos uma eficácia melhor dentro desse tipo de tratamento com o plasma. E o que conseguimos observar até agora é que a utilização do plasma pode ter uma eficácia melhor em pacientes classificados como leves e moderados’, indicou.

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/13/farma-ventures-redesenha-varejo-farmaceutico-com-fabrica-de-startups/

Quem pode doar?

A doação de plasma hiperimune segue regras parecidas com as da doação de sangue convencional. Algumas regras mudam, como alerta a hematologista do Hemepar. Uma delas é que as mulheres que já tiveram uma gestação, até mesmo as que sofreram aborto, não podem fazer a doação do plasma. ‘Existe uma proteína que fica no plasma após a gravidez e que pode gerar uma reação transfusional em quem for receber a aplicação’, explicou Cláudia Lorenzato. Pacientes que ficaram intubados também não podem ser doadores.

Além desses critérios é preciso que os doadores tenham entre 18 e 59 anos e tenham tido Covid-19 diagnosticada entre 30 e 45 dias antes da doação e comprovada por meio de resultado impresso. ‘Esse é o período ideal, quando a contagem de anticorpos está bem alta no organismo. Mesmo assim, a doação pode ser feita em até 180 dias do diagnóstico’, comentou Lorenzato. O cadastro para doação pode ser feito pela internet ou pelo telefone (41) 3281-4074.

Fonte: Gazeta do Povo

Em meio a alta de casos de Covid-19, Índia autoriza vacina Sputnik V

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O Fundo Russo de Investimento Direto afirmou nesta segunda-feira (12) que o órgão regulador da Índia aprovou o uso da vacina russa contra Covid-19 Sputnik V no país.

De acordo com os responsáveis pela Sputnik V, a Índia se tornou o 60º país a registrar a vacina após resultados positivos de estudo clínico de fase 3 no país.

A Índia superou o Brasil e se tornou a nação com o segundo número mais alto de infecções do mundo, só ficando atrás dos Estados Unidos, agora que enfrenta uma segunda onda gigantesca, tendo dado cerca de 105 milhões de doses de vacina para uma população de 1,4 bilhão de habitantes.

Apesar de ter contratos já assinados no país, a Sputnik V ainda não foi aprovada pela Anvisa para uso emergencial no Brasil. A vacina foi desenvolvida pelo Instituto Gamaleya e se tornou a primeira a ser autorizada para uso emergencial no mundo, em agosto de 2020, antes mesmo do fim dos testes clínicos.

No Brasil, o Maranhão acionou o Supremo Tribunal Federal para autorizar importação e uso emergencial da vacina. O pedido ocorre porque a Anvisa informou a 9 estados interessados na vacina que os dados enviados pelos desenvolvedores estão incompletos: a principal ausência é da íntegra do relatório da agência de saúde russa que liberou o uso da vacina.

Tecnologia e eficácia

A vacina Sputnik V teve eficácia de 91,6% contra a doença, segundo resultados preliminares publicados na revista científica “The Lancet”. A eficácia contra casos moderados e graves da doença foi de 100%.

A Sputnik V usa a tecnologia de vetor viral. Nesse tipo de vacina, um outro vírus (nesse caso, o adenovírus) “leva” o material genético do coronavírus, o RNA, para dentro do nosso corpo. Mas esse adenovírus é modificado para não conseguir se replicar (reproduzir). Por isso, ele não causa doença.

No caso da Sputnik, o adenovírus que leva o coronavírus para dentro do corpo é diferente em cada dose: na primeira, é o Ad26 (mesmo da vacina da Johnson). Na segunda, é o Ad5, mais comum. Ambos são adenovírus humanos.

Os cientistas russos explicam que usar adenovírus diferentes pode ajudar a criar uma resposta imunológica mais poderosa – em comparação ao uso do mesmo vetor duas vezes -, pois diminui o risco de o sistema imunológico desenvolver resistência ao vetor inicial.

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/13/anvisa-adia-inicio-de-inspecao-da-sputnik-v-na-russia-para-19-de-abril/

Farmacêutica americana Regeneron anuncia sucesso em teste de medicamento contra Covid

A empresa farmacêutica americana Regeneron anunciou, nesta segunda (12), que o medicamento que desenvolveu contra a Covid obteve sucesso para prevenir casos sintomáticos da doença, em testes realizados nos Estados Unidos.

Veja também: Blau farmacêutica avalia mais uma redução no preço de ações de IPO

O REGEN-COV é um coquetel de anticorpos contra a Covid fabricados em laboratório. A fabricante quer autorização para usar o medicamento, especialmente em pessoas que não podem se vacinar por algum motivo, ou que podem não responder bem à vacina, como os imunodeprimidos.

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A empresa Regeneron fez um ensaio clínico de fase três com 1.500 pessoas saudáveis que viviam na mesma casa de alguém infectado com o coronavírus e comparou a quantidade de contaminações entre os que tomaram uma injeção do remédio como forma de prevenção e o grupo que recebeu uma substância inativa – chamada placebo. O remédio reduziu em 81% o risco de infecção sintomática.

O resultado é preliminar e ainda não foi revisado por cientistas independentes. Nos Estados Unidos, o medicamento tem autorização para o uso emergencial em pacientes com Covid leve a moderada, com alto risco de evoluir para um caso grave. A empresa quer agora que a agência reguladora americana também permita o uso do coquetel de anticorpos como método de prevenção.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária no Brasil está analisando um pedido de uso emergencial desse medicamento para fins terapêuticos.

Fonte: G1

Prefeituras dizem que frascos da CoronaVac têm menos do que as 10 doses anunciadas

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Autoridades municipais de saúde em 12 estados dizem ter identificado menos doses do que a quantidade indicada nos frascos da CoronaVac.

Em Goiânia, a vacinação da primeira dose foi suspensa. O município diz ter recebido doses a menos. Cada frasco deve conter líquido suficiente para 10 aplicações, mas as equipes de vacinação afirmam que muitos renderam abaixo do esperado.

“Nós já identificamos 4.016 doses, em perdas por falta nos frascos. Está tudo documentado, justamente informado nos sistemas competentes e tudo mais”, diz Durval Pedroso, secretário de Saúde de Goiânia.

O mesmo aconteceu em Salvador. Segundo a Secretaria municipal de Saúde, a capital baiana recebeu 21 mil frascos com doses a menos do que o informado no rótulo. Em Curitiba, a diferença é de quase 7 mil doses. E segundo os cálculos da prefeitura, quase 5 mil pessoas deixaram de receber a primeira aplicação do imunizante.

Em todos os municípios, as equipes só descobrem o problema na hora de aplicar as vacinas. Elas contam as doses a partir do momento em que o frasco é aberto.

No começo de março, o Instituto Butantan, que produz a CoronaVac, reduziu a quantidade de imunizante no frasco: de 6,2 para 5,7 mililitros. O instituto diz que a redução não compromete o aproveitamento das doses.

“Hoje todas as vacinas, elas saem com um volume excedente, isso tem que ficar bem claro, de acordo com as novas legislações, e esse volume excedente é testado lote a lote”, destaca Arthur Nunes, gerente de qualidade do Instituto Butantan.

“Hoje todas as vacinas, elas saem com um volume excedente, isso tem que ficar bem claro, de acordo com as novas legislações, e esse volume excedente é testado lote a lote”, destaca Arthur Nunes, gerente de qualidade do Instituto Butantan.

Agora, o instituto vai revisar a bula e orientar os profissionais sobre o tipo de seringa que deve ser usado, para garantir o aproveitamento máximo das doses. A orientação do Ministério da Saúde, é que todos os municípios que identificarem o problema, registrem uma queixa técnica no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Anvisa disse que todas as hipóteses estão sendo avaliadas para identificar a origem do problema e que todos os relatos estão sendo investigados com prioridade pela fiscalização.

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/13/estudo-mostra-eficacia-maior-da-coronavac-inclusive-contra-variantes-do-coronavirus/

Estudo mostra eficácia maior da CoronaVac, inclusive contra variantes do coronavírus

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Pesquisadores do Instituto Butantan deram novos detalhes sobre o estudo que mostrou uma eficácia maior da vacina CoronaVac, inclusive contra variantes do coronavírus.

Veja também: Intervalo entre doses da CoronaVac em SP é de 14 a 28 dias, mas eficácia é maior acima de 21 dias

A resposta veio dos laboratórios. Dos mais de 12 mil voluntários que participaram do estudo, uma parte tomou as duas doses da CoronaVac ainda na fase de testes em 2020, antes que as variantes do coronavírus aparecessem. Foi o sangue dessas pessoas que foi analisado.

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As amostras de soro, que é onde ficam os anticorpos, foram congeladas a 80 graus negativos. Este soro foi então dividido para testar a reação com três tipos de vírus. Primeiro o coronavírus original, que surgiu em Wuhan, na China. Depois duas variantes: a P1, que foi detectada primeiro em Manaus e que hoje responde pela maioria dos casos no brasil, e a P2, detectada primeiro no Rio de Janeiro.

Os tubos ficaram em banho-maria durante uma hora, numa temperatura parecida com a do nosso corpo. Os anticorpos presentes no sangue, que têm mais ou menos a forma de um Y, tentam se ligar aos spikes, os espetos do coronavírus. O sucesso é quando eles conseguem lacrar o vírus, impedindo que ele se ligue às células.

Mas os cientistas não conseguem garantir o resultado, só olhando os tubos de ensaio. É preciso colocar o vírus e os anticorpos junto das células, no caso, placas com colônias de células de macacos. Então dá para ter certeza da resposta imune: os anticorpos neutralizaram o vírus e ele não vai contaminar nenhuma célula.

O pesquisador Maurício Nogueira, que participou dos estudos, explica que grande parte das 109 pessoas que passaram por esse teste específico para as variantes apresentou anticorpos.

‘Mais de 70% dessas pessoas desenvolveram anticorpos contra a cepa vacinal e mais: alguns, como para caso da variante P2, chegaram até 80%, mostrando então uma boa eficácia dessa vacina contra as variantes’, disse Mauricio Nogueira, virologista e professor da Famerp.

O estudo final também sugere que a CoronaVac tem eficácia global de 50,7%, um pouco acima do que já tinha sido anunciado, e que a eficácia pode subir para 62,3%, quando as duas doses são aplicadas em um intervalo entre 21 e 28 dias – antes o intervalo sugerido era de 14 a 28 dias. Com a revisão dos dados, a eficácia para casos moderados – aqueles que precisam de algum tipo de assistência médica – subiu de 78% para 83,7%.

O instituto ainda precisa apresentar outros dados que demonstrem principalmente a capacidade do organismo de produzir anticorpos depois da vacinação: é o chamado estudo de imunogenicidade.

‘Todos esses dados serão muito rapidamente fornecidos à Anvisa, no sentido de completar o dossiê da Anvisa para a solicitação de registro da vacina’, explicou o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.

O prazo para enviar os dados da imunogenicidade à Anvisa termina no próximo dia 30. Além disso, o Butantan afirmou que vai mandar o estudo final ainda esta semana para revisão de outros especialistas e publicação na revista científica ‘The Lancet’.

Os pesquisadores reforçam que a vacina é eficaz e segura e tem a função principal de evitar o desenvolvimento de um quadro grave da doença, hospitalização e morte.

‘Os dados mostram isso, que ainda pode pegar a doença, mas, em geral, muito menos grave. Mas não vale a pena correr o risco de se expor e ser a exceção da regra’, afirmou o virologista Maurício Lacerda.

Fonte: G1

Intervalo entre doses da CoronaVac em SP é de 14 a 28 dias, mas eficácia é maior acima de 21 dias

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A campanha de imunização contra a Covid-19 no estado de São Paulo prevê um intervalo de 14 a 28 dias entre as duas doses da vacina CoronaVac. No entanto, segundo estudo divulgado pelo Instituto Butantan no último domingo, a eficácia desta vacina pode aumentar de 50,7% para 62,3% quando o intervalo entre as doses é maior, de 21 a 28 dias.

Segundo o diretor do Butantan, Dimas Covas, o melhor esquema vacinal ocorre quando as doses são aplicadas com o intervalo máximo, de 28 dias entre elas. Ele explicou que, à medida que você espaça as doses, você ganha eficácia.

As diferentes datas causaram dúvidas na população que tomou a primeira dose e quer saber quando deve receber a segunda. Veja abaixo perguntas e respostas sobre a aplicação da CoronaVac em São Paulo:

Qual é o intervalo ideal entre as doses da CoronaVac?

O intervalo ideal é de 28 dias entre as doses, segundo o diretor do Butantan, Dimas Covas. O pesquisador disse que, ainda que o intervalo possa ser de 14 a 28 dias, ‘à medida que você espaça as doses, você ganha eficácia’. Um estudo do Butantan mostrou que a eficácia da vacina foi de 62,3% quando houve um intervalo de 21 a 28 dias, contra 50,7% em um intervalo de até 21 dias.

Qual é o intervalo entre doses utilizado no estado de SP? E na capital?

O governo do estado de São Paulo recomenda intervalo de 14 a 28 dias entre as duas doses. As cidades do estado podem adotar diferentes prazos, dentro deste intervalo, por meio de suas secretarias municipais. A prefeitura da capital, por exemplo, orienta um intervalo de 21 dias entre as doses da CoronaVac.

O que acontece se eu perder a data marcada para retorno no cartão de vacinação?

Não há problema em receber a segunda dose da CoronaVac em uma data diferente daquela determinada no cartão de vacinação, desde que dentro do intervalo de 14 a 28 dias da primeira dose. Os postos de saúde podem orientar a pessoa a voltar na data marcada, caso ela procure o serviço antes do dia determinado no cartão, mas não podem recusar a aplicação se ela procurar o posto após a data marcada no documento.

O que acontece se se eu perder a data marcada para retorno no cartão de vacinação e o intervalo entre as doses ficar acima de 28 dias?

O governo de SP afirma que, se o prazo de 28 dias for ultrapassado, é fundamental que o cidadão procure um posto assim que possível para receber orientações e completar o esquema vacinal. Não há previsão de aplicação de uma terceira dose da vacina caso a pessoa tenha perdido o prazo.

Posso tomar a CoronaVac após receber a vacina contra a gripe?

O intervalo entre a vacina da Covid-19 e a vacina da gripe deve ser de, no mínimo, 14 dias. Portanto, se a pessoa tomar a vacina da gripe no dia 1º, deve esperar até o dia 15 para receber a vacina da gripe, ou vice-versa.

Posso tomar as duas doses da vacina da Covid-19 em postos diferentes?

A recomendação oficial é a de que o cidadão procure preferencialmente o posto onde recebeu a 1ª dose da vacina para receber a 2ª dose. Apesar disso, a pessoa pode se vacinar em outro local, se não puder comparecer no posto onde começou a imunização.

Estudo com maior intervalo

Um estudo clínico sobre a CoronaVac divulgado neste domingo (11) mostrou que a eficácia da vacina é maior do que nos resultados iniciais divulgados entre dezembro e janeiro. O estudo foi feito pelo Instituto Butantan, que produz a vacina em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

Segundo artigo científico encaminhado para revisão e publicação na revista científica “Lancet”, uma das mais respeitadas do mundo, a eficácia para casos sintomáticos de Covid-19 atingiu 50,7%, ante os 50,38% informados inicialmente. Ou seja, a vacina reduz pela metade os novos registros de contaminação em uma população vacinada.

Ainda de acordo com o estudo, a eficácia da CoronaVac pode chegar a 62,3% com um intervalo de mais de 21 dias entre as duas doses da vacina. O estudo diz, no entanto, que a eficácia mínima da vacina já aparece na segunda semana depois da primeira dose.

O índice de eficácia global aponta a capacidade do imunizante de proteger em todos os casos – sejam eles leves, moderados ou graves. O número mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e também pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é de 50%.

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/13/estudo-mostra-eficacia-maior-da-coronavac-inclusive-contra-variantes-do-coronavirus/

Em meio à pandemia, faltam remédios também para outras doenças

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A pandemia potencializou um problema antigo no país. Faltam remédios para várias doenças, seja por problemas que envolvem o Ministério da Saúde ou diretamente os laboratórios.

A socióloga Márcia de Souza Medeiros, 60, de Porto Alegre, tem artrite reumatoide e conseguiu pelo convênio médico o tratamento com actemra (tocilizumabe).

Dias atrás, Medeiros foi comunicada de que será necessário trocar a medicação. Mesmo sem comprovação científica, o actemra está sendo utilizado em pacientes com complicações respiratórias graves em decorrência da Covid-19.

“É uma suspensão sem prazo. O que a médica falou é que irei substituir um medicamento que estava dando certo por outro, com resultados imprevisíveis”, afirma Medeiros.

Em nota, a Roche Farma Brasil, fabricante do actemra, disse que em 23 de dezembro de 2020 comunicou proativamente, à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sobre esse aumento de demanda e a consequente possível falta das apresentações de 80 mg IV e 200 mg IV do produto no mercado brasileiro.

Em 31 de março de 2021, a empresa efetuou uma nova notificação à agência, alertando também sobre a escassez da apresentação subcutânea. É importante ressaltar que o medicamento é comercializado apenas para instituições qualificadas como pessoas jurídicas, habilitadas e responsáveis pela distribuição aos pacientes, mas não é possível rastrear para qual tratamento específico o produto é direcionado.

A Roche afirmou que “trabalha com alta prioridade e urgência junto à sua equipe global para aumentar a capacidade de produção e mitigar o desabastecimento de actemra”.

Etanercepte, para prevenir o agravamento de doenças reumáticas, como artrite, psoríase e artrite psoriática, é outro remédio que está em falta.

Uma paciente que preferiu não se identificar utiliza o etanercepte para tratar psoríase e artrite psoriática.

No dia 25 de março, esteve na farmácia de alto custo Várzea do Carmo, no Cambuci, região central da cidade, e foi informada de que o Ministério da Saúde não distribuiu mais o medicamento e nem deu explicações. Uma caixa de etanercepte custa ao consumidor final R$ 9.000, em média.

Em nota, o ministério afirmou que entregou à Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo 85.564 unidades de etanercepte 50 mg, suficientes para a demanda do primeiro semestre de 2021.

Pacientes com mieloma múltiplo e indicativo de transplante de medula óssea sofrem os impactos da falta do quimioterápico melfalano (alkeran).

“Essa medicação entra numa fase do transplante de medula óssea chamada condicionamento, em que a gente prepara a medula para receber a célula do transplante. Em algumas doenças, como o mieloma múltiplo, o condicionamento só é feito com melfalano. Não existe nada que substitua, no mundo inteiro”, explica Fernando Barroso, diretor da Sociedade Brasileira de Terapia Celular e Transplante de Medula Óssea.

De acordo com Barroso, há filas grandes de pacientes com mieloma em todo o Brasil. No Hospital Universitário Walter Cantídio, ligado à Universidade Federal do Ceará, há em torno de 45 pacientes aguardando transplante.

“Essa medicação funciona como consolidação do tratamento. Na falta, a recomendação seria retardar o transplante, mas não tem como fazer. Não tem mágica”, afirma.

O mieloma múltiplo é um tipo de câncer no sangue, que tem início na medula óssea, sendo mais frequente em pessoas com 50 anos ou mais. A doença não tem cura. Este é um dos tipos de câncer com maior taxa de letalidade.

O transplante de medula óssea é a melhor alternativa para garantir uma melhora da condição dos pacientes.

Em 2020, foram realizados 1.927 transplantes de medula óssea autólogos, dos quais 70% para mieloma múltiplo, o que equivale a um total de 1.349 casos.

Neste tipo de transplante, as células-tronco do paciente são removidas antes da administração da quimioterapia ou radioterapia de alta dose e armazenadas. Após o procedimento, as células colhidas são infundidas no paciente.

Com base nos indicadores do último ano, a estimativa da demanda por melfalano seria de 5.396 frascos do medicamento. Em média, são utilizadas quatro unidades por pessoa.

A Aspen Pharma, responsável pela distribuição do fármaco, disse que as restrições no abastecimento, ocorridas em fevereiro e março deste ano, ocorreram devido à transferência do produto para um novo local de fabricação, e que o processo de transferência e desabastecimento temporário foi comunicado às autoridades sanitárias com um ano de antecedência.

Segundo a companhia farmacêutica, a distribuição do medicamento foi reiniciada nesta terça-feira (6).

Fonte: Diário de Cuiabá

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/15/na-pandemia-busca-por-remedios-abortivos-aumentou/

Menos de 3% da população recebeu 2ª dose contra Covid-19 em MT

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Há aproximadamente três meses, Mato Grosso deu início a campanha de vacinação contra a Covid-19. Desde então, o Estado recebeu do Ministério da Saúde (MS) 618.760 doses dos imunizantes Coronavac e Astrazaneca. Do total, 344.282 (55,54%) doses foram aplicadas, sendo 260.427 (7,44%) referentes a primeira e, 83.855 (2,39%) da segunda dose, considerada necessária para gerar a proteção contra o coronavírus.

Com 3,5 milhões de habitantes, o Estado está longe de alcançar os 70% de imunização estimados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para atingir a imunidade de rebanho, consequentemente, redução na transmissão do coronavírus. ‘É preciso acelerar a vacinação mesmo com as poucas vacinas que temos a nossa disposição. A cobertura vacinal alcançada entre trabalhadores da saúde para segunda dose, que é o que dá a imunidade é de 50% ainda. A cobertura dos idosos acima de 80 anos é de pouco mais de 30%’, disse o deputado estadual e médico sanitarista Lúdio Cabral, em entrevista transmitida por suas redes sociais.

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De acordo com ele, mesmos os grupos que já têm antígenos disponíveis não estão sendo imunizados em um ritmo ideal. ‘Tem que acelerar a vacina para que mais rapidamente se consiga reduzir a taxa de transmissão (do vírus)’, reforçou. Até o momento, estão sendo contemplados os trabalhadores da área da saúde, idosos acima dos 65 anos, indígenas e profissionais da área de segurança pública, que fazem parte do grupo prioritário.

Esta população alvo faz parte da primeira etapa de priorização de vacinação contra a doença prevista no Plano Nacional de Imunização (PNI), que prevê atender 841.364 pessoas no Estado, incluindo, trabalhadores da educação, caminhoneiros, pessoas com comorbidade, entre outros. Somente para abranger esse público alvo, são necessárias 1.682.728 doses.

Cabral reforça a necessidade de um plano conjunto entre governo do Estado e prefeituras, especialmente, entre Cuiabá e Várzea Grande, a longo prazo. ‘Para quando for necessário medidas restritivas de circulação, quarentena rigorosa, as medidas econômicas e de comunicação venham associadas e se tenha uma adesão de todos a essas medidas porque senão elas não terão a eficácia esperada’, destacou.

Nesse sentido, o médico sanitarista reforçou que o Estado junto com o Consórcio Nordeste acerta ao buscar a negociação com a Rússia para aquisição de 37 milhões de doses da vacina Sputnik V, sendo 1,2 milhão para Mato Grosso. ‘Um milhão e duzentas mil doses permitem imunizar 600 mil pessoas. Só que este processo está travado lá na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e precisa tirar esses nós para que estejam disponíveis logo’, comentou.

Atualmente, estão disponíveis a Coronavac e a Astrazeneca. ‘O ideal é alcançar 70% de cobertura vacinal na população adulta para conseguir conter a transmissão no nosso território. Em Mato Grosso, só temos 2% de cobertura vacinal com as duas doses necessárias para se ter a imunização. Estamos longe de ter uma cobertura adequada e já são três meses de vacinação‘, reforçou.

Outro ponto importante é descentralizar os pontos de imunização nos municípios. ‘Precisamos de mais vacina e, com as que temos hoje, precisamos melhorar a logística, descentralizar para as unidades básicas de saúde, que têm enfermeiros e técnicos de enfermagem qualificados para acelerar a aplicação’, completa.

EDUCAÇÃO – O governador Mauro Mendes iniciou articulação para garantir a imunização contra a Covid-19 dos profissionais da educação. A proposta é de que seja destinado o percentual de 10% das doses que chegarem a Mato Grosso aos profissionais das redes de ensino estadual e municipal, além da rede particular.

‘Estamos buscando a aprovação junto aos Ministérios Públicos Federal e Estadual e também do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Mato Grosso (Cosems/MT), para que os profissionais da Educação sejam incluídos no grupo prioritário de vacinação contra a Covid-19 em todo o Estado’, explicou o governador.

Fonte: Diário de Cuiabá

Blogueira é presa por suspeita de vender cosméticos falsificados para todo país

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Quatro pessoas de uma família foram presas em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por suspeita de falsificar cosméticos e vender os produtos adulterados para todo o Brasil. Segundo a Polícia Civil, a principal suspeita, uma blogueira com milhares de seguidores nas redes sociais, passava-se por estudante de biomedicina e dizia ter criado métodos exclusivos, principalmente para tratamento de melasmas.

Só em um dos perfis, Rafaela Braga é seguida por cerca de 70 mil pessoas. De acordo com a delegada Andrea Pochmann, a jovem, o pai, a mãe e o marido foram detidos em flagrante na semana passada durante cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos suspeitos.

‘É uma menina, de 21 anos, muito bonita e chamava a atenção pela questão luxuosa, pela ostentação. Ela viaja, tirava fotos, já estava com um carro de luxo e já estava residindo em uma casa também luxuosa em um condomínio de Contagem de alto padrão’, afirmou a delegada.

O esquema passou a ser investigado há cerca de 1 mês e, de acordo com a polícia, além de consumidores, empresas estão entre as vítimas. O nome dos presos não foi divulgado pela polícia.

Segundo a polícia, a jovem era dona de uma clínica de estética na cidade da Região Metropolitana. As investigações apontam que os produtos falsificados eram vendidos no estabelecimento, pela internet e também durante cursos que a suspeita ministrava de forma presencial e online.

Pelas aulas, a jovem chegava a cobrar até de R$ 5 mil. Já os kits de produtos eram vendidos por cerca de R$ 1,5 mil.

Falsificação

De acordo com a delegada, a blogueira, que atuava no ramo de estética desde os 15 anos, e os familiares agiam de várias formas na falsificação dos produtos. Em um dos endereços em que polícia esteve na semana passada, foi encontrado um laboratório clandestino.

Segundo Andrea, a jovem chegou a ter uma linha de cosméticos licenciada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas até mesmo esses produtos seriam alvo de adulteração.

‘Ela tinha diversos métodos de falsificação. Ela adulterava, em si, o produto, colocando no produto original o rótulo dela e colocando outro cosmético lá dentro. Como ela também pegava o produto original de uma outra empresa e colocava somente o rótulo dela’, disse a delegada.

Segundo Andrea, há inclusive produtos adicionados aos cosméticos originais que ainda são desconhecidos da polícia. O material foi encaminhado para a vigilância sanitária, mas, de acordo com a polícia, há relatos de vítimas que sofreram danos com o uso dos cosméticos, como queimaduras no rosto.

Ainda conforme a delegada, para divulgar os métodos de tratamento, a blogueira postava fotos de antes depois das pessoas, mas há informações de que, muitas vezes, ela teria usado programas de edição de imagem.

Durante as investigações, segundo Andrea, a jovem negou as suspeitas e disse que tinha todas as autorizações. Após a prisão, os detidos ficaram em silêncio.

Fonte: Diário da Amazônia

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