Farmais implementa marketplace de farmácias

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O diretor de canais digitais Murilo Viante projeta adesão total à plataforma até agosto | Foto: Divulgação

A Farmais anuncia o lançamento de seu marketplace para concentrar as vendas digitais de suas 250 lojas. A plataforma é a primeira do gênero no Brasil a congregar a operação de uma rede de farmácias que atua no regime de franquias.

A empresa, que é associada à Fecofar, investiu mais de R$ 1 milhão no projeto, que demandou 15 meses de implementação. Cerca de 100 unidades já aderiram ao sistema e a expectativa é que, até agosto, todas as varejistas ligadas à companhia estejam integradas à ferramenta. “A iniciativa supera os desafios comuns a redes como a nossa, nas quais é preciso conviver com diferentes níveis de aceitação à tecnologia”, afirma o diretor de canais digitais, Murilo Viante.

Ainda no curto prazo, a rede espera atingir R$ 1 milhão em vendas mensais. “Apoiamos essa expectativa em nossa presença em nove estados brasileiros”, complementa.

Marketplace da Farmais trouxe foco na usabilidade do franqueado 

Viante ressalta a facilidade de uso do marketplace da Farmais “É praticamente logar e começar a vender. Em uma única tela, o franqueado recebe, processa e finaliza os pedidos”, enfatiza. O sistema, que é gerido pela retaguarda da rede de farmácias, automatiza a gestão de estoque e elimina a necessidade de cadastramento manual de produtos. Um painel permite ao franqueado visualizar toda solicitação de compra e efetivar a venda em tempo real.

Ferramenta está disponível para todos os gestores

O marketplace da Farmais está disponível para todos os franqueados e não cobra pela adesão. “A farmácia apenas nos repassa 9% da venda, valor que já fica retido durante o próprio processo de compra. Essa porcentagem é um subsídio para arcarmos com o custo da operação”, afirma.

Franqueados destacam ganho nas vendas

A praticidade possibilitou que, logo no início do projeto, os franqueados observassem os primeiros resultados. É o que conta a farmacêutica e proprietária da unidade de Franca (SP), Rosemara Bezerra.

“Já fazíamos vendas pelo WhatsApp, mas quando fomos escolhidos para o piloto do novo marketplace, vimos uma oportunidade de crescimento. Antes da adesão, as vendas online representavam cerca de 10% do nosso faturamento. Agora esse número dobrou e chegou a quase 20%’, comemora.

“Esse avanço nos deu respaldo para investir na contratação de uma influenciadora para fortalecer nossa presença digital e a própria franqueadora vem dando suporte à divulgação”, completa.

Plataforma será aberta a parceiros

O executivo também destaca que a Farmais permitirá a entrada de fornecedores externos, desde que não haja concorrência com os produtos vendidos em loja. “Isso possibilita que empresas que ainda não entraram no varejo farmacêutico consigam alcançar novos públicos por meio de nosso marketplace”, explica.

Mais investimentos em tecnologia

Além do marketplace, Viante revelou que a Farmais trabalha no desenvolvimento de dois aplicativos: um focado exclusivamente em vendas e outro com a proposta de potencializar o programa de fidelidade da rede, que já está rodando em fase-piloto. “É uma tecnologia que impõe muito mais engajamento do gestor. Ainda assim, esperamos tê-la em pleno funcionamento até o fim do ano”, revela.

Congresso RH Farma debate carreiras na indústria farmacêutica

Congresso RH Farma
Panorama Farmacêutico fará cobertura completa do evento – Foto: Canva

O Congresso RH Farma reunirá 15 palestrantes, executivos e influenciadores do setor em um evento dedicado à capacitação de profissionais para a indústria farmacêutica brasileira. O encontro foi organizado pela REP Farma, companhia de capacitação profissional fundada por André Reis.

O evento será realizado entre os dias 20 e 22 de maio, de maneira virtual, e responderá questionamentos como “por que não sou chamado para entrevistas?”, “por que minha carreira não decola?” e “por que não sou feliz no meu trabalho?”.

Tópicos como automatização dos processos seletivos, etapas de desenvolvimento de carreira e o sentimento de realização na indústria farmacêutica também pautarão discussões e apresentações no congresso.

Congresso RH Farma terá cobertura exclusiva do Panorama

O Panorama Farmacêutico será parceiro de mídia do evento, levando até você uma cobertura exclusiva de todas as novidades e tendências do setor apresentadas no evento em nosso portal e redes sociais.

Mais informações sobre inscrições para o evento serão disponibilizadas pela REP Farma em breve.

FarmaBrasil se inspira na Embraer em reorganização da indústria

reorganização da indústria
Lentidão na Anvisa e no INPI são apontadas como principais desafios para o setor – Foto: Canva

O Grupo FarmaBrasil, associação formada por 12 laboratórios nacionais responsáveis por 36% do faturamento do segmento, está promovendo uma campanha de reorganização da indústria nacional. A iniciativa foi detalhada por Reginaldo Arcuri, presidente da entidade, em uma entrevista à Folha de S. Paulo.

O executivo traçou paralelos com a transformação da Petrobras e o avanço do agronegócio, além de definir a Embraer como principal inspiração para o setor. “Eu diria que [a meta é ser] a nova Embraer, a melhor empresa de engenharia do setor que importa peças e partes dos aviões para produzi-los com rapidez necessária para ocupar o nicho de mercado esperado. A indústria farmacêutica é um pouco disso hoje”, afirma.

“O medicamento brasileiro não deve nada para os melhores do mundo”, ressalta o executivo, mas complementa ao ser questionado quanto ao diferencial do setor – “Temos uma dependência de importação de IFAs sintéticos e estamos entrando no biotecnológicos a partir da engenharia química”, disse.

“Nossas empresas estão em outros países da América Latina, Europa, nos EUA e no Canadá com centros de pesquisa, fábricas ou centros de distribuição. Elas se articulam com multinacionais, seja em programas de pesquisa ou com acordos e parcerias”, adiciona.

Reorganização da indústria passa por dois pontos fundamentais

Na visão da entidade dois pontos devem ser os principais focos de atenção para que essa reorganização possa se provar útil ao mercado: a agilidade da Anvisa e do INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial).

A primeira problemática já foi amplamente abordada no Panorama Farmacêutico, principalmente após críticas do presidente Lula ao órgão. A pressão levou a autarquia a tomar diversas medidas como a criação de um concurso público.

Arcuri revelou que as análises da Anvisa para a aprovação de um fármaco podem demorar até dois anos para serem concluídas, e que aproximadamente R$ 17 bilhões em produtos estão parados na entidade no aguardo de um sinal verde.

Em relação ao INPI, a reclamação da FarmaBrasil e de diversas outras entidades do setor aborda o período extra de patente concedido às farmacêuticas referente ao tempo levado para a aprovação do fármaco. A disputa foi levada ao STF há alguns anos, e hoje é debatida em 66 ações na Justiça Federal.

Descontos nas farmácias caem após reajuste de medicamentos

desconto nas farmácias
Estudo da XP avalia reação de diferentes redes ao reajuste – Foto: Canva

Desde o início do mês, os descontos nas farmácias estão menores, em uma resposta do setor à decisão da CMED de reajustar os preços dos medicamentos em apenas 3,8% na média, menor valor desde 2018. De acordo com a resolução, os reajustes têm um teto máximo de 5,06%. As informações são do Valor Investe.

A análise foi feita por especialistas da XP, que ainda avaliaram quais redes alteraram mais seus preços. A Pague Menos foi eleita a farmácia com preços mais acessíveis, com valores cerca de 8% abaixo do limite regulatório.

Na outra extremidade, os preços praticados pela RD Saúde e pelo Grupo DPSP estavam apenas 3% abaixo do teto, embora a marca que controla as bandeiras Pacheco e São Paulo lidere o ranking de oferta de descontos, com média de 35%.

Reajuste que levou à redução nos descontos nas farmácias gerou debates

A opção por um ajuste considerado baixo foi criticada por diversos players do setor, como Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindusfarma. “Isso pode impactar negativamente os contínuos e fundamentais investimentos da indústria farmacêutica em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e na modernização fabril”, explica.

O anúncio, no entanto, não foi uma completa surpresa para o executivo, tendo em vista que sindicato publicou uma estimativa próxima ao valor final semanas antes da oficialização.

Mounjaro custará em torno de R$ 1.700 no Brasil

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Mounjaro
Foto: Divulgação

O Mounjaro (tirzepatida), medicamento para tratamento de diabetes tipo 2 da Eli Lilly, deverá chegar às farmácias brasileiras no dia 7 de junho. Segundo a Bloomberg Línea, o valor ficará em torno de R$ 1.700, apesar de o laboratório afirmar em nota que ainda não há uma definição final do preço.

A Câmara de Regulamentação do Mercado de Medicamentos CMED) definiu que a caixa do fármaco poderá variar de R$ 1.523,06 a R$ 4.067,81, sem incluir o ICMS de cada estado. Entretanto, a fabricante descartou a adoção do teto de preço definido pelo órgão.

O medicamento possui cinco dosagens (2,5 mg, 5 mg, 7,5 mg, 10 mg, 12,5 mg e 15 mg). Por aqui, o laboratório deve disponibilizar somente as duas menores, de 2,5 mg e 5 mg, justamente as primeiras prescritas por endocrinologistas e cardiologistas para o tratamento inicial, de acordo com uma fonte ouvida pela reportagem.

Redes de farmácias se preparam para chegada do Mounjaro

A chegada do Mounjaro às farmácias é vista como estratégica para a composição das receitas das principais varejistas, uma vez que geram recorrência de compra e proporcionam melhores margens de lucro. Em algumas grandes redes, essa classe de medicamentos já representa mais de 5% do faturamento total.

Bionatus apresenta fitoterápico Plasmove

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Plasmove, Bionatus
Foto: Divulgação

O Plasmove passa a integrar o portfólio da Bionatus. O medicamento, da classe dos vasoprotetores sistêmicos, é fitoterápico e chega às gôndolas com dose total de 280 mg.

O lançamento tem 60 comprimidos revestidos, cada qual com 170 mg de extrato seco de Aesculus hippocastanum (Castanheiro-da-índia). O remédio é indicado para o tratamento de sintomas da insuficiência venosa, como sensação de dor e peso nas pernas, inchaço, câimbras, prurido e fragilidade capilar.

Plasmove complementa portfólio da Bionatus

Com forte atuação no mercado de fitoterápicos, a Bionatus também conta com opções como o Biotoss e Blue Serenzo. Ao todo, são mais de 40 itens da categoria.

  1. S.: 1200900380037

Distribuição: sistema próprio e parceria com distribuidores regionais
Diretor comercial: Neto Antunes – (17) 9 9746-6633
Consultor farmacêutico: Kali Nardino – (11) 9 7501-7777

Omron mira aproximação com hubs de saúde das farmácias

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Andre Van Gils, diretor geral global; e Fernanda Villalobos diretora geral da Omron Healthcare Brasil | Foto: Ana Claudia Nagao

O varejo farmacêutico representa 75% dos negócios da Omron Healthcare no Brasil. A multinacional japonesa é especializada em dispositivos médicos para monitoramento e cuidados de saúde. E uma das metas é estreitar o relacionamento com os hubs de saúde das farmácias, principalmente com suas linhas de monitores de pressão e balança de bioimpedância.

Para apresentar essa estratégia, a companhia realizou no último dia 10 o Omron Trends, evento que contou com a cobertura do Panorama Farmacêutico. Participaram representantes de grandes redes como a RD Saúde, Grupo DPSP, Coop, Drogaria Carrefour, além dos marketplaces Amazon e Mercado Livre.

“O Brasil figura entre os dez mercados mais relevantes para nossas operações e é um campo oportuno para ampliar a penetração das nossas categorias, que ainda são pequenas em relação a países onde a população já tem arraigado o hábito da prevenção e do autocuidado com a saúde”, avalia Andre Van Gils, diretor geral global.

Omron quer agregar mais inovação às salas clínicas

A Omron aposta em dispositivos de saúde de uso simples e que não requerem um médico para interpretar o resultado nas salas clínicas das farmácias. “Essa solução aprimora o rastreamento de doenças e incentiva a democratização do tratamento. A conectividade está transformando esse mercado”, ressalta Gils.

Um exemplo é o Omron Complete, lançado no ano passado. Único aparelho 2 em 1 do mercado, é capaz de realizar um eletrocardiograma (ECG) e aferir a pressão arterial simultaneamente, monitorando uma variedade de condições cardíacas. “Ajuda a detectar o risco de AVC, irregularidades no ritmo cardíaco como a fibrilação atrial (FA), taquicardia e braquicardia”, acrescenta.

Além disso, o aparelho permite o compartilhamento dos resultados de forma prática e segura. “A partir do momento em que se faz essa conexão entre paciente e médico, é possível impactar de maneira mais certeira o tratamento, principalmente na mudança de conduta. E as farmácias, por sua capilaridade e fácil acesso, permitem que se faça esse meio de campo seja na oferta de um serviço ou na experimentação do produto para venda”, afirma Fernanda Villalobos, diretora geral da Omron Healthcare Brasil.

Entre as estratégias da companhia para o Complete está a de envelopar as salas de assistência farmacêutica. Outra frente é trabalhar parcerias com a indústria em ações como blitz da saúde, em programas de PBM e eventos médicos, a exemplo do que já desenvolveu em parceria com players como Novo Nordisk, Servier e EMS.

“O modelo de assistência farmacêutica do Brasil vem ditando tendências e chamando a atenção de redes do Exterior.  No ano passado realizamos um encontro juntamente com a Abrafarma e a associação equivalente no México para mostrar o modelo de serviço que é prestado em cada país”, comenta Gils. Com um market share de 70% no México, a Omron conseguiu trabalhar melhor a visibilidade do produto no PDV, o que se converteu em um aumento de 9% nas vendas.

Por aqui a disponibilização no autosserviço ainda fica muito concentrada nas prateleiras abaixo do balcão ou em displays de bancada para as farmácias independentes com um sortimento mínimo. “Já para farmácias de maior porte, indicamos displays maiores, com exposição do produto tendo a figura central do farmacêutico como apoio para a venda consultiva”, reforça.

Para estimular os negócios, a companhia lançará em breve no Brasil a Omron Academy, que consiste na divulgação de conteúdos clínicos sobre a categoria. “O material já existe em outras línguas nas quais a empresa tem sede e agora está sendo traduzido para o português. Mas também temos uma estratégia de treinamento no balcão de loja para balconistas por meio de uma equipe de promotores, além de especialistas em treinamento focados no farmacêutico”, revela Fernanda.

Lançamento em primeira mão no Brasil

Por ser um dos maiores mercados na área de saúde respiratória, o Brasil foi o primeiro país escolhido para o lançamento do Inalar Compact. O produto, que foi apresentado pela primeira vez ao mercado durante o evento, é o único a dispor da Virtual Valve Technology (VVT), tecnologia que libera mais medicamentos durante a inspiração, evitando o desperdício.

Leve e com baixo ruído, o inalador combina portabilidade e discrição, sem comprometer o desempenho. Por conta disso, o produto foi o vencedor do iF Design Award 2025. “É a primeira vez que um produto foi lançado primeiro no Brasil e desenvolvido para o nosso mercado, projeto que levou dois anos de desenvolvimento. A meta agora é horizontalizar as vendas nas grandes redes, pequeno e médio varejo, independentes e no canal online”, finaliza Fernanda. O produto chegará ao PDV por R$ 149.

Falência Extinta

Empresa: Demac Produtos Farmacêuticos Ltda.
Nome fantasia: Drogaria Bifarma
Requerente: Trademaster Serviços e Participações S/A
CNPJ: 65.837.916/0001-46
Cidade: Caieiras (SP)
Vara/Comarca: 2ª Vara de Caeiras (SP)
Observação: Ausência de pressupostos processuais

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Empresa: Drogaria Santa Suzana Ltda.
Nome fantasia: Santa Suzana
Requerente: Drogaria Santa Suzana Ltda.
CNPJ:
47.378.468/0001-88
Cidade: Suzano (SP)
Vara/Comarca: 1ª Vara Regional de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem das 1ª, 7ª e 9ª Rajs (SP)
Observação: Petição inicial de autofalência indeferida

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Empresa: Drogaria Santana Ltda.
Nome fantasia: Drogaria Santana
CNPJ:
33.013.629/0001-25
Cidade: Sena Madureira (AC)
Vara/Comarca: Vara Cível de Sena Madureira (AC)
Observação: Pedido de auto falência indeferido

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Empresa: Sukest Indústria de Alimentos e Farma Ltda.
Nome fantasia: Sukest
CNPJ:
55.692.537/0001-51
Requerente: Cartonagem Jauense Ltda.
Cidade: Agudos (SP)
Vara/Comarca: 1ª Vara de Agudos (SP)
Observação: Desistência homologada

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Empresa: Drogaria Genérica Ltda.
Nome fantasia: Drogaria Unicom
CNPJ:
04.724.553/0001-48
Requerente: Casco & Campos Comércio de Produtos Esportivos Ltda.
Cidade: Goiânia (GO)
Vara/Comarca: Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Distrito Federal, Brasília (DF)
Observação: Homologado acordo celebrado entre as partes

Licenciamento de medicamentos avança 150% na China

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Foto: Freepik

Os contratos de licenciamento de medicamentos inovadores entre as grandes farmacêuticas multinacionais e biofarmacêuticas chinesas registraram recorde no ano passado. Considerando a movimentação em dólares, esses acordos tiveram salto de 150% em relação a 2023, alcançando as cifras de US$ 41,5 bilhões (R$ 243,84 bilhões), de acordo com GlobalData.

Os resultados podem indicar um caminho promissor para a indústria farmacêutica brasileira. Segundo a consultoria, o aumento dos investimentos governamentais em inovação biofarmacêutica permitiu a realização de testes clínicos mais rápidos e acessíveis. Também melhorou a qualidade dos medicamentos desenvolvidos no país, tornando o licenciamento um modelo de negócio mais eficiente e econômico.

“Com a queda dos aportes em fusões e aquisições, as biofarmacêuticas em todo o mundo recorreram ao licenciamento como estratégia para acessar medicamentos inovadores e fortalecer seus pipelines”, comenta Ophelia Chan, analista sênior de negócios de farmácia da GlobalData.

Licenciamento de medicamentos também impacta outro mercado

O licenciamento de medicamentos na China impacta também o mercado norte-americano. Os acordos do gênero para viabilizar a chegada desses remédios aos Estados Unidos somaram US$ 21,3 bilhões, contra US$ 15,7 bi do ano anterior. Oncologia, imunologia e distúrbios metabólicos foram as três áreas terapêuticas com maior demanda, totalizando US$ 22,2 bilhões (R$ 130,51 bilhões).

Dois exemplos chamaram maior atenção da indústria farmacêutica em 2024. Em janeiro, a Novartis fechou uma parceria de US$ 4,35 bilhões (R$ 25,57 bilhões) com a Shanghai Argo Biopharmaceutical para viabilizar o lançamento de uma terapia cardiovascular. Em dezembro, a Merck expandiu seu pipeline de oncologia ao licenciar o LM-299, um anticorpo da LaNova Medicines.

Avanço, mas com novos desafios

No entanto, as recentes decisões do governo de Donald Trump podem colocar em risco esse mercado promissor. A recém-proposta Lei de Biossegurança dos Estados Unidos, se promulgada, proibiria o financiamento federal para empresas de biotecnologia norte-americanas que utilizam serviços das farmacêuticas chinesas. Já a Política de Investimento America First, anunciada em 21 de fevereiro, visa a restringir esse intercâmbio.

“O aumento das barreiras comerciais e tarifas sobre produtos e medicamentos chineses pode elevar os custos e, em última análise, encarecer o preço final dos produtos”, reforça Ophelia.

À primeira vista esse cenário não afetaria o Brasil, por sua condição de exportador de medicamentos para o Estados Unidos. Mas a indústria farmacêutica revela uma preocupação. “O que poderia ser negativo para o setor seria uma eventual retaliação do governo brasileiro, na forma de um aumento da tributação dos medicamentos que o país importa do país”, adverte Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindusfarma.

Maiores fabricantes de suplementos têm até 90% da receita

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Foto: Canva

As maiores fabricantes de suplementos esportivos do país foram determinantes para quadruplicar o volume de vendas desse segmento nos últimos quatro anos. No entanto, a análise por categoria revela que a fatia do faturamento está na mão de poucas indústrias e de algumas varejistas que investem em marcas próprias.

Os dados são da Close-Up International e referem-se aos últimos 12 meses até janeiro de 2025, período em que a venda de suplementos em farmácias movimentou R$ 723 milhões. As proteínas correspondem á maior parte da receita – 45,1%. Na sequência aparecem os produtos à base de creatina (26,3%) e as barrinhas proteicas (22,2%).

Venda de suplementos esportivos por categoria
(em milhões de R$)

graficos panorama farmaceutico 1
Fonte: Close-Up International

A pesquisa analisou a demanda por 3.123 SKUs catalogados no varejo farmacêutico, detectando que apenas 11% desses produtos movimentam 80% do faturamento. “Na avaliação por categoria, chamam a atenção os resultados envolvendo a creatina e os aminoácidos, respectivamente com 7% e 6% dos itens sendo responsáveis por 80% das vendas”, comenta Filipe Campos, head de Market Insights & CHC da consultoria.

Confira o top 10 das fabricantes de suplementos por categoria

Entre os principais fabricantes de suplementos esportivos nas farmácias, considerando os três subsegmentos com maior procura nas farmácias brasileiras, a Integralmedica lidera. No entanto, cresce abaixo da concorrência e a Dux Nutrition é que a mais acelera no retrovisor.

Proteína

O subsegmento de proteína registrou receita de R$ 326 milhões. As três primeiras respondem por 41% do faturamento.

FABRICANTE VENDAS (EM MILHÕES DE R$)
Integralmedica 56,8
Supley 42,4
Dux Nutrition 33,6
Black Skull 28,6
Probiotica 24,3
Vitafor 19,6
Aché 16,8
Equaliv 11,3
Cimed 11,3
Lapon 5,6
Outros 67,1

Fonte: Close-Up International

Creatina

A creatina contabilizou R$ 190,3 milhões em faturamento no período. Novamente a primeira posição está nas mãos da Integralmedica, quase o dobro à frente da segunda colocada. A concentração é ainda mais notória, com as empresas do top 3 contabilizando 69% da receita. E vale destacar o quarto lugar das Farmácias Pague Menos.

FABRICANTE VENDAS (EM MILHÕES R$)
Integralmedica 68,9
Dux Nutrition 37,9
Supley 23,7
Pague Menos 7,9
Health Labs 7,3
Equaliv 7,3
Vitafor 5,5
Probiotica 5,2
Cimed 4,6
Black Skull 3,4
Outros 16,1

Fonte: Close-Up International

Barrinha de proteína

Novos players disputam as três primeiras colocações e detêm 59% de market share. A Integralmedica está tranquila na dianteira, mas Bold Snacks e Danone acirram a briga pelo segundo posto. Esta última parece apostar fichas altas na categoria e cresceu mais de 2.600% em um ano.

FABRICANTE VENDAS (EM MILHÕES R$)
Integralmedica 51,9
Bold Snacks 25,1
Danone 17,3
Nutrata 12
Dux Nutrition 10,7
Supley 9,3
Atlhetica Nutrition 6,8
Black Skull 4,6
Bio2 Organic 3,2
Banana Brasil 2,4
Outros 15,1

Fonte: Close-Up International