PDV inteligente ajuda a aumentar a rentabilidade da farmácia
Como a tecnologia está transformando o balcão da loja
em um motor de vendas e encantamento de clientes
por Ana Claudia Nagao em


A tecnologia vem sendo a principal aliada dos gestores que buscam desenvolver um PDV inteligente, capaz de tornar o ambiente mais eficiente, acolhedor e lucrativo. Afinal, a farmácia deixou de ser apenas um local de transações rápidas para se tornar um espaço estratégico de relacionamento, conveniência e fidelização.
Mas como, na prática, as ferramentas digitais podem ajudar a potencializar as vendas e encantar o cliente no balcão? A resposta consiste em uma combinação planejada que envolve automação, análise de dados e experiência personalizada.
PDV inteligente caminha entre o balcão de vendas e o de relacionamento
A adoção do PDV inteligente tem como premissa atender a um consumidor cada vez mais exigente e multicanal, que demanda agilidade, mas também busca acolhimento, orientação e personalização. “Hoje, além da entrega rápida, é preciso entender a dor do cliente, resolver seu problema e, muitas vezes, mostrar soluções de automação cuja importância ele desconhecia”, destaca Gabriel Ramadan, product owner de B2C na Procfit.
Isso significa que o balcão, antes um espaço de passagem rápida, agora é também um ponto de escuta e fidelização. E, nesse contexto, o uso de tecnologia exerce papel central.
Como a tecnologia transforma o PDV farmacêutico
Recursos como CRM e inteligência artificial permitem que o atendente conheça o histórico de compras do cliente e personalize a abordagem com base em suas preferências e necessidades. “A estratégia não só facilita o relacionamento, como também amplia o tíquete médio por meio de vendas cruzadas e sugestões de produtos relevantes”, avalia o especialista.
Além disso, painéis de retail media, campanhas digitais direcionadas e interfaces visuais na loja física aumentam o engajamento, criando uma experiência mais rica e interativa.
Atendimento humano + digital: a combinação que fideliza
Um ponto sensível no varejo farmacêutico é manter o acolhimento humano, especialmente considerando que muitos clientes chegam à farmácia fragilizados por problemas de saúde.
Segundo Ramadan, a automação deve ser uma aliada que ajuda até o atendente menos experiente a entregar um atendimento de qualidade, com acesso rápido a informações corretas, sem depender apenas do achismo ou da memória. “Isso garante um padrão elevado de atendimento, independentemente da equipe que estiver no balcão”, acrescenta.
A conveniência como valor percebido
Outro aspecto decisivo é a conveniência. A digitalização ajuda a reduzir filas, acelerar pagamentos com meios modernos (como carteiras digitais e QR Codes), disponibilizar autoatendimento e organizar campanhas sazonais com mais eficiência.
Impacto direto em vendas, retenção e eficiência
Farmácias que digitalizam seus processos de balcão registram resultados tangíveis. Ramadan cita o exemplo da farmácia que reduziu de 20% para 4% sua taxa de ruptura após implementar um sistema de gestão digital, com impacto direto nas vendas e na retenção. “Sem o produto, o cliente não compra. Se isso se repete, ele muda de farmácia”, alerta.
Além disso, com o uso de dados em tempo real, os gestores conseguem realizar microgerenciamentos, ajustar promoções e tomar decisões mais assertivas. Métricas como taxa de conversão, tempo médio de atendimento, índice de ruptura, tíquete médio por perfil de cliente e frequência de recompra são fundamentais para medir o retorno sobre os investimentos em tecnologia.
O futuro do balcão farmacêutico: híbrido e proativo
Nos próximos cinco anos, o balcão da farmácia tende a se tornar cada vez mais híbrido, combinando atendimento humano com apoio digital, canais integrados (como apps, WhatsApp e programas de fidelidade), além de funcionalidades de teleorientação e autosserviço inteligente. “O foco estará em transformar dados em ações práticas e em entregar valor para o cliente em todos os pontos de contato”, avalia Ramadan.
Como começar a transformação digital no PDV
Para farmácias que ainda hesitam em investir por medo do custo ou da complexidade, o executivo é direto. “Muitos gestores não sabem por onde começar. Por isso, o primeiro passo é buscar informação, conversar com especialistas e entender qual tecnologia resolve a dor mais urgente do negócio”, explica.
Segundo ele, nem sempre a solução mais cara é a mais adequada. “O importante é personalizar a escolha, contar com um fornecedor que ofereça suporte próximo e promover uma implantação gradual, com testes, pilotos e medição de resultados”, completa.