Pfizer vai antecipar 2 milhões de doses

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a Pfizer deve antecipar o envio de cerca de dois milhões de doses ao Brasil no primeiro semestre. Agora, a previsão de entrega até junho desta vacina sobe de aproximadamente 13,5 milhões para cerca de 15,5 milhões de vacinas, segundo o ministro. Queiroga não apontou quando os lotes começam a chegar no País.

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A Saúde contratou 100 milhões de doses da Pfizer após meses de negativas a ofertas da empresa. Pelo menos 3 milhões já poderiam ter chegado ao País, caso o governo Jair Bolsonaro tivesse aceitado as primeiras tratativas com o laboratório, abertas ainda em 2020. Como revelou o Estadão, o governo chegou a elaborar um dispositivo para destravar a compra com a companhia por meio de uma medida provisória, no fim de 2020, mas a versão final do texto foi alterada.

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Em declaração no Palácio do Planalto, Queiroga disse que a antecipação das doses foi “fruto de uma ação direta” de Bolsonaro. A Saúde não tem atualizado cronogramas de entregas das vacinas, após críticas por recuos nas previsões de doses que chegariam a cada mês no País. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que Queiroga prometeu 520 milhões de vacinas até o fim do ano. A Saúde vinha informando que seriam 560 milhões.

Não está claro se Pacheco se equivocou, se as cerca de 48 milhões de doses já entregues não foram somadas ao cronograma ou se a Saúde voltou a reduzir a expectativa de distribuição de vacinas. Procurada, a Saúde não se manifestou.

Queiroga também repetiu que o governo tenta antecipar a chegada de vacinas já contratadas. O ministro citou pressão para que a Organização Mundial da Saúde (OMS) priorize o Brasil em entregas por meio do consórcio Covax Facility. O ministério espera receber cerca de 42 milhões de doses em 2021 por este mecanismo, mas até agora cerca de 1 milhão de vacinas chegaram ao País. O governo Jair Bolsonaro decidiu entrar no consórcio pela cota mínima, que prevê doses para apenas 10% da população – o porcentual máximo era para imunização de 50% do País.

As declarações do ministro da Saúde foram dadas após a 2ª reunião do comitê que reúne membros do governo federal, Congresso, Judiciário e Estados para tratar de ações contra a covid-19. Segundo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o comitê também discutiu projetos em tramitação no Congresso sobre a pandemia. Ele disse que os senadores tem “resistência” à proposta já aprovada na Câmara que flexibiliza regras para venda de vacinas ao setor privado.

Pacheco disse ainda que pediu para Bolsonaro sancionar projeto que permite a contratação de leitos da rede privada para atendimento de pacientes da covid-19 no SUS. O senador também afirmou que a Saúde está “sensível” a discussões sobre uso de fábricas de medicamentos para animais como local de produção de vacinas, mas reconheceu que esta não é uma opção para entrega das doses a curto prazo.

Rodrigo Pacheco pede uma antecipação de cronograma

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, pediu ao governo federal que sejam estudadas e aplicadas todas as medidas para antecipar o cronograma de vacinação contra a covid-19 no país. Responsável por encaminhar as principais demandas dos estados ao comitê nacional de enfrentamento à pandemia, que esteve reunido no Palácio do Planalto ontem, Pacheco ainda solicitou do Ministério da Saúde colaboração com governos estaduais e municipais para a aquisição e repasse de kits de intubação e oxigênio usados na internação de pacientes com coronavírus.

‘Fizemos a súplica ao senhor ministro da Saúde que possa tratar sobre a antecipação do cronograma e identificação constante das formas de antecipação desse cronograma para que tenhamos a população brasileira vacinada, toda ela, no ano de 2021 da forma mais breve possível – disse Pacheco em entrevista após a reunião. Também participaram da coletiva o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o deputado Dr. Luizinho (PP-RJ) e a secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato.

O presidente do Senado destacou como ações viáveis para acelerar o calendário de vacinação a aprovação, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), das vacinas Sputnik V, da Rússia, e Covaxin, da Índia. Além disso, ele citou como iniciativa importante a tratativa do governo federal com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para priorizar o repasse das doses de imunizantes que cabem ao Brasil no consórcio Covax Facility. O acordo prevê 42 milhões de doses da AstraZeneca até o fim de 2021.

Como respostas do Congresso à crise, Pacheco destacou projetos em discussão como a proposta de Emenda à Constituição (PEC 4/2021) que institui imunidade tributária para vacinas destinadas ao combate de emergências de saúde pública e o projeto de lei (PL 1.315/2021) que restabelece medidas de enfrentamento da pandemia, ambos já aprovados pelo Senado.

Ele também pediu a sanção do PL 1.010/2021, que permite a empresas e pessoas físicas abaterem do Imposto de Renda 2021 as despesas de contratação de leitos clínicos e de UTI para uso de pacientes com covid-19. Segundo o senador, a dificuldade de credenciamento de leitos de UTI no Sistema Único de Saúde (SUS) ainda está entre as reclamações dos governos estaduais.

‘Tanto eu quanto o deputado Luizinho, que representa a Câmara dos Deputados e o autor desse projeto, defendemos na data de hoje ao presidente da República a sua sanção. Que é justamente a possibilidade do credenciamento de leitos de UTI com a participação da iniciativa privada’, ressaltou.

Fiocruz entrega nesta sexta cinco milhões de imunização

Fiocruz entregará nesta semana 5 milhões de vacinas contra a covid-19 ao Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde. Em comunicado, o instituto anunciou que entregou ontem, cerca de 2,2 milhões de imunizantes Oxford AstraZeneca, sendo 215 mil para o Estado do Rio. Amanhã, 16, serão entregues mais 2,8 milhões.

Ontem, o instituto divulgou Boletim Extraordinário no qual aponta para a “circulação intensa” do vírus no País. Até o fim de abril, a situação deve continuar em “níveis preocupantes”.

Os pesquisadores ressaltam que as medidas restritivas das últimas semanas têm começado a indicar “êxitos localizados”, apesar de ainda não terem diminuído o número de mortes e a demanda hospitalar. É importante, dizem, não flexibilizar.

“A flexibilização de medidas restritivas pode ter como consequência a aceleração do ritmo de transmissão e, portanto, de casos graves de Covid-19 nas próximas semanas”, alertam.

Fonte: Tribuna do Norte

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