Prazo de renovação no Farmácia Popular expira amanhã
Ação ajuda a prevenir irregularidades no programa social
por César Ferro em
e atualizado em


O período de renovação de credenciamento para as farmácias e drogarias integrantes do Farmácia Popular se encerra nesta quinta-feira, dia 31. A medida é obrigatória para todas as empresas que desejam seguir ofertando os medicamentos e insumos. As informações são do Gov.Br.
Como parte das ações de monitoramento em curso na iniciativa, a renovação de credenciamento foi retomada em abril, após ser interrompida em 2018. O objetivo é evitar irregularidades e garantir o pleno acesso do serviço à população.
Para renovar o registro e conferir a documentação necessária, o gestor deve acessar o sistema online do Farmácia Popular e seguir as orientações disponíveis no site do Ministério da Saúde. O processo, que não cobra nenhuma taxa, deve ser realizado por meio do sistema da Caixa Econômica Federal.
Hoje em dia, o programa oferece, gratuitamente, 41 itens entre medicamentos, fraldas geriátricas e absorventes higiênicos. Dentre as doenças tratadas estão o diabetes, a hipertensão, a asma, osteoporose e a dislipidemia.
Mais de 12 milhões de solicitações foram bloqueadas no Farmácia Popular
Somente nos três primeiros meses de 2025, 12,7 milhões de tentativas de solicitação de medicamentos no Farmácia Popular com indícios de irregularidades foram bloqueadas. O montante representa uma média diária superior a 140 mil.
Para identificar possíveis irregularidades, são avaliados 25 indicadores, como a frequência de retirada, a quantidade vendida em relação à população da região e o uso indevido de CPFs.
Fraudes ainda preocupam o setor
Apesar do trabalho duro, as fraudes ainda acendem um alerta no setor. Novas denúncias a respeito de desvios em benefício do tráfico internacional jogaram luz sobre um problema cujas consequências ainda não são de todo dimensionadas.
De acordo com investigação da Polícia Federal, a soma atual de recursos públicos desviados chega a R$ 40 milhões. Mas Guilherme Mesquita, consultor da Regulariza Farma, lembra que vendas irregulares e fraudes no programa ocasionaram perdas de R$ 7,4 bilhões entre 2015 e 2019, de acordo com dados comprovados pela Controladoria Geral da União (CGU).