Preços sobem 1,33% nos mercados de SP

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O Índice de Preços dos Supermercados (IPS), apurado pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), foi de 1,33% em junho, abaixo da taxa de 1,87% de maio, mas ainda acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – indexador oficial de preços no país -, que registrou 0,67% no mês passado. Nos últimos doze meses, a inflação nas gôndolas chega a 20,01%.

Apesar disso, mostra uma importante tendência de queda em relação ao índice de abril, que ficou em 3,02%. A taxa do IPCA acumulada no ano chegou a 5,49%. Em doze meses, atinge 11,89%. Os produtos de Alimentação e bebidas saíram de um aumento de 0,48% em maio para uma elevação de 0,80% em junho. Um dos efeitos da desaceleração dos preços dos alimentos está no comportamento dos consumidores, que têm substituído itens do consumo da proteína animal.

Consumo

Dados coletados pela Boltis, empresa de inteligência que analisa as informações coletadas por meio dos cupons fiscais processados pelos supermercados, na comparação entre o primeiro quadrimestre de 2022 e o mesmo período do ano passado, a carne bovina apresentou retração de consumo de 7% em 2022, muito em decorrência do aumento de preço em 9% no período estudado.

Assim, para manter o consumo de proteína animal, a carne bovina tem sido substituída pela suína, que apresentou queda de 14% no preço em comparação ao primeiro quadrimestre de 2021. Dados da Boltis revelam que a carne suína, por sua vez, teve aumento de 26% no consumo no mesmo período.

Carne suína

Até junho deste ano, a carne suína apresentou deflação de 7,76% nos últimos doze meses e, no acumulado entre janeiro e junho, queda de 8,06%. Caiu 1,25% em junho, após alta de 1,61% em maio. A redução no consumo da carne bovina provocou queda de preço, também impulsionada pelo aumento de animais abatidos (5,48% em relação ao primeiro trimestre de 2021).

Também houve queda nas exportações, elevando a oferta interna do produto nas prateleiras brasileiras, causando em junho o primeiro registro de deflação do item. O preço da carne bovina, que subiu 1,22% em maio, registrou deflação de 1,38% em junho. Acumula alta de 5,30% no primeiro semestre e de 7,20% em doze meses.

Aves

Com as aves vem acontecendo o movimento contrário, pois a China aumentou as importações de frango do Brasil, depois de cancelar as dos Estados Unidos e da Europa por conta de um surto de gripe aviária (H5N1), movimentando os preços para cima no mercado interno.

O preço do frango, que disparou 2,13% em maio, subiu 0,32% em junho. Acumula alta de 23,10% em doze meses e de 4,54% no primeiro semestre. As exportações acabam por produzir um aumento nos preços do item, apesar de um crescimento de 3% na oferta da proteína. Aliado à demanda internacional, o preço do produto também é puxado para cima por conta dos custos logísticos.

Leite

Os produtos industrializados vêm sofrendo todo o impacto dos aumentos no custo da energia elétrica e da subida generalizada nas matérias-primas e logística. Em alguns casos, como o leite, também sofrem por conta das condições climáticas (a redução das pastagens por conta da estiagem força os produtores a alimentarem o rebanho com ração). Em junho, o leite subiu 9,12% e, no acumulado do ano, 41,45%. Alta é de 37,07% em doze meses. Em maio, a inflação do produto foi de 5,10%.

Hortifrutigranjeiros

Os hortifrútis também apresentaram deflação em junho, com redução de preços de 1,54% no mês, mas, mesmo assim, a inflação é de 3,94% no acumulado de doze meses. No grupo, as verduras foram as que apresentaram maior queda: 2,05% e inflação de 53,13% nos doze meses. Já as frutas tiveram alta de 2,05% e acumulam aumento de 31,89% em doze meses.

Bebidas

As bebidas alcoólicas apresentam alta de 0,49% em junho, com inflação acumulada de 7,89% nos últimos doze meses, com destaque para a cerveja, que apresenta o maior peso na composição do grupo (o preço do item subiu 0,58% por conta dos reajustes repassados pela indústria).

Reflete o impacto da elevação dos preços do malte por conta do conflito entre Rússia e Ucrânia. Já as bebidas não alcoólicas apresentam inflação de 0,65% em junho e de 12,23% nos últimos doze meses, com destaque para a água mineral (2,18% em junho e 19,71% no acumulado de doze meses), impactadas pela alta nos custos logísticos.

Limpeza, higiene e beleza

O sabão em pó, dentro de produtos de limpeza, teve inflação de 1,91% em junho, puxando para cima os preços deste grupo, que no total teve 2,09% de alta no mês e acumulado de 21,72% nos últimos doze meses. E os artigos de higiene e beleza tiveram inflação de 2,02% em junho, com 16,36% em doze meses. No grupo, o item sabonete teve alta de 4,78% (39,26% nos últimos doze meses).

Fonte: Tribuna Ribeirão

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