Após procurar diversas farmácias, pelo menos duas informaram ao DEMOCRATA que a Vigilância Sanitária da Prefeitura Municipal de Mococa proibiu as farmácias de realizar teste para detecção de Covid-19. Outras reforçaram mas pediram absoluto anonimato, com medo de represálias da prefeitura.
Os testes de farmácia se popularizaram e são uma alternativa mais barata que os testes em laboratórios de análises clínicas. Com a proibição, já há quase ano segundo informado ao jornal por farmácia da cidade, em Mococa criou-se uma reserva de mercado para os laboratórios, em plena pandemia. Mesmo estes estão sobrecarregados. Ainda assim, a prefeitura estaria mantendo uma inexplicável proibição de realização destes testes em farmácias.
Segundo a página TRANSPARÊNCIA MOCOCA há um inquérito policial que apura, exatamente, quebra de ordem cronológica de empenhos, para laboratório de análises clínicas. Um determinado laboratório teria recebido ANTES, mesmo com serviços prestados APÓS outro que não recebeu. Há, inclusive, acusação de pagamento de serviços prestados por UM laboratório que teria sido pago, pela prefeitura, a OUTRO. A reportagem de DEMOCRATA sobre o assunto pode ser lida AQUI.
A página TRANSPARÊNCIA MOCOCA e o DEMOCRATA questionaram o Ministério Público do Estado de São Paulo sobre a questão da quebra da ordem cronológica de pagamentos.
Enquanto isso, em Mococa, os cidadãos que quiserem fazer teste para detecção de Covid-19 precisam ir a Casa Branca ou São José do Rio Pardo, onde há farmácias que fazem o teste, inclusive por valor bem mais acessível que os laboratórios.
O assunto foi objeto de questionamento por e-mail institucional, realizado hoje pelo DEMOCRATA ao Ministério Público do estado de São Paulo. Corrido o prazo legal de 20 dias para resposta, informaremos o que foi respondido ou informaremos, decorrido o prazo, eventual silêncio por parte dos promotores de justiça
Fonte: Jornal Democrata –SP
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