Autoridades municipais de saúde em 12 estados dizem ter identificado menos doses do que a quantidade indicada nos frascos da CoronaVac.
Em Goiânia, a vacinação da primeira dose foi suspensa. O município diz ter recebido doses a menos. Cada frasco deve conter líquido suficiente para 10 aplicações, mas as equipes de vacinação afirmam que muitos renderam abaixo do esperado.
“Nós já identificamos 4.016 doses, em perdas por falta nos frascos. Está tudo documentado, justamente informado nos sistemas competentes e tudo mais”, diz Durval Pedroso, secretário de Saúde de Goiânia.
O mesmo aconteceu em Salvador. Segundo a Secretaria municipal de Saúde, a capital baiana recebeu 21 mil frascos com doses a menos do que o informado no rótulo. Em Curitiba, a diferença é de quase 7 mil doses. E segundo os cálculos da prefeitura, quase 5 mil pessoas deixaram de receber a primeira aplicação do imunizante.
Em todos os municípios, as equipes só descobrem o problema na hora de aplicar as vacinas. Elas contam as doses a partir do momento em que o frasco é aberto.
No começo de março, o Instituto Butantan, que produz a CoronaVac, reduziu a quantidade de imunizante no frasco: de 6,2 para 5,7 mililitros. O instituto diz que a redução não compromete o aproveitamento das doses.
“Hoje todas as vacinas, elas saem com um volume excedente, isso tem que ficar bem claro, de acordo com as novas legislações, e esse volume excedente é testado lote a lote”, destaca Arthur Nunes, gerente de qualidade do Instituto Butantan.
“Hoje todas as vacinas, elas saem com um volume excedente, isso tem que ficar bem claro, de acordo com as novas legislações, e esse volume excedente é testado lote a lote”, destaca Arthur Nunes, gerente de qualidade do Instituto Butantan.
Agora, o instituto vai revisar a bula e orientar os profissionais sobre o tipo de seringa que deve ser usado, para garantir o aproveitamento máximo das doses. A orientação do Ministério da Saúde, é que todos os municípios que identificarem o problema, registrem uma queixa técnica no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
A Anvisa disse que todas as hipóteses estão sendo avaliadas para identificar a origem do problema e que todos os relatos estão sendo investigados com prioridade pela fiscalização.
Fonte: G1