Eli Lilly pode se tornar a primeira farmacêutica trilionária do mundo

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Primeira farmacêutica trilionária
Foto: Bigststock

O mercado está próximo de conhecer a primeira farmacêutica trilionária do mundo. Impulsionado pelos medicamentos utilizados para a perda de peso, o valor de mercado da Eli Lilly se aproxima do US$ 1 trilhão (cerca de R$ 5,5 trilhões). As informações são do Financial Times.

 A marca é considerada uma grande virada para o laboratório que, no final dos anos 2000, se aproximou de mínimos históricos no valor de suas ações com o fim de importantes patentes. Agora, com o advento de remédios com o Mounjaro e o Zepbound, os desafios são outros.

Segundo Dave Ricks, CEO da companhia, o problema é lidar com a demanda pelos fármacos. Nos últimos quatro anos, US$ 20 bilhões (cerca de R$ 111,4 bilhões) foram investidos nas plantas da empresa e, há cerca de uma semana, foi anunciado um aporte de US$ 4,5 bilhões (cerca de R$ 25 bilhões) para a construção de uma unidade focada em ensaios clínicos.

Eli Lilly quer dominar mercado para se tornar primeira farmacêutica trilionária 

Apesar da concorrência da Novo Nordisk e seu Ozempic, a Eli Lilly acredita que poderá assumir a dianteira no mercado de medicamentos utilizados para o emagrecimento. Para tal, sua aposta se concentra em alto volume de produção e remédios inovadores.

Enquanto fortalece suas plantas produtivas com investimentos elevados, a farmacêutica também estuda nova opções de tratamento, como a primeira pílula GLP-1 aprovada. A expectativa é que o mercado avance até os US$ 130 bilhões (cerca de R$ 724,6 bilhões) em vendas máximas até 2030.

O laboratório também deseja criar um vínculo com o paciente, visando assim evitar flutuações com a quebra de patentes. “Nossa missão é sair desse ciclo de boom e queda da indústria farmacêutica”, explica o diretor científico Daniel Skovronsky.

Para fugir desse movimento tradicional, a companhia pode voltar a sua origem: a psiquiatria. Nos Estados Unidos, o Kisunla, tratamento para pacientes com Alzheimer em estágio inicial, foi aprovado como uma das primeiras terapias para a doença.

Futuros lançamentos trarão reserva de mercado 

Dentre os medicamentos em desenvolvimento pela Eli Lilly, dois se destacam: o orfoglipron e o retatrutida. O primeiro estrearia a categorias de pílulas para a perda de peso, garantindo uma exclusividade de mercado de dois anos, se lançado em 2026. Já o segundo, tem apresentado resultados animadores na fase de testes, atuando junto a três peptídeos intestinais diferentes.

Farmacêutica pode entrar para história, mas pico está próximo 

Apesar do futuro parecer promissor para a Eli Lilly, nem todos os investidores estão tão otimistas assim. Um deles, por exemplo, disse que a farmacêutica está próxima de seu teto e os resultados não devem superar muito a marca do trilhão. “Há o inevitável declínio de patentes, há concorrência e, em breve, haverá uma guerra de preços”, opina.

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