Conselho Regional de Farmacêuticos de Minas Gerais (CRF-MG) está realizando uma campanha para incentivar médicos a prescreverem receitas de forma legível. Provavelmente você já ouviu alguma crítica ou expressão sobre a letra dos médicos. O que para muitos se tornou uma forma de definir uma letra ilegível, na verdade é assunto sério, já que é uma questão cultural que envolve não só médicos, mas também farmacêuticos e pacientes.
O Conselho Regional de Farmacêuticos de Minas Gerais (CRF-MG) tem trabalhado na campanha Medicamentos sem Danos, que tem como meta reduzir os erros de medicação causados por uma prescrição mal interpretada. Para isso, a orientação é que todos os profissionais de farmácias enviem para o CRF as receitas ilegíveis que receberem.
A assessora técnica do CRF-MG, Danyella Domingues explicou que a receita médica é um documento de saúde e uma forma de comunicação entre o médico e o farmacêutico que vai fazer a dispensação do remédio. Mas acima de tudo, é um documento para que o paciente entenda o que foi prescrito.
“Dentro dessa prescrição, além da indicação do medicamento, tem principalmente o modo de uso, que é a informação principal para esse paciente. Ele é o lado mais fraco da equação, porque o farmacêutico consegue ler a prescrição, até por conhecer o medicamento e a forma de uso”, destacou. Quênia Campos Souza é farmacêutica em Uberlândia há 24 anos e já pegou muita receita ilegível.
Ela contou que quando trabalhou em ambulatórios precisou devolver prescrições que o próprio médico que receitou não conseguiu traduzir a medicação indicada. Ela explicou ainda que quando não há certeza sobre a medicação, o próprio farmacêutico deve entrar em contato com o médico.
Caso esse contato não seja possível por qualquer motivo, a orientação é que a medicação não seja vendida. “Um medicamento pode render efeitos colaterais drásticos, porque nós estamos lidando com a vida de uma pessoa. Então é preferível você perder a venda”, complementou a profissional.
Fonte: Jornal Diário de Uberlândia – MG
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