Projeto do Ministério da Saúde promete inovação radical de fármacos
Ideia se baseia na integração de diferentes entidades e ferramentas para a otimização de processos
por Gabriel Noronha em
e atualizado em


Um novo projeto do Ministério da Saúde vai unir diversas entidades brasileiras em um esforço para alterar os processos de desenvolvimento e aprovação de medicamentos.
A informação foi confirmada por Fernanda de Negri, secretária de Ciência, Tecnologia, Inovação e do Complexo Econômico Industrial da Saúde, em entrevista ao portal Jota.
A proposta conta com a parceria entre o Ministério de Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI), o Centro Nacional de Pesquisa em Energias e Materiais (CNPEM), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS), em uma coordenação que envolve tecnologias já utilizadas no país.
Projeto do Ministério da Saúde ainda está em fase inicial
“Estamos começando a desenhar ainda, mas a ideia é que o Ministério da Saúde aporte recursos em infraestrutura e pessoal qualificado e faça parcerias desde o início do processo de desenvolvimento de novas moléculas até a fase final de pesquisa clínica”, explica.
“A ideia é juntarmos a pesquisa já financiada pelo Ministério da Saúde com uma infraestrutura e uma equipe qualificada — que estaria num primeiro momento no CNPEM — para fazer screening de moléculas e começar o desenvolvimento de novos medicamentos a partir disso”, adiciona.
A iniciativa ainda foi descrita como um funil, que poderá contar com “um grupo grande de pesquisas”, como já acontece em projetos maiores. Outro ponto importante do plano é o acompanhamento da Anvisa e do INPI desde as etapas inicias do processo, possibilitando que esses órgãos ofereçam sugestões e se familiarizem previamente com os fármacos, facilitando seu registro.
“O projeto é construir um arcabouço que consiga coordenar essas iniciativas junto com o setor produtivo, que também tem iniciativas nessa direção, para aumentar o número e o volume de pesquisa e de inovação no setor farmacêutico brasileiro”, conclui a secretária.