O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou que a pasta vai adquirir as doses de CoronaVac para crianças de 3 e 4 anos por meio da Covax Facility, iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) em parceria com a Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (Gavi) e a coalizão internacional para inovação em epidemias CEPI. A decisão, segundo ele, leva em consideração o acesso a doses prontas e não ao insumo para posterior fabricação, como seria necessário caso o ministério optasse por comprar a vacina do Instituto Butantan.
‘A opção é adquirir do mecanismo Covax Facility até porque as doses estão prontas e teria mais rapidez para disponibilizar as vacinas’, afirmou o ministro em conversa com jornalistas realizada na noite desta segunda-feira, 25. Queiroga afirmou ainda que ‘o Instituto Butantan não tem condições de entregar a vacina em curto prazo’.
Segundo Queiroga, o Ministério da Saúde aderiu à iniciativa para o recebimento de doses para 10% da população, o equivalente a 44 milhões de doses, mas o país não precisou receber o montante, tanto que chegou a doar imunizantes para outros países. Então, diante da atual demanda, acionará o mecanismo.
Na semana passada, o ministério recomendou que estados e municípios utilizem a CoronaVac na população de 3 e 4 anos imunocomprometida nesta etapa da campanha, tendo em vista os baixos estoques do imunizante. A partir de 5 anos, a recomendação da pasta é aplicar a vacina da Pfizer.
Ainda na semana passada, o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), determinou a importação, pelo Instituto Butantan, de insumo para a produção de 10 milhões de doses da CoronaVac à farmacêutica chinesa Sinovac. A meta era de ter os imunizantes disponíveis para a realização da campanha em agosto.
CoronaVac
Neste mês, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a aplicação do imunizante para a faixa etária com a mesma indicação para as demais faixas etárias de dosagem, a formulação e intervalo (de 28 dias entre as doses).
A fabricação da CoronaVac foi interrompida em outubro do ano passado. Segundo o Instituto Butantan, o último lote foi enviado ao Ministério da Saúde em fevereiro deste ano, totalizando 110 milhões de doses entregues. A produção foi suspensa porque, desde então, não houve mais pedidos.
A CoronaVac recebeu autorização da agência para ser aplicada no público com mais de seis anos e que não é imunocomprometido em janeiro deste ano. O imunizante tem autorização para uso emergencial no país, mas deu entrada no pedido de registro em 9 de julho. O prazo de análise é de 60 dias a partir da solicitação.
Fonte: Veja Online