Saiba o que falta definir para que a vacinação contra a Covid-19 no Brasil comece no dia 20 de janeiro

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Três dias depois de dizer que a vacinação contra a Covid-19 no país começaria “no Dia D e na Hora H”, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, definiu nesta quinta-feira (14) a data tão esperada, durante reunião com prefeitos: 20 de janeiro, a próxima quarta-feira. Mas muitas dúvidas ainda cercam o início da imunização no Brasil. A primeira delas é: o imunizante da AstraZeneca/Oxford e a CoronaVac estarão disponíveis para serem aplicadas na população dentro deste prazo? A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu há uma semana os pedidos de autorização para uso emergencial para as duas fórmulas, feitos pela Fiocruz e pelo Instituto Butantan. A resposta deverá ser dada até domingo.

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A Anvisa cobrou da Fiocruz e do Instituto Butantan a complementação da documentação apresentada no pedido de autorização para uso emergencial das duas vacinas. A agência tem uma reunião no domingo para decidir sobre o tema, mas ressalta que o prazo para a tomada de decisão pode ser ampliado caso ainda faltem informações.

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A outra dúvida é quantas doses cada estado receberá para começar a imunização. Governadores pediram que o Ministério da Saúde detalhe esta divisão nesta sexta-feira (15).

— O ministro vai distribuir 8,7 milhões (de doses)? Quantas para cada estado? Importante, com previsão de vacinas no Brasil, (que haja) uma proposta sobre o que chega em cada estado. Há necessidade de preparar estratégia em cada estado e município e também a comunicação. É preciso também definir data da qualificação para vacinação — afirmou o governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, Wellington Dias (PT).

Outra questão em aberto é quais grupos serão os primeiros a ser imunizados. A ideia do governo federal é acertar com estados e municípios para que a vacinação comece pelos trabalhadores de saúde que estão na linha de frente do combate à doença. Indígenas e idosos que estão em instituições de longa permanência também devem estar entre os primeiros a receber. O grupo prioritário da fase 1 inclui ainda todos os demais profissionais da saúde e idosos acima de 75 anos.

A partida do avião que irá à Índia com a missão de trazer 2 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford com a AstraZeneca, em parceria com a Fiocruz foi adiada para esta sexta-feira. A aeronave saiu de São Paulo ontem, mas só vai deixar o país, partindo do Recife, nesta noite, um dia depois do que estava planejado inicialmente. E não há mais previsão de quando o imunizante chegará — havia até um evento sendo organizado para este sábado no Aeroporto do Galeão, no Rio, mas não acontecerá mais.

O jornal “The Times of India” noticiou que o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores daquele país, Anurag Srivastava, disse ser “cedo demais” para garantir que a Índia vá conseguir disponibilizar a outros países doses do imunizante de Oxford, produzidas localmente pelo Instituto Serum. Segundo ele, o país tem como prioridade imunizar sua população, o que está marcado para começar amanhã. Fontes do governo brasileiro, porém, garantem que a programação está mantida.

Eduardo Pazuello afirmou que o Ministério da Saúde está preparando o detalhamento sobre a distribuição das doses. Em reunião com a Frente Nacional de Prefeitos, ele anunciou a data de início da vacinação para o dia 20 de janeiro, ressaltando que isso depende da aprovação para uso emergencial.

O Ministério da Saúde estima ter 80 milhões de doses para vacinar a população até abril. Para fevereiro, a previsão é de 30 milhões de vacinas. E, neste mês, 8 milhões — sendo 2 milhões da AstraZeneca e 6 milhões da CoronaVac.

Fonte: Yahoo Brasil 

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