Testes positivos da Covid têm quatro semanas de queda
por Ana Claudia Nagao em
Os testes positivos da Covid entraram na quarta semana seguida de queda, apesar de seguirem com percentuais na faixa de 15% a 18% neste ano. É o que revelam os indicadores da Abrafarma.
A semana de 10 a 16 de abril somou 3.923 casos, correspondentes a 16,02% do número de 24.491 atendimentos. O total de testagens positivas é 27% inferior ao dos sete dias anteriores.
O percentual de casos sobre o contingente de testes em abril, porém, permanece estável em relação a março – 17,78%. Os índices de janeiro e fevereiro foram, respectivamente, de 15,49% e 14,92%.
Testes positivos da Covid: estoques garantidos nas farmácias
“Apesar da tendência de estabilidade, a proximidade do inverno deve servir de alerta para a população e as autoridades de saúde. Independentemente do cenário, as grandes redes de farmácias contarão com estoques de testes e autotestes suficientes para atender à demanda dos pacientes”, comenta Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma, que representa as 27 maiores empresas do varejo farmacêutico nacional.
Desde a implementação desse serviço, em abril de 2020, o varejo farmacêutico totalizou 20.725.975 testes – sendo 4.870.627 positivos (23,5%) e 15.855.348 negativos (76,5%).
Abrafarma quer testes no Farmácia Popular
No início de janeiro, a Abrafarma apresentou ao governo um conjunto de oito propostas para revitalizar o programa Farmácia Popular. As medidas estão embasadas por um estudo inédito da entidade em parceria com o Insper e visam incluir não só a medicamentos, mas também a serviços de saúde.
Nesse formato, estabelecimentos credenciados poderiam, por exemplo, aferir a pressão arterial de pessoas que fazem uso de medicamentos para controle da hipertensão usados no programa e enviar os dados para o Ministério da Saúde. Em entrevista ao JOTA, o diretor de Relações Institucionais da Abrafarma, Renato Porto, afirmou que isso ajudaria não apenas o caso do paciente em si, mas auxiliaria no monitoramento de estratégias de saúde.
Porto afirma que a sugestão passa por três eixos. O primeiro deles é criar uma lei para dar estabilidade ao programa, lançado no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente da República. “Isso faria com que o Farmácia Popular se transformasse num programa de Estado”, avalia.