Você já ouviu falar sobre a deficiência do hormônio de crescimento? Essa é uma doença rara, caracterizada pela baixa estatura na infância, que acomete uma em cada 4.000 crianças no mundo.
Na maioria das vezes, a doença é esporádica, sem causa definida; mas as formas mais graves podem ser familiares.
Suzana Nesi, médica endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional Paraná, lembra que é importante que as crianças tenham acompanhamento contínuo com um médico pediatra, que pode diagnosticar precocemente a deficiência do hormônio de crescimento.
O diagnóstico já pode ser feito nos primeiros anos de vida, e o tratamento depende do processo e tempo de descoberta.
Em alguns casos é necessária a administração de um medicamento para repor os hormônios do crescimento.
No Paraná o medicamento é ofertado na farmácia especial da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Recentemente, por conta de um protocolo de licitação, o medicamento foi trocado. A médica endocrinologista, Myrna Campagnoli, alerta que a eficácia é semelhante, mas que o processo de preparo ficou complexo.
Enzo, de dez anos, iniciou o tratamento há cinco meses. A mãe, Fernanda Brasílio, conta que em uma consulta de rotina a pediatra suspeitou e solicitou vários exames, que constataram a deficiência do hormônio.
O acompanhamento é feito a cada três meses, mas a expectativa é de cinco anos de tratamento. Diariamente Fernanda aplica o medicamento em Enzo, mas são necessários muitos cuidados, como diluição do medicamento e conservação.
Nesta terça-feira (27) a CBN Curitiba ouviu a advogada Mirela Ziliotto, que é especialista em licitações, para saber se de alguma forma o governo poderia interferir no processo de licitação e exigir, que por exemplo, o medicamento fosse no formato do anterior que já estava sendo disponibilizado.
A especialista afirma que as organizações públicas sempre levam em conta a finalização do processo com um fornecedor que atenda todas as especificidades e qualificações técnicas mencionadas no edital de licitação.
Segundo Mirela, no caso desse tipo de medicamento, há a possibilidade de definir uma tecnologia mais atualizada no edital, com base em justificativas técnicas, mas que é uma escolha da administração pública.
Assim como todos os medicamentos, a injeção do hormônio do crescimento tem efeitos colaterais, e o acompanhamento com um especialista é fundamental para evitar problemas e alcançar os resultados esperados.
Fonte: CBN Curitiba
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