Pesquisadores do Laboratório de Virologia do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (IMT/USP) estão cultivando linhagens celulares do vírus monkeypox, causador da varíola dos macacos, para distribuir amostras, com o vírus inativado, a laboratórios públicos e privados, e outros centros de estudos no país.
De acordo com a Faculdade de Medicina da USP, o objetivo é que, a partir das amostras do vírus inativado, sejam desenvolvidas novas pesquisas para tratamentos e vacinas. Também há o intuito de entender a evolução viral. Os laboratórios poderão ainda usar o material para expandir a quantidade de testes diagnósticos da doença – que hoje são limitados no país em razão da falta dos reagentes específicos da monkeypox.
O Ministério da Saúde confirmou ontem (20) o oitavo caso registrado no Brasil do vírus monkeypox , causador da varíola dos macacos. O paciente é um homem, de 25 anos, morador de Maricá, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Ele não viajou para o exterior, mas teve contato com estrangeiros.
Dos oito casos confirmados no país até o momento, quatro foram registrados em São Paulo, dois no Rio Grande do Sul e dois no Rio de Janeiro. Há, ainda, seis casos em investigação.
As secretarias estaduais e municipais de Saúde registraram 64.362 novos casos de covid-19 em 24 horas em todo o país. De acordo com os órgãos, foram confirmadas também 229 mortes por complicações associadas à doença no mesmo período.
Os dados estão na atualização do Ministério da Saúde, divulgada nesta terça-feira (21). Segundo a pasta, o estado do Tocantins não atualizou os dados do dia.
Com as novas informações, o total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus durante a pandemia soma 31.818.827.
O número de casos em acompanhamento de covid-19 está em 669.390. O termo é dado para designar casos notificados nos últimos 14 dias que não tiveram alta e nem resultaram em óbito.
Com os números de hoje, o total de óbitos alcançou 669.390, desde o início da pandemia. Ainda há 3.251 mortes em investigação. As ocorrências envolvem casos em que o paciente faleceu, mas a investigação se a causa foi covid-19 ainda demanda exames e procedimentos complementares.
Até agora, 30.492.176 pessoas se recuperaram da covid-19. O número corresponde a 95,8% dos infectados desde o início da pandemia.
Aos sábados, domingos e segundas-feiras, o número registrado diário tende a ser menor pela dificuldade de alimentação dos bancos de dados pelas secretarias municipais e estaduais de Saúde. Às terças-feiras, o quantitativo, em geral, é maior pela atualização dos casos acumulados nos fins de semana.
Estados
Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (170.250), Rio de Janeiro (73.975), Minas Gerais (61.916), Paraná (43.548) e Rio Grande do Sul (39.858).
Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (2.002), Amapá (2.140), Roraima (2.152), Tocantins (4.158) e Sergipe (6.354).
Vacinação
Até hoje foram aplicadas 445.288.334 doses de vacinas contra a covid-19, sendo 177,5 milhões como primeira dose, 160,1 milhões como segunda dose e 4,9 milhões, como dose única. Outras 91,1 milhões de pessoas já receberam a dose de reforço e 7,4 milhões ganharam segunda dose extra, ou quarta dose da vacina.
Quase todos os farmacêuticos do estado de São Paulo relatam falta de remédios nos estabelecimentos onde trabalham. Levantamento do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo revela que 98,5% dos profissionais apontam falta de medicamentos nas redes privada e pública de farmácias e estabelecimentos de saúde do estado.
Foram ouvidos 1.152 farmacêuticos em todo o estado entre os dias 19 e 30 de maio. Dentre os profissionais, 82,8% atuam em estabelecimentos privados e 14,4% em unidades públicas ou em parceria com o sistema governamental. Trabalham em outros modelos, como entidades filantrópicas, 2,8%.
Entre os que atuam na rede particular, 899 trabalham em farmácias e drogarias, sendo que 893 disseram enfrentar falta de produtos nas prateleiras. A grande maioria (98,3%) dos 118 profissionais que trabalham em estabelecimentos vinculados diretamente ao Poder Público também denunciou falta de remédios.
Os medicamentos mais em falta são os antimicrobianos, com relatos de escassez por 93,4% dos farmacêuticos. Os mucolíticos, para aliviar os sintomas de infecções respiratórias, estão em segundo lugar, com 76,5% dos profissionais afirmando que há escassez desse tipo de produto. Os anti-histamínicos, usados para alergias, são remédios que faltam nos locais de trabalho de 68,6% dos profissionais, e os analgésicos, em 60,6%.
A maior razão para a falta dos medicamentos, segundo os profissionais, é a escassez no mercado, apontado como fator por 933 dos entrevistados. A alta inesperada da demanda foi mencionada por 561 dos profissionais ouvidos. Uma parte dos participantes (459) citou ainda falhas dos fornecedores e 222 disseram que os preços estão acima do razoável.
Segundo o Conselho Regional de Farmácia, a maior parte dos medicamentos em falta é integrada por formulações líquidas, o que afeta em especial os pacientes pediátricos, que têm mais facilidade de ingerir os medicamentos dessa forma.
Ainda de acordo com a entidade, além das falhas logísticas que afetam diversas cadeias industriais em razão da pandemia de covid-19, a guerra na Ucrânia e as fortes restrições de circulação para conter os surtos de coronavírus na China também prejudicam o abastecimento de remédios.
Começou hoje (21) na cidade do Rio de Janeiro a aplicação da segunda dose de reforço da vacina contra a covid-19 para as pessoas que tem a partir de 40 anos. É preciso esperar um intervalo de 4 meses desde o primeiro reforço para receber a quarta dose. O Ministério da Saúde liberou ontem a aplicação da quarta dose nesta faixa etária.
Para os trabalhadores da saúde, a quarta dose já está disponível para todos a partir dos 18 anos. O segundo reforço foi disponibilizado para as pessoas com 50 anos ou mais no dia 3 de junho. Até o momento, 43,3% do público alvo estimado na cidade recebeu a quarta dose, segundo os painéis da prefeitura. A terceira dose foi aplicada em 69,2% da população a partir dos 18 anos.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esclarece também que as pessoas que receberam a dose única da Janssen no esquema básico de vacinação precisam tomar duas doses de reforço, caso tenha de 18 a 39 anos. A partir dos 40 anos, a recomendação é para receber a terceira dose de reforço, ou seja, a quarta dose. O intervalo é de 2 meses entre a dose inicial e o primeiro reforço e de 4 meses para os reforços seguintes. Podem ser utilizadas para o reforço as vacinas da Pfizer, Astrazeneca ou Janssen.
Fonte: Novo MT