
Estudo da consultoria empresarial Tebra revela que 63% dos norte-americanos optam por adquirir os medicamentos genéricos em relação aos remédios de referência. As informações são do Drug Store News e apontam o preço como principal motivação para esse hábito de consumo.
A pesquisa ouviu mais de 1 mil moradores dos Estados Unidos e comparou o preço de medicações populares nas cinco maiores cidades do país. Segundo o levantamento, os genéricos são, em média, 79% mais baratos. Antialérgicos da categoria, por exemplo, podem ter um custo até 83% menor.
Americanos ainda confiam mais nos medicamentos de referência
Apesar dos dados relevantes, os medicamentos genéricos ainda não caíram totalmente nas graças dos consumidores norte-americanos. Isso porque 62% da população do país demonstra mais confiança nos remédios de referência, mas o fator preço fala mais alto na decisão de compra.
Essa situação é ainda mais flagrante na geração Z. Os nascidos entre 1997 e 2012 preferem os fármacos originais por confiança (78%) ou por já estarem familiarizados com aquela marca (69%). Eles também veem os genéricos como medicamentos de menor qualidade (24%) ou menos efetivos (17%), sendo que 7% ainda questionam se esses remédios são aprovados pela FDA.
A realidade dos medicamentos genéricos no Brasil
No Brasil, os medicamentos genéricos já estão consolidados e existem opções para 90% das doenças conhecidas. Em 2024, 38% dos remédios vendidos pertencem a essa categoria, que conta com um desconto médio de 67%.
Estima-se que, desde 2000, os consumidores brasileiros tenham economizado R$ 329 bilhões com a compra desses medicamentos. A confiança, por aqui, também é bem maior. Cerca de 93% da população está disposta a trocar medicamentos de referência pelos genéricos.
“O setor tem 557 princípios ativos categorizados. É uma diversidade substancial de medicamentos que têm linhas de tratamento com atuação plural, mas ao mesmo tempo customizados para as necessidades de cada paciente”, comenta o presidente da PróGenéricos, Tiago Vicente.