A concentração de mercado também caracteriza as vendas online nas farmácias. Apenas dez indústrias dominam praticamente 30% do volume de negócios nas plataformas de e-commerce do varejo farmacêutico. É o que apontam indicadores da IQVIA referentes aos últimos 12 meses até março deste ano.
As vendas online nas farmácias movimentaram R$ 14 bilhões no período, o que representa 7% do faturamento total do setor. Deste montante, R$ 4,19 bilhões foram gerados pelas empresas presentes no top 10. O estudo considera tanto os medicamentos como produtos de higiene pessoal, beleza e conveniência.
As duas primeiras colocadas nesse ranking têm nos medicamentos Rx as âncoras para se movimentarem no varejo digital. Tanto na líder EMS como na Eurofarma, essa categoria representa 86% das transações. A diferença entre elas está nos outros produtos.
A EMS faturou R$ 684 milhões entre abril do ano passado e março de 2024, mas apenas 6,3% da receita correspondeu a não medicamentos. Já na Eurofarma, 11,2% do total de R$ 553 milhões diz respeito a esse segmento, muito em função da crescente aposta da farmacêutica no mercado de OTC. Em 2023, a empresa estreou em higiene e beleza com a OAZ – uma linha de 16 produtos para saúde bucal, cuidados com a pele e higiene íntima.
Não tão distante vem a P&G, com R$ 537 milhões, também seguida de perto pela Novo Nordisk, com R$ 534 milhões e puxada por blockbusters como o Ozempic. O Aché completa a relação dos cinco primeiros, com R$ 451 milhões de faturamento.
As maiores fabricantes quando o assunto é o digital
(Vendas em milhões de R$ – abr/23 a mar/24)
Rx dominam o top 10 de vendas online nas farmácias…
Os medicamentos de prescrição (Rx) são os carros-chefes das vendas online nas farmácias. As exceções ficam por conta da Mantecorp Farmasa e das três companhias totalmente focadas em bens de consumo – P&G, Nestlé e Kimberly Clark.
A participação do Rx no faturamento chega a 76,9% no Aché, 88,9% na Libbs, 96,5% na Takeda e 99,5% na Novo Nordisk. O panorama é bem diferente da média geral do mercado farmacêutico, no qual a higiene, beleza e conveniência respondem por 46% dos negócios.