Similar do Ozempic lançado na Argentina é 80% mais barato

O lançamento do Dutide, similar do Ozempic produzido pelo Laboratório Elea, pode marcar o fim do reinado do remédio na Argentina. O fármaco injetável, que tem a semaglutida como princípio ativo, chega ao mercado com dosagens diferenciadas, idealizadas para melhorar a experiência do cliente, e com a promessa de valores mais acessíveis. As informações são da Phramabiz.

Um evento organizado para anunciar a novidade reuniu mais de 600 profissionais com reuniões simultâneas realizadas nas cidades de Córdoba, Mendoza, Mar del Plata, San Luis, Túcuman, Rosário.

Na oportunidade o CEO da companhia, Gustavo Pelizzari, reforçou a vertente de inovação da Elea. Ele afirmou que a empresa é a única a manter uma unidade independente de pesquisa e desenvolvimento apoiada em prédio próprio com planta piloto onde é possível escalar industrialmente.

O executivo ainda notou que a farmacêutica foi pioneira no lançamento de similares como o antineoplásico Visedge, que é similar ao Erivedge da suíça Roche; do Asumlea, primeiro biossimilar do Prolia da norte americana Amgen, indicado para osteoporose; além do Clonomab, para metástases ósseas, um biológico da Xgeva, também da Amgen.

O Dutide chega ao país com 1 g de concentração e uma dosagem semanal, com um tratamento mais simples e até 80% mais barato do que o do medicamento da Novo Nordisk.

O fármaco é introduzido sete meses após o lançamento de seu equivalente oral, que se tornou o primeiro da categoria à base de semaglutida disponível do país. O Rybelsus, medicamento de referência da farmacêutica dinamarquesa nesse mercado, nunca chegou a ser vendido na Argentina.

Similar do Ozempic deve combater escassez

Além de ser mais barato, o medicamento causa euforia no mercado nacional pela promessa de suprir toda a demanda argentina. Ozempic e Wegovy, grandes destaques da categoria mundialmente, convivem com problemas de escassez nas gôndolas do país.

A produção do Dutide é realizada na fábrica da companhia em Villa de Mayo, e passará a ter seu excedente exportado, primeiro para os países em que a farmacêutica possui subsidiárias (Uruguai, Equador, Chile e Bolívia) e, posteriormente, para o restante do continente.