Com o tema Liderança e gestão em tempos de incertezas e transformação, a Abrafarma mobilizou cerca de mil líderes e gestores do varejo e da indústria farmacêutica nacionais na quinta edição do Master Class. Em formato 100% digital, o evento aconteceu nos dias 25 e 26 de maio, com a proposta de ser uma grande plataforma de educação executiva para o canal farma.
“Foram seis horas de conteúdo, que demonstraram como os conceitos de gestão ganharam um novo significado e se perpetuarão no pós-pandemia”, avalia Sérgio Mena Barreto, CEO da Abrafarma (na foto, à direita). A curadoria e apresentação do Master Class ficaram a cargo de Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail (à esquerda); e Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (ao centro).
Para Eduardo Terra, sairá na frente a empresa que souber equilibrar a velocidade da transformação, assim como dosar o uso da omnicanalidade e da tecnologia com o plano emocional das pessoas. “O consumidor deve estar no centro de tudo em qualquer hipótese. Se restar dúvidas sobre o posicionamento que o varejo farmacêutico deve adotar, o cliente deve ser ouvido quantas vezes for necessário”, ressalta.
Já Alberto Serrentino acredita que a disciplina estratégica e operacional e a boa execução do processo definem os modelos de sucesso nessa jornada. “O engajamento das pessoas é fator chave tanto para acelerar a agenda de inovação e transformação, como para garantir e manter a boa execução operacional com foco em resultados”, explica.
Confira a seguir os principais insights apontados pelos consultores:
A digitalização dos negócios, o novo papel da tecnologia e o papel da liderança em equilibrar resultados e transformação
– A transformação digital não é um processo que as empresas precisam vender mais nos canais digitais ou incorporar mais tecnologias. O processo vai acontecer naturalmente, pois no fundo se trata de mais de uma mudança cultural e organizacional
– A jornada de transformação é um processo de aprendizado contínuo e isso pressupõe uma capacidade muito grande de senso crítico, de oportunidade e de urgência. É preciso se movimentar em ciclos mais curtos, o que posteriormente dá confiança de que é possível escalar
– A intensidade tecnológica passa a ser uma competência organizacional. Todo líder de negócio também precisa atuar como um líder em tecnologia e aprender a dialogar, questionar, provocar e fazer as perguntas certas para encontrar as respostas
– As empresas precisam desconstruir suas arquiteturas de sistemas. É fundamental que haja uma migração daquilo que é um modelo rígido e que toma muito tempo no processo de implantação ou atualização. A arquitetura do negócio deve se transformar em um conjunto de componentes interligados em nuvem, que são mais adaptáveis, substituíveis e permitem aperfeiçoamento contínuo
– É essencial ter uma visão única de clientes e produtos, de cadastro e capacidade de enxergar a jornada de consumo. Para isso é preciso investir na infraestrutura e nas camadas de dados, que vão permitir ter essa visão com qualidade e atualização permanente
– As decisões passam a ser suportadas por inteligência artificial e que não se baseiem somente no histórico do passado da empresa
– A agenda de transformação só se justifica se ela estiver na fase relevante para o negócio. É fundamental ter escalabilidade
Novas competências, novos modelos de trabalho e o novo papel da liderança nas empresas
– É preciso manter um equilíbrio do papel da liderança nas duas agendas entre bater a meta do mês e a construção de uma agenda de longo prazo. O papel do líder é entender a agenda de transformação e trazer para o resto da equipe e para o time da ponta qual vai ser o papel da loja e do farmacêutico nesse processo
– A tecnologia passa a ser uma competência de todos
– A estrutura organizacional e cultura são peças-chaves de qualquer roadmap de transformação. Novos cargos surgem nos departamentos de marketing, tecnologia e nas áreas mais ligadas ao cliente, como o chefe da jornada do consumidor
– A mudança do mindset de transformação tem que começar pelo CEO, pelo conselho de acionistas. São eles que precisam levar a sério esse desafio
– O conceito de Environmental, Social and Governance (ESG) passa a ser visto como competência essencial. Não dá para falar de liderança e gestão sem falar de ESG
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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