O uso de bulas digitais foi uma bandeira levantada por João Adibe, CEO da Cimed, em participação no II Fórum Esfera Internacional, realizado em Roma (Itália) e que celebra os 150 anos da imigração italiana no Brasil. Para o executivo, a ferramenta possibilitará uma redução nos custos para as farmacêuticas e uma consequente ampliação no acesso aos tratamentos.
“A exclusão da bula física representa um impacto significativo do ponto de vista de redução de resíduos e também no custo do medicamento. Hoje, mais de 10% do preço dos genéricos está relacionado ao custo de produção gráfica. Sem a bula impressa, é possível diminuir ainda mais o valor dos genéricos e ampliar a acessibilidade da população à tratamentos”, declarou.
O empresário participou do painel Investimento na inovação: impactos na sociedade, que também contou com as presenças do chairman do PicPay, José Antônio Batista da Costa; do CEO do Google Brasil, Fábio Coelho; do presidente do Grupo NC, Carlos Sanchez; e do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Bulas digitais já são realidade em alguns laboratórios
Um exemplo prático do uso de bulas digitais em remédios é o da Pfizer, que implementou a tecnologia por meio de QR Code no ano passado. A estratégia da farmacêutica repete exemplos de outros laboratórios, com a finalidade de facilitar o acesso às informações sobre esses medicamentos. A partir de junho de 2023, um QR Code foi implementado nos produtos Eliquis, Enbrel, Genotropin, Prevenar 13 e Caverjet.