Em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) listou a hesitação vacinal como uma das 10 ameaças globais à saúde e identificou os 5 C’s que podem influenciar a decisão de vacinar.
“A hesitação vacinal envolve dúvidas sobre a segurança, eficácia ou necessidade das vacinas, bem como preocupações sobre efeitos colaterais. A hesitação vacinal pode ser influenciada por uma variedade de fatores, incluindo desinformação, falta de confiança nas fontes de informação, crenças culturais ou religiosas, entre outros”, explica Ana Karolina Barreto Berselli Marinho, membro do Departamento Científico de Imunizações da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).
Os 5Cs que fazem parte da hesitação vacinal
1️. Confiança: Construir confiança nas vacinas por meio de informações transparentes e precisas é essencial. No Brasil, 88% das pessoas acham que as vacinas são importantes para as crianças, segundo a plataforma vaccine confidence.
2️. Complacência: Perceber a gravidade de uma doença e a importância da vacinação é vital. Educar sobre os riscos e benefícios é fundamental para combater a complacência. Quando as pessoas se veem diante de um risco (ex: epidemia de febre amarela, pandemia da covid-19), existe uma maior tendência a se vacinar contra as doenças.
3️. Conveniência: Facilitar o acesso às vacinas reduz barreiras. Locais de vacinação acessíveis e horários flexíveis são fundamentais para garantir que todos tenham acesso facilitado.
4️. Comunicação: Mensagens claras e compreensíveis são essenciais. Seja uma fonte de informação confiável para amigos e familiares.
5️. Contexto: Compreender as preocupações específicas de cada comunidade faz parte das estratégias de vacinação para alcançar elevadas coberturas vacinais. Adapte a comunicação e os serviços para atender às necessidades e cultura locais.
“A conscientização e a educação são fundamentais para ajudar as pessoas a tomar decisões informadas e proteger a si mesmas e à comunidade contra doenças evitáveis por vacinação Juntos, podemos combater a hesitação vacinal e trabalhar para um mundo mais saudável e sustentável”, enfatiza.
Este conteúdo é meramente informativo e não substitui a consulta médica. Para esclarecimento de dúvidas adicionais sobre uma patologia, medicamento ou tratamento, converse com um profissional de saúde de sua confiança. Evite sempre a automedicação.