AstraZeneca passa CoronaVac e torna-se vacina mais usada em maio no Brasil

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AstraZeneca – De cada 10 doses de vacinas contra a covid-19 aplicadas no Brasil, nos 24 primeiros dias de maio, no Brasil, 7 foram do imunizante da AstraZeneca/Oxford. A CoronaVac responde por duas a cada 10 e a Pfizer por uma.

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Os 3 imunizantes são os únicos usados no país até o momento. Os dados são do Localiza SUS, plataforma do Ministério da Saúde.

O gráfico mostra só as doses aplicadas nos 24 primeiros dias de maio. A plataforma foi consultada às 16h30 de 24.mai.2021 Reprodução/LocalizaSUS

De todas as doses aplicadas até agora desde o começo da vacinação, 66% são da CoronaVac, 32% da AstraZeneca e 2% da Pfizer.

Em todos os meses anteriores a maio, a vacina mais usada foi a CoronaVac. O imunizante foi uma aposta do governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Foi desenvolvido pela biofarmacêutica chinesa Sinovac.

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A vacina é produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, ligado ao governo paulista, com insumos chineses. A matéria-prima esteve em falta nas últimas semanas. Segundo o estudo clínico do instituto, a eficácia do imunizante é de 50% após duas doses.

Esse é o 1º mês em que a AstraZeneca ultrapassa a CoronaVac. A vacina foi desenvolvida pela farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca em parceria com a universidade inglesa Oxford.

É produzida no Brasil pela Fiocruz, vinculada ao Ministério da Saúde, também com insumos chineses. Foi uma aposta do governo federal, que tem uma disputa política com o governo de Doria.

Vários estudos clínicos foram realizados sobre a eficácia da vacina. Segundo a bula da vacina autorizada pela Anvisa (íntegra – 1 MB), a eficácia é de 80% quando o intervalo entre as duas doses é superior a 12 semanas -recomendação usada no Brasil.

Disponibilidade das vacinas

Dos 27,3 milhões de imunizantes distribuídos aos Estados em maio, 19,5 milhões (72%) eram da AstraZeneca. A queda na produção da CoronaVac por falta de insumos fez com que ela respondesse por 20%.

O Instituto Butantan anunciou em 13 de maio que pararia a produção da CoronaVac a partir de 14 de maio pela falta de IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) para a produção da vacina.

‘O Butantan aguarda autorização do governo chinês para a liberação de mais matéria-prima necessária para a produção da vacina’, afirmou o Butantan naquele dia. ‘Questões referentes à relação diplomática Brasil x China podem, sim, estar interferindo diretamente no cronograma de liberação de novos lotes de insumos’.

O governo Bolsonaro teve conflitos diplomáticos com a China durante a pandemia. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou em 5 de maio que o coronavírus poderia ter sido desenvolvido intencionalmente, em referência à China.

No sábado (22.mai.2021), o Brasil recebeu insumos da China para a produção da AstraZeneca. A produção da vacina havia sido suspensa pela Fiocruz em 20 de maio, também pela falta da matéria-prima.

O Butantan também deve receber nesta 3ª feira (25.mai) IFA para retomar a produção da CoronaVac.

Insumos estáveis só em julho

Apesar das novas entregas, a prioridade da China agora é acelerar a própria vacinação. O Poder360 apurou que só haverá regularização das entregas de insumos para o Brasil daqui a 1 mês. A previsão de reabastecimento do IFA em julho foi feita pela 1ª vez em reunião com possíveis compradores em 14 de abril, e se mantém, de acordo com participantes do encontro.

Os chineses ultrapassaram a marca no domingo de 500 milhões de doses aplicadas, de acordo com a agência de notícias do governo Xinhua (em chinês). Isso equivale a 31% de todas as vacinas administradas no planeta, segundo o Our World in Data. A China tem 19% da população mundial.

A China acelerou sua imunização contra a covid-19. De 6,2 milhões de doses aplicadas por dia em 7 de maio, o país pulou para 14,9 milhões de aplicações em 23 de maio.

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Fonte: Poder 360

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/05/10/plano-gratuito-da-clinicarx-viabiliza-servicos-clinicos-em-pequenas-farmacias/

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