Atenção com golpes digitais amplia confiança dos clientes
Estudo avalia como os consumidores se
conectam a marcas atentas a essas ocorrências
por Ana Claudia Nagao em
e atualizado em


A adoção de mecanismos contra golpes digitais pode ser um diferencial da farmácia na eterna busca por conexão com seus clientes. Estudo inédito da consultoria Branddi revela que 84% dos consumidores se sentem confiantes ao efetivar transações em e-commerces que priorizam práticas de segurança.
Para 88% dos respondentes, o investimento em proteção contra sites falsos e golpes digitais seria um estímulo para a fidelização a uma marca. Outros 11% consideram as iniciativas importantes, mas entendem que as empresas também precisam demonstrar mais transparência sobre o tema.
Os índices acima podem ser considerados positivos a julgar por outra estatística alarmante. O número de ocorrências de crimes virtuais aumentou 45% em 2024 na comparação com o ano anterior, segundo a Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP).
Essa aparente contradição revela não apenas o avanço das tecnologias de proteção, mas também uma maior conscientização dos consumidores diante dos riscos. Do total de entrevistados, 86% afirmaram estar se considerando mais atentos no momento de compra.

O risco dos anúncios e dos golpes digitais
Entre os golpes digitais mais frequentes está o uso de anúncios de marcas para fisgar os compradores. Os criminosos desenvolvem propagandas falsas que imitam a identidade visual de marcas conhecidas, com logotipo, cores e linguagem similares, e direcionam as pessoas para sites falsos.
Esses portais são tão semelhantes os verdadeiros que enganam facilmente os consumidores. De acordo com o estudo, 71% dos entrevistados afirmaram que já compraram após serem impactados por propagandas online, sendo que, desses respondentes, 50% disseram adquirir produtos ou serviços algumas vezes, e 21% com frequência.

Contudo, no momento em que o anúncio aparece, existem algumas etapas que normalmente são cumpridas pelos clientes antes da compra, para garantir a tranquilidade da operação. Entre essas ações estão a verificação do site para se certificar de que ele é oficial (80%); checagem da existência de avaliação de outros clientes (69%); pesquisa sobre a reputação da marca ou loja (65%), e procura por algum selo que indique a segurança do site (52%).
Além de garantir que o ambiente de compra é confiável, outros fatores influenciam na decisão de aquisição ao ver um anúncio online. Entre eles, os que mais impactam são o preço ou promoção do produto (65%); a confiança na marca (58%), e a reputação do site ou loja (56%).
Diego Daminelli, CEO da Branddi, explica que, do ponto de vista das marcas, o combate aos golpes digitais deixou de ser uma questão de imagem para se tornar uma prioridade estratégica. “Isso gera prejuízo financeiro e ainda corrói a reputação construída ao longo do tempo”, comenta.
Segurança deve ser encarada como cliente
Para os internautas, as empresas precisam ser mais ativas na proteção contra fraudes digitais. Do total, 57% dos respondentes entendem que as marcas devem monitorar e remover as tentativas de golpes ativamente, e 40% acham que as plataformas de anúncios e redes sociais também deveriam ter mais responsabilidade dentro desse tema.
“Este é um ponto de atenção importante para as empresas que buscam atrair e fidelizar clientes. Em um momento em que os golpes digitais são constantes, oferecer opções que ajudarão na segurança do consumidor é um diferencial. É um ponto de atenção que vai para além do próprio lucro”, finaliza.
