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Autismo leve, como chegar ao diagnóstico

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Autismo leve

Confundido com timidez, o autismo leve, por vezes, leva tempo para ser identificado. O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio de neurodesenvolvimento que se manifesta no modo pelo qual a criança se comporta socialmente, em família, na escola e em outros ambientes. Se o grau for leve, os sintomas podem ser mais brandos, o que dificulta o diagnóstico.

Crianças com autismo leve exercem as mesmas funções que outras – sem a doença e da mesma faixa etária – desempenham. Ou seja, têm competências equivalentes: conseguem se comunicar, ler, escrever e lidar com as atividades de rotina. O problema se evidencia no desenvolvimento dessas capacidades, para as quais faltam desembaraço ou destreza, principalmente na linguagem.

Sintomas do autismo leve

Os sintomas que  podem indicar um possível caso de autismo leve compreendem pouco contato visual, falta de interação e de atividade social, dificuldade em conversar com alguém e falta de contato visual constante com o interlocutor. Conversas aquém do esperado pela idade, linguagem fluida, mas de forma mecânica; resistência a mudanças na rotina ou no comportamento, rejeição à imposição de regras, estereotipias e repetições, apego excessivo a um determinado objeto também são comportamentos que podem estar associados à doença.

O TEA não é passível de ser diagnosticado por exames de imagens. Cabe aos pais, professores e responsáveis ficarem atentos ao que se passa com a criança. Buscar ajuda especializada de um neuropediatra ou psicólogo é a primeira providência. O especialista deve ser fartamente municiado de informações sobre o comportamento da criança, com tudo o que os pais, familiares e pessoas mais próximas considerarem ‘’diferente’’ em seu dia a dia.

O relato detalhado é fundamental para se chegar ao diagnóstico preciso. Quanto mais cedo se confirmar o distúrbio, menores serão os impactos que a doença pode acarretar. Uma criança com autismo, mesmo leve, pode se sentir inadequada na vida escolar, se deparar com obstáculos, para ela, intransponíveis e levando, inclusive, à depressão.

Embora seja raro haver deficiência intelectual, crianças com a forma leve do autismo sentem-se desconfortáveis, por exemplo, ao serem pressionadas a participar de atividades e brincadeiras em grupo. Estímulos sensoriais, como barulho, iluminação e toque também causam incômodo.

Terapia conjunta

Uma vez confirmado o diagnóstico, a indicação para os pais e a criança costuma ser a terapia comportamental, com abordagem multiprofissional. Esse método leva à melhoria das habilidades sociais e de comunicação. O suporte psicológico contribui para o desenvolvimento de comportamentos positivos, que podem não ocorrer de forma natural e precisam ser aprendidos pela criança.

O autismo leve em crianças costuma vir acompanhado de algumas comorbidades neurológicas, sendo a mais comum o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), que interfere na capacidade de concentração. Há ainda o transtorno opositor desafiador (TOD), no qual a criança tem dificuldade em reconhecer a autoridade dos professores, e também o transtorno bipolar (TB).

Por isso, o tratamento normalmente é bastante prolongado. O objetivo é desenvolver gradualmente as habilidades da criança a ponto de ela obter maior autonomia para lidar com os desafios nas fases seguintes da vida.

Na adolescência, por exemplo, o jovem se vê diante de questões mais complexas: autodescoberta, sexualidade e autoestima. O acompanhamento de especialistas e da família o estimula a descobrir seus talentos e interesses e o torna consciente de suas dificuldades. É um caminho para que ele chegue à vida adulta preparado para administrar de forma satisfatória as mais diversas situações que se apresentarão diante de si.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

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