A indústria farmacêutica do Brasil tem potencial para alcançar a autossuficiência tecnológica. A declaração partiu do CEO da Bionovis, Odnir Finotti, durante evento realizado pelo Correio Braziliense em parceria com a Johnson & Johnson.
Atualmente, a atuação nacional no setor é a sétima mais expressiva do mundo, mas, para o executivo, tem todo o necessário para se tornar a sexta. “O Brasil poderia fazer (inovação), se nós tivéssemos uma união maior e se todos os Poderes trabalhassem de forma integrada”, comenta.
O CEO também apontou que, devido aos investimentos da iniciativa privada, a indústria farmacêutica já apresenta grandes avanços quando o assunto é tecnologia.
PDP estimula autossuficiência tecnológica e qualificação
Outro ponto que mereceu especial atenção de Finotti diz respeito ao impacto das Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) na autossuficiência tecnológica e na qualificação de profissionais.
Segundo ele, iniciativas como essa possibilitaram o desenvolvimento de mais de 200 especialistas.
“Nós temos hoje 247 profissionais brasileiros, todos com PhD, doutorados, estudando lá fora, que não tinham o que fazer no Brasil porque não tinham onde trabalhar. E por que isso foi possível? Porque tem uma política, que deveria ser uma política do Estado brasileiro, chamada PDP”, realça
Farmacêutica brasileira é fruto de parceria
Finotti tem motivos para pregar a união no canal farma. Afinal, a própria Bionovis é fruto de uma parceria entre Aché, EMS, Hypera Pharma e União Química. E esse trabalho conjunto serviu para fechar um gap, em sua opinião.
“Nós fechamos um gap de 40 anos que o Brasil tinha em biotecnologia farmacêutica em oito anos de efetivos trabalhos com ciência e tecnologia”, comemora.