Os primeiros resultados de autotestes da Covid-19 no país revelaram 79% de casos positivos. Os dados são fruto de uma parceria entre a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) com a Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL). As entidades idealizaram uma ferramenta para aferição de números e criaram o portal meuautoteste.com.br para orientar a população sobre a realização desses exames.
“O dado é muito superior ao índice encontrado nos testes rápidos realizados nas farmácias, o que pode apontar que o autoteste tem sido utilizado por pessoas notadamente sintomáticas, em acompanhamento da doença ou recuperação. Isso reforça a necessidade do autoteste como medida de autocontrole, um instrumento auxiliar importante no combate à Covid-19”, analisa o CEO da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto.
Os dados são fornecidos pela Clinicarx, desenvolvedora do aplicativo de autotestes adotado pelos fabricantes. Os indicadores são baseados nas notificações dos próprios pacientes, que reportam o diagnóstico por meio do app acessado pelo QRCode disponível nas embalagens. Os dados de março de 2022 correspondem a 25 mil pacientes de 14 a 80 anos, sendo que 52% são do sexo feminino, 47% do masculino e 1% não informaram o gênero. São Paulo concentra 40,7% do total de autotestes registrados, seguido por Rio Grande do Sul (16,5%) e Minas Gerais (11,8%).
Autotestes da Covid-19 – estados acima da média
São Paulo, aliás, é um dos quatro estados com percentuais de casos acima da média nacional – 84%. O dado mais alarmante está no Rio de Janeiro (96%) e em Santa Catarina (91%). O Ceará vem na terceira colocação, com 88%.
Estados % de positivos
Rio de Janeiro 96%
Santa Catarina 91%
Ceará 88%
São Paulo 84%
Paraná 76%
Rio Grande do Sul 72%
Minas Gerais 72%
Bahia 71%
Goiás 70%
“Os autotestes representam mais uma opção para a gestão da doença na pandemia. Toda iniciativa que coloque o usuário no centro, ou seja, que dê ao cidadão comum condições de tomar decisões para evitar o contágio ou se proteger melhor, é muito bem-vinda. Pessoas comuns e conscientes de seu papel podem ajudar a si mesmas e a comunidade”, comenta Barreto.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico