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Bayer deixa de lado mercados “não amigáveis ​​à inovação”

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Bayer

 

A farmacêutica alemã Bayer comunicou que está mudando o foco de seus negócios farmacêuticos para os EUA e para longe da Europa, onde os governos estão cometendo “grandes erros” na forma como gerenciam os orçamentos de saúde. As informações são do Financial Times e do First World Pharma.

Segundo a reportagem o chefe da divisão farmacêutica da companhia, Stefan Oelrich, afirmou que os formuladores de políticas da União Europeia e do Reino Unido estão transformando o continente em um lugar “hostil à inovação” para fazer negócios.

“Os governos europeus estão tentando criar incentivos para investimentos em pesquisa, mas estão tornando nossas vidas miseráveis ​​do lado comercial”, disse Oelrich, acrescentando que “se você não tem vendas, pode se beneficiar do lado dos custos o quanto quiser, mas não é uma boa equação.”

Bayer se concentrará em mercados do EUA e China

Como resultado, Oelrich diz que a Bayer está “despriorizando a Europa até certo ponto” e se concentrando nos EUA e na China, onde a divisão farmacêutica da empresa já estabeleceu uma presença considerável. Ele observou que a China está se tornando cada vez mais receptiva quando se trata de inovação, enquanto os preços mais altos dos medicamentos nos EUA permitem que a empresa compense a inflação.

A região da Europa, Oriente Médio e África (EMEA) responde por cerca de 40% das vendas da divisão farmacêutica da Bayer, segundo o relatório do Financial Times, enquanto a América do Norte e o resto do mundo respondem por 23% e 37%, respectivamente. Oelrich disse que a empresa está investindo pesadamente nos Estados Unidos, onde nos últimos anos adquiriu a Asklepios BioPharmaceutical e a Vividion Therapeutics em negócios no valor combinado de até US$ 6 bilhões.

Precificação no Reino Unido

As ações da Bayer coincidem com a retirada da AbbVie e da Eli Lilly de um acordo de precificação de medicamentos no Reino Unido, conhecido como Esquema Voluntário para Preços e Acesso a Medicamentos de Marca, devido ao que dizem estar penalizando a recuperação da receita.

O esquema exige que as empresas paguem uma porcentagem das receitas ao governo se a conta geral do NHS para medicamentos aumentar mais de 2% ao ano. Em 2022, a taxa foi fixada em 15%, gerando £ 1,8 bilhão (US$ 2,2 bilhões) em descontos da indústria, enquanto a taxa este ano aumentou para 26,5% e está prevista para custar £ 3,3 bilhões (US$ 4 bilhões).

A Bristol Myers Squibb alertou recentemente que o programa poderia desviar investimentos do Reino Unido. A Alemanha também aprovou uma nova lei em outubro destinada a reduzir a conta de medicamentos do país.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

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