O bilionário e filantropo Bill Gates explicou ao Yahoo Finanças o que faria diferente se estivesse à frente da luta contra o coronavírus nos Estados Unidos, propondo um plano de testes dirigido pelo governo federal, um esforço bipartidário pelo uso da máscara e uma “discussão complexa” sobre a reabertura.
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No entanto, antes de apresentar essas opiniões políticas, Gates defendeu uma mudança de postura em relação ao Dr. Anthony Fauci, principal especialista em doenças infecciosas dos Estados Unidos, e outros especialistas da área da saúde.
Leia também” data-reactid=”27″> “Tentar difamar o Dr. Fauci não é a melhor abordagem”, disse Gates, que é um dos fundadores da Microsoft e um dos principais financiadores de iniciativas na área da saúde pública no mundo todo.
“É importante dar a palavra aos especialistas”, ele acrescentou. “Deixar que eles digam quais medicamentos funcionaram e quais não funcionaram nos ensaios clínicos, sem iludir as pessoas com informações falsas”.
Gates afirma que os Estados Unidos têm recursos para conter o coronavírus. “O país tem capacidade de combater o vírus da melhor forma”, ele disse.
Os Estados Unidos registraram 1,8 milhão de novos casos de coronavírus em julho, com um total de 4,5 milhões de casos até agora no país, representando um aumento de 66% em relação ao mês anterior, de acordo com um relatório da Reuters apresentado na sexta-feira passada antes da divulgação dos dados daquele dia. O número de mortes causadas pelo vírus também aumentou em julho, subindo 19%.
A forma como o presidente Donald Trump lida com a crise do coronavírus chegou ao recorde de reprovação de 68%, de acordo com uma pesquisa feita pelo Centro de Pesquisa de Relações Públicas NORC da Associated Press. Outra pesquisa divulgada pela Quinnipiac em julho aponta que 65% dos americanos confiam em Fauci.
Trump comparou o alto índice de aprovação de Fauci com a reprovação que sofre: “ninguém gosta de mim”, ele disse.
Junto com a esposa Melinda, Gates doou mais de US$ 350 milhões para a luta contra a pandemia por meio da Fundação Bill e Melinda Gates. Além disso, ele sempre conversa com Fauci sobre o desenvolvimento de tratamentos e vacinas para combater o coronavírus.
Até o ano 2000, Gates liderou a Microsoft, gigante da informática. Naquele ano, ele e a esposa criaram a Fundação Bill & Melinda Gates, que hoje emprega cerca de 1.500 pessoas e conta com um fundo de US$ 46,8 bilhões.
Gates propõe várias mudanças nas políticas. A primeira proposta dele é uma estratégia de testes nacional coordenada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), um órgão federal.
“Basta desenvolver um site com o nome do CDC para indicar quem deve ter prioridade nos testes”, ele disse. “O CDC dos Estados Unidos é uma organização muito qualificada, a melhor do mundo”.
Ele também afirmou que o uso de máscaras é uma medida de proteção que deve ser apoiada e promovida tanto por democratas quanto por republicanos.
“A mensagem sobre o uso de máscaras deve ser bipartidária, pois estimula a proteção à vida das pessoas”, ele afirmou.
Pensando no futuro, Gates disse que à medida que o outono se aproxima, os Estados Unidos precisam discutir cada detalhe da reabertura de espaços essenciais, como as escolas.
“Chegou o momento da discussão mais difícil sobre os benefícios de reabrir cada espaço”, ele disse.
“Talvez abrir as escolas para crianças com menos de 15 anos, já que as escolas para crianças maiores em comunidades muito afetadas pelo vírus, infelizmente, não poderão voltar às aulas presenciais”, acrescentou.
Fonte: Yahoo Finanças
