Um levantamento do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) divulgado nesta quarta-feira, dia 11, revela que os casos positivos de Covid seguem acima de 30% em pessoas com mais de 40n anos há pelo menos oito semanas no Brasil. As informações são da Folha de S.Paulo.
De acordo com a análise, que incluiu mais de 1,6 milhão de testes realizados pelos laboratórios privados HLAGyn, DB Molecular, rede Dasa e Sabin, a positividade chega a 37% em algumas faixas, como nos idosos acima de 70 anos. Isto significa que cerca de 4 a cada 10 exames nesta faixa etária têm o diagnóstico de Covid confirmado.
A tendência, porém, é de queda nas próximas semanas, segundo informou o pesquisador Anderson Brito, do ITpS. Ele afirma que o pico de positividade ocorreu na metade de dezembro, quando os exames positivos chegaram a mais da metade do total de testes realizados.
A análise do laboratório considerou ainda as possíveis variantes do vírus em circulação no país. Segundo a pesquisa, as sequências disponíveis no banco de dados Gisaid, depositados por instituições como Instituto Butantan e Fiocruz, em SP e no RJ, respectivamente, confirmam que a variante dominante continua sendo a BQ.1, que chegou ao país em meados de outubro.
Contudo, a mesma análise verificou um aumento na frequência da linhagem XBB a partir de meados de novembro. A linhagem inclui a nova variante XBB.1.5, classificada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como a mais transmissível até agora. O primeiro caso da XBB.1.5 confirmado foi identificado em uma paciente de Indaiatuba (SP) no último dia 5.
Casos positivos de Covid por estados
A análise apontou ainda para uma alta incidência de Covid nos diferentes estados e regiões do país. Segundo o levantamento, a taxa de casos da doença segue alta no Centro-Oeste, Sudeste e Sul, com quase dois terços das macrorregiões de saúde com tendência de alta até a semana de 24 de dezembro. Na semana de 31 de dezembro, porém, o índice caiu para 42,3%.
Considerando os estados com a maior incidência de casos nos últimos 30 dias, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Roraima apresentaram incidência acima de 200 casos por 100 mil habitantes.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico