O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a dizer, nesta quarta-feira (4/8), que vai ser o último da fila de vacinação contra a Covid-19 no país e indicou que pode se recusar a tomar a Coronavac. Como justificativa, o mandatário afirmou que viaja o mundo todo e precisa se vacinar com imunizante aceito em países da Europa e nos Estados Unidos.
‘Eu serei o último da fila. Já que tem muita gente apavorada querendo tomar a vacina, não é justo o chefe de Estado tomar na frente do cidadão comum. Eu vou ser o último da fila’, disse Bolsonaro em entrevista à Rádio 96 FM, de Natal (RN).
‘Eu vou tomar vacina que eu posso entrar no mundo todo. Não posso tomar essa vacina lá de São Paulo, que não aceita na Europa nem nos Estados Unidos. Eu viajo o mundo todo e eu tenho que tomar a específica, que aceita no mundo todo’, prosseguiu.
A Coronavac é produzida pelo Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, com tecnologia da farmacêutica chinesa Sinovac. Os questionamentos em torno da Coronavac fazem parte da disputa que Bolsonaro trava contra o governador paulista, João Doria (PSDB), que pode ser um de seus adversários nas eleições de 2022.
Desde o começo da produção das vacinas, Bolsonaro vem atacando a Coronavac, cujos lotes foram os primeiros a serem aplicados no Brasil. Em julho, o chefe do Palácio do Planalto mentiu ao dizer que o imunobiológico não tem eficácia científica comprovada.
O imunizante passou por testes e teve o uso aprovado, após comprovadas a segurança e a eficácia, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e por organismos internacionais.
Fonte: Metrópoles