Terceira maior rede de farmácias do Amazonas, a Drogaria Bom Preço mira a vice-liderança do mercado local em cinco anos e quer ser uma das referências na Região Norte do país.
O faturamento médio mensal já supera meio milhão de reais por meio de 15 lojas. A intenção é terminar o ano com 22 unidades e alcançar 50 em 2026.
Atualmente focada em lojas populares, a rede prepara também uma reformulação nesse formato, o que incluiria o investimento em serviços de atenção farmacêutica e um gerenciamento de categorias mais completo. “O mercado popular demonstra estar saturado e as margens tendem a ser cada vez mais estreitas”, admite Wagner Neri, proprietário e fundador da Bom Preço.
Para isso, a empresa começou a planejar uma revisão nos modelos de precificação e no mix de produtos. Em paralelo, vem encorpando a profissionalização das operações ao recrutar executivos com vivência na indústria e no varejo farmacêutico. É o caso do diretor de operações e cultura Saulo Pantoja, que ocupou cargos gerenciais na União Química e no Grupo Tapajós. Esta última empresa também era a casa de Kézia Melo, que assumiu a gerência de marketing, trade e comunicação.
De herdeiro a dono da própria rede de farmácias
Aos 12 anos de idade, Wagner Neri passou a auxiliar o pai na gestão de uma farmácia independente no interior do Pará. O tempo passou, os negócios da família caminhavam bem e, com pleno domínio da operação da loja, o herdeiro estava pronto para assumir o comando. Mas aos 24 anos ele tomou uma decisão pouco trivial entre os empreendedores e, literalmente, migrou para a busca do sonho próprio.
O jovem pegou R$ 80 mil a que tinha direito na sociedade com a família. Mas estava disposto a empregar esse recurso em outro setor – o de supermercados. A partir de conselhos de amigos do pai, percebeu que o caminho natural seria continuar sua trilha no varejo farmacêutico e repensou a ideia original. Atraiu o irmão Lucas e mais oito colaboradores para o projeto solo.
Em 2017, o empresário inaugurava a segunda loja no bairro de Manoa. No ano seguinte chegava à região central da capital amazonense. O ritmo de expansão seguiu veloz, com direito à abertura de um centro de distribuição de 500 m² em 2020, mesmo em meio às barreiras impostas pela pandemia. Em 2021, o complexo ganhou uma área cinco vezes maior, com capacidade para armazenar 21 mil SKUs.
Fonte: Redação Panorama Farmac6eutico